-

30 de abril de 2012

Será que a CPMI do Cachoeira é mesmo pra valer? Pode ser...

  • Em artigo publicado na revista 'Época' desta semana, o jornalista Guilherme Fiuza comenta as atividades da Delta Construções relacionadas com as mais recentes revelações. No início de seu artigo, Fiuza diz: "Se Dilma não enxergou o que a Delta andou fazendo com seu governo, está correndo perigo: pode tropeçar a qualquer momento num desses sacos de dinheiro que atravessam seu caminho, rumo às obras superfaturadas do PAC". Mais adiante, Fiuza fala assim: "De posse do relatório da CGU, expondo a farra da Delta nas obras do PAC, o que fez Dilma Rousseff? Eleita presidente, assinou mais 31 contratos com a Delta";
  • Existe alguma curiosidade em relação ao que vai acontecer na CPMI do Cachoeira. Todos os dias surgem novidades relativas às ligações do poderoso 'empresário da contravenção' não só com o ex-arauto da moralidade política, senador Demóstenes Torres, mas também com a Delta Construções e seu agora ex-presidente Fernando Cavendish (como tem Fernandos metidos nessas últimas confusões e 'malfeitos' dos políticos ligados ao Governo!). O assunto do momento são as cenas da 'pajelança' ocorrida em Paris, mostrando uma forte intimidade do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, com Cavendish, que por sua vez é acusado de ser sócio oculto de Carlinhos Cachoeira em vários negócios. Por sinal, a Delta tem polpudos contratos no Estado do Rio, muitos deles inexplicavelmente obtidos sem que tenham seque realizadas licitações;
  • Em meio a tudo isso, vê-se também que a Delta Construções não atua somente no setor de obras, mas sim num amplo leque de serviços, uma espécie de 'faz tudo', desde que seja para órgãos públicos. No Rio de Janeiro, os contratos da empesa ultrapassam o total de R$ 1 bilhão e 500 mil. Cabral com certeza vai ser blindado por odem do Governo, pois é um dos queridinhos de Dilma. Mas é no Governo Federal que a Delta tem a sua maior fonte de faturamento, principalmente na execução de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo ex-presidente Lula, que designou a sua então Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para coordenar o programa, dando a ela a designação de 'mãe do PAC', o que serviu de carro-chefe de sua campanha vitoriosa à Presidência da República, embora as tais obras andem 'emPACadas';
  • Por esta razão e com base na série de revelações surgidas sobre as relações e influência de Carlinhos Cachoeira com vários setores e integrantes do Governo, o PT apressou-se em indicar para a CPMI senadores e deputados 'fiéis' para evitar que aconteçam 'respingos' em membros do Governo durante os trabalhos da comissão. A presidente Dilma tem declarado que a CPMI não lhe diz respeito e que a mesma é assunto exclusivo do Congresso. Mas ela mente. Não fora assim não teria Lula em pleno tratamento de sua doença viajado até Brasília para se reunir com Dilma e traça estratégias a serem seguidas pelos governistas na CPMI. Para muitos, essa comissão é um jogo de cartas marcadas e, como outras, vai acabar em pizza, principalmente se pessoas próximas à presidente forem sequer ameaçadas de serem convocadas para depor. Certamente vai entrar em ação o 'rolo compressor' na grande maioria governista na composição da CPMI. Se isso não acontecer, veremos, então, que a CPMI é mesmo para valer.

20 de abril de 2012

Confira quem não apoiou a CPMI do Cachoeira

SENADORES
  1. Benedito de Lira (PP-AL)
  2. Clésio Andrade (PMDB-MG)
  3. Clovis Fecury (DEM-MA)
  4. Demóstenes Torres (ex-DEM-GO)
  5. Eunício Oliveira (PMDB-CE)
  6. Garibaldi Alves (PMDB-RN)
  7. José Sarney (PMDB-AP)
  8. Lobão Filho (PMDB-MA)
  9. Sérgio Petecão (PSD-AC)

DEPUTADOS
  1. Acelino Popó (PRB-BA)
  2. Adrian (PMDB-RJ)
  3. Aelton Freitas (PR-MG)
  4. Alex Canziani (PTB-PR)
  5. Anderson Ferreira (PR-PE)
  6. André Zacharow (PMDB-PR)
  7. Aníbal Gomes (PMDB-CE)
  8. Antônia Lúcia (PSC-AC)
  9. Antonio Brito (PTB-BA)
  10. Antônio Roberto (PV-MG)
  11. Aracely de Paula (PR-MG)
  12. Arlindo Chinaglia (PT-SP)
  13. Arnon Bezerra (PTB-CE)
  14. Aureo (PRTB-RJ)
  15. Beto Mansur (PP-SP)
  16. Bruna Furlan (PSDB-SP)
  17. Carlos Magno (PP-RO)
  18. Celia Rocha (PTB-AL)
  19. Cida Borgheti (PSDB-PR)
  20. Cleber Verde (PRB-MA)
  21. Damião Feliciano (PDT-PB)
  22. Davi Alves Silva Júnior (PR-MA)
  23. Dimas Fabiano (PP-MG)
  24. Dr. Adilson Soares (PR-RJ)
  25. Edivaldo Holanda Junior (PTC-MA)
  26. Eduardo Azeredo (PSDB-MG)
  27. Elcione Barbalho (PMDB-PA)
  28. Eliene Lima (PSD-MT)
  29. Eros Biondini (PTB-MG)
  30. Eudes Xavier (PT-CE)
  31. Fábio Faria (PSD-RN)
  32. Felipe Bornier (PSD-RJ)
  33. Francisco Floriano (PR-RJ)
  34. Francisco Praciano (PT-AM)
  35. Giacobo (PR-PR)
  36. Gladson Cameli (PP-AC)
  37. Guilherme Mussi (PSD-SP)
  38. Heleno Silva (PRB-SE)
  39. Hermes Parcianello (PMDB-PR)
  40. Hugo Napoleão (PSD-PI)
  41. Inocêncio Oliveira (PR-PE)
  42. Janete Capiberibe (PSB-AP)
  43. Jaqueline Roriz (PMN-DF)
  44. Jefferson Campos (PSD-SP)
  45. João Carlos Bacelar (PR-BA)
  46. João Leão (PP-BA)
  47. João Lyra (PSD-AL)
  48. João Pizzolatti (PP-SC)
  49. Joaquim Beltrão (PMDB-AL)
  50. Jorge Boeira (PSD-SC)
  51. Jorge Corte Real (PTB-PE)
  52. José Carlos Araújo (PSD-BA)
  53. José Chaves (PTB-PE)
  54. José Linhares (PP-CE)
  55. José Otávio Germano (PP-RS)
  56. José Priante (PMDB-PA)
  57. José Rocha (PR-BA)
  58. José Stédile (PSB-RS)
  59. Josué Bengtson (PTB-PA)
  60. Júlio César (PSD-PI)
  61. Junji Abe (PSD-SP)
  62. Lael Varella (DEM-MG)
  63. Laércio Oliveira (PR-SE)
  64. Lauriete (PSC-ES)
  65. Luciano Castro (PR-RR)
  66. Lúcio Vale (PR-PA)
  67. Luiz Tibé (PTdoB-MG)
  68. Luiz Carlos (PSDB-AP)
  69. Luiz Nishimori (PSDB-PR)
  70. Magda Mofatto (PTB-GO)
  71. Mandetta (DEM-MS)
  72. Manoel Júnior (PMDB-PB)
  73. Manoel Salviano (PSD-CE)
  74. Marçal Filho (PMDB-MS)
  75. Marcelo Aguiar (PSD-SP)
  76. Márcio Reinaldo Moreira (PP-MG)
  77. Marco Maia (PT-RS)
  78. Mário de Oliveira (PSC-MG)
  79. Mauro Benevides (PMDB-CE)
  80. Mauro Mariani (PMDB-SC)
  81. Natan Donadon (PMDB-RO)
  82. Nelson Marquezelli (PTB-SP)
  83. Nelson Meurer (PP-PR)
  84. Nice Lobão (PSD-MA)
  85. Nilton Capixaba (PTB-RO)
  86. Otoniel Lima (PRB-SP)
  87. Paes Landim (PTB-PI)
  88. Paulo Magalhães (PSD-BA)
  89. Paulo Maluf (PP-SP)
  90. Pedro Henry (PP-MT)
  91. Penna (PV-SP)
  92. Rebecca Garcia (PP-AM)
  93. Roberto Balestra (PP-GO)
  94. Roberto Britto (PP-BA)
  95. Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC)
  96. Ronaldo Nogueira (PTB-RS)
  97. Rosinha Da Adefal (PTdoB-AL)
  98. Sandro Alex (PPS-PR)
  99. Saraiva Felipe (PMDB-MG)
  100. Sebastião Bala Rocha (PDT-AP)
  101. Sérgio Moraes (PTB-RS)
  102. Silas Câmara (PSD-AM)
  103. Simão Sessim (PP-RJ)
  104. Taumaturgo Lima (PT-AC)
  105. Toninho Pinheiro (PP-MG)
  106. Valdemar Costa Neto (PR-SP)
  107. Vicente Arruda (PR-CE)
  108. Vilson Covatti (PP-RS)
  109. Vinicius Gurgel (PR-AP)
  110. Vitor Paulo (PRB-RJ)
  111. Walter Tosta (PSD-MG)
  112. Wellington Fagundes (PR-MT)
  113. Wladimir Costa (PMDB-PA)
  114. Zé Silva (PDT-MG)
  115. Zé Vieira (PR-MA)
  116. Zeca Dirceu (PT-PR)
  117. Zequinha Marinho (PSC-PA)

Malfeitos, mal feitos e bem feitos

  • Há ocasiões em que alguém parece estar falando em nosso nome. Outras vezes, há quem escreva aquilo que você gostaria até de ter escrito no lugar do auto das palavras e de ter exposto o mesmo assunto e da mesma forma. É o que acontece com o artigo do jornalista Nelson Motta com o título acima e publicado na edição de hoje de 'O Globo'. Por tudo o que está acontecendo nos meios políticos e ainda mais pelo que está para a acontecer, vale a pena ler:
Ao contrário de Lula, a oratória não está entre as qualidades da presidente Dilma. Suas dificuldades de expressão prejudicam a comunicação de suas ideias, planos e ações ao público. Não que a oratória seja uma qualidade em si, grandes canalhas e farsantes, como políticos palanqueiros e advogados safados, são os que melhor a usam com os piores objetivos. É como dizia o grande psicanalista e poeta mineiro Hélio Pellegrino (1924-1988), um dos fundadores do PT: a inteligência voltada para o mal é pior do que a burrice. Mas a avassaladora popularidade da presidente comprova que os brasileiros estão aprendendo a entender o intrincado dilmês.

