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11 de maio de 2009

Vem aí a Bolsa-Mandato


Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) fez um cruzamento dos nomes do rol de beneficiários do Bolsa-Família com a relação de candidatos nas eleições de 2004 e 2006 e fizeram uma bela descoberta: entre os beneficiários estão nada menos que 577 políticos que foram eleitos nas duas eleições. Pior ainda, há também 39.937 suplentes que recebem recursos do que o Governo diz ser o maior programa social do mundo, com justa distribuição de renda;


Como nosso Presidente nunca sabe o que acontece de errado no seu governo (vide mensalão, aloprados, dossiê falso etc.), somente em março de 2008 Lula baixou um decreto proibindo que políticos eleitos em qualquer esfera de governo recebam a Bolsa-Família. Depois da casa caída, ponham-se as escoras necessárias;


Mas nossos distintos políticos não deixam por menos. O que for para lhes beneficiar eles sabem muito bem como agir. O colunista Elio Gaspari criou um termo muito interessante para a nova jogada que nossos distintos representantes estão tramando: A Bolsa-Mandato. Aparentando quererem uma moralização entre eles, estão falando em aprovar um reforma política, para vigorar já nas eleições que vão acontecer em 2010. Eles pretendem aprovar o tal voto por listas. Se alguém confia neles, pode acreditar que essa tal lista não vai ser elaborada na base do “quem dá mais”;


Para consolidar a Bolsa-Mandato de uma vez, estão querendo também estabelecer o financiamento público para as campanhas eleitorais. Se alguém acredita neles, pode ter certeza de que não vai mesmo existir “caixa 2” e que as campanhas não receberão nenhuma influência do poder econômico. O que eles querem é que o contribuinte banque as campanhas eleitorais e que não possa votar nos seus financiados;


Podemos ter certeza de que tal reforma é na realidade para que o eleitor não se meta mais na vida dos candidatos, votando apenas no partido de sua preferência, garantindo para deputados tipo Sergio “estou me lixando” Moraes, Edmar da Mansão e outros assemelhados a continuidade de seus mandatos, pois certamente estarão acertados com a cúpula de seus partidos, pois ninguém deve acreditar que seja elaborada uma legislação séria estabelecendo as regras para a formação de tais listas;


Só nos resta esperar que Deus entre neste circuito e coloque as coisas nos devidos lugares.

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