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31 de agosto de 2010

O futuro do PT

Transcrevo a seguir artigo de Lucia Hippolito, cientista política, historiadora e jornalista, especialista em eleições, partidos políticos e Estado brasileiro:

O PT nasceu de cesariana, há 29 anos. O pai foi o movimento sindical, e a mãe, a Igreja Católica, através das Comunidades Eclesiais de Base. Os orgulhosos padrinhos foram, primeiro, o general Golbery do Couto e Silva, que viu dar certo seu projeto de dividir a oposição brasileira.

Da árvore frondosa do MDB nasceram o PMDB, o PDT, o PTB e o PT... Foi um dos únicos projetos bem-sucedidos do desastrado estrategista que foi o general Golbery.

Outros orgulhosos padrinhos foram os intelectuais, basicamente paulistas e cariocas, felizes de poder participar do crescimento e um partido puro, nascido na mais nobre das classes sociais, segundo eles: o proletariado.

O PT cresceu como criança mimada, manhosa, voluntariosa e birrenta. Não gostava do capitalismo, preferia o socialismo. Era revolucionário. Dizia que não queria chegar ao poder, mas denunciar os erros das elites brasileiras.

O PT lançava e elegia candidatos, mas não "dançava conforme a música". Não fazia acordos, não participava de coalizões, não gostava de alianças. Era uma gente pura, ética, que não se misturava com picaretas.

O PT entrou na juventude como muitos outros jovens: mimado, chato e brigando com o mundo adulto.

Mas nos estados, o partido começava a ganhar prefeituras e governos, fruto de alianças, conversas e conchavos. E assim os petistas passaram a se relacionar com empresários, empreiteiros, banqueiros.

Tudo muito chique, conforme o figurino.

E em 2002 o PT ingressou finalmente na maioridade. Ganhou a presidência da República. Para isso, teve que se livrar de antigos companheiros, amizades problemáticas. Teve que abrir mão de convicções, amigos de fé, irmãos camaradas.

A primeira desilusão se deu entre intelectuais. Gente da mais alta estirpe, como Francisco de Oliveira, Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho se afastou do partido, seguida de um grupo liderado por Plinio de Arruda Sampaio Junior.

Em seguida, foi a vez da esquerda. A expulsão de Heloisa Helena em 2004 levou junto Luciana Genro e Chico Alencar, entre outros, que fundaram o PSOL.

Os militantes ligados a Igreja Católica também começaram a se afastar, primeiro aqueles ligados ao deputado Chico Alencar, em seguida, Frei Betto.

E agora, bem mais recentemente, o senador Flávio Arns, de fortíssimas ligações familiares com a Igreja Católica.

Os ambientalistas, por sua vez, começam a se retirar a partir do desligamento da senadora Marina Silva do partido.

Afinal, quem do grupo fundador ficará no PT? Os sindicalistas.

Por isso é que se diz que o PT está cada vez mais parecido com o velho PTB de antes de 64.

Controlado pelos pelegos, todos aboletados nos ministérios, nas diretorias e nos conselhos das estatais, sempre nas proximidades do presidente da República.

Recebendo polpudos salários, mantendo relações delicadas com o empresariado. Cavando benefícios para os seus.Aliando-se ao coronelismo mais arcaico, o novo PT não vai desaparecer, porque está fortemente enraizado na administração pública dos estados e municípios. Além do governo federal, naturalmente.

É o triunfo da pelegada.

Lula diz que "fará misérias" até o fim do mandato

"Tem gente que fica falando aqui como se eu já tivesse ido embora, mas ainda tenho quatro meses e alguns dias de governo. Alguns falam como se eu já tivesse ido. Tem gente que se mata para ser presidente por um dia e ainda tenho quatro meses e alguns dias. Ainda tenho a caneta para fazer muita miséria nesse país". Essa palavras foram proferidas recentemente pelo presidente Lula. Em artigo publicado hoje em 'O Globo', a jornalista Miriam Leitão diz: "O sentimento é um perigo. O presidente Lula já está fazendo miséria. Atropelou o calendário eleitoral, zombou das multas na Justiça, pôs o governo que dirige para trabalhar pela sua candidata como se a máquina pública fosse um partido político.Em relação aos dias de mandato que Lula ainda tem, Miriam Leitão aborda a questão de um possível "já ganhou" que se revela nas hostes da candidata Dilma Rousseff, com gente até falando em "fatias do bolo", já reivindicando cargos num futuro governo da petista;

Miriam começa seu artigo afirmando: "Então é isso? Uma eleição cuja campanha começou antes da hora acabou antes que os votos sejam depositados na urna? A vencedora de véspera já estendeu a mão, magnânima, à oposição; seus dois maiores caciques começaram uma briga intestina; cargos são distribuídos entre os partidos da base e os assessores já preparam os planos e projetos. Fala-se do futuro como inexorável". A jornalista de 'O Globo' destaca: "O quadro está amplamente favorável a Dilma Rousseff, mas é preciso ter respeito pelo processo eleitoral. Se pesquisa fosse voto, era bem mais simples e barato escolher o governante. Imagina o tempo e o dinheiro poupado se pesquisas, 30 dias antes do pleito, fossem suficientes para o processo de escolha?" No artigo, Miriam também enfatiza: "Então é isso? Uma eleição cuja campanha começou antes da hora acabou antes que os votos sejam depositados na urna? A vencedora de véspera já estendeu a mão, magnânima, à oposição; seus dois maiores caciques começaram uma briga intestina; cargos são distribuídos entre os partidos da base e os assessores já preparam os planos e projetos. Fala-se do futuro como inexorável".

É por causa de tais comportamentos que o eleitorado vem se mostrando bastante volúvel, mudando de posição várias vezes, muitos estando totalmente em duvida quanto à sua escolha não só para Presidente da República, mas também relativamente aos demais cargos que serão votados em 3 de outubro. Isso comprova a cada dia que passa que os candidatos estão deixando de ser conhecidos como realmente são diante dos eleitores, aparecendo para eles de acordo com a "embalagem" que lhes sejam dada pelos seus marqueteiros, hoje os grandes personagens das eleições. E são essas "roupagens" que induzem o eleitorado a se posicionar em relação à escolha que deve fazer, sem procurar se informar sobre quem realmente seja a melhor opção para representá-lo.

Os barrados pela Lei da Ficha Limpa


O site Congresso em Foco publica relação com todas as candidaturas que foram até agora indeferidas pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa, conforme a seguir:

Acre

Francisco Rodson dos Santos Souza (Pastor Rodson - PR), dep. federal
Francisco Vagner de Santana Amorim (Deda - PP), dep. estadual
Jairo Cassiano Barbosa (PDT), dep. federal
José Altamir Taumaturgo de Sá (PRP), dep. estadual
José Bestene (PP), deputado estadual
José Gadelha das Chagas (Zezinho Gadelha - PCdoB), dep. estadual
José Raimundo Barroso Bestene (PP), dep. estadual
Lourival Mustafá de Andrade (Serraria - PCdoB), dep. estadual
Romildo Magalhães da Silva (PSC), dep. estadual
Vilseu Ferreira da Silva (PP), dep. estadual


Alagoas

Alberto José Mendonça Cavalcante (Sextafeira - PSB), dep. estadual
Eduardo Macedo Holanda (Dudu Holanda - PMN), dep. estadual
Gilberto Gonçalves (PRTB), dep. estadual
João Beltrão (PRTB), dep. estadual
Neno da Laje (PRTB), a dep. estadual
Joaquim Brito (PT), a vice-governador
Ronaldo Lessa (PDT), governador


