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19 de fevereiro de 2015

O que é isso, 'companheiro' ministro?

  • José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, ficou todo enrolado para explicar a 'coincidência' das visitas ao seu gabinete não agendadas de advogados das empresas envolvidas no escândalo do 'Petrolão do PT'. As visitas só chegaram ao conhecimento do público depois de reveladas pela imprensa. Num primeiro momento, Cardozo desmentiu, mas, pego na mentira, confirmou alegando terem sido audiências 'institucionais';
  • Para deixar o ministro da Justiça mais enrolado, alguém disse que ele teria dito aos advogados que eles ficassem tranquilos porque quando as investigações da 'Operação Lava-Jato' chegarem ao Supremo com os nomes dos políticos envolvidos a situação dos empresários seria abrandada;
  • Como assim, ministro? Quer dizer que o senhor confirma as suspeitas de que o Supremo, com maioria de ministros 'petistas' vai decidir de acordo com os interesses do Governo? Não é sem razão que Joaquim Barbosa, ex-presidente do STF, cobrou a imediata demissão de Cardozo, e que senadores e deputados da oposição tenham feito o mesmo, além de solicitar o enquadramento de pela Comissão de Ética da Presidência da República;
  • Alguém precisa dizer a José Eduardo Cardozo que ele é um ministro do Governo e não do PT. Pegou muito mal para ele essas 'audiências institucionais', ainda mais quando é do conhecimento geral que aqueles advogados recebem honorários de milhões de reais. Digam também a ele que está no cargo como servidor público e não para atuar como defensor de quem proporcionou vultosos prejuízos àquela que um dia foi uma das maiores empresas do mundo.

Em casa ou nas ruas, não deixe de protestar no dia 15

  • É isso mesmo. As manifestações programadas para o próximo dia 15 não têm que ter por principal objetivo o 'impeachment' da presidente Dilma e muito menos uma intervenção militar. O que vier a acontecer depois, será consequência do tamanho dos protestos. O que se deseja é que os políticos de um modo geral, do Executivo e do Legislativo, tenham consciência de que estão a serviço do povo;
  • Se o grito do povo não for ouvido, a Constituição Brasileira tem instrumentos legais para 'colocar a casa em ordem', seja 'impeachment' ou até intervenção militar. E nenhuma dessas formas pode ser chamada de golpismo. De uma forma ou de outra, o Poder é devolvido ao seu legítimo dono, o povo. Não foi o que ocorreu em 1964, quando a 'arrumação da casa' virou mesmo um golpe;
  • Mas vale um lembrete. Os petistas e seus aliados estão aplicando mais um de seus golpes sentindo que o momento lhes é bastante desfavorável e espalham nas redes sociais que as manifestações vão acontecer no dia 13. É mentira! Foi convocado pela CUT chamando os militantes para 'defenderem a Petrobras dos golpistas'. As verdadeiras manifestações serão no dia 15 de março.

16 de fevereiro de 2015

Até quando o povo e o Governo vão ficar em silêncio?

  • Em junho de 2013, parecia que o Brasil havia deixado de estar 'deitado eternamente em berço esplêndido'. O povo saiu às ruas e exigiu uma mudança de comportamento por parte dos políticos. O grande foco era a correta utilização do dinheiro público. O recado era: "Parem de roubar, porque tem gente morrendo por causa da falta de recursos para serem aplicados em serviços essenciais à população, e grande parte desse dinheiro está indo para as contas bancárias de alguns. Chega disso";
  • Infelizmente, depois do barulho nas ruas feito por milhões de pessoas veio um profundo silêncio. Após o surgimento do escândalo do 'Petrolão', algumas manifestações aconteceram (e ainda acontecem), mas sem a intensidade das de 2013. Existe nas redes sociais uma convocação para manifestações no dia 15 de março. Naquele dia veremos se o povo acorda outra vez. A 'tossida da vaca' também será lembrada;
  • O Governo Federal também faz silêncio. O envolvimento de petistas e seus aliados nos desvios bilionários de dinheiro da Petrobras está provocando um 'silêncio ensurdecedor' no Palácio do Planalto. A presidente Dilma 'tomou chá de sumiço' por um longo tempo, e continua longe de câmeras e microfones.Tem medo de que uma palavra sua possa ter efeitos negativos para ela e seus 'companheiros';
  • Agora, há uma grande curiosidade sobre como serão as manifestações como as programadas para o mês que vem. O resultado da eleição presidencial, muito apertado, serve como parâmetro para se admitir que o Governo não está com muito prestígio junto à população. A última pesquisa de opinião mostrou uma violenta queda de popularidade de Dilma. Com isso, as manifestações de 15 de março certamente estão tirando o sono de muita gente em Brasília.

