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27 de junho de 2011

Cabral tem mesmo que ser honesto e parecer honesto

É nessa 'casinha' que Sergio Cabral se refugia
Há poucos dias, este Blog comentou as relações do governador Sergio Cabral, do Rio de Janeiro, com empresários que têm altos interesses financeiros com o Estado e que contribuíram com elevadas quantias para sua campanha à reeleição, o que só foi descoberto por causa da tragédia em Porto Seguro que atingiu seu filho (leia aqui). Hoje, em sua coluna e no seu blog, o jornalista Ricardo Noblat aborda com muita propriedade o mesmo tema. Também a revista 'Época' também traz reportagem que não deixa Cabral muito confortável, devendo também explicações ao povo fluminense. A matéria de Nelito Fernandes na 'Época' é a seguinte:

O refúgio de Sergio Cabral

A casa onde o governador se isolou depois da tragédia foi comprada no período em que tomou empréstimos de assessores

Licenciado por uma semana, Cabral isolou-se em sua casa de R$ 1,5 milhão em Mangaratiba, na Costa Verde fluminense, para descansar. Foi lá também que Cabral passou o Réveillon de 2010, marcado por uma tragédia em Angra dos Reis, onde deslizamentos de encostas, provocados pelas chuvas, causaram dezenas de mortes. Apesar da proximidade entre Mangaratiba e Angra, Cabral demorou a aparecer em público. Localizada dentro de um condomínio, a casa é usada como refúgio pelo governador, mas tem sido também uma fonte de aborrecimentos para ele. Há anos Cabral tem sido cobrado a explicar como conseguiu comprá-la com os modestos salários de político.

Documentos obtidos por ÉPOCA mostram que, no período em que adquiriu o imóvel, Cabral recebeu empréstimos de familiares e assessores. Em cinco anos, R$ 474.852,17 entraram em sua conta. Entre 1996 e 1997, quando ainda era deputado estadual, Cabral obteve empréstimos de R$ 54 mil de Aloysio Neves Guedes, seu chefe de gabinete. Guedes recebia R$ 5.400 mensais, dez vezes menos que o valor do empréstimo. Outro financiador foi o assessor Pedro Lino, que ganhava o mesmo que Guedes e emprestou R$ 46 mil. Subchefe de gabinete, Sérgio Castro Oliveira colaborou com R$ 31 mil. Outros R$ 79 mil caíram na conta de Cabral vindos da Araras Empreendimentos, empresa de sua ex-mulher Suzana Neves. O ex-sogro Gastão Lobos que emprestou R$ 264 mil. Em 1998, Cabral tomou emprestados R$ 150 mil da Sociedade Três Orelhas para a compra da casa de Mangaratiba, com a promessa de pagar em 18 meses. A Três Orelhas administra o condomínio (Portobello) onde foi erguido o imóvel.

Cabral não deu detalhes sobre as operações. Qualquer documento referente a esses anos tão remotos já foi descartado, tendo em vista que a prescrição é de cinco anos”, disse sua assessoria. Ele informou, porém, que pagou os empréstimos. Os assessores dos empréstimos são amigos de Cabral e trabalharam em suas campanhas. Aloysio foi indicado para o Tribunal de Contas do Estado, onde hoje é conselheiro. Ele diz não se lembrar de nada: “Faz muito tempo. É coisa muito pequena para eu recordar”. O mesmo diz Pedro Lino. “Se foi feito, está em meu Imposto de Renda”, afirma. Sérgio Castro não respondeu aos pedidos de entrevista.