Amapá
Fran Soares do Nascimento Junior (PMDB), dep. estadual
José Luiz Nogueira de Sousa (PT), dep. estadual
Marta Magno Barroso (PSC), dep. estadual


Bahia

Itamar da Silva Rios (PTB), dep. estadual
Jaldo Batista Souza (PRTB), dep. estadual
Osmar Rodrigues Torres (PTdoB), dep. estadual


Ceará

Adler Primeiro Damasceno Girão (PR), candidato a deputado federal
Antonio Luiz de Araujo Menezes (PMDB), dep. federal
Antonio Marcelo Teixeira Souza (PR), dep. federal
Antonio Roque de Araújo (Sineval Roque) (PSB), dep. estadual
Cirilo Antonio Pimenta Lima (PSDB), dep. estadual
Eduardo Florentino Ribeiro (PSDC), dep. estadual
Eugenio Rabelo (PP), deputado federal
Felipe Aguiar Fonseca da Mota (PR), dep. estadual
Francisco Carlos Macedo Tavares (PSB), dep. estadual
Francisco das Chagas Rodrigues Alves (PSB), dep. estadual
Francisco Edilmo Barros Costa (PR), dep. estadual
Francisco Jeanir de Carvalho Fontenele (PPS), dep. federal
Francisco José Cunha de Queiroz (PTC), dep. estadual
Francisco José Teixeira (PT), dep. estadual
Francisco Leite Guimarães Nunes (PMDB), dep. estadual
Francisco Rubens de Castro Maia Júnior (PV), dep. federal
Jesuíno Rodrigues de Sampaio Neto (PSDB), dep. estadual
Jocélio de Araújo Viana (PHS), dep. federal
José Evangelista Filho (PSDC), dep. estadual
José Gerardo Oliveira de Arruda Filho (Zé Gerardo) (PMDB), dep. federal
José João Alves Almeida (PTN), dep. estadual
José Ilário Gonçalves Marques (PT), dep. federal
José Wilson Alves Chaves (PP), dep. estadual
Luiz Ximenes Filho (DEM), dep. estadual
Manoel Salviano Sobrinho (PSDB), dep. federal
Maria Bethrose Fontenele Araújo (PRP), dep. estadual
Perboyre Silva Diógenes (PSL), dep. estadual
Raimundo Marcelo Carvalho da Silva (PV), a governador
Ronaldo Cesar Feitosa Alexandrino Cidrão (PR), dep. estadual


Distrito Federal

Benício Tavares (PMDB), dep. distrital
Cristiano Araújo (PTB), dep. distrital
Joaquim Roriz (PSC), candidato a governador


Espírito Santo

Luiz Carlos Moreira (PMDB), deputado estadual
Marcelino Fraga (PMDB), deputado estadual
Roberto Valadão (PMDB), deputado estadual
Gilson Gomes (PSDC), dep. estadual
José Carlos Gratz (PSL), a senador
Vasco Alves de Oliveira Junior (PSB), dep. estadual


Goiás

Betinha Tejota (PSB), dep. estadual
Chico Abreu (PR), dep. federal
Dirceu Ferreira de Araújo (PSDB)
Fábio Tokarski (PCdoB), dep. federal
Malvina Maria da Silva (PT), dep. estadual
Marlúcio Pereira (PTB), dep. estadual


Mato Grosso

Gilmar Donizete Fabris (DEM), dep. estadual
Jaime Marques Gonçalves (DEM), dep. estadual
Oscar Martins Bezerra (PSB), dep. estadual
Pedro Henry (PP), deputado federal
Willian Tadeu Rodrigues Dias (PSDB/DEM e PTB), dep. Federal


Mato Grosso do Sul

Eder Moreira Brambilla (PTN), deputado estadual
José Tomaz da Silva (PHS), dep. federal
Isoli Paulo Fontoura (PV), deputado federal
Raul Martines Freixes (PTdoB), dep. estadual


Minas Gerais

Adicio Dias Soares (PTN), deputado federal
Alfredo Pastori Neto (PSL), deputado federal
Athos Avelino (PPS), deputado estadual
Carlinhos Bouzada (PCdoB), deputado estadual
Carlos Alberto Pereira (PDT), deputado federal
Eduardo dos Santos Porcino (PV), deputado estadual
Francelino Silva Santos (PTdoB), deputado estadual
José Fuscaldi Cesílio (Tatico) (PTB), deputado federal
Leonídio Henrique Correa Bouças (PMDB), deputado estadual
Maria Lúcia Mendonça (DEM), deputada estadual
Patrícia dos Santos Martins Rocha (PMN), deputada federal
Pinduca Ferreira (PP), deputado estadual
Ronaldo Canabrava (PMN), deputado estadual
Silas Brasileiro (PMDB), deputado federal
Wellington José Menezes Alves (PCdoB), deputado estadual
Wellington Magalhães (PMN), deputado estadual


Pará

Antônio Armando (PSDB), dep. estadual
Benedito Augusto Bandeira Ferreira (PMDB), dep. estadual
Delvani Balbino dos Santos (PMDB), dep. estadual
Emerson Ferreira Monsef (PMDB), dep. federal
Francisco Aguiar Silveira (PMDB), dep. estadual
Genivaldo Ribeiro Araújo (PPS), dep. estadual
José Fernandes de Barros (PRB), dep. federal
José Roberto da Costa Martins (PCdoB), dep. estadual
Luiz Afonso de Proença Sefer (PP), dep. estadual
Luiz Furtado Rebelo (PP), dep. estadual
Nadir da Silva Neves (PTB), dep. estadual
Roselito Soares da Silva (PR), dep. estadual


Paraíba

Abmael de Sousa Lacerda (PMDB), candidato a deputado estadual
Cássio Cunha Lima (PSDB), a senador
Francisco Edilson da Silva Ribeiro (PCB), dep. estadual
Jacó Maciel (PDT), dep. estadual
João Marques Estrela e Silva (PDT), dep. federal
José Belo da Costa Filho (PT), dep. estadual
José Carlos de Souza (PP), dep. estadual
Leomar Benício Maia (PTB), dep. estadual
Marcio Roberto da Silva (PMDB), dep. estadual
Osvaldo Venâncio dos Santos Filho (PSL), dep. estadual
Salomão Benevides Gadelha (PMDB), dep. estadual
Sebastião Alberto Cândido (PPS), dep. estadual


Paraná
Alessandro Meneguel (DEM), deputado estadual
Antônio Casemiro Belinati (PP), dep. estadual
Antônio Ricardo dos Santos (PP), dep. federal
Carlos Roberto Scarpelini (PP), dep. federal
Erivan Passos Da Silva (PRTB), deputado estadual
Luiz Pereira (Padre Luizinho - PSB), dep. estadual


Pernambuco

Charles Lucena (PTB), dep. federal
Malba Lucena (PTC), dep. estadual
Jacilda Urquisa (PMDB), deputada estadual


Piauí

José Maria da Silva Monção (PTB),  dep. estadual
José Roncalli de Costa Paulo (PSDB), dep. estadual
Judson Barros (PV), dep. estadual
Paulo Cesar Vilarinho Soares (PTB), dep. estadual
Pedro Henrique de Arêa Leão Costa (PTB), dep. estadual


