De todas as notícias absurdas de
que tomamos conhecimento diariamente, a de maior impacto foi a que nos dava
conhecimento de que num dos maiores hispidais públicos do Rio de Janeiro, o
Rocha Faria, no bairro de Campo Grande, não teve ontem nenhum tipo de alimento
para pacientes, médicos de plantão e funcionários de, que ficaram sem café da
manhã, almoço e jantar. A razão, como sempre, foi a falta de pagamento às
empresas que fornecem gêneros de alimentação. Uma reportagem de TV mostrou o
restaurante totalmente fechado e as prateleiras da dispensa totalmente vazias.
Isso significa que uma pessoa que está doente vai ao Rocha Faria para uma
consulta e tratamento. Caso haja material – o que também está sendo raro nos
hospitais públicos – ele é curado, mas corre o risco de morrer por inanição.
Temos que destacar o fato de que há funcionários do Rocha Faria que estão com
salários atrasados há até quatro meses, mas que mesmo assim comparecem ao
trabalho por amor ao que fazem. Parentes dos internos compram remédios e
materiais com o próprio dinheiro porque os fornecedores também não recebem há
algum tempo. O mais irritante é ouvir as autoridades dizendo que nada disso é
verdade, apesar das imagens e das declarações de funcionários e parentes dos
doentes internados. Tudo isso é reflexo da péssima administração que o Estado
do Rio de Janeiro vem arrasando todos os serviços (a frota de veículos da
Polícia, por exemplo, está com mais da metade sucateada). Não é sem motivo que
os ex-governadores Sérgio Cabral e Garotinho estão atrás das grades, embora
este descalabro esteja sendo mantido pelo governador Pezão, infelizmente ainda
solto. É realmente um perigo ficar doente no Rio de Janeiro.
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30 de novembro de 2017
29 de novembro de 2017
Gilmar Mendes tenta soltar mais um político
Três ministros
integrantes da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram um
mandado de segurança do ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba, no qual
ele pedia para ser solto (os ministros Ricardo Lewandowski e Celso de Mello
estavam ausentes). Por dois votos a um, o pedido foi negado. Negaram o mandado
os ministros Edson Fachin e Dias Toffoli. Adivinhem quem votou pela soltura? Se
alguém disse que foi Gilmar Mendes, acertou! A cada dia que passa ele não deixa
dúvidas sobre a necessidade de ser submetido a um exame de sanidade mental.
28 de novembro de 2017
Como anda a memória dos brasileiros?
Houve um tempo
no qual os brasileiros sabiam de cor os nomes dos ministros do Governo Federal.
Hoje, isso não acontece mais, até por causa da grande quantidade deles (são
quase 40). Em contrapartida, sabem os nomes dos ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF), às vezes bem melhor que a escalação da Seleção Brasileira de
futebol. Outra coisa que o povo está sabendo de cor é que nomes têm as
penitenciárias, como Papuda, Benfica, Bangu-8, São José dos Pinhais e outras pelo Brasil, tal a quantidade de
ex-ministros, ex-senadores, ex-deputados, ex-governadores, tanto os corruptos
como os corruptores. Infelizmente é o que ocorre hoje, mas o povo pode - e
deve! - mudar isso nas eleições do ano que vem, caprichando na hora em que
apertar a tecla verde "Confirma" da urna eletrônica. Preste bastante
atenção e veja se o nome escolhido irá ajudar de alguma forma na mudança da
memória de todos.
27 de novembro de 2017
No Brasil, o que não falta é legislação
O Brasil tem a
maior Constituição do mundo, promulgada em 1988. É a que tem mais artigos
(cerca de trezentos), parágrafos, incisos e alíneas, além de quase cem emendas
(a dos Estados Unidos tem apenas sete, com duzentos anos de existência) e leis
complementares regulando artigos da Lei Magna. Ela diz que o sistema de governo
é presidencialista, mas tem regras do parlamentarismo, como a Medida Provisória
(MP), por exemplo. Há também 27 constituições estaduais e mais de 5 mil
municipais (as leis orgânicas). Junte-se a tudo isso milhares de decretos,
portarias, regulamentos etc. Sendo assim, no Brasil sobram ações na Justiça,
porque os legisladores são os que mais descumprem aquilo que aprovam. Já está
na hora de termos uma nova e única Constituição definindo todas as regras nela
estabelecidas, com o que os tribunais seriam bem mais ágeis nas suas decisões.
24 de novembro de 2017
Dias Toffoli fez o que já era esperado
Já era mais
que esperado o pedido de vista feito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Dias Toffoli na votação do julgamento do processo que tratava do Foro
Privilegiado. Sete dos 11 ministros já haviam votado favoravelmente pelo fim do
tão condenado privilégio. O objetivo de Toffoli foi alcançado, pois sua
intenção era atrasar o andamento de modo que os políticos aos quais ele é
ligado fiquem sem decisão final de seus processos podendo participar das
eleições do ano que vem. Os pedidos de vista servem para o juiz ter mais
conhecimento do processo antes de dar sua sentença, mas no caso atual, pelo
tempo em que o tema vem sendo discutido Temer só quis mesmo "empurrar com
a barriga" o processo e ajudar seus "companheiros".
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