25 de junho de 2011

A polêmica do terno e da gravata nos tribunais

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) não atendeu a uma reivindicação da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ), tentando fazer com o Tribunal de Justiça do Estado permitisse aos advogados fluminenses, durante o verão, pudessem atuar sem a exigência do uso de paletó e gravata, pois a temperatura nessa época do ano muitas vezes chega e até mesmo ultrapassa os 40 graus. O CNJ deliberou que a decisão não é daquele órgão, mas sim do Tribunal. Ao lermos duas cartas de leitores da edição de hoje de 'O Globo' pudemos ver o quanto esse assunto é polêmico. Duas cartas mostram como as pessoas pensam de modos totalmente distintos;

A leitora Marlene Lyra de Carvalho, de Niterói, RJ, escreveu: "Ultrapassada, ridícula, impiedosa e sem qualquer amparo sociocultural a decisão do Conselho Nacional de Justiça de manter o uso de terno e gravata nos tribunais do Estado do Rio, em pleno verão. Esposa, mãe e avó de advogados, sofro vendo meus familiares, em plena temperatura de 40 graus ou mais, deixarem suas casas suados, "enforcados" numa gravata, tendo, ainda por cima, um paletó sobre as camisas sociais. Não é salutar e é até anti-higiênico. No verão, por determinação médica, temos de usar roupas leves e nos hidratar! O CNJ está resguardado em ambiente refrigerado. Não usa ônibus, metrôs, barcas ou trens superlotados. Deveria, sim, proibir de outubro a março tal vestimenta,que deveria ser substituída por calça e camisa sociais lisas e de cores sóbrias";

Já o leitor Aloysio Brandão, do Rio, tem opinião bastante diferente e discordante: "Fico admirado que a OAB-RJ recorra da decisão da obrigatoriedade do uso de terno e gravata pelos advogados, durante o verão, quando das sessões nos tribunais cariocas. Ora, tribunal é local sério e de respeito, exigindo que as pessoas que lá compareçam estejam trajadas decentemente, principalmente os advogados, e não a bel-prazer, com roupas coloridas. Felizmente o pleito não foi atendido pelo CNJ";

Chegamos à conclusão de que ambos têm alguma razão. Só quem conhece a verão carioca pode avaliar o quanto deve ser desconfortante para uma pessoas ser obrigada a se vestir de terno e gravata apenas para cumprir uma exigência. Por outro lado, também não se pode admitir que advogados circulem pelos foruns vestidos como se fossem para um encontro num bar ou até de bermudas e sandálias. É necessário que se ache um meio termo. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro sempre foi chegado a uma exigências meio fora de tempo. Recentemente o TJ andou implicando com calças compridas usadas por mulheres. Agora, não querem abrir mão do traje clássico. Fica aqui como exemplo o parlamento de um país que também tem temperaturas elevadas. Nos noticiários da TV vê-se que os deputados de Israel atuam em mangas de camisa. Que o TJ-RJ aja com bom senso.

24 de junho de 2011

Vai haver mesmo reforma política?

Quando tudo parecia que haveria uma radical mudança no sistema eleitoral do Brasil, com duas comissões, uma na Câmara e outra no Senado, apresentaram várias propostas para uma reforma política, eis que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira a manutenção da reeleição para prefeitos, governadores e presidente da República e do mandato de quatro anos para esses cargos. Havia proposta para que os mandatos do Executivos das três esferas passassem a ser de cinco anos, porém sem direito a reeleição, garantida apenas para aqueles que estivessem exercendo um primeiro mandato e com direito a reeleição. A proposta aprovada pela CCJ do Senado é um substitutivo do Senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que manteve a reeleição e rejeitou o aumento do mandato de quatro para cinco anos para cargos no Executivo. O texto original previa que chefes de Executivo não poderiam concorrer a outra eleição. Como forma de compensação, o tempo do mandato aumentaria de quatro para cinco anos;

Outra novidade ficou por sendo a aprovação da proposta que unifica as eleições para o Executivo a partir de 2018. Se a mudança for confirmada pelo Congresso, o eleitor irá às urnas para votar, de uma só vez, para presidente da República, governador, prefeito, senador, deputado estadual e federal e vereador. Hoje, as eleições ocorrem de dois em dois anos. A decisão ocorreu após análise da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 38/11, que foi aprovada em abril na Comissão Especial de Reforma Política. A matéria agora será votada pelo plenário da Casa. Segundo Renan Calheiros, com as eleições ocorrendo na mesma data, haverá uma economia substancial para os cofres públicos: "Havendo coincidência das disputas, conforme propomos, também haverá redução substancial de gastos, com grande economia de recursos, pois haveria um período eleitoral único a cada quatro anos". Para que aconteça a unificação, os vereadores e prefeitos eleitos em 2016 teriam apenas dois anos de mandato.

