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29 de janeiro de 2012

Governo Federal já tem 22 mil cargos de confiança

  • A presidente Dilma Rousseff vai ter este ano com uma folha de pessoal e encargos sociais que vai ficar acima de R$ 203 bilhões. Como se recorda, Dilma foi vitoriosa na elaboração do Orçamento da União de 2012, quando impediu reajustes para o Judiciário e outras categorias de servidores. Ela vai contar com mais funcionários em cargos de confiança. Em outubro, antes de completar o primeiro ano de seu governo, os cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS) somavam um total  de 22 mil. Nunca tinha havido tantos cargos em comissão no Governo Federal. No segundo ano do governo de Lula, os cargos comissionadas no Executivo federal só cresceram;
  • No primeiro ano do governo Lula, em 2003, chegou a ser registrada uma queda no total de cargos de confiança. No último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso, em 2002, os cargos em comissão caíram de 18.374 para 17.559. Depois de 2003, o número só cresceu. No final do ano passado, foi de 21.870 para 22 mil, contrariando o discurso de posse de Dilma, que falava em rigor fiscal do primeiro ano. O Governo se defende dizendo que hoje mais de 70% dos DAS são ocupados por servidores públicos de carreira, afirmando também que as nomeações políticas são uma minoria, havendo um esforço de 'profissionalização' do serviço público. No entanto, os cargos de confiança chamados de livre provimento, ocupados por pessoas de fora do serviço público, são os DAS-6, categoria mais alta, que têm remuneração média de R$ 21 mil e 700, no final de 2011, totalizaram 217 vagas. Em 2010, o total era de 209, ocupados em sua quase totalidade através de indicações políticas;
  • Os cargos em comissão são preenchidos sem concurso público e são chamados chamados de "confiança", pois são provisórios e na maioria das vezes indicados por indicação politica. Quando muda um governo, alguns ocupantes são exonerados e outros nomeados pelo novo governo que está tomando posse. Há casos - que são poucos - em que pessoas com cargo comissionado indicadas por partidos e/ou políticos por ser um técnico. Mas têm os mesmos direitos que os concursados no período em que exercer o cargo. No caso do Governo Federal, o acentuado aumento do número de cargos aconteceu por força da formação da 'base aliada' que apoiou Lula em sua reeleição, em 2006, da mesma forma que aconteceu com os acordos costurados para apoiar Dilma na eleição de 2010. Some-se a isso a existência de quase 40 ministérios, nos quais milhares de cargos de 'confiança' foram criados para acomodar correligionários dos ministros também escolhidos por critério político como pagamento do apoio recebido e para a formação de uma robusta base parlamentar tanto na Câmara dos Deputados como o Senado Federal;
  • Vê-se, portanto, que uma despesa de R$ 203 bilhões não é tão insignificante como queiram justificar os governistas. Mas tal quantia, com alguma economia e diminuição de cargos, também poderia ser aplicada em obras e serviços prestados à sociedade, que sempre ouve falar em corte de verbas destinadas a serviços de segurança e saúde principalmente. Vê-se que o Governo tem se preocupado muito com o desemprego, principalmente entre seus 'companheiros'.

28 de janeiro de 2012

O Porco falando do mal lavado!

  • O título acima é de uma interessante postagem de Laguardia, dono do blog Brasil - Liberdade e Democracia, que transcrevo a seguir, pois o mesmo é uma excelente resposta à politização que está sendo feita até pela presidente Dilma Rousseff em relação à reintegração de posse da área chamada de Pinheirinho, conforme determinação da Justiça, chamando o episódio de barbárie, com claros objetivos de alavancar a candidatura do até agora fraco candidato do PT à Prefeitura de São Paulo:

A presidente Dilma Rousseff teria feito duras críticas à ação da Polícia Militar na reintegração de posse da área conhecida como Pinheirinho, em São José dos Campos, no interior de São Paulo. Em reunião fechada com movimentos sociais em Porto Alegre, onde participou do Fórum Social Temático, a presidente teria classificado a operação como ‘barbárie’, de acordo com reportagem da Folha de S.Paulo desta sexta-feira, 27 (para assinantes)

Estamos vivendo no Brasil uma situação de guerra civil. Os morros do Rio de Janeiro tiveram que ser ocupados militarmente até com o uso de blindados das forças armadas porque nossos governantes demagogos, incompetentes e irresponsáveis deixaram a situação chegar ao ponto em que chegou. 

Quantos seres humanos perderam suas vidas na ocupação dos morros do Rio de Janeiro? Não estou falando só de bandidos, estou falando de pessoas inocentes vítimas das balas perdidas. 

O governo não se fez presente naquelas comunidades, como também não agiu no tempo certo na comunidade de Pinheirinho.

Barbárie é a quantidade de mortos vítimas de desabamentos e das chuvas durante tantos anos por incompetência e ausência do governo. No caso do morro do Bumba em Niterói, onde o governo permitiu a construção de um bairro em cima de uma aterro de lixo.

Barbárie é o caso de Nova Friburgo, depois de um ano nada foi feito para prevenir novas desgraças.

Barbárie é o que os integrantes deste governo corrupto cometem todos os dias ao desviar para seus próprios bolsos recursos que deveriam estar sendo canalizados para a saúde.

Barbárie é um ser humano ficar 20 hora deitado na calçada em frente a um hospital público sem atendimento médico.

Barbárie foram os assassinatos cometidos por Cesare Battisti contra inocentes e receber asilo no Brasil.

Barbárie foram os assassinatos cometidos por Dilma e seus companheiros de armas durante o regime militar contra civis inocentes.

Esta declaração de Dilma é um caso clássico em que um porco fala do mal lavado. 

27 de janeiro de 2012

Para ler e pensar...

  • Recebi um e-mail de um amigo com o relato de um doutorando vivendo em Roraima. É bom que se leia, pois o relato é muito importante, levando-se em conta que tem autor, de quem não se pode levantar dúvidas, bem como por não transparecer no texto qualquer conotação política, mas sim por se tratar de um sério alerta ao povo brasileiro. Diz o e-mail:
Segue abaixo o relato de uma pessoa que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima. Trata- se de um Brasil que a gente não conhece..


As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui. Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.

Para começar, o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense. Pra falar a verdade, acho que a proporção de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto, falta uma identidade com a terra. Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária pública, (e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura é claro) ou a pessoa trabalha no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo.

Não existe indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do território roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%, descontando- se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.
Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a Manaus, cerca de 800 km) existe um trecho de aproximadamente 200 km reserva indígena (Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam incomodados.


Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI. Outro detalhe: americanos entram à hora que quiserem. Se você não tem uma autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem- se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas. É comum se encontrar por aqui americano tipo nerd com cara de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas, pasme, se você quiser montar uma empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí, camu-camu etc., medicinais ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar 'royalties' para empresas japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia...


Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: Os americanos vão acabar tomando a Amazônia.E em todas elas ouvi a mesma resposta em palavras diferentes.. Vou reproduzir a resposta de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí: 'Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa'.

A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com o pseudo objetivo de combater o narcotráfico. Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso pode causar um incidente diplomático). Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.

Pergunto inocentemente às pessoas:  porque os americanos querem tanto proteger os índios ?  A resposta é absolutamente a mesma, porque as terras indígenas além das riquezas animal e vegetal, da abundância de água, são extremamente ricas em ouro - encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO.

Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a  alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa.

É, pessoal... saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá diminuir de tamanho. Será que podemos fazer alguma coisa? Acho que sim.

Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique sabendo desses absurdos.

Mara Silvia Alexandre Costa
Depto de Biologia Cel. Mol. Bioag. Patog. FMRP - USP
Opinião pessoal:

Gostaria que você que recebeu este e-mail, o repasse para o maior número possível de pessoas. Do meu ponto de vista seria interessante que o país inteiro ficasse sabendo desta situação através dos telejornais antes que isso venha a acontecer. 

Afinal foi num momento de fraqueza dos Estados Unidos que os europeus lançaram o Euro, assim poderá se aproveitar esta situação de fraqueza norte-americana (perdas na guerra do Iraque) para revelar isto ao mundo a fim de antecipar a próxima guerra. Conto com sua participação, no envio deste e-mail.

Celso Luiz Borges de Oliveira
Doutorando em Água e Solo FEAGRI/UNICAMP

26 de janeiro de 2012

PMDB encosta Dilma na parede pois não quer largar o Dnocs

  • Durante a campanha eleitoral de 2010 a oposição quis demonstrar que a então candidata Dilma Rousseff era uma espécie de 'poste' que Lula queria colocar no lugar dele no Palácio do Planalto com base na imensa popularidade que desfrutava naquela ocasião. E assim foi. Mesmo sendo por alguns chamada de 'boneco de ventriíloquo', ela precisou ir ao segundo turno, atrapalhada pela grande votação de Marina Silva, mas acabou se elegendo no segundo turno. Ao tomar posse, o ministério nomeado por Dilma Rousseff mostrava grande número de integrantes do primeiro escalão do ex-presidente. No decorrer do ano, mais precisamente no segundo semestre, começaram a pipocar denúncias sobre desvios de dinheiro público praticados por ministros e auxiliares diretos deles, levando-os à exoneração do cargo. Os ministérios focos dos 'malfeitos' foram:Casa civil, Agricultura, Transportes, Turismo, Esportes e Trabalho. Ainda estão na 'lista de espera' nos ministérios da Integração Nacional e da Cidades. Num  primeiro momento, Dilma chegou a ter sua imagem vinculada a quem se mostrava disposta a promover uma 'faxina' no primeiro escalão, mesmo com a coincidência dos praticantes dos 'malfeitos' serem praticados por ministros indicados por Lula;
  • Todos ainda se lembram de que a 'faxina' de Dilma arrefeceu quando as denúncias atingiam ministros do PMDB. Quando o denunciado foi um ministro do PT e antigo 'companheiro de armas' da presidente, mais especificamente Fernando Pimental, ministro da Integração Nacional, liberando exageradamente verbas para seu estado natal (Pernambuco), beneficiando politicamente seu filho e a ele mesmo e privilegiando outros parentes, a presidente cuidou pessoalmente de promover a blindagem de Pimentel, apostando no esquecimento por parte da mídia e muito mais da opinião pública. A imprensa andou focalizando muitos outros fatos e Pimentel 'submergiu' no noticiário. Eis que agora Elias Fernandes Neto, diretor de um órgão do Ministério da Integração, o Deparamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), pratica a mesma coisa de Fernando Pimental, distribui a maioria das verbas do órgão para seu reduto político, o Rio Grande do Norte, em detrimento de outros estados com problemas de seca, como o Rio Grande do Sul, por exemplo, com 66% de suas cidades atingidos pela seca durante longos meses;
  • E aí aparece ninguém menos que Fernando Pimentel promovendo verdadeira 'faxina' no Dnocs, numa tentativa de mudança de sua imagem de 'protetor de Pernambuco'. Mas o pior não é isso. Como acontece desde os tempos de Lula e mais evidente sob a direção de Dilma, os ministérios e seus principais órgão - preferencialmente aqueles que dispõem de volumosas verbas no Orçamento - não são cargos da confiança da presidente mas sim 'pertencem' aos partidos que indicaram os ocupantes dos cargos e em particular aos padrinhos dos nomeados. No caso de Elias Fernandes, o líder do PMDB, deputado Henrique Alves, afirmou categoricamente que não aceita a demissão de seu apadrinhado, segundo alguns fazendo veladas ameaças ao Governo no que diz respeito às posições a serem tomadas pelo partido em futuras votações de interesse do Palácio do Planalto. Para culminar, o próprio diretor do Dnocs afirma que não aceita sua exoneração antes da palavra final do Tribunal de Contas da União (TCU), declarando: "O que não posso aceitar é que esse número astronômico de R$ 312 milhões em irregularidades seja atribuído a mim", afirmando sobre a informação de que Pimental anunciou que vai mudar o comando do Dnocs: "Ele pediu o cargo, mas quero a palavra final do TCU. Depois disso, se vou ficar ou não no Dnocs, pouco me importa";
  • Como assim?! Não é o ministro quem decide se um auxiliar sai ou não do cargo? Não é a presidente Dilma quem determina se alguém vai ou não fazer parte de sua equipe? É o líder de um dos partidos que compõe a chamada 'base aliada' quem estabelece quem fica ou não num cargo chamado de confiança da autoridade maior? Parece que Dilma Rousseff foi colocada contra a parede. Se não reagir à altura, vai ficar bastante desmoralizada. Só falta ela ir até Lula para perguntar o que deve fazer para sair dessa autêntica 'saia justa'. Sai agora no blog da jornalista Cristina Lôbo a notícia de que caiu o diretor do Dnocs, mas seu padrinho e líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Henrique Alves, vai receber algum tipo de 'cala a boca'.

24 de janeiro de 2012

Quem deu 59% de aprovação ao Governo de Dilma Rousseff?

  • Está sendo divulgada uma pesquisa do Instituto Datafolha realizada na última semana mostrando que 59% dos brasileiros consideram a gestão da presidente Dilma Rousseff como ótima ou boa - um salto de 10 pontos percentuais em seis meses. Outros 33% classificam a gestão como regular, e 6% como ruim ou péssima - cinco pontos a menos que na pesquisa de agosto. Não responderam 2% dos entrevistados. A nota média do governo é 7,2. Ao completar um ano no Planalto, Fernando Collor tinha 23% de aprovação; Itamar Franco contava 12%; Fernando Henrique Cardoso teve 41% no primeiro mandato e 16% no segundo; e Lula alcançou 42% e 50%, respectivamente. A grande dúvida é saber-se onde foi feita tal pesquisa e quem foram as pessoas entrevistadas - o Datafolha ouviu 2.575 pessoas nos dias 18 e 19;
  • Há quem diga que o Datafolha entrevistou pessoas no Palácio do Planalto, nos ministérios ou nas ONGs que andaram recebendo dinheiro público para enriquecer algumas pessoas ou para reforçar os cofres de partidos da 'base aliada' em suas campanhas. Também pode ter havido entrevistas entre beneficiários do Bolsa Família ou entre pessoas que receberam moradias pelo programa Minha Casa Minha Vida. Entre estes, certamente não foram ouvidos os que saíram de favelas e foram para os apartamentos feitos pelo PAC e que seis meses após ocupados passaram a apresentar rachaduras nas paredes e nos tetos. Com certeza não foram entrevistados aposentados que receberam apenas 6.08% de reajuste pelo fato de receberem proventos superiores ao salário mínimo. Também não devem ter sido entrevistadas pelo Datafolha pessoas nas filas do SUS à procura de atendimento médico, nem outros que estavam no INSS tentando marcar data para uma perícia médica. Estudantes que fizeram a prova do Enem também não devem ter sido entrevistados;
  • Como pode quase dois terços da população estarem satisfeitos com um Governo que já teve nada menos que seis ministros que 'pediram pra sair' por estarem envolvidos em 'malfeitos', em menos de um ano de mandato da presidente Dilma - não esqueçamos que há mais dois como 'bola da vez -, com casos de desvio de dinheiro público sendo denunciados quase todos os dias? Não há ainda motivos para se colocar em dúvida a credibilidade do Datafolha. Nas pesquisas antes de eleições, por exemplo, o índice de acerto tem sido bastante elevado. Acontece que no caso dessa última pesquisa fica no ar uma grande dúvida, que é saber-se quais os critérios e a metodologia utilizada pelo instituto ou se há necessidade de ser feita uma outra pesquisa para que se apure se o brasileiro perdeu por completo sua capacidade de raciocinar.