Não se sabe se foi por falta de melhor expressão, se por imprecisão vocabular, ou se foi uma escolha consciente e bem pensada da presidente e do marqueteiro João Santana, mas a palavra "malfeito" se tornou uma marca de sucesso do governo Dilma. Mais leve, flexível e genérica do que corrupção, ladroeira, gatunagem, banditismo, falcatrua, rapinagem, maracutaia, que poderiam ser associadas ao governo anterior, onde se originaram muitos malfeitos ora condenados, serve na medida para a presidente designar qualquer coisa entre a incompetência, a lambança, o erro técnico, o tráfico de influência, a fraude, o suborno e o roubo de dinheiro público.


Projetos mal feitos não ficam de pé, mas não são necessariamente corruptos, embora com boas chances de sê-lo, se feitos em algum órgão público. O mensalão é um malfeito ou foi apenas mal feito, porque foi descoberto? E os aloprados, foram pilhados porque fizeram mal um malfeito? E os malfeitos de Durval Barbosa, não foram bem feitos? Arruda e Cachoeira foram para a cadeia? Bem feito! Receber por palestras que não foram dadas é um malfeito ou só um não feito?


Saudada por Hillary Clinton como exemplo global de luta pela transparência e contra a corrupção, Dilma respondeu que "quanto maior a transparência e os canais de interação, mais justa e forte a democracia", enquanto ecoava na memória nacional o histórico aforismo de seu correligionário Delúbio Soares: "Transparência demais é burrice".

19 de abril de 2012

Lula e Sarney montam 'QG do Sírio' para blindar o Governo na CPMI

Está com medo da CPMI, Lula?
  • Vamos tentar entender. O Hospital Sírio-Libanês em São Paulo transformou-se mesmo em um escritório político? Ultimamente tem sido o ponto de encontros do ex-presidente Lula com políticos, principalmente do PT e de partidos da 'base aliada' da presidente Dilma Rousseff no Congresso. E esses encontros não são reservados, pois há sempre um fotógrafo de plantão para registrar os encontros e as fotos que saem estampadas em vários jornais trazem como crédito a expressão 'Divulgação', tonando-as oficiais de algum órgão. Os encontros de Lula começaram quando ele se internou naquele hospital para tratamento de um câncer na laringe e continuaram acontecendo 'coincidentemente' nas sessões de quimioterapia e de radioterapia, e agora ocorrem por ocasião das sessões de fonoaudiologia a que o ex-presidente continua sendo submetido;
  • E Lula agora não está mais sozinho nesse estranho 'escritório', pois ganhou a companhia do senador José Sarney (PMDB-AP), que está internado no Sírio-Libanês após uma angioplastia que teve que fazer para desobistuir uma artéria que poderia lhe provocar um infarto. Os dois ex-presidente da República estão se utilizando do local para estabelecer estratégias que evitem tanto quanto possível que ocorram impactos na Governo por conta do andamento da CPMI do Cachoeira. Incentivada por Lula na tentativa de atingir somente o governador Marconi Perillo (PSDB-GO), seu desafeto político, a comissão está sendo formalizada, com adesão de assinaturas em número recorde, e já começa a espalhas alguns 'estilhaços' em governistas, como é o caso do governador de Brasília, Agnelo Queiroz, que é do PT, mesmo antes de ter os nomes daqueles que ião compor a CPMI;
  • A imprensa mostra que Lula e Sarney  receberam ontem, no Sírio-Libanês, um grupo de integrantes do PMDB - lá estiveram o vice-presidente da República, Michel Temer, o presidente do PMDB; Valdir Raupp; o líder do partido na Câmara Henrique Alves; e o ministro da Previdência, Garibaldo Alves -, que receberam orientação para evitar que a CPMI se concentre em apurar as ligações do senado Demóstenes Torres com Carlinhos Cachoeira, além de Marconi Perillo. Na segunda-feira, Lula e Sarney receberam os líderes Renan Calheiros (do PMDB no Senado: Gim Argelo (do PTB no Senado); e Arlingo Chinaglia (do Governo na Câmara), além do ex-líder Cândido Vaccarezza. Todos receberam orientação para usarem o 'rolo compressor' na maioria que compõem, para impedir a apeovação de 'requerimentos inconvenientes' que certamente serão apresentados pela oposição, que tudo fará para fazer a CPMI chegar no ex-ministro José Dirceu e no ex-presidente Lula;
  • Em sua orientação aos integrantes da 'base aliada' com os quais se reuniu na Sírio-Libanês, Lula chegou a recomendaar: "Temos que usar a maioia para evitar o que fo inconveniente. Vocês têm que unir gente de confiança nos postos-chave, e não podem deixar que a CPI desvie o foco e contamine a área do Governo". Daí se vê que existe algum temor, pois a cada dia surgem gravações que aproximam Carlinhos Cachoeira de membros do Governo, chegando bem perto dos participantes do Mensalão do PT, algo que Lula e o presidente nacional partido, Rui Falcão, chamam de farsa. Portanto, cabe ao pessoal do 'QG do Sírio' explicar à opinião do que têm tanto medo, deixando de lado o antigo ditado de que 'quem não deve não teme'.

18 de abril de 2012

CPMI do Cachoeira não vai travar julgamento do Mensalão PT

  • Pelo que se vê, os próximos dias serão de temperatura elevada nos meios políticos do País, a partir da formalização da CPMI do Cachoeira, juntamente com o possível julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) dos indiciados como implicados no Mensalão do PT. Para a instalação da CPMI sobraram assinaturas de Deputados e senadores, com cerca de três vezes mais que as necessárias para que a comissão vá adiante. Enquanto isso, um instalou-se um clima marcado por trocas veladas de acusações e cobranças tomou conta do Supremo por causa do julgamento do Mensalão. Pouca gente tomou conhecimento, mas semana passada aconteceu uma clara demonstração da existência dessa crise, quando o ministro Ricardo Lewandowski bateu boca com o ministro Gilmar Mendes no intervalo de uma sessão, incomodado de ser cobrado pelo colega nas páginas dos jornais. À espera do julgamento, alguns ministros do STF cobram publicamente de Lewandowski a liberação em algumas semanas do processo do Mensalão, temendo que o julgamento tenha de ser adiado para 2013, caso não aconteça até o final de junho. A preocupação está na composição desfalcada do Tribunal, com Cezar Peluso se aposentando até o fim de agosto, além das eleições em outubro, fatos que poderiam adiar a conclusão do caso para o ano que vem;
  • Alguns ministros do Supremo dizem ser possível julgar o caso a partir de agosto, mesmo que para isso o ritmo do julgamento tenha de ser reduzido, já que seis ministros do STF terão de se dividir entre o Supremo e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além disso, perguntam a razão da pressa em julgar um processo específico quando há centenas de casos, inclusive inquéritos e ações penais, esperando julgamento. "Esse é um processo igual aos outros", afirma, por exemplo, o ministro Marco Aurélio Mello. Ainda nesse ambiente de suspeitas, existem ministros questionando a postura do próximo presidente do STF, Carlos Ayres Britto, com três deles demonstrando insatisfação com o que classificam de interferência no gabinete de seus colegas, com um deles afirmando que o ministro Carlos Britto, ao propor o julgamento durante o recesso de julho, quer uma sobrevida à sua curta gestão, pois se aposenta em novembro e só terá seis meses de gestão com o tribunal em funcionamento;
  • Mas o ponto principal dessa discussão está no risco de prescrição dos crimes, com parte dos ministros afirmando que a eventual demora de Lewandowski poderia levar à prescrição de algumas penas. Outros ministros afirmam que o risco não existe e que a ameaça é falsa e usada simplesmente para pressionar a Corte. O ministo Lewandowski, por exemplo, afirma que a prescrição só ocorreria em 2015. Conforme alguns ministros, quem for condenado a penas baixas pelo crime de quadrilha, inferiores a dois anos, a prescrição teria ocorrido no ano passado.Seja como for, por mais que o presidente nacional do PT, Rui Falcão, seguindo pensamento de Lula queira vincular a CPMI do Cachoeira à revelação da 'farsa do Mensalão', parece que sua teoria não vai prevalecer, pois a maioria dos ministros do Supremo deseja acabar logo com esse assunto que se arrasta há cerca de sete anos. Que julguem mesmo, é o que a sociedade espera.