O senador peemedebista aceitou a proposta de modificar a data das posses de prefeitos, governadores e presidente da República. Os prefeitos tomariam posse em 5 de janeiro, os governadores no dia 10 e o presidente, em 15 de janeiro. Pelo que se vê, pouca coisa vai ser mudada no sistema eleitoral. Ainda falta se deliberar sobre o sistema das eleições legislativas, se será proporcional como é hoje, se será distrital ou distrital misto ou pela chamado 'distritão', com vereadores e deputados estaduais e federais sendo eleitos pelo voto majoritário;

Uma coisa parece certa, que é a criação da tal lista fechada, com os partidos escolhendo seus candidatos aos cargos legislativos e estabelecendo uma ordem de preenchimento das vagas que vierem e ter direito. Todos sabem que as direções partidárias vão estabelecer esta ordem atendendo aos mais variados critérios, nem sempre muito 'republicanos'. E o pior é que o eleitor, que continuará sendo obrigado a votar, vai passar a votar 'no escuro', sem saber quem está mandando para representá-lo. E a tendência da aprovação da lista fechada é muito forte, pois o PT já declarou sua preferência por ela e a 'base aliada' do Governo  certamente será obediente, como sempre.

22 de junho de 2011

Cabral tem que ser honesto e parecer honesto

Cabral tem que se explicar
É incrível como os fatos políticos se desenvolvem no Brasil, muitas vezes iniciados a partir de outros fatos totalmente fora do contexto. A tragédia que provocou a morte de sete pessoas no litoral da Bahia, que tinha entre as vítimas fatais a namorada do filho do governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, trouxe para o noticiário um outro fato que de certo modo exige do governador fluminense algumas explicações. O acidente tem o lado humanitário para se lamentar, mas Sergio Cabral tem que dar uma satisfação à opinião pública essa relação estranha com empresários que têm ligação com o Governo do Estado através de negócios de altos valores, além do uso de recurso públicos para o traslado de corpos. No que se refere à relação com emrpesários, Cabral viajou num jatinho de Eike Batista e estava indo para a propriedade de outro empresário, Fernando Cavendish, também com negócios vultosos junto ao Governo do Estado;

Eike fez um 'agrado' a Cabral
Falta também Sergio Cabral explicar por qual razão mentiu ao dizer que havia se deslocado para Porto Seguro após o acidente, fato desmentido pelo prefeito daquela cidade baiana, que declarou à imprensa que o governado do Rio já estava na cidade quando a tragédia aconteceu e que o mesmo iria numa outra viagem que o helicópptero acidentado faria em seguida para Cabral participar de uma festa. Aí, faz-se uma pergunta: o que fazia o governado do Estado em Porto Seguro justamente às vésperas da implantação de uma importante Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na Mangueira, uma das áreas das mais complexas, onde certamente poderia ocorrer algum tipo de confronto? Cabral precisa explicar;

Outro fato que também chamou a atenção, foi a volta de Cabral ao Rio num jatinho fretado, certamente para não utilizar outra vez a aeronave de Eike Batista, depois da divulgação da viagem de ida. A volta do governador foi feita às custas dos cofres do Estado. Cabral ganha salário suficiente para pagar seus deslocamentos particulares, sem precisar usar aviões de empresários com interesses no Estado e que tenham contribuído financeiramente para sua campanha e nem provocar gastos de dinheiro do contribuinte para voltar ao local de trabalho. Seja como for, o Ministério Público tem que exigir de Sergio Cabral que dê satisfação ao povo fluminense pelo fato de ter tão íntimas relações com empresários que recebem grandes valores de obras como a da reconstrução do estádio do Maracanã, por exemplo;