23 de janeiro de 2012

Plebiscito da Reforma Política deveria ser ainda neste ano

  • A Câmara dos Deputados e o Senado passaram meses discutindo a Reforma Política sem que se observasse nenhum avanço favorável ao eleitor. Ela voltará a ser debatida pelos deputados federais, a partir de fevereiro e permanecem as propostas sobre as quais não há nenhum consenso. A falta de mudanças no atual sistema político do País certamente se refletirá no resultado das eleições municipais deste ano. No ano passado, com base nas promessas na campanha de 2010 sobre a Reforma, ficaram meses na discussão sobre as comissões especiais criadas na Câmara e no Senado, sobre o assunto. A falta de consenso fez com que as mudanças fossem adiadas, nada valendo, portanto, para este ano. Importante destacar que apenas 8% dos que foram eleitos foram escolhidos diretamente pelo povo, pois o restante se elegeu às custas do sistema vigente, que se utiliza do quociente eleitoral. Fica claro, então, que a imensa maioria dos que lá estão, ou seja 92%,  não vai querer mudar o sistema atual;
  • Surgiu agora a notícia de que o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) está propondo um plebiscito, paralelamente às eleições de 2014,  para o eleitorado manifestar-se sobre qual sistema eleitoral prefere, opinando, entre outros assuntos, sobre o financiamento público de campanhas. A proposta de Miro vem sendo bem aceita pelos parlamentares de partidos diversos em Brasília. O deputado fluminense que o o eleitor opine definindo qual sistema considera mais adequado para a eleição de deputados e vereadores: se o proporcional, o distrital, o distrital misto, o distritão ou o voto em lista fechada. Em entrevista ao jornal 'Extra', do Rio de Janeiro, Miro Teixeira declarou o seguinte: "Há hoje desconfiança natural e justa de parte da população sobre qualquer proposta de reforma política que saia do Legislativo, pois, em várias ocasiões em que isso ocorreu, tiraram poder do povo. As suspeitas são de que os parlamentares só vão aprovar mudanças que os favoreçam. Por isso, o plebiscito daria uma legitimidade maior à nova legislação";
  • A proposta de Miro Teixeira é interessante, pois provocaria a participação do eleitorado na vida política do País, pois a grande maioria tem sido totalmente alienada, com muita gente dando razão a Pelé quenado há décadas declarou que o brasileiro não sabia votar. O 'Rei' quase foi linchado, mas continua tendo razão. Tem eleitor que em um mês não lembra em quem votou, isso porque foi à urna obrigado. Dois anos parece ser um prazo muito longo para qualquer reforma somente vigorar a partir das eleições de 2016. Ainda faltam oito meses para a eleição deste ano e ser houver vontade política o plebiscito poderia ser realizado ainda este ano. Afinal, os eleitores sempre ficam um pouco mais 'ligados' quando a eleição diz respeito à sua cidade. É certo também que em eleições gerais - para presidente, governador, senador, deputado federal, deputado estadual e deputado distrital (em Brasília) - há o horário obrigatório no rádio e na TV, mas nada impediria que os candidatos a prefeito e vereador participassem da discussão com os eleitores, além dos esclarecimentos, também obrigatórios, que seriam transmitidos pela mídia;
  • De qualquer forma, com ou sem plebiscito, já é hora de ser aprovada lei proibindo o financiamento de campanhas por pessoas jurídicas, além de o Supremo Tribunal Federal (STF) definir de uma vez por todas a vigência da Lei da Ficha Limpa, o que proporcionaria de imediato um autêntica reforma política, que seria o banimento da vida política dos País aqueles que procuram se abrigar em mandatos eletivos para esconder seus 'currículos', que na verdade são autênticas 'folhas corridas'.

19 de janeiro de 2012

Mais um gol de Romário

Romário também é 'fera' na política
  • "O tetracampeão de futebol contraria os prognósticos e se torna um craque também no Congresso, respeitado por adversários e reconhecido como um dos parlamentares mais influentes do País". É asim, com o título acima, que tem inícia reportagem nas páginas 44/46 da revista semanal "Istoé", em sua edição nº 2.200, do dia 11 deste mês. A reportagem chama a atenção para o fato de que quando foi eleito deputado federal pelo PSB com quase 150 mil votos muitos pensavam que Romário seria incapaz de na condição de parlamentar conseguir o mesmo sucesso que sempre teve nos gramados do Brasil e do mundo. Numa enquete realizada pelo site Congresso em Foco que teve a participação de milhares de internautas, o deputado do Rio de Janeiro foi considerado o quinto melhor entre 583 outros colegas - são 513 eleitos mais 70 suplentes que assumiram mandatos entre fevereiro e dezembro de 2011 -, algo não provável para um deputado em primeiro mandato e sem nenhuma esperiência na política partidária. A "Elite Parlamentar 2011", estudo elaborado pela Arko Advice, uma empresa de consultoria baseada em Brasília, incluiu Romário entre os 105 melhores parlamentares de 2011 - foram apotandos 64 deputados federais e 41 senadores -, em mais demonstração do trabalho eficiente por ele realizado em seu primeiro de mandato;
  • Uma boa parte da mídia chegou a comparar a eleição de Romário no Rio de Janeiro com a do palhaço Tiririca, dada a mania que os paulistas têm de votar em nomes incomuns como forma de protesto contra os políticos. É só lembrar de um rinoceronte do Zoológico de São Paulo que, nas eleições de outubro de 1959 para vereador da cidade, ganhou cerca de 100 mil votos. Naquela ocasião, a eleição era realizada com cédulas de papel e os eleitores escreviam o nome de seu candidato de preferência. Cacareco foi um dos mais famosos casos de voto de protesto ou voto nulo em massa da história da política brasileira, uma vez que se tornou o "candidato" mais votado do pleito: o partido mais votado não chegou a 95.000 votos. A idéia de lançar o animal como candidato teria sido do jornalista Itaboraí Martins, em protesto contra o baixo nível dos outros 450 concorrentes. O fato se tornou notório e serviu como referência para várias análises de percentuais no Brasil de voto nulo e dos chamados votos de protesto. Antes de Tiririca, com seus 1 milhão e 500 mil votos, os paulistas já dado mais de um milhão de votos ao professor Enéas Carneiro, com suas legendas servindo para eleger mais cinco deputados, um deles com menos de 300 votos;
  • Romário é algo diferente, pois tem surpreendido muita gente e vem recebendo elogios de parlamentares dos mais variados partidos. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse o seguinte sobre Romário: "Ele foi um dos maiores atletas do planeta e está se mostrando também um deputado federal de alto nível". Como homem proveniente do Esporte, mais especificamente do futebol, ele tem tido atuação destacada na fiscalização dos gastos públicos relativos à Copa do Mundo de 2014. Em recente audiência pública da Comissão Especial da Lei Geral da Copa, na presença do Secretário Geral da Fifa e do presidente da CBF, Romário disse que a reunião era um circo, ganhando apoio de outros parlamentares, acabando com audiência antes do tempo, porque parlamentares e cartolas do futebol estavam a ponto de saírem no tapa;
  • Outro ponto em que o "Baixinho" tem obtido sucesso é no que diz respeito às pessoas com deficiência física, inspirado em sua filha Ivy, que tem Síndrome de Down. Junto ao Comitê organizador da Copa, Romário conseguiu a garantia de uma cota de 30 mil ingressos gratuitos para que portadores de necessidades especiais possam assistir a jogos da competição. A reportagem termina com Romário falando sobre sua meta principal na Câmara, que são as pessoas deficientes: "Vou lutar para melhorar a vida dessas pessoas. Essa é minha maior bandeira". Mais um golaço de Romário!