Rio de Janeiro

Alexandre Mocaiber (PSB), deputado estadual
Arnaldo França Vianna (PDT), dep. federal
Benedito Wilton de Morais (Broder - PSB), dep. estadual
Celso Alencar Ramos Jacob (PMDB), dep. federal
Darlei Braga (PMDB), deputado federal
Flávio Campos Ferreira (Dr. Flávio - PR), dep. estadual
Janilde Jesus Nonato Costa (PP), dep. estadual
José Bonifácio Ferreira Novellino (PDT), primeiro-suplente de senador
José Carlos Faria (PDT), dep. estadual
Narriman Felicidade Correa Faria Zito dos Santos (PRB), dep. estadual
Neilton Mulim (PR), deputado federal


Rio Grande do Sul

Adão Moacir Gegler (PTC)
Simone Janson Nejar (PTB)
Luiz Carlos dos Santos Olympio Mello (PSDB)
Reinaldo Antônio Nicola (PDT)
Luiz Carlos Repiso Riela (PTB)


Rondônia

Adilson Rodrigues Tulio (PPS), deputado estadual
Altamiro Souza da Silva (PMN), deputado estadual
Augustinho Pastore (PP), deputado federal
Carlinhos Camurça (PP), deputado estadual
Daniela Santana Amorim (PTB), deputada federal
Ernandes Amorim (PTB), deputado estadual
Expedito Junior (PSDB), a governador
Irandir Oliveira Souza (PMN), deputado estadual
Ivo Cassol (PP), senador
Jair Miotto (PPS), deputado estadual
João Ricardo Gerolomo de Mendonça (PTB), deputado estadual
José Carlos de Oliveira (Carlão de Oliveira) (PRB), deputado estadual
José Guedes (PMDB), deputado estadual
Joventino Ferreira Neto (PCdoB), deputado estadual
Marcos Donadon (PMDB), deputado estadual
Marlon Donadon (PRB), deputado estadual
Melkisedek Donadon (PHS), senador
Natan Donadon (PMDB), deputado federal
Oldemar Antônio Fortes (Gaúcho do Cujubim) (PT do B), deputado estadual
Ronilton Rodrigues Reis (Ronilton Capixaba) (PR), deputado. estadual
Samuel Marques dos Santos (PR), deputado federal
Sueli Aragão (PMDB), deputado estadual
Valdelise Martins dos Santos Ferreira (Val Ferreira) (PR), deputado federal
Zulmira Senhora de Brito (PMDB), deputado estadual


Santa Catarina

João Pizzolatti (PP), candidato a dep. federal
Marcos Aurélio Marcucci (PSDB), dep. estadual
Rogério Novaes (PV), governador
Sérgio Nercides de Oliveira (PMDB), dep. estadual


São Paulo

Aldo Josias dos Santos (Psol), candidato a vice-governador
Airton Garcia Ferreira (DEM), dep. federal
Aloisio Vieira (PSC), dep. estadual
Antônio Aparecido Rodrigues da Silva (PSL), a dep. federal
Antônio Dirceu Dalben (PPS), dep. estadual
Ataide Souza Pinheiro (Psol), dep. estadual
Carlos Aymar Srur Bechara (PSL), a dep. federal
Cesar Aparecido Nunes (PT), dep. federal
Diniz Lopes dos Santos (PR), dep. estadual
Edson Joaquim de Freitas (PP), dep. estadual
Elcio Fiori de Godoy, (PPS), dep. Estadual
Élio Aparecido de Oliveira (PSC), dep. estadual
Fábio Bello (PMDB), dep. estadual
Fauzi Nacle Hamucle (PP), a dep. federal
Félix Sahão Júnior (PT), a dep. federal
Francisco Esmeraldo Felipe Carneiro (PMN), a dep. federal
Francisco Rossi de Almeida (PMDB), dep. federal
Gildenor Alves Freire (PT), a dep. federal
Hélio Miachon Bueno (PMDB), dep. estadual
João Carlos Caramez (PSDB), dep. estadual
Joneide Gomes Lopes (PTB), dep. federal
José Gomes Custódio da Silva (PRP), dep. estadual
José Roberto Tricoli (PV), dep. estadual
Leonice da Paz (PDT), dep. estadual
Liberato Rocha Caldeira (PP), dep. federal
Liliana Medeiros de Almeida Aymar Bechara (PR), dep. estadual
Luciano Batista (PSB), dep. estadual
Luiz Antônio Dias da Silva (PDT), dep. federal
Márcio Chaves Pires (PT), dep. estadual
Maria Duarte (PTB), dep. estadual
Nelson Morale Junior (Psol), a dep. estadual
Névio Luiz Aranha Dartora (PSDB), dep. estadual
Paulo Henrique Pastori (PTC), dep. estadual
Paulo Maluf (PP), dep. federal
Paulo Roberto Gomes Mansur (PP), dep. federal
Raimundo Taraskevicius Sales (DEM), dep. estadual
Ricardo Rodrigues Pereira (PCB), dep. estadual
Ronaldo Ferreira da Costa (PPS), dep. estadual
Rosveres Celestino (PSB), dep. estadual


Sergipe
José Renato Vieira Brandão (Renatinho - PMDB), dep. estadual
Rubens Oliveira Bastos (Rubens Exator - PTdoB), dep. estadual


Tocantins

Abraão Cavalcante Lima (PPS), candidato a deputado estadual
Carlos Walfredo Reis (DEM), dep. estadual
José Carlos Teixeira Martins (PSDB), dep. estadual

30 de agosto de 2010

Eleição é mesmo coisa séria?

"A minha felicidade seria bastante se, às vésperas das eleições, os analfabetos começassem a ler e a enxergar o quanto são usados; os miseráveis, apesar dos pesares, tivessem um rompante de cidadania e votassem como uma consciência jamais vista; e os apadrinhados, sim, aqueles que até aqui garantiram a eleição de inúmeros fichas-sujas, num instante de lucidez, reagissem contra a própria índole e, envergonhados, partissem para a redenção em forma de voto. A minha felicidade seria ainda maior se pudesse, finalmente, olhar emocionado para um candidato que honrasse o meu voto, a minha cidade, o meus país", escreveu Ricardo R. Siqueira, de Niterói, RJ, na seção de carta dos leitores de 'O Globo' deste domingo;

Isto é um desabafo de um dos muitos cidadãos brasileiros desiludidos com o processo eleitoral, do qual muita gente, sob o manto do direito democrático, concorre e vence na disputa do direito de representar o povo nos poderes executivos e legislativos. Este ano, graças à Lei da Ficha Limpa alguns não estão conseguindo oferecer seus nomes ao eleitorado por conta de seus passado que os colocam na condição de fichas-sujas, levando a Justiça Eleitoral a impugná-los e negar-lhes o registro de suas candidaturas. Mas a grande maioria dos que concorrerão, até mesmo os de fichas limpas, vivem a enganar os eleitores com promessas que nunca irão cumprir - muitos são reeleitos por várias vezes, sempre com as mesmas promessas -, mas o povo continua acreditando neles e mantendo-os nos respectivos cargos onde nunca deveriam estar;