17 de abril de 2012

CPMI: 'Base aliada' vai tentar executar 'operação abafa'

Quem se habilita?
  • Está em andamento no Congresso uma “operação abafa” na CPMI do Cachoeira, a ser instalada nos próximos dias. Trata-se de uma das estratégias para poupar políticos de diversos partidos que foram citados na Operação Monte Carlo da Polícia Federal. O alerta partiu do Palácio do Planalto em face dos riscos de desgaste que poderão resvalar no Governo. O plano consiste em deixar de fora os deputados flagrados em escutas de conversas deles com integrantes do esquema de Carlinhos Cachoeira. São os casos dos governadores Agnelo Queiroz (PT-DF) e Marconi Perillo (PSDB-GO), além do ex-ministro José Dirceu, em face da ideia da oposição em trazer para a CPMI o caso de Cachoeira pagando propina a Waldomiro Diz, na época auxiliar direto do então todo-poderoso chefe da Casa Civil do ex-presidente Lula. Sobraria apenas o senador Demóstenes Torres, que teve cerca de 300 conversas telefônicas com Cachoeira grampeadas pela PF nos últimos três anos;
  • A “operação abafa” resulta da pressão da presidente Dilma Rousseff para que setores do PT defensores da CPI do Cachoeira tenham calma e não usem a comissão como palco de vingança, o que poderia causar danos políticos ao Governo. A posição não muito ostensiva de Dilma surgiu depois que ela conversou com Lula sobre a CPMI na última sexta-feira, em São Paulo. O esquema que está sendo montado no Congresso objetiva salvar os políticos, tentando fazer com que a CPMI se concentre em investigar Carlinhos Cachoeira e os empresários mais citados nos grampos da Polícia Federal, como Fernando Cavendish, dono da Delta Construções S.A. e Cláudio Abreu, representante da empresa no Centro-Oeste.Seriam poupados os tucanos Carlos Alberto Leréia (GO), que admitiu ser mesmo amigo de Cachoeira e saber que ele estava envolvido com o jogo ilegal, e Leonardo Vilela (GO), pré-candidato à prefeitura de Goiânia. Também ficariam de fora Jovair Arantes (GO), líder do PTB na Câmara, Sandes Júnior (PP-GO), Rubens Otoni (PT-GO), gravado em vídeo negociando financiamento de campanha com o empresário preso, e Stepan Nercessian (PPS-RJ), que tomou um empréstimo de R$ 175 mil do contraventor, todos citados nas gravações;
  • Enquanto isso, o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), afirmou ter a certeza de que o Governo usará sua imensa maioria na CPMI para impedir investigações mais profundas. Dos 30 titulares da CPI, os partidos de oposição vão nomear apenas 6, enquanto caberá ao Governo preencher as outras 24 vagas. Assim que for criada a CPMI, os partidos terão 48 horas para indicar os nomes que integrarão a comissão - 15 deputados e 15 senadores, distribuídos entre os partidos de forma proporcional ao tamanho das bancadas. A presidência será ocupada por um senador do PMDB, provavelmente o peemedebista Vital do Rego (PB), e o relator será um deputado do PT, para a qual está contado o petista Cândido Vacca rezza (SP);
  • O presidente do Conselho de Ética do Senado, Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), e os senadores Vital do Rego (PMDB-PB) e Humberto Costa (PT-PE) encontram-se nesta terça-feira, 17, com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para pedir acesso ao inquérito que apura as relações de Cachoeira com políticos. A investigação está sob sigilo. De posse dos autos do inquérito, a principal arma da 'base aliada' será arguir que não há o que se apurar, pois o STF já está fazendo isso. Aí, os riscos de respingos no Governo seriam afastados.

16 de abril de 2012

'Rio' da corrupção tem muita água e desemboca em Delta

  • A Delta Construções encheu seus cofres no ano passado com R$ 862 milhões e 400 mil em recursos federais que pagaram obras em 20 Estados. A empreitada que mais rendeu para a empresa foi a manutenção de trechos rodoviários da BR-174 no Amazonas: R$ 105 milhões. Obras em cinco estradas federais no Maranhão fizeram do Estado natal e reduto político de José Sarney e sua família o segundo em que a Delta mais faturou, com R$ 66 milhões e 770 mil. Os dados podem ser encontrados no Portal da Transparência, do Governo Federal. Não por coincidência, as obras ficaram concentradas principalmente em Estados hoje governados por PMDB e PSDB. Alvo certo da futura CPMI do Cachoeira, a Delta é a principal empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal carro-chefe da campanha que elegeu Dilma Rousseff, a construtora foi a maior recebedora de recursos do Governo Federal nos últimos três anos. E, segundo investigações da Polícia Federal, estaria articulada com Cachoeira para fraudar licitações em Goiás e no Distrito Federal;
  • Para deixar o Palácio do Planalto com o cabelo muito mais em pé, o contador de Carlinhos Cachoeira, sacou no ano eleitoral de 2010 R$ 8 milhões e 500 mil que saíram dos cofres da Delta. Geovani Pereira da Silva, único foragido da Operação Monte Carlo, segundo reportagem do jornal 'Folha de São Paulo', é apontado pela Polícia Federal como tesoureiro do esquema de Cachoeira e, de acordo com investigadores, seria o elo financeiro do grupo com políticos. Perícias em sigilo bancário feitas pela PF mostrariam que Geovani sacou os recursos de uma conta bancária em nome de uma empresa em Brasília chamada Alberto e Pantoja Construções e Transportes Ltda., que não existe no endereço declarado;
  • Outro fato que está fazendo a cúpula do Governo 'correr da sala para a cozinha e vice-versa' é a reportagem da Revista 'Isto É' desta semana trazendo a história do que a matéria chama de "principal articulador de uma ampla rede de gravações clandestinas que vem assombrando Brasília há pelo menos uma década", conforme aponta a Polícia Federal, um ex-sargento da Aeronáutica preso em uma unidade militar do DF, chamado de Dadá, e que, segundo a revista, teria montado "o maior esquema de espionagem da história recente do País", acrescentando que "ele serviu e ajudou a derrubar políticos influentes, como o ex-ministro José Dirceu. Teve participação ativa na gravação que revelou um esquema de corrupção e loteamento político nos Correios, que levou ao escândalo do Mensalão, e influiu na celebração de contratos públicos em diversos setores";
  • O procurador-geral da República Roberto Gurgel é um dos alvos mais desejados pelos parlamentares governistas excitados com a criação da CPI do Cachoeira. Eles planejam confrontar Gurgel com a suspeita de não tomar providências contra o jogo ilegal e o escândalo de corrupção revelado pela Operação Vega, da Polícia Federal, em 2007, com envolvimento de autoridades e até suposta compra de sentenças. Segundo dirigentes, PT também está ansioso para indagar de Gurgel, na CPI, por que não agiu quando soube que a investigação contra o contraventor Carlos Cachoeira havia “fisgado” o senador Demóstenes Torres (GO). Apesar das desconfianças petistas, Gurgel sempre garantiu que jamais deixou de cumprir suas obrigações;
  • Para dar mais dores de cabeça no Governo, os partidos de oposição preparam uma estratégia para levar o Mensalão do PT de volta à cena com a CPMI do Cachoeira. Entre os primeiros requerimentos, a oposição pretende pedir a convocação do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (PT) e de seu assessor à época, Waldomiro Diniz, que, em 2004, aparece pedindo propina a Cachoeira em troca de facilidades em contrato do consórcio representado pelo empresário com a Loteria do Rio de Janeiro. A gravação da conversa foi em 2002, quando Diniz presidia a Loterj. Essa ligação Cachoeira-Diniz será usada como elo para uma eventual convocação de Dirceu. O líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), tem repetido que o partido está pronto para o ataque. Já o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) suspeita da real intenção dos partidos em apurar a relações dos políticos com Cachoeira. "Estou começando a achar que PT e PSDB estão fazendo um acordo: você não investiga isso que eu não investigo aquilo", afirmou o senador. Então, é certo que virão por aí grandes emoções.

Pirataria é a mais recente novidade praticada no Senado Federal

  • A toda hora o Senado Federal tem sempre uma novidade comprovando que a antiga Casa Legislativa é hoje uma autêntica 'Casa de Mãe Joana'. A edição desata semana da revista semanal 'Época' traz reportagem com a notícia de que um ex-consultor legislativa, Edward Pinto da Silva, está movendo ação de indenização contra o Senado, de R$ 13 milhões e 200 mil, pelo fato de 13 senadores terem usado a gráfica daquela Casa para reeditar o Manual do Vereador, de sua autoria, escrito em 1982, com 250 páginas, que servem de orientação aos vereadores em relação às suas atividades nas câmaras municipais. A razão da ação o ex-consultor está no fato de que nada menos que 13 'excelências' se utilizaram das impressoras do Senado para reimprimirem o manual, porém colocando seus nomes em vez do real autor, como se autores fossem da obra de Edward Pinto. Praticaram nada menos que a mais deslavada pirataria;
  • A matéria destaca que entre 2001 e 2009 foram impressas nada menos que 132 mil cópias não autorizadas pelo autor. O 'campeão' da pirataria é o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), um dos componentes da CPMI - ele é um dos que vão investigar as ligações do 'emrpesário da corrupção' Carlinhos Cachoeira com o senador Demóstenes Torres -, que fez 10 mil cópias do livro, aparecendo na capa com se autor fosse do manual. Numa página interna, aparece um busto de Renan e na apresentação ele afirma tratar-se de "uma modesta contribuição deste senador". Além do senado alagoano, também são 'autores' da obras os senadores Osmar Dias (PDT-PR), Epitácio Cafeteira (PTB-MA), Heráclito Fortes (DEM-PI), José Agripino (DEM-RN), Leomar Quintanilha (PMDB-TO),Lúcia Vânia (PSDB-GO),Maguito Vilela (PMDB-GO), Mário Couto (PSBD-PA), Paulo Paim (PT-SP),Sérgio Zambiasi (PTB-RS), Tião Viana (PT-AC) e Valdir Raupp (PMDB-RO);
  • Se não bastasse a prática de plágio por parte dos senadores citados, há ainda o agravante de que praticaram o 'malfeito' às custas do contribuinte/eleitor, uma vez que utilizaram a gráfica do Senado, cujo maquinário, papel e tinta são custeados com dinheiro proveniente de impostos, ou seja, dinheiro público. Mais uma se comprova a inutilidade do Senado, que um dia foi um reduto de renomados políticos brasileiros, nomes do mais alto conceito junto à sociedade brasileira. Ultimamente, a casa presidida por José Sarney (PMDB-AP) tem se destacado muito mais é na constante descoberta de 'malfeitos praticados por senadores tanto da situação como da oposição, comprovando cada vez mais sua total inutilidade.