18 de janeiro de 2012

No meu tempo

  • Com este título, transcrevo a seguir interessante artigo de Zuenir Ventura publicado na edição de hoje de 'O Globo'. Valer a pena ler:
"O tempora! O mores!" já dizia o velho Cícero em latim e repetíamos em português no colégio: "Que tempos! Que costumes". Mas não só os costumes e a moral mudaram com o tempo, o clima e a linguagem também. Na minha época, por exemplo, havia quatro estações por ano, não por dia. O capitão era o último a abandonar o navio, não o primeiro como o do Costa Concordia. As chuvas de verão eram esperadas, não uma surpresa para as autoridades. Doações que não chegavam às vítimas não eram "desvios de verba", mas roubo de dinheiro, literalmente. Político que garantia deixar o cargo morto morria de fato, se suicidava, não saía na maior cara de pau para presidir um outrora respeitável partido.

Suposto bandido não carregava adjetivo, só arma, era bandido, e ponto final. Mais de R$ 200 milhões na conta de um magistrado ou funcionário de um tribunal do Rio de Janeiro era considerado um escândalo, não "movimentação financeira atípica". Na terra do Ancelmo, já se faziam saliências embaixo do edredom, mas como as que acabam de ocorrer entre um modelo e uma estudante no Big Brother 12, causando tanta polêmica e a eliminação do rapaz. Só que no nosso tempo não seria preciso recorrer à polícia para descobrir se eram "carícias consentidas" ou abuso sexual.

A Europa, outro dia, servia de modelo e exemplo para todo mundo; hoje é uma velha dama decadente, a cada dia mais humilhada e rebaixada, carente de socorro até dos países emergentes. Em passado não muito distante, o seio feminino era tido como um espaço perfeito, irretocável, ao mesmo tempo zona erógena e fonte primeira de alimentação do ser humano. A moda de "consertá-lo" por imposições cosméticas transformou-o de produtor de leite materno em depósito de silicone capaz de sujeitá-lo aos riscos de nódulos, inflamações e infecções, como está ocorrendo de maneira absurda no Brasil.

Joelhada e ponta pé acima do pescoço davam desclassificação em qualquer esporte. Agora dão consagração. Vejam esse trecho da cobertura da última exibição dos chamados gladiadores do terceiro milênio: "O golpe (aquele chute "cinematográfico" de Edson Barboza no rosto do inglês Terry Etim) levou a torcida à loucura e foi elogiado como um dos mais belos da História do UFC". No meu tempo, "belo" pontapé era o que se dava na bola, não na cara do adversário. Afinal, uma coisa parece não ter mudado: hoje, prende-se um bicheiro do mesmo jeito que antigamente - para soltar depois, como deve acontecer com Anísio Abraão, da Beija-Flor, daqui a pouco, até o carnaval.

Anvisa 'come mosca' e eu pago mais pelo meu plano de saúde?

  • Há algumas décadas, a revista 'Manchete', a mais colorida da época, publicava edições especiais após o carnaval, onde se destacavam as fotos dos desfiles de escolas de samba e de blocos, dos concursos de fantasias luxuosas e principalmente dos bailes que eram realizados no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e em diversos clubes. Por volta dos anos 1970 algumas meninas ficaram mais saidinhas e, a exemplo dos desfiles dirigidos por Joãosinho Trinta na Beija-Flor de Nilópolis, passaram a fazer topless dos salões dos clubes. Numa dessas edições da 'Manchete' uma foto foi muito comentada. Nela, uma bem nutrida jovem colou um adesivo entre os seu par de airbags com os seguintes dizeres 'Não contém derivados de petróleo', garantindo que o que ela exibia era puro produto da natureza. Era porque naquela ápoca esteja surgindo a modo de se colocar prótese de silicone para turbinar os peitos da mulherada;
  • Nos últimos dias, cerca de 40 anos depois, as próteses de silicone estão na crista da onda do noticiário, isto porque descobriu-se que duas marcas do material utilizado em algumas milhares de mulheres turbinadas eram feitas com produto de baixa qualidade, com riscos de rompimento e consequente problemas para a saúde das falsas peitudas. Inicialmente, o assunto deveria começar pelo Procon, sendo acionado o Código de Defesa do Consumidor. Era a mesma coisa que comprar o liquidificador e o mesmo não triturar frutas nem legumes. Além disso, um órgão do Governo Federal encarregado de garantir a qualidade do silicone, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), teria 'tomado bola nas costas', deixando que as duas fabricantes de próteses entrassem no mercado sem fiscalizar adequadamente a qualidade deles. Como estamos no Brasil, não é improvável que algum 'jeitinho brasileiro' possa ter ocorrido para liberar as próteses. Também não se descarta a incapacidade e a falta de técnicos competentes da Anvisa para analisar o material, uma vez que as agências hoje servem de cabide de emprego para muitos companheiros da 'base aliada' do Governo;
  • Agora, por conta desse problema, surgiu algo incrível. O Governo está determinando que o SUS e os planos de saúde paguem pela reposição dos airbags turbinados. Os planos de saúde já avisaram que vão repassar a todos os associados os custos dessa correção, provocada pela falta de fiscalização da Anvisa. Quer dizer, então, que a mulherada gastou de R$ 10 mil a R$ 15 mil por pura vaidade e em busca de uma melhor estética e eu e meus familiares vamos ter aumento do valor das mensalidades dos nossos planos? Afinal, o que nós temos a ver com essa peitaria feita com material impróprio? E o SUS? Por  qual razão também utilizar seus recursos para repor a peitaria errada, quando faltam recursos para hospitais e serços de Saúde em geral? É uma característica desse Governo sempre fazer algum tipo de demagogia quando surge um problema causado por falha administrativa. Mas essa é demais. Quem teve até R$ 15 mil para se turbinar, que pague pela reposição correta de suas próteses.