Esse fato com Cabral traz a mente de muitos a famosa frase “Não basta que a mulher de César seja honrada, é preciso que sequer seja suspeita”. Numa outra versão, dizem: “Não basta que a mulher de César seja honesta, é preciso que pareça honesta”. A frase original surgiu após um escândalo em Roma, por volta de 60 a.C., envolvendo o homem mais poderoso do mundo, sua mulher e um nobre pretendente. Pompéia vivia muito sozinha, enquanto o marido Júlio César passava meses com seus exércitos. Historiadores contam quem uma noite, para conseguir se aproximar de Pompéia, o pretendente entrou no palácio disfarçado, mas acabou se perdendo pelos corredores e sendo descoberto e preso. Ele foi levado ao tribunal e o próprio César convocado para prestar esclarecimentos. César declarou ignorar o que se dizia sobre sua mulher e a julgou inocente. O penetra foi absolvido, mas Pompéia não se livrou do ostracismo e do repúdio do marido. Isso é o que está ocorrendo com Sergio Cabral e é bom que ele se explique.

20 de junho de 2011

Liberdade de expressão ou apologia às drogas?

Liberdade de expressão é isso?
Um assunto que vem ocupando bastante espaço na mídia em geral é a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), com o voto unânime dos oito ministros presentes à sessão, que libera as chamadas 'Marchas da Maconha'. As opiniões sobre a tomada de posição do STF são as mais variadas. Uns entendem que a decisão do Supremo é uma garantia da liberdade de expressão, com as pessoas tendo o direito de se posicionar contra ou a favor da descriminalização da maconha e que não se trata de nenhuma apologia ao uso da mesma, outros, acham que essa liberalidade é nada menos que um incentivo para os viciados poderem fumar seu 'baseado' sem medo de serem enquadrados em alguma lei;

No primeiro caso, há um entendimento de que o STF agiu como o órgão que existe para garantir o fiel cumprimento das disposições contidas na nossa Constituição - a liberdade de expressão é uma delas - e não significa estar permitindo que se faça apologia do uso da maconha e outras drogas, com cocaína, crack e oxi. Certamente, o Supremo apenas defendeu a Carta Magna e não significa nenhum incentivo à descriminalização das drogas. Não resta dúvida, no entanto, que a decisão tomada pelos oito ministros do Supremo irá estimular a discussão sobre o tema;

Incentivo ao uso do 'baseado'?
Há também aqueles que acham as 'Marchas da Maconha' é uma forma de estimular o uso tanto da conhecida erva com das demais drogas. Sob o nome de 'Marcha da Liberdade', o que se viu nas manifestações foi uma grande quantidade de faixas e cartazes fazendo apologia à maconha. Como resultado, cresce em grande parte da sociedade uma justa preocupação quanto ao que possam entender crianças e adolescentes sobre os prejuízos que poderão ocorrer com a cabeça dos mais jovens. Diante dessas divergências, cabe aos pais e responsáveis desses jovens mostrar-lhes qual o melhor caminho traçar. Certamente que não será o estímulo ao uso de drogas.

18 de junho de 2011

Alagoas e Pernambuco ainda esperam ação contra enchentes

No site de notícias da U O L está a informação de um ano após as enchentes que deixaram 47 mortos e 26 cidades em calamidade pública, os Estados de Alagoas e Pernambuco ainda tentam vencer os desafios e a burocracia para entregar as prometidas obras da reconstrução. Mas o ritmo das construções é lento e muito abaixo do anunciado há 12 meses. O então presidente Lula visitou os municípios atingidos pelas enchentes nos dois estados. No mesmo dia o ex-presidente se reuniu com alguns ministros para discutir novas medidas para garantir a ajuda humanitária aos municípios de Pernambuco e Alagoas que foram atingidos pelas enchentes;