15 de abril de 2012

Dilma está preocupada com possíveis prejuízos políticos da CPMI

  • A presidente Dilma Rousseff está bastante preocupada, achando que a CPMI do Cachoeira só interessa à oposição. O temor dela é que durante os trabalhos da comissão as votações de matérias importantes no Congresso fiquem paralisadas, além dos respingos que poderão acontecer em integrantes da 'base aliada'. Para não ter surpresas desagradáveis, a cúpula do PMDB tenta convencer o ex-líder do Governo no Senado, Romero Jucá (RO), para que assuma a presidência da CPMI, graças à sua experiência da CPI da Petrobras, que foi conduzida sem sobressaltos para o Planalto. O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), ex-líder do Governo na Câmara, está cotado para ser o relator, e a indicação de Jucá representaria reconhecimento ao trabalho dois dois como líderes que foram afastados das funções de um modo não muito agradável para ambos;
  • O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), Eunício Oliveira (CE), Vital do Rego (PB) e Lobão Filho (MA) podem ser os demais nomes do partido na CPMI. Com isso, o PMDB poderá se representar, na CPMI do Cachoeira, por uma bancada de parlamentares experientes, não dando chances à oposição de tirar algum proveito das investigações de fatos que possam prejudicar possíveis candidatos da 'base aliada' nas eleições municipais deste ano, nas quais o PT e o PMDB pretendem estabelecer ampla maioria de prefeitos a vereadores, já com vistas às eleições de 2014, quando pretendem continuar no Poder, dentro do projeto de comandar o País por pelo menos 20 anos.

14 de abril de 2012

A CPMI é mesmo séria? Collor e Renan Calheiros fazem parte dela

O conceito dos políticos anda muito baixo
  • Começa a se configurar que a CPMI que vai investigar as ligações do 'empresário da contravenção' Carlinhos Cachoeira não mesmo para ser levada a sério. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, já disse que ela servirá para demonstrar que o Mensalão do PT é uma farsa, assunto já amplamente debatido. Agora aparece mia uma demonstração da seriedade da CPMI. O líder da bancada do PTB, senador Gim Argello (DF), já definiu o senador Fernando Collor (AL) como um dos dois representantes do partido na CPMI do Cachoeira. Da pate do PMDB já vem também uma 'excelente' colaboração, que a indicação do senador Renan Calheiros (AL), como um dos integrantes da CPMI. Para comprova a 'seriedade' dessa duas indicações, é bom lembrar que ambos foram investigados em CPIs anteriores. A história de Collor todos ainda se lembram e Renan esteve envolvido com a utilização de recursos públicos paraa pagar despesas de uma amante sua;
  • A formação da CPMI também está servindo para resolver problemas internos de partidos. A prova é que o nome preferido de todos os líderes da 'base aliada' para assumir a função de relator da CPMI do Cachoeira é o do deputado Candido Vaccarezza (PT-SP), ex-líder do governo na Câmara. Os colegas o consideram injustiçado no episódio em que a presidente Dilma Rousseff trocou os líderes do Governo na Câmara e no Senado. Os aliados do Governo acham que Vaccarezza só não será o relator se não quiser. Um sinal de que ele poderá aceitar a relatoria é que ele visitará Lula segunda-feira, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, o novo 'escritório político' de Lula, quando certamente conversarão sobre sua indicação para a relatoria da CPMI;
  • A presidente Dilma  se reuniu nesta sexta-feira com o ex-presidente Lula, num encontro que durou quase três horas, na sede do Banco do Brasil (BB), na Avenida Paulista, onde fica o escritório da Presidência da República em São Paulo. O que conversaram não foi divulgado, mas há rumores dando conta de que eles conversaram sobre as negociações de Dilma com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mas é certo que a formação da CPMI do Cachoeira esteve no centro das conversas. Dilma não queria a CPMI, ao contrário de Lula, que estimulou a sua formação durante a ausência de Dilma, que estava no exterior. A amplitude das investigações poderão atingir gente da 'base aliadaa' e em especial do próprio PT, como é o caso do governado de Brasília, Agnelo Queiroz, que já está sendo deixando 'segurando a broxa', enquanto lhe retiram a escada de sustentação política. As cerca de 70 gravações estão provocando seu abandono por parte da cúpula de seu partido;
  • Outra preocupação do Governo está nas suspeitas de negócios escusos praticados com a interferência da empresa Delta, responsável por mais de R$ 4 bilhões das obras do PAC. Alguns 'malfeitos' podem surgir durante o funcionamento da CPMI, o que não seria nada bom num ano eleitoral, no qual o PT pretende eleger uma vasta maioria de prefeitos e vereadores, reforçando-se para as eleições de 2014. O governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), também teme que a CPMI possa provocar danos à sua imagem, tendo em vista sua amizade com o dono da Delta, Fernando Cavendish, mesmo não constando doação da empreiteira à sua campanha para governador, sobrando apenas aquela sua viagem em aeronave do empresário e principalmente em relação à morte da namorada um filho de Cabral. Por sua vez, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), acertou  com parlamentares tucanos que o partido vai focar o escândalo do mensalão, pois quer evitar que CPMI de Cachoeira desvie as atenções do julgamento de José Dirceu & Cia. entre outras coisas por formação de quadrilha;
  • Portanto, tudo indica que o tempo político vai esquentar nos próximos dias. Os governistas têm maioria e sempre que necessário utilizarão seu 'rolo compressor', mas os oposicionistas vão aproveitar os holofotes para não deixar os fatos que compliquem a vida do Governo e do PT passem em branco. As reuniões da CPMI certamente darão muita audiência e serão assunto no dia a dia das discussões políticas.

13 de abril de 2012

PT e seus aliados já dão sinais de que vão demoralizar a CPI

  • Parece não haver dúvidas de que o PT (leia-se Lula, Dilma, Zé Dirceu etc.) não querem que a CPI mista que está sendo montada apure nada. As atividades de Carlinhos Cachoeira ao lado do senador Demóstenes Torres e de outros políticos, incluindo-se aí o governado de Brasília, Agnelo Queiroz, do PT, não vêm ao caso. Com certeza a 'base aliada' do Governo vai se prevalecer de uma ampla maioria na constituição da comissão para impedir que pessoas próximas principalmente ao partido a ao seu principal aliado, o PMDB, sejam alvos de qualquer tipo de investigação. As palavras do presidente nacional do PT , Rui Falcão, não deixam dúvidas quanto a isso. Ele declarou no site do partido, que é a legenda da Presidente da República, que a CPI destina-se a mostrar que o Mensalão do PT é uma farsa. Como assim?! O Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte de Justiça do País, indiciou Zé Dirceu como 'chefe de uma quadilha' composta de quase 40 integrantes, que comandou o maio escândalo de compra de votos parlamentares da história deste país;
  • Repetimos que o PT não que investigar nada e muito menos punir os que foem culpados e muito menos criar qualquer tipo de ação que busque a moralização da máquina pública. O que interessa é procurar desmoralizar alguém que tenha ligações com o famigerado Carlinhos Cachoeira, principalmente se for alguém que o ex-presidente Lula odeie, como acontece com o governador Marconi Perillo, do PSDB de Goiás. O rolo compressor da maioria governista vai cuidar de blindar os 'companheiros' que venham a ser envolvidos com o famoso 'empresário de jogos poibidos'. É de se estranhar que Lula e seus aliados façam tanta questão de abafar o Mensalão do PT. Afinal, ele e seus companheiros desde a primeira hora sempre negaram a existência do mesmo. Então, qual a razão para não deixá-lo ir a julgamento, com os indiciados podendo provar que tudo não passou de deslavada mentira que jogaram no colo dos ministros do Supremo;
  • Na verdade, sabe-se agora que o PT e o PMDB já estão arrependidos de terem estimulado a formação da CPI mista e da abrangência do que ela poderá investigar. Mas não podem mais voltar atrás. No máximo irão protelar o quanto puderem quando as coisas começarem e respingar nos 'companheiros'. Acontece que a opinião pública está começando a cansar de tantos 'malfeitos' praticados pelos nossos políticos, que já se vislumbra uma mobilização popular exigindo que se afaste da vida política aqueles já bastante conhecidos pelas maracutaias que praticam. Com a Lei da Ficha Limpa, espera-se que a limpeza já comece nas eleições municipais de outubro.