16 de janeiro de 2012

Depois da 'indústria da seca', surge a 'indústria das enchentes'

  • Por volta dos anos 1940/1950, muitos políticos nordestinos se elegeram e se reelegeram às custas do que se chamou na época de 'indústria da seca'. De acordo com a enciclopédia virtual Wikipédia , era o planejamento dos grupos políticos e econômicos que se aproveitam do fenômeno natural da seca da região Nordeste do Brasil em beneficio próprio, para receber doações do governo de outro Estado e usá-las para seu próprio uso. Era um fenômeno político segundo o qual latifundiários nordestinos e seus aliados políticos nas diversas esferas de governo utilizavam a seca para angariar recursos públicos a pretexto de combatê-la. O recursos eram aplicados em benfeitorias em suas propriedades particulares, como por exemplo, a utilização de "frentes de trabalho", pagas pelo Governo, para construir açudes em suas terras. Tais recursos eram desviados para finalidades distintas das atividades agropecuárias ou combate à seca. A seca era, portanto, em excelente cabo eleitoral para os políticos, além de um meio de alavancarem seus patrimônios pessoais;
  • Hoje existe, principalmente no Rio de Janeiro, algo similar, que é a 'indústria das enchentes', isto por conta das obras emergenciais, como são denominadas, que podem ser contratadas sem licitação, dado ao caráter de urgência das mesmas e em razão dos problemas sociais provocados em especial pelos deslizamentos de encostas com o consequente desabamento de moradias. Nessas ocasiões, os governantes aparecem - não há como não se relembrar da 'cara de bebê chorão' do governador Sérgio Cabral ao lado da presidente Dilma Rousseff quando ela visitou Nova Friburgo poucos dias depois da tragédia do ano passado - prometendo disponibilizar recursos para minorar o sofrimento das pobres e coitadas vítimas. Em janeiro do ano passado, prometeram aos friburguenses a imediata construção de mais de 5 mil casas populares financiadas pelo Governo Federal. Um depois e após novas enchentes, nenhuma parede foi levantada naquela cidade da Região Serrana. Sérgio Cabral declarou que ainda em 2012 as casas serão construídas. Quem acredita em Papai Noel, Saci Pererê e outros seres folclóricos pode esperar;
  • Os políticos beneficiários da 'indústria das enchjentes' hoje agem de modo bastante diferenciado de como agiam os políticos do Nordeste. Segunda denúncias, as obras emergenciais são contratadas com valores até dez vezes maiores que os normais, com as 'sobras' sendo transferidas para os políticos, seus 'laranjas' e até mesmo para os partidos da 'base aliada' do Governo que disponibilizou os recursos sem os empecilhos da Lei das Licitações. Daí a um ano nada terá sido feito e muitos ficarão mais ricos. O povo? Pouco estão 'se lixando' para o povo. Isso já aconteceu em Angra dos Reis, no Morro da Carioca; em Niterói, no Morro do Bumba, além das diversas cidades da Região Serra e outras do interior fluminense. E ainda aparecem políticos que foram pegos superfaturando os valores das obras e serviços não realizados, mas 'pagos' a empresas fantasmas, o que já provocou a queda de alguns prefeitos;
  • Fica aqui uma indagação. Até quando o povo vai continuar se deixando enganar por políticos corruptos e que só pensam em se eleger, usado para isso as tragédias e o sofrimento de pessoas que ficam à mercê da ajuda humanitária que sempre aparece nessas ocasiões? Quantas tragédias e roubos de dinheiro público serão necessários para que o eleitor entenda que já é hora de banir tais figuras da vida política do País?

14 de janeiro de 2012

Se tocarem sirenes nas enchentes do RJ, corram que vai chover!

  • Pior do que o ministro da Integração, Fernando Bezerra, destinar 90% das verbas para obras de prevenção às enchentes para seu Estado e base política, Pernambuco, atitude que parece ter o aval da presidente Dilma Rousseff, certamente foram outras omissões em relação a outros estados, em especial as de que foram vítimas as cidades da Região Serrana do Rio de Janeiro, destacando-se Nova Friburgo e Teresópolis. Não se nega o direito dos pernambucanos vítimas também das chuvas terem direito a ajuda, mas se antes houve desvios privilegiados para favorecer outro ministro, mais precisamente seu Estado reduto político, a Bahia.Os recursos deveriam ter chegado a Pernambuco muito antes e não agora, deixando as cidades do Rio de Janeiro sem socorro;
  • Os governantes prometeram construir milhares de casas para aqueles que ficaram desabrigados por causa das enchentes do ano passado. Prometeram também reconstruir 75 pontes danificadas, mas só fizeram uma, que ainda não está totalmente concluída. As pontes serviam para as pessoas poderem se movimentar normalmente, além de ser via importante para escoamento da produção daqueles locais, em sua maioria compostas de hortifrutigranjeiros. Obras em encostas, somente algumas poucas. Das 170 que são necessárias, apenas 8 foram feitas;
  • Já o governador do Rio de Janeiro, o 'parisiense' Sérgio Cabral, anunciou a implantação de um moderno sistema de monitoramento e prevenção de catástrofes provenientes das chuvas, com sirenes nas áreas de risco, que darão alertas quando houver a possibilidade de precipitações pluviométricas - muito bonito este termo - que possam causar deslizamento de encostas e consequentes desabamentos das casas. É isso mesmo. Providenciar a retirada das pessoas que moram naqueles locais? Nada foi feito para isso. A tradução é: 'se vier chuva forte, corra daí para não morrer, procure abrigo e volte depois que o local secar'. É certo que o povo a cada perspectiva de chuvas fortes não quer ouvir sirenes para poder fugir, nem prefere morar em locais onde não haja risco de perder tudo que tem e principalmente com a possibilidade de morrer, juntamente com seus familiares;
  • É lógico que o grande volume de verbas liberadas para um determinado Estado para favorecer eleitoralmente um ministro e seus familiares políticos provoca a morte de pessoas cujas cidades não receberam nenhum tipo de ajuda. No entanto, as cidades da Região  Serrana não poderiam ser deixadas de lado, da mesma forma que minha cidade natal (Palmares, em Pernambuco), grandemente castigada pelas chuvas em 2010. Depois de dois ministros da Integração que usaram verbas para fazer 'jogada para a arquibancada' destinadas aos eleitores de seus estados, é de se esperar que a presidente Dilma Rousseff, dispensando ou não Fernando Pimentel da pasta, faça com que aquele ministério seja realmente um órgão de integração nacional, tratando de modo igual todas as unidades da Federação, de acordo com suas necessidades, integrando-se também com outros ministérios para solucionar os problemas, sem conotação política mas sim pensando no bem estar da população.