Outro leitor, Ariston Carvalho Oliveira, do Rio de Janeiro, também reclama na mesma seção de cartas: "Nos programas televisivos obrigatórios eleitorais nos defrontamos com candidatos boçais, interagindo com a ignorância vulgar de um palavreado deplorável. Tentam nos convencer com cinismos e discursos hipócritas. Criatividade zero. Criaturas estranhas, deploráveis, incompetentes e decadentes. Só falam abobrinhas e porcarias. Despreparados e redundantes nas mentiras, Incoerentes e na contramão da realidade. Extravagantes nos gestos e nas caretas, não conseguem transmitir o mínimo de confiança ao eleitor. No fundo, no fundo, só querem se arranjar e se dar bem. Haja saco para aturar...". Tanto um como outro demonstram o quanto o processo eleitoral está se transformando num verdadeiro circo, na qual quem paga ingresso (os impostos) e obrigado a participar do show;

Seria muito bom que o brasileiro não fosse obrigado a votar, ou seja, que fosse adotado o voto voluntário, como ocorre em países desenvolvidos. Neles, vota quem quer, mas vota consciente. O voto obrigatório leva o indivíduo despreparado a aceitar qualquer oferta em troca de seu voto, acabando por eleger quem não tem a mínima condição de representá-lo nem de dirigir o País, seu Estado ou Município. Mas não há como esperar que o Congresso Nacional venha a adotar o voto não obrigatório, pois, afinal, é com esse voto "de cabresto" constitucional que a maioria dos parlamentares chega onde estão;

E é por esta razão que faltando pouco mais que um mês para a eleição muita gente ainda não saiba em quem votar. Os indecisos continuarão vendo pela TV ou ouvindo pelo rádio as mesmas promessas garantindo melhorias futuras na educação, transporte, saúde, transportes, segurança, habitação, isso feito inclusive por candidatos falando em continuidade de quem está governando, mesmo que o mandatário de plantão diga que todos este problemas estão solucionados e que vivemos numa autêntica Suíça. É mesmo pra lamentar.

27 de agosto de 2010

A minhoca corre atrás da galinha?

"José Serra, de forma intencional e reiterada, dedicou-se ininterruptamente a assacar afirmações falsas à honra objetiva e à imagem do autor com a finalidade de lhe denegrir a reputação frente à sociedade brasileira, razão pela qual deve lhe ser imposta condenação a indenização por danos morais". Isto um trecho da ação do PT contra José Serra, candidato do PSDB à Presidência. Como se sabe, o PT ajuizou nesta sexta-feira na Justiça do Distrito Federal ação de indenização por danos morais contra Serra, acusando o tucano de ter atentado “contra a honra” de Dilma Rousseff e do partido.Segundo a ação,  Serra teria ofendido a honra do PT e de Dilma ao acusá-los pela quebra de sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge. Serra responsabilizou a legenda e Dilma “por atos de espionagem e prática de táticas sujas em campanha eleitoral”;

Tem alguma coisa errada nisso aí. Pelo que a imprensa vem divulgando, parece que é José Serra quem deveria entrar com uma ação de "danos eleitorais", pois desde 2006 que gente do PT  (os famosos "aloprados" conforme estabeleceu Lula) ele vem sendo vítimas de dossiês que terminam por ser desmentidos por aqueles que certamente são os mentores dos mesmos e os principais interessados na descoberta de manchas na moral dos adversários dos candidatos do partido. Não livraram nem a cara de dona Ruth Cardoso. Sigilo fiscal e bancário para essa gente não são para serem respeitados como estabelece nossa Constituição. Já teve até caseiro tendo conta bancária bisbilhotada somente porque informou que Antonio Palocci tinha casa onde se reunia com lobistas que tinham casos a serem resolvidos junto ao Governo Federal e que contavam com uma "ajudinha" do homem forte para solucioná-los;

Nessa ação, vê-se que "a minhoca está correndo atrás da galinha". A coisa está invertida. Essa ação não é coisa séria. Serve apenas para por uma cortina diante do fato de que gente lotada na Receita Federal e ligada ao Governo não está produzindo alguns dossiês mas sim montando uma verdadeira indústria de invasão de privacidade, com 140 quebras de sigilo fiscal. Está faltando uma atitude enérgica do Governo Federal para punir essa gente. Será que isso vai acontecer?

Quebra de sigilo é crime e tem que ter punição!

A coisa está mais séria do que já parecia. Essa história de quebra de sigilo e vazamento de informações com objetivos políticos para formação de dossiês contra possíveis adversários da candidatura oficial está passando das medidas. Isso é crime e precisa ser apurado e os responsáveis punidos rigorosamente, independentemente de ter ou não patrocínio do comando da campanha de Dilma Rousseff, a candidata de Lula, exatamente onde estourou o escândalo da criação de dossiês tentando comprometer uma filha de José Serra (PSDB), e depois, o vazamento de dados fiscais de Eduardo Jorge, não coincidentemente vice-presidente do partido de Serra. Depois que a Justiça determinou que o dirigente do PSDB tivesse acesso aos dados da "investigação" que está sendo feita pela Receita Federal, descobriu-se que 140 pessoas dos mais diversos ramos de atividades tiveram  seus dados devassados através do computador de uma servidora sindicalista lotada no ABC;

Fica difícil não se atribuir a petistas a iniciativa de tais atitudes. Muita gente ainda se lembra de que no episódio do impeachment de Fernando Collor a CPI vivia sendo alimentada de informações sigilosas obtidas junto às diversas repartições federais por funcionários ligados ao PT. Eduardo Suplicy era um dos que estavam sempre apresentando novidades, principalmente quando havia câmaras de TV nas reuniões da comissão. Como tudo foi conseguido por meios ilegais, o Supremo acabou por absolver Collor por falta de provas. A cassação dele foi meramente política, porém, quer queiram ou não ilegal. Mas agora, ele faz parte da "base aliada" e já tem Lula como cabo eleitoral pedindo votos para o "caçador de marajás" se eleger governador em Alagoas;

Enfim, o que se quer é que Dilma Rousseff não só desminta e ainda queira processar José Serra por ele estar gritando contra o óbvio, que a "coincidência" de ter tanta gente ligada a ele tendo seus sigilos fiscais sendo vasculhados a torto e a direito. Cabe ainda ao Ministério Público Federal tomar enérgica atitude para que esses verdadeiros vândalos contra a privacidade alheia sejam exemplarmente punidos. Trata-se de uma quebra de um direito garantido pela Constituição e que não deve nem pode passar em branco.

26 de agosto de 2010

UPPs são válidas, mas Cabral crê em Papai Noel

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, candidato do PMDB à reeleição disse nesta quinta-feira, durante sabatina Folha/UOL que "é residual" a migração de criminosos para outras comunidades na capital fluminense, na região metropolitana e no interior após a instalação de Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs). Ele afirmou existe "marketing de quinta categoria" sobre o assunto nas eleições estaduais. É sabido que a Baixada Fluminense, por exemplo, está com vários bairros de Duque de Caxias, São João de Meriti e Nilópolis invadidos por traficantes, mas Sergio Cabral tem a coragem de afirmar: "A grande maioria do tráfico larga a arma e fica". Ele chegou a afirmar que, se renovar seu mandato, vai pacificar até o fim dele as quase mil comunidades carentes detectadas em todo o Estado;

Os traficantes largam as armas e ficam nas favelas? Para um governador experiente, ex-deputado estadual e ex-senador, com alto índice de aprovação de sua administração é líder em todas as pesquisas que o apontam como possível vitorioso já no primeiro turno, Sérgio Cabral querendo passar à população a ideia de que ela deve acreditar em Papai Noel, Saci Pererê, mula-sem-cabeça, duendes etc. Em diversos pontos da própria Capital e de municípios da Baixada os moradores observam um crescimento de bandidos próximos às suas residências, fato anteriormente inexistente, tudo depois que as UPPs começaram a ser implantadas nas favelas, estas sim beneficiadas com a pacificação local;

Na realidade, a implantação de mais UPPs deve ser implementada, pois os resultados das atuais têm ser reconhecidos. Elas estão comprovando seus resultados. As favelas estão realmente sendo pacificadas. Porém, o tráfico de drogas não está sendo reduzido em seu total, pois os líderes desse "comércio" nem os viciados podem conviver com uma drástica redução da "mercadoria" que uns vendem e outros, compram. Não bastam somente as UPPs. Há necessidade de que o Governo Federal tome atitude enérgica de combate à entrada das drogas no Brasil, em especial ao longo de suas extensas fronteiras com países "produtores", mesmo que eles sejam governados por "companheiros" bolivarianos.