12 de abril de 2012

CPMI de Carlinhos Cachoeira pode espalhar estilhaços até no Governo

  • Isso não deixaria de acontecer. O PSDB pretende ressuscitar o caso Waldomiro Diniz na CPMI que vai ser instalada para investigar as relações do 'empresário de jogos ilegais' Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresas. Isso foi o que disse o líder do PSDB na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE). Como se recorda, Waldomiro foi o responsável pelo primeiro escândalo de corrupção no governo Lula, quando chegou a ser demitido do cargo de subchefe de Assuntos Parlamentares do Gabinete Civil, chefiado pelo então ministro José Dirceu (PT). O fato ocorreu em 2004, após ter vindo à tona um vídeo em que ele aparece recebendo propina de Carlinhos Cachoeira. A notícia está no site do jornal paulista "Estadão". Ao ser questionado sobre se, passados oito anos do caso, ainda há o que investigar, o líder tucano respondeu: "Quem achava que Cachoeira ainda teria? Tudo começou com Cachoeira. Passados oito anos, nós estamos de volta com Cachoeira. Acho que vamos viver um remake, um vale a pena ver de novo de nomes que o Brasil já conhecia e vão voltar ao cenário";
  • O líder tucano se baseia na versão do texto para criação da CPMI, apresentada hoje pelo PT, agradou a oposição e dá segurança a uma "investigação ampla e abrangente". Ele não quis opinar sobre se a comissão poderia se transformar numa CPI do Fim do Mundo, como foi chamada, em 2005, a CPI dos Bingos do Senado, diante da variedade de temas investigados. Foi o escândalo de Waldomiro que fez o Senado criar aquela comissão. Apesar de tudo, o líder do PSDB não acredita que a CPMI do Cachoeira pode ser esvaziada por conta das eleições de outubro. "Eu acho que os fatos é que vão dar o tom da investigação", afirmou. A partir de hoje, a oposição vai começar a discutir a forma de coleta de assinaturas de deputados e senadores para se criar a comissão. Para a instalação da CPMI serão necessárias pelo menos 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores;
  • Pelo que se conhece do PT e de seu grande aliado, o PMDB, é certo que quando as investigações se aproximarem perigosamente de pessoas próximas ao Governo este acione seu 'rolo compessor', pois é evidente que a maioria da CPMI será composta pelos dois partidos, que já dividirão entre si a presidência a a relatoria da comissão. Já há tanto governistas como oposicionistas ligeiramente arrependidos de terem dado tanta ênfase à instalação da CPMI, haja vista que antes dela ser composta já sugiram casos relacionados com o governo petista do Distrito Federal, quando o objetivo era atingir o governado de Goiás, Marconi Perillo, que é do PSDB, ao ponto do presidente nacional do PR, Rui Falcão declara no site do partido que a CPMI serviria a prova a 'farsa do Mensalão do PT', visto que ela estaria atingindo, além do senador oriundo do DEM, também um governador tucano;
  • Acontece que todos os dias começam a pipoca casos de gente da 'base aliada' que tem ou tinha ligações com Carlinhos Cachoeira, como é o caso do deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), flagrado em pelo menos seis conversas suspeitas com um dos mais atuantes integrantes do esquema do bicheiro goiano, Idalberto Matias Araújo, o Dadá. A redação afirma que a comissão será destinada a “investigar num prazo de 180 dias, práticas criminosas desvendadas pelas operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, com o envolvimento do senhor Carlos Augusto Ramos, conhecido vulgarmente como Carlinhos Cachoeira, e agentes públicos e privados.” O novo texto do requerimento da CPMI diz que a investigação se dará “sem prejuízo de investigação de fatos que se ligam ao objeto principal, dentre eles a existência de um esquema de interceptações e monitoramento de comunicações telefônicas e telemáticas ao arrepio do princípio de reserva de jurisdição”. Agora, é pagar para ver.

11 de abril de 2012

Planalto apoia CPI para atingir oposição, mas pode dar 'tiro no pé'

  • O Palácio do Planalto fez pressão junto à 'base aliada' para que fosse aberto processo no Conselho de Ética do Senado contra o senado Demóstenes Torres (GO). A presidente Dilma Roussef, atendendo ao ex-presidente Lula, ordenou pelo telefone que o Senado e a Câmara instalem a CPI mista para investigar os esquemas de Carlinhos Cachoeira. É que Lula está eufórico com a possibilidade de as investigações alcançarem o governador de Goiás, Marconi Perillo, que é do PSDB, a quem ele detesta. Tudo isso poque porque Lula foi pego mentindo quando afirmou que “não sabia” de nada sobre o Mensalão do PT. Acontece que Marconi Perillo contou que o avisara a Lula sobe o que estava ocorrendo, meses antes da denúncia de Roberto Jefferson, que quase provocou a queda de Lula. Quanto a Dilma, seu interesse de nas investigações é mostrar que o governo não tem nada a temer. Mas há o perigo de alguma coisa respingar no Governo e na sua 'base aliada', como já ocorre com o governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz, do PT, que teve auxiliar direto, Cláudio Monteiro, Chefe de Gabinete do governador, pedindo demissão, porque integrantes da organização do bicheiro foram flagrados em conversa com ele sobre pagamento de propina e concessão de um telefone especial para Monteiro;
  • Autor do requerimento de criação da CPI para investigar Carlinhos Cachoeira, o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) foi flagrado em pelo menos seis conversas suspeitas com um dos mais atuantes integrantes do esquema do bicheiro goiano, Idalberto Matias Araújo, o Dadá. Os grampos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, revelam que o parlamentar como um possível alvo da CPI que deverá ser instalada no Congresso Nacional.É mais um 'arauto da moralidade político' que está sendo desmascarado. A revelação é feita através do site do jornal 'Estadão', na Seção 'Política'. Nos áudios da Operação Monte Carlo, o deputado é tratado por Dadá como "professor" e "presidente". Em uma das interceptações, Protógenes sugere a Dadá que o encontre num novo hotel. "Não tô mais naquele não", avisa o deputado, sinalizando de que os encontros eram constantes. Em 11 de agosto de 2011 eles acertam o local da conversa, mas se desencontram. "Tá onde?", pergunta Protógenes, com Dadá respondendo: "Em frente da loja da Fiat". E o diálogo continua: "Ah, tá. Estou no posto de gasolina", diz o deputado. Dadá indaga: "No primeiro?". "Isso", confirma o deputado Protógenes;
  • E é assim que as coisas funcionam entre nossos políticos. Deve haver alguma excessão, mas a contaminação parece ser endêmica. Está a cada dia mais difícil saber-se em quem confiar e acreditar. O eleitor necessita ser esclarecido, por todos os meios possíveis - seja por intermédio de um simples blog como este aqui ou de outros com centenas de milhares de leitores, e muito pela mídia independente - a fim de que seja mais rigoroso e seletivo na hora de votar. E para treinamento, as eleições municipais de outubro deste ano podem servir como primeiro passo para se mudar o quadro político do País. Essa CPI mista do Congresso se não for bloqueada pelo próprio Governo, como já fez com outras, poderá atingir também o PT. Pode ser que seja a hora de Dilma Rousseff aproveitar sua popularidade recorde e começar de vez a tão esperada 'faxina' em seu governo, 'partindo para o abraço' em 2014.

10 de abril de 2012

Chega disso! As tragédias de repetem na Região Serrana do RJ

    O drama de Teresópolis se repete
  • Este Blog não tem pretensão de ser o mais lido de todos. Já é motivo de bastante orgulho ter registro de leitores em 72 países, sem contar no Brasil. Por tal razão, em face do foco político aqui sempre expresso, é sempre bom variar os temas, pois eles são bastante proporcionados pelos políticos brasileiros. Todavia, de vez em quando temos que ser repetitivos, principalmente quando o assunto se tona revoltante. É o que acontece com o descaso das autoridades com a região Serrana do Rio de Janeiro, outra vez às voltas com a constatação de mortes causadas pelas fortes chuvas que ali ocorreram nos últimos dias. As cinco mortes provocadas pelas enchentes em Teresópolis trouxeram ao conhecimento público o fato de que 15 meses depois das 900 mortes ocorridas em 2011, nenhuma casa prometida pelo Poder Público foi até agora entregue às pessoas que tudo perderam naquela cidade. Os desabrigados continuam na mesma situação;
    Isso foi em 2011 e continua assim
  • Segundo foi divulgado, cerca de 42 mil pessoas ainda vivem em áreas consideradas de risco, mais de um ano após as enchentes do ano passado. Quando a tragédia de 2011 atingiu a Região Serrana, a presidente Dilma Rousseff apareceu em Nova Friburgo, acompanhada do governador Sérgio Cabral, que havia voltado urgentemente de Paris a tempo de pegar uma carona no helicóptero presidencial, podendo aparecer diante das câmeras fazendo cara de choro, penalizado com a situação ali encontrada. O que não faltou foram promessas. No entanto, depois de novas mortes, 'somente' cinco e cerca de mil desabrigados, vem à tona a informação de que o descaso continua. Um sistema de alarme prévio para evitar tragédias foi anunciado aos quatro ventos, mas agora só funcionou uma depois da chuva cair e os moradores já com água quase no pescoço;
  • Em outubro vão acontecer as eleições municipais e é bem provável que o povo da Região Serrana reeleja muita gente, principalmente correligionários da presidente Dilma e do governador Sérgio Cabral. Mas esse mesmo povo só vai se lembrar da mancada na próxima enchente do início do ano que vem. Parece masoquismo, e é. O povo apanha e parece que gosta, pois traz todo mundo de volta para o Poder, sujeitando-se sempre ao desinteresse de seus representantes. Eles vão fazer as mesmas promessas, e o povo sempre acreditando e dando-lhes o direito de continuarem enganando esse mesmo povo. E, pior ainda, muitos vão enriquecer às custas dos recursos que por acaso forem destinados a solucionar os problemas cansados pelas enchentes;
  • Na realidade, não dá mais para deixar que os políticos continuem enganando os eleitores, servindo-se deles para se reelegerem e até mesmo para alguns enriquecerem às custas do dinheiro público. O povo precisa raciocinar mais e já este ano começar a promover uma rigorosa faxina, elegendo somente aqueles - muito poucos, por sinal - que realmente levem seus mandatos a sério e cuidem dos interesses coletivos daqueles que os escolhem nas urnas para representá-los. É hora de mudar.