Acontece que neste sábado, quando completam 365 dias da tragédia, menos de 1% das escolas e casas prometidas foram concluídas e entregues à população. A previsão é de que o cronograma seja finalizado apenas no final de 2012. Apenas uma escola (de um total de 97 nos dois Estados), em Alagoas, e 139 casas (de 29,7 mil), em Pernambuco, foram inauguradas. A exceção fica por das obras de reforma de estradas e pontes, que já tiveram execução de cerca de 60% do cronograma. Nos últimos 12 meses, pouco mais de R$ 2 bilhões foram investidos pelo Governo Federal nos dois  Estados de.  A maioria das obras de reconstrução pós-enchentes ainda está em andamento. Apesar do grande investimento em reerguer casas, rodovias, pontes e prédios públicos destruídos, as autoridades pouco aplicaram em prevenção;

Para evitar novas mortes em novas enchentes, os Estados criaram sistemas de alerta e treinaram comunidades em áreas de risco. Mas as barragens de contenção dos rios ainda não saíram do papel. Segundo os governos de Alagoas e Pernambuco, evitar que uma tragédia como a de 2010 só será possível com a retirada das pessoas que ainda moram em áreas de risco, além da construção de barragens de contenção da água dos rios. Sem elas, a água poderá continuar subindo a níveis imprevisíveis. Uma das obras é de construção de cinco novas barragens na Bacia do Rio Una, ao custo de mais de R$ 600 milhões. Em Alagoas, projetos para construção ainda estão sendo finalizados para que o Estado peça os recursos à execução das obras ao Governo Federal;

Talvez seja a hora do Governo também conseguir junto ao Congresso Nacional uma fórmula parecida com a que está sendo objeto de tanta contestação que é a facilidade para as licitações, como foi pleiteado para as obras destinadas à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016. Se bem que nos casos de calamidade pública há legislação que facilita a contratação de obras emergenciais. O que não se justifica é a morosidade em atender de modo efetivo e urgente as necessidades de tantos desabrigados. Outras chuvas torrenciais poderão acontecer e as cidades de Alagoas e Pernambuco não podem ser novamente atingidas, pois os que estão desabrigados até hoje, dependendo da vontade política do Governo para terem suas que há um ano continua tumultuada.

17 de junho de 2011

Despesa pública não pode ser sigilosa

A notícia está no blog de Augusto Nunes, que faz parte da edição desta semana da revista ‘Veja’ e diz respeito à Medida Provisória que institui o sigilo sobre as os gastos com as obras para a Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016. O absurdo está no fato de que os gastos públicos não são efetuados com dinheiro do Governo, como muitos pensam. Os recursos são provenientes de impostos e quem paga imposto é o cidadão. Desta forma, nada mais justo que quem contribui com o dinheiro tenha conhecimento de como está sendo utilizado o seu dinheiro.

Diante das manifestações contrárias surgidas nos mais variados pontos do país, já apareceram até declarações até da presidente Dilma dizendo que não é como está sendo propalado. A verdade é que os responsáveis por obras públicos são capazes de sempre angariar 'taxas de sucesso' mesmo quando estão sendo fiscalizados, daí pode-se imaginar do que serão capazes se não tiverem uma rigorosa fiscalização. Os 272 deputados acima listados ou têm grande interesse no sigilo ou então são conduzidos por cabresto pelo Governo;

Esta é a notícia que está no blog de Augusto Nunes:

O país quer saber quem votou a favor da roubalheira sem vigilância e sem cadeia

Nesta quinta-feira, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou, por 272 votos contra 76, a Medida Provisória 527/2011, que institui a ladroagem sem risco de vigilância e sem cadeia na gastança com a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. Guarde os nomes dos que votaram a favor da roubalheira secreta e sem limites:

PT
Alessandro Molon (RJ)
Amauri Teixeira (BA)
André Vargas (PR)
Arlindo Chinaglia (SP)
Artur Bruno (CE)
Assis Carvalho (PI)
Assis do Couto (PR)
Benedita da Silva (RJ)
Beto Faro (PA)
Cândido Vaccarezza (SP)
Carlinhos Almeida (SP)
Carlos Zarattini (SP)
Chico D`Angelo (RJ)
Cláudio Puty (PA)
Dalva Figueiredo (AP)
Décio Lima (SC)
Devanir Ribeiro (SP)
Domingos Dutra (MA)
Dr. Rosinha (PR)
Eliane Rolim (RJ)
Erika Kokay (DF)
Fernando Marroni (RS)
Francisco Praciano (AM)
Gabriel Guimarães (MG)
Gilmar Machado (MG)
Janete Rocha Pietá (SP)
Jesus Rodrigues (PI)
Jilmar Tatto (SP)
João Paulo Lima (PE)
José Airton (CE)
José De Filippi (SP)
José Guimarães (CE)
José Mentor (SP)
Joseph Bandeira (BA)
Josias Gomes (BA)
Leonardo Monteiro (MG)
Luci Choinacki (SC)
Luiz Alberto (BA)
Luiz Couto (PB)
Márcio Macêdo (SE)
Marcon (RS)
Marina Santanna (GO)
Miriquinho Batista (PA)
Nazareno Fonteles (PI)
Nelson Pellegrino (BA)
Newton Lima (SP)
Odair Cunha (MG)
Padre João (MG)
Padre Ton (RO)
Pedro Eugênio (PE)
Pedro Uczai (SC)
Policarpo (DF)
Reginaldo Lopes (MG)
Ricardo Berzoini (SP)
Ronaldo Zulke (RS)
Rubens Otoni (GO)
Rui Costa (BA)
Ságuas Moraes (MT)
Sérgio Barradas Carneiro (BA)
Sibá Machado (AC)
Taumaturgo Lima (AC)
Valmir Assunção (BA)
Vander Loubet (MS)
Vicentinho (SP)
Waldenor Pereira (BA)
Weliton Prado (MG)
Zé Geraldo (PA)
Zeca Dirceu (PR)

PMDB
Alberto Filho (MA)
Alceu Moreira (RS)
Almeida Lima (SE)
Arthur Oliveira Maia (BA)
Átila Lins (AM)
Benjamin Maranhão (PB)
Carlos Bezerra (MT)
Celso Maldaner (SC)
Danilo Forte (CE)
Edinho Araújo (SP)
Edson Ezequiel (RJ)
Eduardo Cunha (RJ)
Fabio Trad (MS)
Fátima Pelaes (AP)
Fernando Jordão (RJ)
Flaviano Melo (AC)
Francisco Escórcio (MA)
Gabriel Chalita (SP)
Gean Loureiro (SC)
Geraldo Resende (MS)
Íris de Araújo (GO)
João Arruda (PR)
João Magalhães (MG)
Joaquim Beltrão (AL)
José Priante (PA)
Júnior Coimbra (TO)
Leandro Vilela (GO)
Leonardo Quintão (MG)
Luciano Moreira (MA)
Lucio Vieira Lima (BA)
Manoel Junior (PB)
Marçal Filho (MS)
Marcelo Castro (PI)
Marinha Raupp (RO)
Marllos Sampaio (PI)
Mauro Lopes (MG)
Mendes Ribeiro Filho (RS)
Moacir Micheletto (PR)
Nelson Bornier (RJ)
Newton Cardoso (MG)
Nilda Gondim (PB)
Osmar Serraglio (PR)
Osmar Terra (RS)
Paulo Piau (MG)
Pedro Chaves (GO)
Professor Setimo (MA)
Raimundão (CE)
Renan Filho (AL)
Rogério Peninha Mendonça (SC)
Ronaldo Benedet (SC)
Saraiva Felipe (MG)
Teresa Surita (RR)
Valdir Colatto (SC)
Washington Reis (RJ)
Wladimir Costa (PA)

PCdoB
Alice Portugal (BA)
Assis Melo (RS)
Chico Lopes (CE)
Daniel Almeida (BA)
Edson Pimenta (BA)
Evandro Milhomen (AP)
Jandira Feghali (RJ)
Jô Moraes (MG)
João Ananias (CE)
Luciana Santos (PE)
Osmar Júnior (PI)