Quebrado também o sigilo de Ana Maria Braga

A informação está no blog de Ricardo Noblat, sobre notícia do repórter Leandro Colon, de 'O Estado de São Paulo':

Apresentadora da Rede Globo teve declaração de renda violada a partir do mesmo computador que violou sigilo de tucanos

O computador que violou os sigilos fiscais de quatro tucanos também foi usado para abrir e imprimir a declaração de renda da apresentadora Ana Maria Braga, da Rede Globo. Os dados de Ana Maria foram acessados às 11h15 do dia 16 de novembro do ano passado no computador da servidora Adeildda Ferreira Leão dos Santos, na delegacia da Receita Federal em Mauá (SP). Semanas antes, no dia 8 de outubro, o mesmo equipamento acessou os dados do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de três pessoas ligadas ao alto comando do partido, conforme revelou ontem O Estado de S. Paulo. A consulta aos dados fiscais de Ana Maria Braga está na página 433 do processo aberto pela Corregedoria da Receita Federal para investigar o episódio envolvendo Eduardo Jorge;

Para muitos, especialmente para os fanáticos seguidores de Lula, pode parecer mais um factoide da oposição para desestabilizar a candidatura da "mulher do Lula" (como muita gente diz enganadamente), Dilma Rousseff, mas a confirmação da quebra de sigilo fiscal de pessoas diretamente ligadas ao candidato oposicionista José Serra realizada com a utilização de senhas restritas de funcionários da Receia Federal ligados a sindicatos dirigidos por petistas é por demais preocupante. Agora, aparece a notícia de que também a apresentadora da TV Globo também teria sido vítima de "aloprados" especializados em montagem de dossiês;

Se já não bastasse o ineditismo de um Presidente da República deixar de ser o titular do cargo mais elevado da hierarquia nacional por 24 horas, como ocorre no resto do mundo, e ficar viajando pelo país subindo em palanques para puxar votos para sua candidata, alegando que "cumpre expediente" da 8 às 18 horas, algo que "nunca antes na história do Brasil" aconteceu, a oposição, posicionamento político admitido em todas as nações democráticas do mundo, conta com essa verdadeira guerrilha para minar qualquer candidatura que possa impedir que a escolhida de Lula chegue à vitória nas próximas eleições;

Os seguidores de Lula, Dilma & Cia. vão sempre alegar que a candidata não tem nada a ver com essa ação de "aloprados", fato não verdadeiro quando se sabe que esse assunto surgiu a partir informação de membro do comando da campanha de Dilma, que foi em seguida afastado do comitê central. Depois que o vice-presidente do PSDB (partido de José Serra) foi atingido, a Receita Federal promoveu uma "investigação", à qual o maior atingido somente apelando à Justiça teve acesso aos dados de tal inquérito. Depois disso, viu-se que quase dez dossiês foram montados com base nessa quebra de sigilo não autorizada feita por servidores daquela repartição fiscal;

Tudo isso é muito preocupante em face da forte presença de sindicalistas em cargos técnicos, onde servidores públicos cumpridores de seus deveres deveriam estar. Ocorre, entretanto, que poderes são dados a "companheiros" que de tudo são capazes para agradar seus superiores e, principalmente, criando meios para evitar que percam com uma possível alternância de poder os polpudos salários que recebem pelo exercício de cargos em comissão para os quais nunca deveriam ter sido nomeados.

Obs.: Também foi anunciada a quebra ilegal pela mesma "equipe" dos sigilos  de Samuel Klein, empresário polonês que fundou as Casas Bahia, Michael Klein, diretor-executivo da rede, Maria Alice Pereira Klein, mulher de Michael, e Rapahel Oscar Klein, neto de Samuel e herdeiro da empresa.

25 de agosto de 2010

Gabeira mostra quem é a "democrata" Dilma



“Todos os ex-guerrilheiros dizem que estavam lutando pela democracia. Mas se você examinar o programa que tínhamos naquele momento, queríamos uma ditadura do proletariado". A declaração é de Fernando Gabeira (PV), candidato a governador do Rio de Janeiro ao participar da sabatina Folha/UOL realizada nesta quarta-feira, comentando a atuação de Dilma Rousseff (PT) em grupos armados durante a ditadura militar (1964-1985), que tem afirmado em seus programas no horário eleitoral obrigatório que sua participação visava a redemocratização do país. Gabeira acrescentou o à sua declaração: "Esse é um ponto de separação do passado. A luta armada não estava visando a democracia, ao menos não no seu programa";

Fernando Gabeira fez questão de não deixar nenhuma dúvida quando à sua atuação - e também a de Dilma - durante o período dos governos militares: "Você não pode voltar atrás, corrigir seu passado e dizer que estava lutando pela democracia. Havia muita gente lutando pela democracia no Brasil, mas não os grupos armados, que tinham como programa esse processo de chegar à ditadura do proletariado";

A verdade é que Fernando Gabeira tem credibilidade quanto ao que diz, pois foi, juntamente com a candidata de Lula, um ativista nessa chamada "luta contra a ditadura", não concordando com a figura de democrata que Dilma Rousseff vem tentando demonstrar na sua propaganda oficial. Se eleita, certamente poderá ser aquela para quem os princípios da Democracia não sejam os que aparenta, mas sim aqueles  do seu programa de governo que tão rapidamente anexou juntamente com o pedido do registro de sua candidatura à Justiça Eleitoral, "rubricando sem ler", e rapidamente trocado após o grito daqueles que diferentemente dela são autênticos democratas.