9 de abril de 2012

Privatizar? Nem pensar! Estatais engordam os salários de ministros

  • O que não faltam no noticiário político são casos dignos de crítica. A partir de matéria publicada neste último domingo no 'Estadão', voltou ao conhecimento da opinião pública um artifício que foi largamente empregado em governos passados para garantir uma remuneração de mercado a integrantes dos ministérios, que são os conselhos de administração e fiscal de estatais e empresas públicas, que continuam a ser usados para engordar os subsídios dos ministros. De acordo com levantamento feito pelo 'Estadão' nos 38 ministérios da presidente Dilma Rousseff, observa-se que um terço dos ministros integra hoje uma elite do funcionalismo com supersalários que ultrapassam o teto salarial de R$ 26.723,15. São 13 ministros que fazem parte da 'diretoria' que têm seus rendimentos 'turbinados' com jetons por participação em conselhos de empresas. Daí se entende porque os governistas são visceralmente contrários a qualquer perspectiva de privatização;
  • A reportagem mostra que o campeão dos supersalários é o ministro da Defesa, Celso Amorim. Ele acumula seu salário com o pró-labore de R$ 19.400,00 pagos por sua participação no Conselho de Administração da Itaipu Binacional, totalizando R$ 46.123,15 mensais brutos de remuneração. Os ministros que comandam a área econômica do Governo, Guido Mantega, da Fazenda, e  Miriam Belchior, do Planejamento, estão empatados na segunda posição do ranking dos mais bem pagos da Esplanada, com renda mensal bruta de R$ 41.592,19, pois são conselheiros da Petrobras e da BR Distribuidora, com jetons que alcançam quase R$ 15 mil mensais. Tem também um Luís Inácio, que não é o ex-presidente Lula - trata-se de Luís Inácio Adams, Advogado Geral da União -, que acrescenta mais R$ 12 mil aos seus vencimentos de nível de ministro, com um total de R$ 38.723,15 em sua conta corrente;
  • Outro membro da 'diretoria' que ganha muito bem é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, que tem o salário engordado com jetons de dois conselhos, uma vez que é presidente do Conselho de Administração do BNDES, onde ganha R$ 6.002,01 mil mensais brutos, integrando também o BNDESPar e recebendo mais R$ 5.390,58, o que lhe proporciona um total mensal de R$ 38.115,74. Trata-se do ministro 'queridinho' de Dilma Rousseff (que também engordaa seu salário quando ministra, na presidência do conselho da Petroibras), mas que terá que se explicar junto ao Conselho de Ética da Presidência da República por causa de suas 'consultorias' e palestras aparentemente não realizadas - não há nenhuma comprovação -, mas que lhe renderam cerca de R$ 2 milhões de empresas que viriam a ser contratadas pela Prefeitura de Belo Horizonte (MG), onde ele foi prefeito. Mas isso é outro assunto;
  • Além dos acima citados, mais oito ministros usufruem desses ganhos extras. Todavia, na seção 'Política' do mesmo 'Estadão' ficamos sabendo que o ex-ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi (PDT), alvo da faxina promovida pela presidente Dilma Rousseff e que perdeu o cargo há quatro meses, manteve parte da renda salarial dos tempos de Governo, pois mesmo depois de ser demitido pelo Planalto após denúncias de irregularidades no ministério, o presidente nacional do PDT continua desfrutando de pró-labore no valor de R$ 6.002,01 pois participa de reuniões do Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Lupi não é o único caso de ex-ministro beneficiado com rendimentos extras após deixar a Esplanada dos Ministérios. Titular da Ciência e Tecnologia no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, ganha mais de R$ 25 mil por mês como conselheiro de duas estatais. A matéria ainda destaca que além de participar do colegiado do BNDES, o ex-ministro integra o Conselho de Administração da Itaipu Binacional, considerado um dos conselhos de estatais mais disputados, com um jetom de R$ 19.400,00 mil;
  • E tem mais. Se não bastassem para turbinar os salários dos atuais ministros, os conselhos de empresas estatais e públicas também funcionam como cabide de emprego, e não só para antigos ocupantes da Esplanada. O ex-governador e ex-deputado federal Alceu Collares (PDT), por exemplo, é contemplado pelo polpudo pró-labore do conselho de Itaipu Binacional. Mesmo privilégio tem o sindicalista e bancário João Vaccari Neto, secretário nacional de Finanças e Planejamento do PT. Também o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique, é outro que engorda seus vencimentos com o jetom pago pelo Conselho de Administração do BNDES. Ao lado de ex-ministros e sindicalistas, os conselhos de administração servem ainda para acomodar apadrinhados políticos;
  • Outra notícia de estarrecer aparece também no site do ’Estadão”: “Além de turbinar os salários com jetons pagos por conselhos de estatais e empresas públicas, os ministros de Estado têm direito a receber auxílio-moradia. Assim como o pró-labore pago pelas empresas, o benefício está fora do teto salarial do funcionalismo público, que hoje é de R$ 26.723,15. Atualmente, eles têm direito a gastar até R$ 6.680 com habitação”. Segundo o jornal paulista, um terço dos 38 ministros do governo Dilma Rousseff recebe o benefício. Como é necessário comprovar o gasto com moradia, os custos variam. O titular do Trabalho, Paulo Roberto Santos, recebe R$ 3.200,00, enquanto José Eduardo Cardozo (Justiça), Wagner Bittencourt (Aviação Civil), Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia), Eleonora Menicucci (Mulheres) e Ana de Hollanda (Cultura) têm benefícios acima de R$ 6 mil;
  • E assim vai. Como dito no início, a prática é antiga, mas os governantes que assumiram o poder pregando a moralidade na gestão das coisas públicas, tão logo botaram a mão na caneta que nomeia e assina cheques, trataram logo de adotar o lema 'Farinha pouca? Meu pirão primeiro', que ninguém é de ferro.

8 de abril de 2012

Suplente de senador é o melhor 'emprego' que existe no Brasil

  • Dificilmente o Senado Federal consegue ficar fora do noticiário. Nos últimos anos tivemos de tudo, como pagamento de horas extras não cumpridas, atos secretos, dezenas de diretorias inúteis etc. Agora, convivemos intensamente com a carga de notícias sobre o antigo arauto da moralidade pública, Demóstenes Torres, revivendo o caso daquele inspetor da Scotland Yard que era advertido diariamente sobre a existência de um vampiro no bairro de sua jurisdição, que todas as noite ferrava seus dentes no pescoço de um morador, mas nada do policial tomar alguma providência, sempre dizendo que iria agir. Um belo dia os moradores pegaram o lobisomem, e ele era nada menos que o inspetor. Qualquer comparação de Demóstenes com o inspetor inglês da historinha é mera coincidência;
  • Quando pensávamos que o Senado não teria mais alguma novidade, pelo menos até o caso do senador 'assessor' do bicheiro Carlinhos Cachoeira ser definido oi desaparecer da mídia como tantos outros, lemos hoje que o novo líder do Governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), que também prega que se façam novas coisas naque Casa, praticando-se uma política diferente e até propondo ao eleitorado a eleição de novos senadores, chegando a afirmar: "O Senado mudou e os velhos políticos precisam entender isso". Ocorre que o líder de Dilma Rousseff é daqueles que adotam o lema 'faça o que digo, mas não faça o que eu faço. A primeira suplente dele no Senado é ninguém menos que sua própria esposa, Sandra Braga. Como não tem nada de ingênuo, Demóstenes escalou para ser seu segundo suplente nada menos que o 24º homem mais ricos do Brasil, Lirio Parisotto, fundador da DVDs Violar, com uma fortuna estimada pela revista 'Forbes' em US$ 2 bilhões e 100 milhões;
  • E por falar em suplentes de senador, entendemos que é algo que deve ser tratado como autêntica aberração, pois podem chegar a um dois cargos políticos mais elevados do País sem necessidade de um voto sequer. Quando o interesse do titular não é ser substituído por alguém de casa, vale colocar o cargo nas mãos de alguém que lhe tenha dado valio$a colaboração nas despesas de campanha. Um fato marcante desse tipo de jogada aconteceu com o ministro das Comunicações dos dois mandatos do ex-presidente Lula, o jornalista Hélio Costa (PMDB-MG), que mandou para o Senado durante quase oito anos seguidos o empresário Wellington Salgado, dono de uma rede de faculdades no Rio de Janeiro, sem nenhum  vínculo com Minas Gerais, mas que foi ba$tante genero$o com o senador mineiro em sua campanha ao Senado, mesmo sabendo que não exerceria seu mandato enquanto Lula governasse;
  • Dois atuais 81 senadores, nada menos que 15 dos que estão em exercício são suplentes, o que corresponde a 18% da composição daquela Casa. Caso Demóstenes venha a ser afastado, seu primeiro suplente é o empreiteiro Wilder de Moraes, que doou oficialmente nada menos que R$ 700 mil para a campanha do senador (ainda) goiano. Roberto REquião (PMDB-PR) teve uma doação de R$ 857 mil do seu suplente Chico Simeão, dono de uma empresa importadora de pneus usados, que são revendidos no Brasil depois de reciclados. Já Ivo Cassol (PP-RO), aquele que acha que político brasileiro ganha muito mal, tem como primeiro suplente seu pai, Reditário Cassol, que assumiu o mandato do filho durante uma licença para tratamento de saúde, mas gastou 'apenas' R$92.104,00 com 'divulgaçãodo mandato parlamentar', como justificou-se. Outro suplente 'gastão' foi o do senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), que em apenas quatro meses gastou R$ 16.542,00 também para divulgar sua 'atividade parlamentar';
  • Por tais motivos, já está mais do que na hora de se exigir uma imediata mudança, já para 2014, no sistema de eleição de suplentes do Senado, onde só possam chegar a assumir uma das 81cadeiras quem tenha obtido votação suficiente para isso. Como ponto principal, deve ser proibido o nepostismo que hoje existe, para que não tenhamos que ler ou ouvir justificativas como a quem um dia foi dada pelo falecido Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), o famoso ACM, que tinha o filha ACM Filho (DEM-BA) como primeiro suplente, porque não queria ninguém conspirando para assumir seu mandato e muito menos torcendo por sua morte. Também não queremos mais saber de desculpa como a que dá o líder de Dilma no Senado de que escolheu sua esposa para não ver seus aliados brigando pelo posto;
  • Se o povo for inteligente, daqui a dois anos estará elegendo deputados e senadores que tenham compromisso com uma ampla reforma política, modificando por completo o atual sistema eleitoral. Como está que que não deve ficar.