PDT
André Figueiredo (CE)
Ângelo Agnolin (TO)
Brizola Neto (RJ)
Damião Feliciano (PB)
Flávia Morais (GO)
Giovani Cherini (RS)
Giovanni Queiroz (PA)
José Carlos Araújo (BA)
Manato (ES)
Marcelo Matos (RJ)
Oziel Oliveira (BA)
Paulo Pereira da Silva (SP)
Salvador Zimbaldi (SP)
Vieira da Cunha (RS)
Zé Silva (MG)

PHS
Felipe Bornier (RJ)
José Humberto (MG)

PMN
Dr. Carlos Alberto (RJ)
Fábio Faria (RN)
Jaqueline Roriz (DF)

PP
Afonso Hamm (RS)
Carlos Souza (AM)
Cida Borghetti (PR)
Dilceu Sperafico (PR)
Dimas Fabiano (MG)
Iracema Portella (PI)
Jair Bolsonaro (RJ)
Lázaro Botelho (TO)
Missionário José Olimpio (SP)
Neri Geller (MT)
Rebecca Garcia (AM)
Renzo Braz (MG)
Roberto Balestra (GO)
Roberto Britto (BA)
Roberto Dorner (MT)
Roberto Teixeira (PE)
Simão Sessim (RJ)
Toninho Pinheiro (MG)
Vilson Covatti (RS)
Waldir Maranhão (MA)
Zonta (SC)

PR
Aracely de Paula (MG)
Davi Alves Silva Júnior (MA)
Dr. Paulo César (RJ)
Francisco Floriano (RJ)
Giacobo (PR)
Giroto (MS)
Henrique Oliveira (AM)
Homero Pereira (MT)
Izalci (DF)
José Rocha (BA)
Liliam Sá (RJ)
Lúcio Vale (PA)
Maurício Quintella Lessa (AL)
Milton Monti (SP)
Neilton Mulim (RJ)
Ronaldo Fonseca (DF)
Tiririca (SP)
Vicente Arruda (CE)
Wellington Fagundes (MT)
Zoinho (RJ)

PRB
Acelino Popó (BA)
Antonio Bulhões (SP)
Cleber Verde (MA)
George Hilton (MG)
Heleno Silva (SE)
Jhonatan de Jesus (RR)
Jorge Pinheiro (GO)
Márcio Marinho (BA)
Otoniel Lima (SP)
Ricardo Quirino (DF)
Vilalba (PE)
Vitor Paulo (RJ)

PRP
Jânio Natal (BA)

PSB
Alexandre Roso (RS)
Ariosto Holanda (CE)
Domingos Neto (CE)
Edson Silva (CE)
Glauber Braga (RJ)
Jefferson Campos (SP)
Jonas Donizette (SP)
José Stédile (RS)
Keiko Ota (SP)
Laurez Moreira (TO)
Leopoldo Meyer (PR)
Luiz Noé (RS)
Luiza Erundina (SP)
Mauro Nazif (RO)
Pastor Eurico (PE)
Ribamar Alves (MA)
Romário (RJ)
Valadares Filho (SE)

PSC
Andre Moura (SE)
Carlos Eduardo Cadoca (PE)
Deley (RJ)
Erivelton Santana (BA)
Filipe Pereira (RJ)
Lauriete (ES)
Marcelo Aguiar (SP)
Pastor Marco Feliciano (SP)
Ratinho Junior (PR)
Stefano Aguiar (MG)

PTB
Alex Canziani (PR)
Arnaldo Faria de Sá (SP)
Celia Rocha (AL)
Danrlei De Deus Hinterholz (RS)
Eros Biondini (MG)
José Augusto Maia (PE)
José Chaves (PE)
Josué Bengtson (PA)
Jovair Arantes (GO)
Nilton Capixaba (RO)
Ronaldo Nogueira (RS)
Sabino Castelo Branco (AM)
Sérgio Moraes (RS)
Silvio Costa (PE)