13 de janeiro de 2012

Jogo do Bicho legalizado poderia ser mais um jogo da Caixa

  • No momento em que se divulga amplamente a prisão de Aniz Abrahão David e o juiz da 23ª Vara Criminal, Daniel Vianna Vargas, converte em preventiva a prisão dele em flagrante por formação de quadrilha armada ocorrida na quarta-feira por agentes da Coinpol, volta a ser questionada e discutida e legalização do Jogo do Bicho. Há também a ideia de transformar em crime o que agora é considerado pela Justiça como contravenção. Na realidade, o que assusta muita gente com uma possível legalização é em face da forte relação que existe hoje entre os chamados 'banqueiros' e as escolas de samba, quase todas dirigidas ou patrocinadas pelos diversos comandantes do Jogo do Bicho no Rio de Janeiro. Há até entre os governantes fluminenses (governador e prefeito do Rio) quem nem queira discutir o assunto, pois o carnaval carioca é um grande 'vendedor' do Rio de Janeiro como pólo turístico;
  • O jornalista e crítico musical Nelson Motta aborda hoje esse assunto em sua coluna no jornal 'O Globo' destaca que o Jogo do Bicho é uma das poucas instituições no Brasil com mais credibilidade do que muitas outras, mas chama a atenção para o fato de que seus sorteios nunca tenham sofrido  nenhuma auditoria nos seus sorteios, até porque se trata de uma atividade ilegal, uma contravenção penal. Mas, em verdade, funciona em sua plenitude a famosa frase que vem impressa nos talões dos apontadores: "Vale o que está escrito";
  • Nelson Motta ressalva que a legalização é urgente, mas não tem sentido manter o Bicho privatizado, deixando-o para sempre nas mesmas mãos dos atuais contraventores, lembrando que o Poder Público, que administra tantos outros tipos de jogos, já tem estrutura, tecnologia e uma rede nacional, através das casas lotéricas, que tem se mostrado eficiente. Basta que se programe a sistemática zoológica em seus sistemas de jogos;
  • Ainda de acordo com o jornalista, a legalização poderia servir para arrecadar recursos para o sistema público de Saúde, transformando-se numa espécia de CPMF. Quanto ao provável desemprego dos atuais apontadores do Bicho, estes poderiam ser credenciados pela Caixa Econômica Federal (CEF) e trabalhar, como autônomos, utilizando modernas maquinetas eletrônicas ligadas ao sistema de loterias da CEF, cujos talões emitidos teriam agora uma garantia estatal. A ideia não é para ser desprezada. O Jogo do Bicho está arraigado nos costumes brasileiros e sua legalização serviria para acabar com o poder que hoje têm os 'banqueiros'. Há quem diga, à boca pequena, que a legalização do Bicho promoveria uma queda na renda mensal de muitas autoridades políticas e também de muitos policiais;
  • Quanto ao patrocínio das escolas de samba, é só oferecer espaço para publicidade em fantasias e alegorias, pois não faltaria quem quisesse expor suas marcas num dos maiores eventos populares do mundo. É só olhar para as camisas dos jogadores de futebol, que hoje são um verdadeiro catálogo publicitário. A grande vantagem é que as escolas poderiam publicar balancetes sobre suas finanças, sem necessidade de 'lavar' nenhum tipo de dinheiro. É só terem a chamada vontade política. Concluindo, Nelson Motta diz que com a legalização e controle pela CEF, ao invés dos atuais talões, o apostador passaria a receber um comprovante com a frase: "Vale o digitado".

11 de janeiro de 2012

Os Fernandos de Dilma Rousseff e seus 'malfeitos'

Fernando Pimentel
As enchentes de janeiro parecem que provocaram um desmoronamento que fez desaparecer o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Desde que 'O Globo' revelou suspeitas de prática de tráfico de influência em suas atividades de consultoria, que lhe renderam R$ 2 milhões em 2009 e 2010, o 'bombardeio' da mídia sobre ele era bastante intenso. Quando se esperava que a 'faxineira' Dilma Rousseff também desse uma 'vassourada' em Pimentel, a decepção foi geral. A presidente Dilma já havia sido mais suave com os ministros de partidos de maiores bancadas na 'base aliada', mas quando chegou a vez de um integrante do PT e seu antigo companheiro de armas, o que passou a se observar foi uma forte blindagem patrocinada pelo Palácio do Planalto. Primeiramente, um verdadeiro rolo compressor impediu que Fernando Pimentel comparecesse a qualquer comissão do Congresso Nacional para prestar esclarecimentos sobre suas 'consultorias' sem contrato nem relatórios. Depois, para fugir da imprensa, integrou duas vezes a comitiva de Dilma em viagens ao exterior, culminando com o sumiço de Pimentel em Genebra, na Suíça;

Fernando Bezerra
Por coincidência e muita sorte, um xará de Fernando Pimentel no ministério, Fernando Bezerra, Ministro da Integração Nacional, passou a ocupar bastante espaço na mídia por conta do uso de verbas destinadas à prevenção contra enchentes, que não foram repassadas como deviam aos Estados que haviam sido alcançados pelas chuvas em 2011, priorizando seu Estado, Pernambuco, com cerca de 90% dos recursos, objetivando alavancar sua candidatura a prefeito da capital Recife este ano ou a governador do Estado em 2014, além de outras 'jogadas' que beneficiaram um filho seu que é deputado federal, que teve todas as suas emendas ao Orçamento liberadas na totalidade e em tempo recorde. Com isso, o ministro/consultor ficou sumido do noticiário;

Fernando Haddad
Pois não é que um outro Fernando também tem deixado o Pimentel de lado. Agora é o ministro da Educação, Fernando Haddad (aquele do Enem vazado), que também ocupa espaço na imprensa, tudo por conta de sua pré-candidatura a prefeito de São Paulo, imposta ao PT e patrocinada pelo ex-presidente Lula, que não se conforma com as constantes derrotas de seu partido para candidatos do PSDB paulistano.Com isso, Fernando Haddad fala todos os dias sobre seu ministério ou sobre sua candidatura. Outras vezes, o nome dele é focalizado por Aloízio Mercadante, seu provável sucessor. Também através da senadora Marta Suplicy o nome de Fernando Haddad em à tona, visto que ela era candidata, mas Lula deu nela um 'chega pra lá' e lançou Haddad. Ontem, o Palácio do Planalto comentou que a presidente Dilma solicitou que Fernando Haddad não renunciasse agora ao ministério e esperasse a reforma ministerial que deve acontecer no final deste mês;

Fernando Collor
Como se pode ver, são dois Fernandos ofuscando Fernando Pimentel, que ainda tem a forte proteção de Dilma Rousseff, que não quis demiti-lo nem forçá-lo a 'pedir para sair'. Todavia, quando o Congresso Nacional retornar do recesso diversos parlamentares não vão deixar Pimentel sossegar, cobrando por todas as vias possíveis explicações sobre suas 'consultorias', que resultaram em contratos de 'clientes' junto à Prefeitura de Belo Horizonte, da qual foi prefeito e onde tem forte influência. Não foi só coincidência. E o interessante é que no Senado Federal tem um outro Fernando que agora faz parte da 'base aliada' e que no passado também foi 'caçado' pela imprensa e depois 'cassado' pela opinião pública, mas que hoje certamente será um ardoroso defensor dos Fernandos que hoje estão em tanta evidência. Eles se merecem...

10 de janeiro de 2012

Autoridades são responsáveis por muitas mortes nas enchentes

A notícia está no site do jornalista Claudio Humberto e parece estar com pelo menos um ano de atraso. Parece que o governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, acaba de chegar de mais uma viagem a Paris:

  • "Após três corpos serem encontrados em Jamarabá, em Sapucaia, no Centro Fluminense, depois de um deslizamento de terra provocado pela chuva, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, determinou reforço imediato das secretarias de Saúde e Defesa Civil para socorrer as vítimas do deslizamento. Outras 15 pessoas estariam soterradas depois da destruição de oito casas. Segundo a assessoria de Cabral, o governador conversou no começo da tarde desta segunda (9), com o prefeito Anderson Zanon, de Sapucaia. Trinta bombeiros já trabalham no resgate de pelo menos 15 pessoas que podem estar soterradas. Cabral determinou que os secretários de Defesa Civil, Sérgio Simões, e de Saúde, Sérgio Côrtes, desloquem-se com suas equipes".