6 de abril de 2012

No Ministério da Pesca, peixe pode virar mandioca

A ilustração de SponHolz fala por si
  • A notícia está circulando hoje na imprensa. O PSDB vai pedir ao Conselho de Ética da Presidência da República que também investigue a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, pela execução de um contrato com a ONG Pró-Natureza para criação de peixes em Brasília, que não saiu do papel. O jornal 'O Estado de São Paulo' mostrou, em reportagem publicada nesta quinta (Leia aqui), que durante a gestão de Ideli, o Ministério da Pesca liberou de uma só vez R$ 769.900,00 para a organização não governamental de um funcionário comissionado do governo de Agnelo Queiroz (PT-DF) implantar, no entorno de Brasília, um tanque para criação de tilápias. Acontece que 11 meses depois da liberação do pagamento, no lugar onde deveria haver a produção de peixes, existe uma plantação de mandiocas. Justificando o pedido, o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), declarou, ironizando: "É mais um fato que reforça a necessidade da investigação. Agora eles plantam peixes e colhem mandioca";
  • A situação da poderosa ministra está bastante conturbada. No início desta semana, o PSDB já havia acionado o Conselho de Ética para que instaurasse processo ético-disciplinar e investigasse Ideli pela compra de 28 lanchas-patrulhas adquiridas entre dezembro 2008 e março de 2011 pelo valor de R$ 31 milhões.'O Estadão' havia mostrado que um ex-dirigente da pasta, Karim Bacha, pediu à empresa contratada, Intech Boating Ltda., doação para a campanha de Ideli, e a empresa doou R$ 150 mil ao PT de Santa Catarina, que bancou cerca de 80% da campanha de Ideli ao governo;
  • Outro partido, o PPS, vai pedir ao Tribunal de Contas da União (TCU), por meio de requerimento à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, que o órgão de controle faça uma "devassa completa" nos convênios do Ministério da Pesca com organizações não governamentais. O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), também vai tentar convocar a ministra Ideli Salvatti para prestar esclarecimentos à comissão. "Esses convênios podem estar servindo de fachada para abastecer o caixa do PT", disse Bueno.  Documentos apresentados pela ONG ao ministério mostram que, antes mesmo de receber qualquer recurso, a entidade pagou R$ 75.900,00 para a Rover Consultoria Empresarial Ltda. elaborar um diagnóstico sobre a pesca no entorno. A nota fiscal foi emitida em nome de Gabriel Miranda Pontes Rogério, um chef de cozinha;
  • "O pessoal veio aqui uma vez no ano passado e ofereceu o projeto. Nós aceitamos e eles não apareceram mais. Achei que tinham desistido, mas têm 15 dias que voltaram e falaram que os tanques vão ficar prontos em julho. Parece que só agora o projeto foi aprovado e eles vão receber o dinheiro", informou o agricultor Joami de Souza Ramos, esclarecendo que nunca criou peixes, e muito menos participou de cursos ou qualquer atividade do projeto. Na chácara ao lado, incluída no rol de beneficiários do ministério, também não há sinal de tanques. Outros moradores do núcleo rural confirmam que nunca participaram de capacitações. O único viveiro no local é o de um sítio que está à venda e foi construído pelo próprio morador. O agricultor ainda aguarda os peixes do projeto para começar a criação;
  • Apesar de tudo que foi acima relatado e sem nenhum tanque pronto ou cursos ofertados, a Pró-Natureza solicitou em 28 de outubro do ano passado ao então ministro Luiz Sérgio (PT-RJ) um aditivo prorrogação de prazo de 16 meses e mais R$ 224.700,00. Segundo o ofício, os extras seriam para aprovação de novo cronograma. Pela proposta, entre dezembro e fevereiro de 2012 seriam oferecidos os cursos de capacitação e a obtenção das licenças e outorgas para a construção dos viveiros; abril a julho, período de construção e lançamento de edital para aquisição de material; agosto e setembro, primeiro ciclo de criação de peixes, e janeiro de fevereiro de 2013, término do primeiro ciclo dos peixes;
  • Por meio de sua assessoria, a ministra Ideli Salvatti afirmou que o convênio com a ONG não foi firmado durante sua gestão. A execução e a liberação dos recursos foram feitas pela ministra em cumprimento ao cargo que ocupava, diz sua assessoria da ministra. Para sossego de Ideli, o caso do (ainda) senador Demóstenes Torres surgiu em boa hora, pois a mídia está focada nas relações dele com o 'empresário' Carlinhos Cachoeira. No entanto, a ministra tem que ficar atenta, porque tem gente que está estranhando essa movimentação financeira esdrúxula do Ministério da Pesca, podendo algum figurão ligado ao Governo cair numa rede inesperada e ainda para o samburá dos 'malfeitos'.

5 de abril de 2012

Quem quer CPI para Demóstenes? Ninguém, é claro!

  • O líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), defendeu na última terça-feira a “imediata instalação” da CPI do Cachoeira para investigar as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com parlamentares, visto que além do senador Demóstenes Torres surgiram nomes de alguns deputados de Goiás também ligados ao 'empresário' da contravenção. Coube ao deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) protocolar o pedido para formação da CPI, que não foi criada, pois está dependendo de um despacho do presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS). Pelo que se vê, ainda vai levar algum tempo para esse despacho ser efetivado pelo presidente da Câmara. É que ninguém está interessado que a CPI seja formalizada e muito menos que ela funcione. No caso, não ficaria bem para o Governo mobilizar sua tropa de choque para impedir o funcionamento da CPI, mesmo sendo os parlamentares envolvidos integrantes da oposição;
  • É praticamente certo que o Governo e a oposição tenham feito algum tipo de acordo por baixo dos panos, por razões bastante óbvias. Primeiramente, o DEM, partido ao qual o senador goiano era filiado não quer ver a sua legenda sendo constantemente citada durante os trabalhos da CPI, pois já anda em baixa, especialmente depois da criação do PDS pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, pois seria uma propaganda bastante negativa, principalmente pela imagem de arauto da moralidade política da qual Demóstenes desfrutava. Outro partido da oposição, o PSDB, também não interesse na CPI, porque também estaria com a sigla exposta de modo negativo com a presença do nome do governador de Goiás, Marconi Perillo, que é tucano;
  • Por sua vez, a CPI também não está nos planos do PT, visto que ao se cuidar de Carlinhos Cachoeira com certeza voltaria à mídia no nome de Valdomiro Diniz e a cena dele recebendo propina do bicheiro goiano voltaria a circular na mídia. Como se recorda, Valdomiro era intimamente ligado ao então ministro da Casa Civil de Lula, o famoso Zé Dirceu, e a cena acabou deslanchando a descoberta do Mensalão do PT, culminando com a queda do super ministro de Lula e a cassação de seu mandato de deputado federal;
  • É dessa forma que casos como o de Demóstenes Torres é tratado. No Senado já há a possibilidade de funcionar o corporativismo, pois o que não falta naquela Colenda Casa Legislativa é senador de rabo preso na Justiça. Com a palavra, o eleitor.

4 de abril de 2012

Conselho de (falta de) Ética vai punir Demóstenes Torres? Pode ser...