PTC
Edivaldo Holanda Junior (MA)

PTdoB
Lourival Mendes (MA)

PV
Alfredo Sirkis (RJ)
Fábio Ramalho (MG)
Guilherme Mussi (SP)
Henrique Afonso (AC)
Lindomar Garçon (RO)
Paulo Wagner (RN)
Penna (SP)
Ricardo Izar (SP)
Roberto de Lucena (SP)
Roberto Santiago (SP)
Rosane Ferreira (PR)
Sarney Filho (MA)

PPS
César Halum (TO)
Geraldo Thadeu (MG)
Moreira Mendes (RO)

PSDB
Alberto Mourão (SP)
Manoel Salviano (CE)

DEM
Jairo Ataide (MG)
Fernando Torres (BA)
Paulo Magalhães (BA)

Augusto Nunes também informa que "três deputados do DEM (José Nunes, da Bahia, Júlio Campos, de Mato Grosso, e  Júlio Cesar, do Piauí)  se abstiveram. Outros 160 não apareceram no plenário. Segue-se a lista dos 76 que votaram contra a roubalheira secreta e sem limites":

DEM
Abelardo Lupion (PR)
Alexandre Leite (SP)
Antonio Carlos Magalhães Neto (BA)
Arolde de Oliveira (RJ)
Augusto Coutinho (PE)
Claudio Cajado (BA)
Davi Alcolumbre (AP)
Eduardo Sciarra (PR)
Efraim Filho (PB)
Fábio Souto (BA)
Felipe Maia (RN)
Guilherme Campos (SP)
Hugo Napoleão (PI)
Jorge Tadeu Mudalen (SP)
Luiz Carlos Setim (PR)
Marcos Montes (MG)
Mendonça Filho (PE)
Onofre Santo Agostini (SC)
Onyx Lorenzoni (RS)
Pauderney Avelino (AM)
Paulo Cesar Quartiero (RR)
Walter Ihoshi (SP)

PCdoB
Delegado Protógenes (SP)

PDT
Felix Mendonça Júnior (BA)
João Dado (SP)
Miro Teixeira (RJ)
Reguffe (DF)
Wolney Queiroz (PE)

PMDB
Darcísio Perondi (RS)
Raul Henry (PE)

PP
Esperidião Amin (SC)
Luis Carlos Heinze (RS)

PPS
Arnaldo Jardim (SP)
Augusto Carvalho (DF)
Carmen Zanotto (SC)
Dimas Ramalho (SP)
Rubens Bueno (PR)
Sandro Alex (PR)

PR
Anthony Garotinho (RJ)

PSB
Abelardo Camarinha (SP)

PSDB
Antonio Carlos Mendes Thame (SP)
Antonio Imbassahy (BA)
Berinho Bantim (RR)
Bruno Araújo (PE)
Carlaile Pedrosa (MG)
Carlos Alberto Leréia (GO)
Carlos Brandão (MA)
Carlos Sampaio (SP)
Cesar Colnago (ES)
Delegado Waldir (GO)
Duarte Nogueira (SP)
Dudimar Paxiúba (PA)
Eduardo Azeredo (MG)
Eduardo Barbosa (MG)
Fernando Francischini (PR)
Hélio Santos (MA)
João Campos (GO)
Jutahy Junior (BA)
Luiz Fernando Machado (SP)
Luiz Nishimori (PR)
Marcus Pestana (MG)
Nelson Marchezan Junior (RS)
Paulo Abi-Ackel (MG)
Pinto Itamaraty (MA)
Raimundo Gomes de Matos (CE)
Reinaldo Azambuja (MS)
Rui Palmeira (AL)
Ruy Carneiro (PB)
Valdivino de Oliveira (GO)
Vanderlei Macris (SP)
Vaz de Lima (SP)
William Dib (SP)

PSL
Dr. Francisco Araújo (RR)

PSOL
Chico Alencar (RJ)
Ivan Valente (SP)
Jean Wyllys (RJ)