Está a cada ano ficando comprovado que os políticos pouco estão se importando com vidas humanas. A cada início de ano as tragédias se repetem e se anunciam para o ano seguinte e muito pouco é feito para evitá-las. Em cada ocasião os governantes aparecem a anunciam providências que serão tomadas (e que quase nunca acontecem) e que vultosas verbas serão liberadas. Agora mesmo, saiu a notícia de que 75 pontes foram destruídas no Estado do Rio de Janeiro no ano passado e o Governo Federal prometeu reconstruí-las, mas apenas uma foi feita no município de Carmo, mesmo assim com meia pista. Quanto às outras 74, alega-se que faltaram projetos. E daí? Qual órgão do Governo foi disponibilizado para em caráter de urgência assessorar as prefeituras que não dispõem de técnicos? É preferível ter uma alegação para justificar a omissão do Governo;

Também existe outra culpa governamental nas tragédias. As prefeituras das cidades mais atingidas, em sua grande maioria têm responsabilidade pela existência de casas construídas em área de risco. Muitas delas concedem o 'habite-se', permitindo que famílias passem a residir em locais onde poderão ocorrer futuros desmoronamentos.Só pensam no IPTU que passarão a recolher aos cofres municipais. Também as operadoras de energia elétrica - Light e Ampla, no caso do Rio de Janeiro - são as primeiras a darem condições de moradia àqueles se estabelecem em locais condenados. É só solicitarem a ligação de energia que elas rapidamente atendem. Nenhum órgão governamental utiliza sua autoridade para impedir que isso aconteça;

E assim vamos assistindo a cada ano as mesmas tristes cenas de famílias desesperadas pela perda da vida de familiares e de seus bens, ao mesmo tempo em que também vamos assistindo os políticos da 'qualidade' dos recentes ministros da Integração, Gedel Vieira (Bahia) e Fernando Bezerra (Pernambuco), que escolheram seus Estados e redutos eleitorais para serem privilegiados com a maioria dos recursos liberados, em detrimento de outros mais necessitados, mas que não lhes renderiam votos. Ainda resta alguma esperança de que a presidente Dilma Rousseff, se não fizer uma reforma ministerial pelo menos faça uma reforma na mentalidade desses péssimos políticos que a cercam.

7 de janeiro de 2012

Integração privilegiar um Estado é provocar mortes nos demais

Não há nenhuma dúvida sobre o uso político e eleitoreiro do Ministério da Integração Nacional, Fernando Bezerra, destinando cerca de 90% dos recursos de sua pasta para prevenção de enchente para seu Estado natal, Pernambuco, além de favorecer o filho, o deputado federal Fernando Bezerra Coelho Filho (PSB-PE), com a liberação de emendas parlamentares da pasta. Ele foi o único deputado que teve todo os valores de suas emendas empenhado, ou seja, reservado no Orçamento para pagamento pelo ministério, num total R$ 9 milhões e 100 mil, conseguindo superar 219 colegas que também solicitaram recursos para obras s derem executadas pelo Ministério da Integração. Além do mais, também ficou comprovado que no orçamento da pasta para 2012 Pernambuco também continua sendo o Estado como destinação de maiores recursos que os demais. O ministro, por mera 'coincidência', é pré-candidato a prefeito de Recife pelo PSB. Não bastasse isso, Fernando Bezerra está sendo acusado de nepotismo ao agir para manter o irmão, Clementino Coelho, na presidência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf);

Levando-se em conta que em 2010, no último ano do mandato de Lula, o então titular daquele ministério, Gedel Vieira, da Bahia, fez a mesma coisa com seu Estado, em detrimento dos demais, cuja população havia sofrido com violentas enchentes em várias de suas cidades, pode-se afirmar que para essa gente cuidar de vidas humanas pouco interessa, principalmente se elas não forem eleitores seus em potencial. Desviam recursos destinados a minorar o sofrimento de muitos para fazer média eleitoreira em seus redutos eleitorais. De que valem os milhares de desabrigados pelas enchentes na Região Serrana do Rio de Janeiro no ano passado e os que ficarão desabrigados pelas chuvas deste ano? Não valem nada. Não são eleitores em Pernambuco. A população dos estados boicotados esquecem que tudo o que Fernando Bezerra faz é do conhecimento da presidente Dilma Rousseff. Afinal, não é ela a grande gerente de seu governo que Lula apresentou ao eleitorado? Agora é hora de pensar se valerá a pena dar a ela a maior votação proporcional do País num possível tentativa de reeleição em 2014 ou a alguém de seu partido.

6 de janeiro de 2012

Mais um na marca do pênalti

Trancrevo a seguir comentário do jornalista Carlos Chagas, ilustrando-o com excelente charge de SponHolz, por ser um tema bastante atual


'Farinha pouca? Meu pirão primeiro'

  • De novo em Brasília, apesar de só voltar ao palácio do Planalto segunda-feira, a presidente Dilma poderá ter incluído mais um nome em sua lista de possíveis ministros substituíveis na reforma prevista para este mês. É o titular da Integração Nacional, Fernando Bezerra, que fez a emenda ficar pior do que o  soneto, esta semana. Flagrado por haver destinado a Pernambuco 90% da verba liberada cujo destino era prevenir e recuperar cidades atingidas por enchentes, o ministro rebateu mas chutou contra sua própria meta e fez o gol. Declarou que não poderia discriminar seu estado natal só porque nasceu lá, quando na realidade não discriminou, mas privilegiou. Disse mais que agiu assim porque os projetos das cidades  pernambucanas  foram bem feitos, ao contrário das similares de outros estados. Com luvas de pelica, o governador de Minas, Antônio Anastásia, não reagiu. Nem Sérgio Cabral, do Rio. Mas deveriam, porque cidades  mineiras e fluminenses sofreram muito mais e continuam à míngua, em matéria de recursos. 
  • Ninguém sabe o que se passa na cabeça da presidente Dilma, em termos de mudanças no ministério, exceção das iniciativas óbvias que precisará tomar, como designar o  novo  ministro da Ciência e Tecnologia, com o deslocamento de Aloísio Mercadante para a Educação, dado o pedido de exoneração de Fernando Haddad para candidatar-se à prefeitura de São Paulo. Mais a designação do novo ministro do Trabalho, ocupado por um interino desde a queda de Carlos Lupi. Admite-se, ainda, a substituição de Mário Negromonte, das Cidades. Só para ficar na linguagem do futebol, porém, a verdade é que Fernando Bezerra encontra-se na marca do pênalti. E não como batedor.

5 de janeiro de 2012

Deputado recua e retira polêmico projeto da 'mordaça'

Notícia publicada hoje no site do jornal 'Estado de São Paulo' informa que o deputado federal Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) decidiu hoje retirar da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) o Projeto de Lei (PL) 2.301/11, que tinha o objetivo de proibir a divulgação de investigações de crimes cometidos por candidatos no período eleitoral. O projeto queria impedir a divulgação ou publicação de "sindicância, procedimento investigatório, inquérito ou processo, ou qualquer ocorrência de natureza penal" relativa a crimes culposos cometidos por candidatos durante os quatro meses de campanha. O parlamentar mineiro deve ter observado que sua proposição causou espanto e até mesmo revolta na opinião pública, bem como entre comentaristas políticos e blogueiros;

O parlamentar mineiro informou, em nota, que problemas técnicos de redação e de conteúdo suscitaram dúvidas quanto ao entendimento do texto. E afirmou na nota: "O objetivo do autor com a proposição era evitar exploração política contra candidatos no período eleitoral por infração culposa (não havendo intenção de crime, mas imperícia, imprudência ou negligência)". Em entrevista, ele salientou que não tinha intenção de amordaçar nada. Bonifácio de Andrada ressaltou que, do jeito que o projeto estava, dava impressão de mordaça, informando também que tinha intenção de fazer alterações no texto, que foi devolvido sem manifestação pelo relator na CCJ, deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA). Com a iniciativa de ontem, Andrada encerrou definitivamente a tramitação do projeto;

Ainda bem que o deputado Bonifácio de Andrada recou a tempo, pois se seu projeto viesse a ser aprovado e sancionado poderia vir a ser um autêntico 'tiro no pé', pois em alguns casos estaria impedindo que a oposição pudesse trazer para a campanha eleitoral a série de 'malfeitos' protagonizados por auxiliares diretos da presidente Dilma Rousseff, cujos crimes poderiam vir a ser enquadrados nos dispositivos da possível, livrando-os de serem lembrados pelos eleitores pelos desvios de conduta - e de dinheiro, principalmente -, que teriam sido considerados como 'sem querer', sem qualquer intenção.