Esse cara inverteu as coisas

  • Um tal de Mário Góis prestou depoimento na Operação Lava-Jato e entregou um monte de cabeças coroadas do Governo e do PT como beneficiários do 'Petrolão'. Ele também levou alguns milhões de reais;
  • Agora sai a notícia de que ele passa o dia chorando na carceragem da Polícia Federal. Diz o antigo ditado: "Quem não chora, não mama". Acontece que com ele o ditado sai ao contrário: "Mamou, e agora está chorando";
  • Se ele entregar mais gente, pode ser que o juiz Sérgio Moro dê a ele um pirulito e uma mariola depois do depoimento.

Não tente nos enganar, Rui Falcão, porque não gostamos

  • O presidente nacional do PT, Rui Falcão, vive repetindo que as doações recebidas pelo partido para a campanha eleitoral de Dilma Rousseff não foram ilegais e que as contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. Por incrível que possa parecer, ele não está mentindo. As contas do PT foram mesmo consideradas corretas pelo TSE;
  • Falta, no entanto, Rui Falcão esclarecer uma coisa: não cabe à Justiça Eleitoral analisar a origem do dinheiro das doações, mas sim a forma correta de suas aplicações na campanha. De onde vem o dinheiro é atribuição do Ministério Público, e a 'Operação Lava-Jato' está colocando sob suspeita os recursos utilizados para as campanhas de Dilma em 2010 e 2014;
  • Os depoimentos dos implicados no 'Petrolão' estão provocando dor de cabeça nos petistas e nos partidos que apoiaram Dilma. As declarações de Rui Falcão têm por objetivo procurar uma forma de tirar o Governo de foco de pelo menos um dos muitos problemas que estão atormentando o Palácio do Planalto nesse início de ano;
  • Então, vai aqui um recado para o presidente do PT: conta outra, Rui Falcão, porque essa tua historinha não engana ninguém, nem mesmo os que são beneficiados pelos 'programas sociais'. É o que diz a recente pesquisa do Instituto Data-Folha.

Reforma Política: o Governo perde mais uma na Câmara

  • A vida não está nada fácil para o Governo na Câmara dos Deputados. Em mais uma derrota, apesar de seu tamanho o PT não conseguiu um dos principais cargos na comissão que vai estudar o projeto da reforma política. O presidente será Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o relator, Marcelo Castro (PMDB-PI). Com essa composição, dificilmente serão aprovadas as principais reivindicações dos governistas, como o financiamento público das campanhas eleitorais. Para o PT, sobrou a vice-presidência;
  • Existe um consenso de que é preciso fazer uma reforma para que mostre à sociedade que realmente está havendo mudanças. As principais são: o fim do voto obrigatório; e a unificação das eleições, que deixariam de ser de dois em dois anos, podendo até haver uma prorrogação dos mandatos municipais. A unificação das eleições evitaria o costume de parlamentares concorreram ao Executivo e, não se elegendo, exercerem o restante dos seus mandatos;
  • Com a adoção do 'Distritão', tornando majoritária a eleição de deputados federais, estaduais e vereadores, o primeiro suplente de cada cargo seria o primeiro a assumir o mandato daquele que se afastasse do cargo. Fala-se também no fim dos suplentes de senador, ficando como suplente imediato o primeiro não eleito;
  • Também há a ideia de que se estabeleça um mandato de cinco anos para os chefes de Executivos, mas sem direito a reeleição. Prevalecendo a reeleição, o mandatário candidato teria que se licenciar seis meses antes da eleição. Outra novidade pode ser a rigorosa fidelidade partidária, evitando a costumeira troca de partido;
  • A discussão sobre a reforma política vai dominar, porque o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, quer que tudo esteja concluído até setembro, para vigorar já nas eleições municipais de 2016. O espaço na mídia vai ter um 'competição' com o 'Petrolão'. Vai ser interessante.