24 de agosto de 2010

Ficha Limpa pegou um 'peixe grande'

Segundo informa o site Congresso em Foco, Paulo Maluf (PP-SP) é barrado em São Paulo pela Ficha Limpa. A informação está hoje também na mídia, esclarecendo que por quatro votos a dois, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) decidiu que o deputado paulista não pode disputar as eleições deste ano. O peso da decisão foi a condenação por compra irregular de mais de uma tonelada de frango quando era prefeito. Maluf tem o direito de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE);


Os integrantes do (TRE-SP) barraram a candidatura do deputado Paulo Maluf à reeleição com base na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/10). Eles acataram as contestações feitas pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-SP) e pelo ex-delegado Protógenes Queiroz, candidato a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PCdoB, a partir da recente condenação de Maluf por superfaturamento na compra de frangos quando era prefeito de São Paulo;


O relator do caso, juiz Jeferson Moreira de Carvalho, considerou que a condenação pelo Tribunal de Justiça de São Paulolocal configurava uma das condições de inelegibilidade previstas na nova redação da Lei das Inelegibilidades (Lei Complementar 64/90), atualizada pela Lei da Ficha Limpa.A PGE-SP ainda contestou a candidatura de Maluf por conta do mandado de prisão em aberto que existe contra ele. Na ação, é destacado que, além do caso da condenação do caso do frango, Maluf não entregou documentos relativos ao processo criminal que responde nos Estados Unidos por crime de conspiração, auxílio na remessa de dinheiro ilegal para Nova York e roubo de dinheiro público em São Paulo. Maluf foi incluído na lista vermelha da Interpol, com o que o ex-prefeito de São Paulo pode ser preso ao entrar em um dos 181 países que são membros da entidade;


Maluf ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar reverter a decisão. Por enquanto, até a ação transitar em julgado, a legislação eleitoral permite que ele continue sua campanha normalmente. A defesa do candidato promete recorrer. No julgamento, ela argumentou que o deputado não poderia ser considerado inelegível porque o TJ ainda não julgou recurso impetrado contra a condenação;


Ainda no site Congresso em Foco há a informação de que os TREs barraram 43% dos impugnados por ficha limpa, pois de um total de 479 contestações feitas até agora, 188 resultaram na cassação dos registros de candidatura e 19 candidatos renunciaram. Com isso, observa-se que é possível ter uma boa ideia do alcance da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/10) no seu primeiro teste real;


Com o prazo para apreciação de todos os registros, esgotado em 5 de agosto, alguns tribunais ainda correm para analisar todas as inscrições. Até o momento, o Ceará é o estado com o maior número de candidatos barrados pela Lei da Ficha Limpa. Até agora, foram 29. Depois, vem Rondônia, com 24, Minas Gerais (16), Pará (12) e Paraíba (12). Logo atrás, aparecem Rio de Janeiro (11), Acre (10), São Paulo (8) e Alagoas (7). Os paulistas foram responsáveis pelo maior número de candidatos impugnados: 60. O número é justificado especialmente pela quantidade de candidaturas, mais de 3 mil. Espírito Santo, Goiás e Paraná têm seis candidatos barrados cada. Já os tribunais de Mato Grosso, Piauí e Rio Grande do Sul negaram, individualmente, o registro de cinco candidaturas. Encerram a lista Mato Grosso do Sul (4), Santa Catarina (4), Amapá (3), Bahia (3), Distrito Federal (3), Pernambuco (3), Tocantins (3) e Sergipe (2);


De positivo, vê-se que a Lei da Ficha Limpa poderá promover o afastamento de muitas figuras que há muito tempo não deveriam mais procurar obter votos do povo para representá-lo, quando na realidade estão em busca da capa de proteção da imunidade parlamentar e do foro privilegiado para julgamento de suas ações de improbidade e que, por isso mesmo, ficam hibernando nas gavetas dos tribunais.

23 de agosto de 2010

"Chavistas" querem controlar o Senado

Em sua coluna de hoje no 'O Globo', o comentarista político Merval Pereira diz que "a continuidade dessa política de aparelhamento do Estado é o que está em jogo nestas eleições, e é por isso que o presidente Lula está tão empenhado em vencê-las, e não apenas elegendo sua candidata à Presidência da República". Merval afirma que a estratégia de Lula é tentar influenciar a eleição do Senado, e que o desejo dele é abrir caminho para aprovar legislação que aumente o controle do governo sobre o Estado brasileiro e, eventualmente, sobre a sociedade, através da "democracia direta", à base de plebiscitos. "O centro do poder é o controle do Senado, onde o governo tem encontrado uma barreira a suas iniciativas e onde sofreu a pior derrota, a da extinção da CPMF", escreve Merval;

Dentre algumas das propostas aprovadas ontem no XVI Foro de São Paulo, reunido na Argentina, do qual participaram 600 representantes de 54 organizações de esquerda da América Latina e do Caribe, entre elas o PT, estão o maior controle estatal sobre os meios de comunicação de massa, a descriminalização do aborto, e uma política regional de combate ao narcotráfico com o objetivo de limitar a presença dos Estados Unidos na América Latina e no Caribe, além do aumento do controle do Estado sobre a divulgação de informações. A presidente argentina, Cristina Kirchner, por exemplo, conseguiu que o Congresso aprovassse uma polêmica lei que limita o poder de conglomerados da mídia - como 'O Clarín', prevendo que as ONGs terão acesso a um terço do espaço áudio visual, assim como as mídias públicas e privadas. Ao mesmo tempo, impede empresas de ter um canal aberto e um canal a cabo de TV na mesma região, tudo semelhante ao algumas figuras influentes do PT têm tentado impor no Brasil;

Vê-se, portanto, que o interesse de Lula não está apenas em eleger sua sucessora, daí a inédita participação de um Presidente da República na campanha eleitoral de um postulante ao seu cargo, tanto nos palanques como na propaganda gratuita no rádio e na TV. O que ele quer é continuar podendo influenciar na política brasileira, impondo teses bolivarianas, bem como para que possa tentar exercer uma possível liderança continental, quem sabe em busca da criação de uma nova URSS - União das Repúblicas Socialistas Sul-americanas.

22 de agosto de 2010

Comentar no anonimato é covardia!

Um dos melhores locais para troca de ideias é, sem dúvida, o blog. São autênticos sites pessoais nos quais o titular expõe sua opinião sobre determinado assunto, cabendo aos possíveis leitores a oportunidade de tecer comentários sobre o que tenha lido, tanto apoiando como criticando e até acrescentando mais algo à discussão do tema abordado. "Ponto & Vírgula" é um blog que tem por objetivo de seu dono abordar o momento político do Brasil, num ano de escolha pelo eleitorado daquele que irá dirigir o país nos próximos quatro anos. E se é político, é lógico que o dono tenha o direito de tomar partido de algum candidato, bem como de ser contrário a um ou outros adversários do que ele escreveu;

Por mais que esteja de avizinhando uma vitória da candidata de Lula à sua sucessão, é normal que o responsável pelo blog possa ser, como realmente é, contrário à eleição de Dilma Rousseff. As pesquisas são sempre um indicativo de posicionamento do eleitorado, embora muitos afirmem que a pesquisa definitiva é aquele resultado que se apresenta depois das 17 horas do dia da eleição. Dentro do que ocorrer nos blogs, os comentários feitos a cada postagem devem receber opiniões daqueles que, por exemplo, sejam eleitores de Dilma como dos que prefiram Serra, Marina, Plínio ou qualquer dos atuais postulantes;

Alguns blogueiros admitem, no caso da candidata petista, que existem pessoas que ficam várias horas do dia buscando os blogs de fundo político para contestar os que façam qualquer tipo de comentário que seja contra Dilma. Imediatamente contestam o que está escrito, muitas vezes do modo malcriado, rotulando o crítico de "reacionário de direita". Se for favorável a Serra, é chamado de "viúva de FHC". E assim vai;

Mas um fato chama a atenção. A maioria desses comentários são anônimos. Por qual razão? É feio defender uma candidatura pela qual se tenha simpatia e tendência em votar? Não é. E então, por que o anonimato. Seria vergonha da defesa que faz? Não se justifica. Em 18 de maio último, há três meses, portanto, transcrevi um e-mail (Leia aqui) que recebi falando de um possível impedimento de Dilma Rousseff poder ir aos Estados Unidos em face das restrições que os norte americanos fazem aos brasileiros que participaram de episódios de luta armada contra o regime militar. Imediatamente apareceram os petistas comprovando que Dilma este recentemente naquele país e que tal e-mail só servia para espalhar boatos que não expressavam a verdade;

Pergunta-se: por qual razão até hoje, dia 22/10, tem gente contestando aquela postagem depois de tão esclarecida. E por que ainda fazem tal defesa como anônimos? Não há explicação. Anonimato será sempre um ato de covardia. Comentem, conteste ou apoiem, mas mostrem as suas caras. Não sejam covardes!