Projeto de lei cria 'mordaça' para campanha eleitoral deste ano

Pode parecer incrível, mas um projeto de lei (PL 2.301/11) proposto pelo deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) e que pode ser votado pela Câmara dos Deputados ainda este ano impede a divulgação de investigações de crimes cometidos por candidatos no período eleitoral. O texto do projeto especifica que a restrição é relativa a crimes culposos, aqueles que são cometidos sem intenção, ocorridos nos quatro meses da campanha eleitoral. O PL determina a proibição de divulgação ou publicação de qualquer "sindicância, procedimento investigatório, inquérito ou processo, ou qualquer ocorrência de natureza penal" relativos a ilícitos cometidos por candidatos durante o período da campanha. De acordo com o projeto, quem descumprir a determinação estará sujeito a pena de prisão por três a oito anos, além do pagamento de multa de R$ 2 mil a R$ 15 mil. Caso a divulgação seja feita por funcionário público, o texto prevê que ele fique suspenso de 30 a 60 dias ou ainda suspensão de 90 dias. Em caso de reincidência, o responsável pode ser punido com demissão;

O deputado Bonifácio de Andrada admite que, do jeito que foi apresentado, o projeto dá impressão de mordaça. No entanto, ele garantiu que pretende fazer alterações no texto antes de sua tramitação. O projeto está, no momento, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara e foi encaminhado para ser relatado pelo deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA), que devolveu o projeto sem se manifestar, no fim de novembro. O deputado mineiro justificou seu projeto dizendo: "Não tenho objetivo de amordaçar nada. Queremos impedir que nos quatro meses da campanha um adversário invente alguma coisa para acusar um candidato. É para evitar a utilização de um fato que não é grave, sem intenção de fazer mal. Quando tiver dolo (intenção), não tem conversa";

Enquanto isso, prefeitos, governadores, partidos políticos e pré-candidatos já precisam respeitar as restrições estabelecidas pela Lei Eleitoral para a eleição deste ano, pois desde o início do ano nenhum órgão de administração pública pode distribuir bens ou benefícios que não estavam previstos. Estão liberados apenas programas sociais autorizados em lei e incluídos em orçamentos anteriores, além de casos de calamidade pública. O calendário com as datas em que passam a valer esta e outras restrições está no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Também desde o dia 1º de janeiro, está proibida a realização de programas sociais executados por entidades vinculadas ou mantidas por candidatos nas eleições de outubro. A lei eleitoral estabelece ainda que qualquer pesquisa de intenção de voto deve ser registrada nos tribunais competentes. Outra restrição passa a valer no dia 10 de abril, - 180 dias do primeiro turno - até a posse dos eleitos: nenhum agente público poderá aumentar salários de servidores públicos acima da inflação de 2012;

O que é estranho é que exatamente um deputado do PSDB, supostamente de oposição ao Governo, tenha apresentado tal projeto num momento em que vários membros do Governo estão sendo exonerados pela prática de 'malfeitos', como denominou a presidente Dilma Rousseff os atos de desvio de dinheiro público, com muitos dos que foram afastados de seus cargos tenham alegado que de nada sabiam sobre os 'malfeitos' que teriam sido praticados por auxiliares diretos, mas que seriam de sua responsabilidade impedir. Isso poderia ser enquadrado como 'crime sem intenção' não podendo, portanto, serem alvo de comentários na campanha eleitoral deste ano. Espera-se, então, que a tramitação desse projeto esdrúxulo fique 'patinando' na CCJ da Câmara, pois há muito coisa para ser mostrada na campanha deste ano que não deveria ser impedida de ser levada ao conhecimento do eleitorado.

4 de janeiro de 2012

Movimentos anticorrupção vão sair às ruas em 2012

  • O site Congresso em Foco informa que as eleições municipais serão o principal combustível em 2012 para os movimentos que levaram milhares de pessoas às ruas em 2011 para protestar contra a corrupção.  Diz ainda que os organizadores desses atos estão de olho no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a validade da Lei da Ficha Limpa para estas eleições, e que estão preparando uma ofensiva na internet contra candidatos a prefeito e vereador envolvidos em denúncias e com problemas na Justiça. A ideia é, independentemente do resultado do julgamento do Supremo, dificultar a vida de quem tem histórico pouco recomendável para ocupar cargos públicos;
  • O Movimento de Combate à Corrupção (MCC) foi responsável pelas manifestações que reuniram cerca de 30 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, no dia 7 de setembro, e outras 13 mil, em 12 de outubro. Os coordenadores do MCC apostam na organização virtual para dar continuidade às ações do grupo;
  • Para dirigentes da Amarribo, entidade de coalizão contra a corrupção criada em Ribeirão Bonito (SP), os brasileiros têm de encarar as eleições como uma oportunidade de exigir candidatos ficha limpa e realizar mais marchas em prol das reivindicações comuns, entendendo que o resultado do julgamento da Ficha Limpa e a reforma ministerial a ser anunciada pela presidenta Dilma também podem precipitar novas mobilizações;
  • Os coordenadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) acreditam que, apesar das facilidades da internet, o ano ainda será propício para mais marchas nas ruas, pois agora a população acordou para a necessidade de se fazer algo contra os desmandos políticos e que não há mais tolerância e isso tem acontecido no país todo. O MCCE foi responsável pela reunião das assinaturas que garantiram a apresentação do projeto da Lei da Ficha Limpa no Congresso. Agora, o MCCE quer centrar fogo na reforma política;
  • Resta agora à população em geral - os eleitores em particular - prestar mais atenção às mensagens emitidas durantes as manifestações, entendendo que os 'malfeitos' praticados por políticos, em especial ministros e seus auxiliares, significam que estão metendo a mão nos seus bolsos, pois o dinheiro público que engorda suas contaas bancárias e os cofres de seus partidos polítcos ao qual são filiados é proveniente dos impostos pagos pelos consumidores, ou seja, pelo cidadão/eleitor. Está na hora de dar um basta nisso tudo!

3 de janeiro de 2012

O livro proibido

Recebi e-mail com o comentário abaixo, que  estou transcrevendo. Acho válido dar uma olhada:

Repasso as informações abaixo, com a indicação de um site que nos possibilita o acesso grátis ao livro "O CHEFE", cujo autor é o jornalista Ivo Patarra.
 
Este livro divulga tudo aquilo que Lula e seus comparsas, ex-terroristas do PT e dos partidos aliados, não gostariam de ver publicado. É muita sujeira!

Vou guardar esta matéria num arquivo, para leitura em horas vagas, e sugiro que você faça o mesmo.
O Best Seller da Corrupção 



O jornalista Ivo Patarra levou 'O Chefe' a duas editoras, que recusaram a sua publicação.

JÁ QUE TODOS SE NEGARAM A PUBLICAR O LIVRO, QUE COMPILA TODOS OS ESCÂNDALOS DO DESASTROSO GOVERNO LULA, O AUTOR O COLOCA GRÁTIS NA INTERNET, PARA QUEM QUISER LER E GUARDAR NUM ARQUIVO!

PARA BAIXAR O LIVRO, ACESSE: 'O Chefe'