Lula critica Dilma, e se lança para as eleições de 2018

  • Usando sua costumeira 'boa educação', Lula declarou: "Vamos ter que passar dois anos comendo merda, para tentar sair da crise". Essa foi a reação do ex-presidente à queda da popularidade de Dilma Rousseff constatada em pesquisa feita pelo Instituto DataFolha. Ele afirmou que nesse período tem que se fazer política, acrescentando: "Mas Dilma não faz";
  • Com base nisso, Lula deixa bem claro que é candidato à presidência da República em 2018. Seu 'poste' nem completou dois meses do novo mandato e o ex-presidente, ao invés de ajudar Dilma a sair da crise, cuida de si e de seu partido. "Farinha pouca? Meu pirão primeiro";
  • Em meio a tudo isso, Lula parece ter passado um pouco de 'Óleo de Peroba' na sua cara de pau (agora sem barba) se repetiu, dizendo que o 'Petrolão' está sendo usado pela mídia golpista "para criminalizar nosso partido". Ele volta aos tempos do 'Mensalão do PT', quando dizia que o mesmo nunca existiu. Os escândalos diários desmentem Lula de modo bastante veemente.

10 de fevereiro de 2015

Lula faz discurso e mostra o quanto é cara de pau

  • Discursando na festa de comemoração dos 35 anos de fundação do PT, o ex-presidente Lula teve a capacidade de declarar que "a última campanha eleitoral foi a mais suja dos últimos tempos". E isso não é uma confissão de culpa, é acusação! Para ele, os adversários "utilizaram as piores para tentar nos derrotar". E não podia faltar uma acusação à 'imprensa golpista, quando acrescentou que "tentaram fraudar a vontade política da maioria, usando seus recursos de comunicação para manipular, distorcer e falsear". Isso é muita cara de pau;
  • Dizem os antigos que quem mente constantemente passa a acreditar na própria mentira como se fosse uma verdade. E tem mais. Os 'militantes' também acreditam nas bravatas de Lula, que cometeu uma temeridade, conclamando-os a saírem às ruas para defender a honra do PT. Ele parece que ver sangue, porque os episódios envolvendo a Petrobras fizeram com que pesquisa mostrasse violenta queda do prestígio da presidente Dilma. Não é aconselhável que saiam às ruas. A reação pode ser violenta;
  • Como sempre, vários petistas aproveitaram a ocasião para trazer de volta o famigerado 'regulação da mídia', essa verdadeira praga que tem o grave defeito de mostrar ao povo os 'malfeitos' praticados por eles, principalmente os assaltos aos cofres públicos.

Quem acha que a Petrobras vai melhorar?

  • A pressão para a saída de Graça Foster da presidência da Petrobras era muito grande e a presidente Dilma não teve como manter sua amiga no cargo. Passou a haver grande expectativa sobre quem a substituiria. Mais de dez convites foram recusados. Então, veio a surpresa com a indicação do então presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, ligado a Lula e ao ex-ministro Guido Mantega e, logicamente, a Dilma;
  • Houve uma forte reação do mercado com a cotação das ações da empresa sofrendo grande queda na Bolsa. Surgiram críticas de todos os lados. Até no exterior aconteceu o mesmo. Para piorar, o nome de Bendine vazou na imprensa antes da reunião do Conselho de Administração da Petrobras, ao qual caberia a efetivação do nome do novo presidente da estatal. Isso desagradou a vários conselheiros;
  • O fato, no entanto, traz um claro recado de Dilma Rousseff. Ela diz que pouco está se preocupando com a recuperação da Petrobras, mas sim com a manutenção do controle político sobre ela. Para o Governo, as revelações dos depoimentos na Operação Lava-Jato sobre os bilionários pagamentos de propinas são peças de ficção;
  • Seria um deboche a indicação de Bendine mesmo sabendo-se do depoimento de um ex-motorista do ex-presidente de BB ao Ministério Público Federal dizendo que viu seu patrão carregando sacolas de dinheiro indo para encontros com empresários, alguns deles envolvidos com o "Petrolão". Junte-se a isso a investigação que ele sofre por causa de um empréstimo irregular de quase R$ 3 milhões a uma amiga empresária que estava em debito com o banco;
  • Quem acredita na mudança de critérios na forma de administração da Petrobras com o novo presidente? Se alguém crê nisso, certamente está aguardando com ansiedade a chegada do Coelhinho da Páscoa e já separou o sapato para colocar na janela no Natal à espera de Papai Noel.