Os prováveis senadores eleitos

Resultados das mais recentes pesquisas de intenção de voto para eleição de senadores, realizados tanto pelo Ibope como pelo Datafolha:

ACRE
Jorge Viana (PT) - 64%
Sérgio Petecão (PMN) - 35%

ALAGOAS
Heloísa Helena (Psol) - 39%
Renan Calheiros (PMDB) - 33%

AMAPÁ
Valdez Góes (PDT) - 51%
Gilvan Borges (PMDB) - 41%

AMAZONAS
Eduardo Braga (PMDB) - 86%
Arthur Virgílio (PSDB) - 43%

BAHIA
César Borges (PR) - 36%
Lídice da Mata (PSB) - 20%

CEARÁ
Tasso Jereissati (PSDB) - 63%
Eunício Oliveira (PMDB) - 27%

DISTRITO FEDERAL
Cristovam Buarque (PDT) - 44%
Rodrigo Rollemberg (PSDB) - 30%
Maria de Lourdes Abadia (PSDB) - 29%

ESPÍRITO SANTO
Magno Malta (PR) - 53%
Ricardo Ferraço (PMDB) - 49%

GOIÁS
Demóstenes Torres (DEM) - 43%
Lúcia Vânia (PSDB) - 36%

MARANHÃO
Edison Lobão (PMDB) - 49,5%
João Alberto (PMDB) - 26,6%
Zé Reinaldo (PSB) - 25,4%

MATO GROSSO
Blairo Maggi (PR) - 61%
Antero Paes de Barros (PSDB) - 26%

MATO GROSSO DO SUL
Delcídio do Amaral (PT) - 59%
Dagoberto Nogueira (PDT) - 31%

MINAS GERAIS
Aécio Neves (PSDB) - 68%
Itamar Franco ( PPS) - 47%

PARÁ
Jader Barbalho (PMDB) - 56%
Valéria Pires Franco (DEM) - 45% (acabou não sendo mais candidata ao Senado)
Paulo Rocha (PT) - 20%

PARAÍBA
Cássio Cunha Lima (PSDB) - 45%
Efraim Morais (DEM) - 22%
Vital Filho (PMDB) - 21%

PARANÁ
Roberto Requião (PMDB) - 49%
Gleisi Hoffman (PT) - 31%

PERNAMBUCO
Humberto Costa (PT) - 40%
Marco Maciel (DEM) - 35%

PIAUÍ
Welington Dias (PT) - 42%
Mão Santa (PSC) - 22%

RIO DE JANEIRO
Marcelo Crivella (PRB) - 40%
Cesar Maia (DEM) - 33%.

RIO GRANDE DO NORTE
Garibaldi Alves Filho (PMDB) - 53%
José Agripino (DEM) - 47%

RIO GRANDE DO SUL
Germano Rigotto (PMDB) - 43%
Paulo Paim (PT) - 33%.

RONDÔNIA
Ivo Cassol (PP) - 45%
Valdir Raupp (PMDB) - 39%

RORAIMA
Romero Jucá (PMDB) - 52%
Marluce Pinto (PSDB) - 41%

SÃO PAULO
Marta Suplicy (PT) - 32%
Orestes Quércia (PMDB) - 25%

SANTA CATARINA
Luiz Henrique da Silveira (PMDB) - 42%
Paulo Bauer (PSDB) - 22%

SERGIPE
Antonio Carlos Valadares (PSB) - 49%
Jackson Barreto (PMDB) - 42%

TOCANTINS
Marcelo Miranda (PMDB) - 34,53%
João Ribeiro (PR) - 27,36%

Maiores detalhes estão no ste Congresso em Foco

20 de agosto de 2010

A maioria quer ver 'fichas sujas' bem longe

Há quem ainda tente interpretar que a Lei da Ficha Limpa não pode vigorar nas eleições deste ano, pois assim se estaria ferindo a norma estabelecida na Constituição Federal de que as regras nas eleições devem ser estabelecidas até um ano antes de sua realização. Para acabar com o festival de políticos "fichas sujas", não há como ficar procurando encontrar em linguagem "juridiquês" formas de pleitear que a mesma não vigore desde já. Foi isso que tentaram os parlamentares que a votaram pressionados pelo fato de tratar-se de uma lei de inciativa popular, mas que por eles somente passaria a valer em 2012, nas eleições municipais, havendo tempo suficiente para alterá-la até 2014, quando a lei se voltaria contra eles;

É preferível ficar com a interpretação de cinco dos sete ministros do TSE segundo a qual a lei não altera as regras da eleição e sim as regras para registro de candidaturas. Além do mais, a Lei da Ficha Limpa tem por principal objetivo afastar da vida política brasileira aqueles que por terem sido condenados pela Justiça e que, por isso, não têm capacidade moral para exercer qualquer mandato em nome do povo dos país, dos estados ou dos municípios. Não podem receber delegação do povo para legislar ou dirigir os destinos dos cidadãos;

Então, vamos torcer para que a Justiça Eleitoral e o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) defina de uma vez por todas a validade da Lei da Ficha Limpa já para as próximas eleições. Afinal, essa é a vontade da maioria daqueles que, por serem esclarecidos, querem que sejam banidos dos meios políticos do Brasil aqueles que são eleitos não para servir ao povo mas sim para se servir do povo.

Explicando demais

O site ucho.info publica hoje artigo que traz ao conhecimento público algo sobre a saúde da candidata do PT, Dilma Rousseff, colocando dúvidas sobre a doença dela, um câncer linfático, anunciado como tendo sido curado e que a tinha levado a fazer quimioterapia, ao ponto de ser obrigada a se utilizar de uma peruca face à queda de seu cabelo provocada pelo tratamento. No recente debate feito pelo portal UOL, um jornalista a questionou sobre sua saúde com ela respondendo estar bem, mas curiosamente alterando sua agenda do dia seguinte e indo fazer exames no Hospital Sírio-Libanês. A seguir, a íntegra da matéria:


Explicações repentinas sobre a saúde de Dilma Rousseff causam estranheza


Quando, em 2009, foi divulgado que a então ministra Dilma Rousseff padecia de câncer linfático, o ucho.info afirmou, logo de início, que se tratava de assunto exclusivamente pessoal e que seria uma irresponsabilidade atroz utilizá-lo politicamente. Naquele momento nossa opinião, que se mantém intacta, se referia tanto à candidata quanto aos seus adversários. Não demorou muito e a revista Veja, que muitos garantem ser tucana, trouxe uma matéria que na capa mereceu o título “A candidata e o câncer”.


No debate online Folha/UOL, realizado na quarta-feira (18), um jornalista perguntou à candidata petista sobre o seu estado de saúde. Como se tivesse à disposição uma bola de cristal, Dilma Rousseff afirmou que está curada e que os brasileiros podem ficar tranquilos. Muito estranhamente, a presidenciável petista desembarcou no Hospital Sírio-Libanês na quinta-feira (19) para realizar exames anunciados como de rotina. E por meio de boletim a equipe médica informou que o estado de saúde da candidata é “excelente”.