  • Algo indica que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) vai ser punido com bastante rapidez pelas suas relações nada republicanas com o 'empresário da jogatina' Carlinhos Cachoeira. Nada mais justo, principalmente por tratar-se de quem ao longo dos anos passou para o distinto público a imagem de arauto da moralidade pública. O assunto está mais do que conhecido. Mas surge logo uma indagação: é somente ele? De imediato, em tempo recorde, o Supremo Tribunal Federal (STF) acatou pedido de quebra de sigilo bancário do senador. Mas, como ficam os casos recentes dos ministros Fernando Pimentel, Guido Mantega, Iideli Salvatti e do governador do Brasília, Agnelo Queiroz, por coincidência todos do PT. Será que serão 'empurrados com a barriga' até que seus nomes saiam da mídia? É bem provável. Pelo menos não se vê a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Conselho de Ética da Presidência - exceot em relação a  Fernando Pimentel - ou mesmo a Procuradoria Geral da União (PGU) cobrando uma solução rápida para os 'malfeitos' ´tão amplamente divulgados;
  • O próprio caso de Demóstenes Torres já começa a andar devagar, a partir da Comissão de Ética do Senado, atualmente sem presidente e que somente no dia 10 vai se definir quanto a quem vai dirigi-lo. Como o senador amigo de Cachoeira é de um partido da oposição (?), até que seu caso está andando rápido. Às vésperas do julgamento do Mensalão do PT pelo Supremo Tribunal Federal (STF), já tem gente esfregando as mãos porque o assunto anda meio escondido na mídia, além do esforço do ministro Ricardo Lewandowski em retardá-lo, provocando a prescrição de alguns do crimes a serem julgados pelo Supremo. Vê-se que até quem foi denunciado no processo do Mensalão do PT como chefe de uma quadrilha, o famigerado José Dirceu, está em plena atividade partidária no comitê de campanha do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, o famoso ministro aloprado do Enem;
  • O jeito que a coisa vai, não é impossível que Demóstenes Torres continue como senador até o final de seu mandato, e mesmo que não se reeleja, rejeitado pelo povo de Goiás, vai, na condição de ex-senador, continuar usufruindo de um bom plano de saúde vitalício, para si e seus familiares. Caso isso não aconteça, pelo menos terá a 'assistência' de Carlinhos Cachoeira, que, por gratidão, garantirá o pagamento de qualquer tipo de tratamento médico ou dentário de seu amigo de longa data. Mas, tudo pode acontecer, pois, afinal, o presidente do Senado é nada menos que José Sarney (PMDB-AP), que que Lula afirmou não ser uma pessoas comum, tendo ainda o Conselho de Ética integrantes do 'gabarito' de Jaime Campos (DEM–MT), vice-presidente do Conselho e que se declarou impedido de julgar um companheiro de partido, Acir Gurgacz (PDT-RO), Mário Couto (PSDB-PA), Valdir Raupp (PMDB-RO),  Renan Calheiros (PMBD-AL) Romero Jucá (PMDB-RR), Wellington Dias (PT-PI) e Gim Argello (PTB-DF), todos respondendo ou já tendo sido condenados em alguns processos da Justiça, conforme esclarece o site Congresso em Foco;
  • O site do jornal 'Estado de São Paulo', na seção 'Radar Político', acaba de informar o seguinte:

Advogado de Demóstenes diz que provas contra o senador foram obtidas ilegalmente


O advogado do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), Antônio Carlos de Almeida Castro, pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF), na segunda-feira, 9, a anulação das provas apresentadas pela Procuradoria-Geral da República contra o parlamentar. Demóstenes é acusado de participar de suposto esquema de exploração de jogos ilícitos comandado pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

O advogado argumentou que houve uma “usurpação da competência do STF” que não autorizou a Polícia Federal e o Ministério Público a realizar qualquer investigação contra o seu cliente. Desta forma, a linha de defesa do senador, nesse episódio, terá como base o argumento de que as provas foram obtidas ilicitamente.

Castro disse que existe “um bando de ilegalidades” no processo, a começar pelo fato de o parlamentar ter imunidade e só poder ser investigado a partir de uma autorização do Supremo Tribunal Federal. O advogado ressaltou que os autos apresentados pela Procuradoria-Geral da República mostram que a Polícia Federal, na Operação Monte Carlo, registrou mais de 300 telefonemas entre Demóstenes e Carlinhos Cachoeira, o que deixa claro que “não foram encontros fortuitos”.
  • Para quem acredita em Coelhinho da Páscoa, não é difícil acreditar também que saia desse Conselho de (falta de) Ética algum tipo de punição a Demóstenes Torres, ainda mais com a possível 'colaboração' da Justiça, caso acate os argumentos de seu advogado, o que não é impossível de acontecer.

3 de abril de 2012

PSDB quer ver Comissão de Ética investigando as lanchas de Ideli

Lanchas renderam R$ 150 mil para campanha de Ideli
  • O PSDB protocolou na Comissão de Ética Pública da Presidência da República um pedido de investigação sobre a aquisição de 28 lanchas pelo Ministério da Pesca, que custaram R$ 31 milhões.  Foi o que anunciou da tribuna o senador Álvaro Dias, líder do PSDB no Senado, lembrando em sua representação que o resultado de numa auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) verificou-se que pelo menos 23 das 28 embarcações adquiridas por aquela pasta da Pesca nunca foram usadas e que encontram-se sob risco de deterioração. Como agravante, a empresa fornecedora das embarcações, a Intech Boating, foi solicitada a fazer uma doação de R$ 150 mil ao comitê financeiro do PT de Santa Catarina, que custeou cerca 81% das despesas do comitê de campanha da atual ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, candidata do partido ao governo catarinense, em 2010. Depois de derrotada, Ideli assumiu o Ministério da Pesca e pagou a última fatura das lanchas, no valor de R$ 5 milhões e 200 mil;
  • A auditoria do TCU constatou indícios de superfaturamento, pagamentos por serviços não realizados, liquidação antecipada de faturas e aditivos contratuais que incluíram nos contratos novos itens, o para o TCU significa “fuga ao procedimento licitatório”. Álvaro Dias disse que recorreu à Comissão de Ética da Presidência porque decidiu dar “um voto de confiança” aos membros do colegiado. “A Comissão de Ética pode convidar para testemunhar o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), ex-ministro da Pesca, que afirmou ter encontrado malfeito no ministério, em entrevista concedida na semana passada. Logo que a denúncia sobra as lanchas e a doação eleitoral para sua campanha, Ideli Slvatti divulgou uma nota dizendo que a aquisição das lanchas ocorreu antes da chegada dela no ministério, que era dirigido por Altemir Gregolin, também petista e catarinense como ela. Ideli alegou que os R$ 150 mil foram doados ao partido, não à campanha dela. Porém,  81% das despesas legais do comitê de Ideli, registradas na Justiça Eleitoral, foram utilizados na sua campanha ao Governo de Santa Catarina;
  • Como pode ser visto, a cada semana surge alguma notícia envolvendo gente ligada ou próxima ao Governo. Está mais do que na hora da presidente Dilma Rousseff motar seu próprio governo e governar a seu modo, ou então correr o risco de não ter sequer condições de pleitear sua reeleição em 2014, além de governar sob constantes crises, abrindo caminho para que a oposição consiga voltar ao Poder de modo mais rápido e mais fácil que se poderia imaginar. Ficar blindando todos os denunciados por prática de 'malfeitos' poderá vir a ser um grande tiro do próprio pé e o fim meteórico de uma carreira iniciada exatamente na ponta da pirâmide política do País. Dilma é quem decide.

2 de abril de 2012

Lula vai precisar mesmo falar muito para alavancar a 'mala' Haddad

  • "É um consenso de todo o grupo de que está caracterizado em São Paulo um apagão dos transportes públicos, pelas inúmeras panes, pelos atrasos em obras, pelos projetos de investimento que estavam indefinidos", disse o pré-candidato do PT, Fernando Haddad, durante reunião com Conselho Político do comando do partido, que estabeleceu o aumento da polarização com o PSDB, explorando as recentes panes no sistema de transporte estadual, classificando-as com um “apagão” na infraestrutura da cidade. O foco das críticas foi o Governo do Estado comandado pelos tucanos, responsável pela administração dos trens metropolitanos e do Metrô e que apoia a pré-candidatura de José Serra (PSDB). Haddad falou em "panes recorrentes" no sistema de transporte coletivo e em "subinvestimento" no setor;
  • O lançamento da candidatura de Haddad à Prefeitura de São Paulo, por imposição do ex-presidente Lula, jogando para escanteio a pretensão da senadora Marta Suplicy, é uma jogada política de alto risco. Lula e o PT querem tirar a prefeitura paulistana das mãos do PSDB, plano que também se estende ao Governo do Estado. Caso ele consiga repetir na capital paulista o sucesso que teve ao lançar Dilma Rousseff à sua sucessão, alguém que nunca havia experimentado participar de uma eleição, p sucesso em 2014 estará também garantido. Lula foi corajoso em sua empreitada, pois está submetendo ao eleitorado paulistano o nome de um ministro também neófito em termos de eleição, cuja fama está focada nas trapalhadas ocorridas nos exames do Enem, além de outros estrepolias patrocinadas pelo Ministério da Educação, quando era titular da pasta;
  • Quem conhece o PT sabe muito bem que os sindicalistas vinculados àquele partido são suficientemente capazes de promoverem qualquer coisa para beneficiar seu líder maior, incluindo-se aí até algum tipo de sabotagem para por a culpa nos adversários, principalmente se isso provocar algum tipo de desgaste político. Sendo ano de eleição, talvez não sejam 'mera coincidência' a declaração de Haddad estampada acima. Tudo faz crer tratar-se de uma estratégia muito bem orquestrada para desgastar a candidatura de José Serra, que tem como um dos grandes cabos eleitorais o governador tucano Geraldo Alckmin;
  • Vê-se, no entanto, que Lula tinha razão quando afirmou que se medo maior durante o tratamento que fez era exatamente perder a voz. Afinal, trata-se de alguém que tem na palavra sua maior arma, a ponto de convencer a maioria dos eleitores brasileiros a eleger uma pessoas praticamente desconhecida para a Presidência da República. Mas no caso de Haddad, será necessário que Lula não tenha ficado com nenhuma sequela na sua fala, porque seu candidato continua patinando nas pesquisas, que sempre apontam a candidatura de José Serra como a preferida pela maioria do eleitorado paulistano. Além de Lula no palanque, o candidato do PT talvez precise de muitos outros 'apagões' provocados pelos sindicalistas nos serviços públicos da capital paulista para os petistas conseguirem finalmente afastar os tucamos do comando da Prefeitura e do Governo do Estado.