5 de fevereiro de 2015

Anúncio da saída de Graça Foster valoriza a Petrobras

  • Não há como se negar a qualidade jornalística de 'O Globo'. A foto que ilustra a manchete da primeira página da edição de hoje comprova isso. Após a reunião que teve ontem com a presidente Dilma, em que foi comunicada da sua saída da presidência da Petrobras, Graça Foster foi clicada pelo repórter fotográfico André Coelho na saída do gabinete presidencial com um segurança com o braço apontando para o lado. É como se ele estivesse dizendo: "A porta de saída é por ali, senhora";
  • Mas vamos ao significado da demissão de Graça Foster. Ela cometeu um erro imperdoável até para uma grande amiga. Não era para ser divulgado o rombo de cerca de 88 bilhões de reais observado no balanço da empresa referente ao exercício de 2014. Como tudo que ocorre nos últimos 12 anos de governos do PT, fato negativo não é para o povo saber. Da mesma forma que Guido Mantega, ela é uma demitida que fica no cargo;
  • O que mais se ouve e se lê é que o balanço da Petrobras não foi oficializado por não ter ainda o parecer de uma empresa independente de auditoria. Por isso, não deveria ter sido trazido a público. Houve algo de positivo nesse episódio. Só o anúncio da saída da presidente fez com que o valor das ações tivesse grande alta;
  • Sabendo-se que os desvios na Petrobras já vêm acontecendo há muitos anos, indaga-se: esses auditores aprovaram os balanços e nada viram? Isso é no mínimo estranho. Será que os auditores também recebiam propina? É mais alguma coisa a ser apurada pela Operação Lava-Jato. Com a palavra o juiz Sérgio Moro.

3 de fevereiro de 2015

Dilma vai passar sufoco tanto na Câmara como no Senado

  • Pode parecer que a reeleição de Renan Calheiros (PMDB-AL) para a presidência do Senado Federal represente uma vitória do Governo para compensar a fragorosa derrota que foi a eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para o comando Câmara dos Deputados. Afinal, Renan tem sido um forte colaborador de Dilma Rousseff, conduzindo a favor dela as votações mais complicadas, seja garantindo resultados ou não pondo em pauta, ou, como no caso da alteração da LDO, até ferindo a Constituição;
  • Na verdade, a eleição de Renan pode ser na realidade o que chamam de "vitória de Pirro". O senador alagoano recebeu um autêntico cheque em branco do próprio Governo para cobrar "dividendos" fisiológicos cada vez que tiver necessidade dos serviços do presidente do Senado. Conforme a complexidade do assunto a ser votado, haverá casos em que a compensação terá que ser maior do que os R$ 700 mil de emendas parlamentares distribuídos na votação da LDO;
  • Quanto à derrota na Câmara, o prejuízo será maior. Primeiramente, Dilma vai sempre torcer pela boa saúde do seu vice, Michel Temer, que se não puder assumir o cargo de presidente deixará a cadeira para Eduardo Cunha. Além disso, o presidente da Câmara certamente vai atazanar a vida de Dilma, que é sua inimiga declarada e que sempre o tratou de modo grosseiro;
  • Para tentar derrotar Eduardo Cunha, a presidente mobilizou até ministros e ofereceu liberação de emendas, mas a derrota veio com números incontestáveis. Antes ela não tivesse tentado interferir em assuntos que são exclusivamente do Legislativo. Agora, que se vire. O que não vai faltar são problemas políticos para Dilma resolver.

A hora é de reclamar, mas a repressão pode ser mortal

  • Os fatos políticos estão acontecendo com grande variedade todos os dias. O principal deles é certamente o 'Petrolão', com desdobramentos diários. Também a Operação Lava-Jato explode com novidades diárias e deixando parlamentares e membros do Governo sobressaltos. Junte-se a tudo isso as eleições para as presidências da Câmara e do Senado. Tudo é assunto para a mídia explorar;
  • Mas o povo também tem sido atingido no meio desse caldeirão político. Com o Governo tomando medidas que eram negadas durante a campanha eleitoral da presidente, que dizia ao eleitorado que aconteceriam se o seu adversário fosse eleito. Muitos já declararam arrependimento por haver votado na então candidata do PT. É que tais medidas estão afetando o bolso do povo, porque são aumento de impostos e tarifas;
  • Já começaram as manifestações de rua, embora tímidas, e em algumas cidades tem havido algum tipo de repressão, até com forte dose de violência. É bom, então, que os manifestantes fiquem atentos. Um dos grandes 'companheiros' de Dilma e dos esquerdistas brasileiros, Nicolas Maduro, presidente da Venezuela, tem uma forma de reprimir manifestações contra ele: manda atirar com armas letais. Como por aqui a moda é imitá-los, todo cuidado é pouco.