Semanas atrás, durante encontro com médicos, o editor do ucho.info ouviu de dois deles a seguinte afirmação: “O próximo presidente será o Michel Temer [candidato a vice na chapa de Dilma]”. Um dos médicos integrou a equipe que atendeu a ex-ministra em 2009. Como já noticiamos inúmeras vezes, um tratamento contra qualquer tipo de câncer, que exija quimioterapia ou intervenção cirúrgica, não é um assunto que termina após a alta médica. Sempre lembrando que mesmo curado o paciente jamais retoma a normalidade da vida anterior ao problema.


Não se trata de especular com um assunto que continuamos a afirmar que é pessoal, mas é importante destacar que trata-se de uma história cujas peças não se encaixam. Fora isso, em nenhum país minimamente responsável alguém sofrendo de câncer ou sob tratamento médico é lançado como candidato à presidência. E a explicação está no vice-presidente José Alencar, que há anos luta contra um câncer abdominal. Por mais que a força e a disposição de José Alencar sejam grandes e invejáveis, fosse ele o presidente o Brasil estaria politicamente à deriva.


Diante de todos os fatos, não custa lembrar aos protagonistas da disputa presidencial que os brasileiros não estão dispostos a enfrentar “Tancredo Neves, o retorno”.

19 de agosto de 2010

Candidato não é 'mercadoria'

A cada eleição as formas de propagando vão ficando cada vez mais sofisticadas. Os candidatos passaram a ser verdadeiras "mercadorias" apresentadas ao consumidor/eleitor através de "comerciais" elaborados por marqueteiros profissionais. Tanto na TV e no rádio como através de "santinhos", cartazes, outdoors e outros meios visuais, o eleitor toma conhecimento da existência de uma candidatura da mesma forma que num folheto de loja de eletrodomésticos. Mas uma coisa não muda: as promessas dos candidatos são as mesmas feitas pelo candidato na eleição anterior, isso porque aqueles que buscam a reeleição nada fizeram para cumprir as promessas feitas naquela ocasião:

O Brasil é um país onde o que não muda é a falta de saneamento básico, serviços de saúde de qualidade e atendendo a todos, um sistema de segurança pública eficiente, estradas em condições de tráfego, tanto a passeio como para escoamento da produção, além um sistema educacional que realmente seja para educação principalmente dos jovens. Some-se a isso ainda os concursos públicos fraudados, cartões corporativos sem controle de despesas (em especial as do Governo e familiares do presidente da República que são escondidas em nome da "segurança nacional"), ao lado também de desvios de verbas, pagamento de obras públicas superfaturadas, roubos de políticos e processos paralisados, tudo às custas dos impostos pagos pelo povo;

Por sua vez, com toda essa técnica publicitária, falta quem mostre por qual razão o Governo Federal alcança mais de 80% de aprovação, como se no Brasil saúde, educação, saneamento, segurança pública e outros benefícios estivessem atendendo à população em índices próximos a 100%. O eleitor fica recebendo essa verdadeira bateria de "comerciais" vendendo belas imagens dos candidatos, parecendo estar anestesiado e não querendo mudar nada, uma impressionante demonstração de acomodação e conformismo com o quadro que o Brasil vive hoje;

Espera-se que o eleitor reveja esse comportamento e passe a votar com mais seriedade, banindo da vida política do país aqueles que, através de seus marqueteiros vivem a enganar o povo a cada eleição. Está na hora de mandarmos muita gente para suas "bases", mas para nunca mais voltarem à vida pública.

18 de agosto de 2010

TSE decide: Ficha Limpa está valendo este ano

A notícia é bastante agradável para os eleitores que querem uma melhor qualidade dos políticos brasileiros. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve o entendimento de que a Lei da Ficha Limpa deve ter aplicação imediata, já nas eleições deste ano. A decisão, na noite desta terça-feira, teve cinco votos a favor e dois contrários, e deve ser seguida pelos tribunais regionais eleitorais (TREs). A Lei veta a candidatura de políticos condenados em decisões colegiadas. Os votos contrários foram dos ministros Marcelo Ribeiro, que na semana passada levantou a hipótese da não validade da lei para este ano, e do ministro Marco Aurélio Mello;


A decisão foi tomada no julgamento de recurso do candidato a deputado estadual cearense Francisco das Chagas Rodrigues Alves (PSB), que teve o registro de candidatura negado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Ceará. Ele tem condenação por compra de votos nas eleições de 2004. O julgamento foi suspenso pelo pedido de vista da ministra Carmen Lúcia. O presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, sustentou que só se justificaria o adiamento da validade da lei se representasse “rompimento da igualdade entre os partidos” na disputa;


Os cinco ministros do TSE favoráveis à validade da Lei da Ficha Limpa nas eleições deste ano entenderam que a nova lei não muda as regras atuais e que tem por principal objetivo a proteção da moralidade da disputa. O presidente do TSE afirmou: "A mudança das regras que definem os requisitos de registro de candidatura atinge todos os candidatos e não tem o condão de afetar a isonomia".

17 de agosto de 2010

Começou a propaganda "gratuita" na TV

Começou hoje a propaganda eleitoral "gratuita" no rádio e na TV. Muitos candidatos, em especial os que concorrem a Presidente da República, apostam que a partir de hoje é que começa verdadeiramente a campanha eleitoral. Há quem pense que não é bem assim. O rádio e a televisão para muita gente serve apenas para tornar os candidatos mais conhecidos, porém não serve para mudar a posição do eleitor em relação aos seus escolhidos. Quando muito, serve para esclarecer os indecisos. Quer queiram ou não, o corpo a corpo ainda é a grande arma para o candidato ser mostrado ao possível eleitor. E ainda tem as pesquisas, que, manipuladas ou não, têm grande influência no eleitor, sempre tendencioso a se bandear para o lado daquele que esteja liderando os percentuais de intenção de voto;

Quanto à expressão "gratuita" entre aspas, trata-se de uma realidade. A propaganda pelo rádio e TV só é gratuita no que diz respeito ao preço do horário, pelo qual as emissoras nada recebem. Quanto mais recursos financeiros tenha o candidato, mais cara sai a produção dos programas, em alguns casos até altamente sofisticados e recursos visuais de grande porte, no caso da televisão. Parece-nos que a distribuição de tempo de modo proporcional desequilibra a campanha. Se houvesse no Brasil muito menos partidos políticos e ainda fosse muito difícil a criação de outros, o ideal seria que todos os candidatos dispusessem de tempo igual nessa propaganda "gratuita". Com isso, seria evitada a formação das coligações mais esdrúxulas que acontecem, quando na realidade o que ocorre é uma verdadeira compra de minutos e segundos;

E tem mais. Esse tal horário "gratuito" também serve como diversão, em especial quando aparecem os candidatos a deputado federal e estadual. É cada figura... Na busca de somar votos para suas legendas, muitos partidos colocam em campo pessoas que, se eleitas, nunca saberiam como exercer seus mandatos, de tão despreparados que demonstram ser até para concorrerem. E aí, quando temos coragem de assisti-los, pelo menos servem para nos divertir, tais as bobagens que falam, além de, em alguns casos, até a aprecem nos levam a rir;

Por tudo isso fica bem claro que o Brasil precisa, o quanto antes, de uma reforma política que comece criando regras para a escolha de candidatos pelos partidos. Afinal, eleição é coisa séria e não um espetáculo cômico. Já é hora de mudança.