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30 de abril de 2017

Depois do PT e do PMDB, delações premiadas provocam dor de cabeça no PSDB

Definitivamente cai por terra aquela tese que o PT divulgava dizendo que a Operação Laja-Jato era seletiva com o único objetivo de impedir Lula de ser candidato à Presidência da República em 2018, acusando o juiz Sérgio Moro de imparcialidade. Gradativamente, isso foi se alterando na medida em que as investigações e as delações premiadas de ex-executivos foram acontecendo. Inicialmente, começaram a surgir denúncias graves contra políticos principalmente do PMDB. Agora, o leque se abriu e políticos do PSDB começaram a ficar preocupados. É que procuradores da Lava-Jato e os advogados da empresa Andrade Gutierrez estão começando os procedimentos para uma delação de dirigentes da empreiteira. O pior é que os tucanos que serão acusados são três cotados para concorrer ao cargo de presidente da República: Aécio Neves, que estaria envolvido com propinas na licitação da construção de uma hidroelétrica e no pagamento da construção da Cidade Administrativa de Minas Gerais; e José Serra e Geraldo Alckmin, com denúncias de propina na construção do Rodoanel e da Linha Amarela do metrô na capital paulistana. Em razão disso, os tucanos já estão à procura de nomes alternativos, entre os quais está o prefeito de São Paulo, João Doria, cujo nome já começa a aparecer em pesquisas de intenção de voto. Mas o PT também tem com o que se preocupar, porque ex-executivos da Gutierrez têm o que contar sobre a contratação do instituto de pesquisas Vox Populi na campanha de Dilma Rousseff. Então, passado o feriadão, é certo que teremos mais surpresas no noticiário politico.

29 de abril de 2017

Milhões fizeram ‘greve’ ontem, porque a violência os impediu de chegar aos locais de trabalho

“Foi a maior greve geral que nós já fizemos. O importante da paralisação foi o apoio da população”, disse Wagner Freitas, presidente da CUT. Anteriormente, dirigentes da Força Sindical divulgara nota afirmando que cerca de 40 milhões de trabalhadores cruzaram os braços ontem em apoio à greve. O presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores, Calixto Ramos, declarou: “O que sabemos é que foi uma paralisação total”. Uma greve pode ser considerada como tendo obtido êxito é quando todos os segmentos da sociedade paralisam suas atividades. A maior constatação de que a manifestação de ontem foi uma greve das centrais sindicais está nessas declarações de seus líderes, visto que agiram com coerção, impedindo que os não aderiram pudessem chegar aos seus locais de trabalho. É compreensível que muitos fecharam suas portas, exatamente porque seus funcionários não puderam chegar até lá. Falaram tanto em respeito às leis, especialmente às trabalhistas, mas feriram um dos maiores direitos estabelecidos na Constituição Federal, o de ir e vir. Junte-se a isso a violência praticada pelos sindicalistas ateando fogo nas pistas e bloqueando estações de metrô, trens, barcas, além de incendiarem ônibus, num verdadeiro atentado à ordem pública. Notória foi também a presença de homens de grande porte físico mascarados, como autênticos Black Blocks, certamente contratados pelas centrais sindicais para amedrontar quem quisesse contestá-los. Aliás, é de se estranhar que as polícias Federal, Militar, Civil e Rodoviária Federal e a Guarda Municipal praticamente só assistiam as cenas de violência e vandalismo, depois de longa demora a chegar aos locais de tumulto. E se a greve era anunciada havia tantos dias, por qual motivo não se anteciparam para impedir os bloqueios? Será que eles também estariam aderindo à grave? Não discutimos os prejuízos que a Reforma Trabalhista trará prejuízos para o, trabalhadores, que devem, sim, protestar, mas através e meios legais e pacíficos. No fundo, no fundo, sabemos que a principal razão das manifestações de ontem tiveram como principal motivo protestar contra o fim da Contribuição Sindical – contribuição é um ato voluntário, com obrigação, é mesmo um imposto –, algo que vai contribuir para o desemprego de milhares de pelegos sindicalistas.

28 de abril de 2017

Como ele bem gosta, Lula é motivo de notícias todos os dias, mesmo que sejam negativas

O juiz Sérgio Moro autorizou a Presidência da República que busque 21 itens que o ex-presidente Lula guardava em um cofre no Banco do Brasil, que foram erroneamente liberados para seu acervo pessoal. Segundo relatório produzido pela Secretaria de Administração da Presidência, como os itens foram recebidos por Lula em trocas de presentes com outros chefes de estado, deveriam ter sido incorporados ao acervo da Presidência e não ao seu acervo pessoal. Outros 155 itens poderão permanecer com Lula. “Agentes públicos não podem receber presentes de valor e quando recebidos, por ser circunstancialmente inviável a recusa, devem ser incorporados ao patrimônio público”, decidiu o juiz. Entre os itens que a Presidência pediu que retornassem ao acervo estão esculturas, uma coroa, três espadas e uma adaga. O próprio ex-presidente Lula classificou, em seu depoimento à Polícia Federal, que recebeu “tralhas” quando deixou a Presidência. O ex-presidente é acusado, em um dos processos em que é réu na Lava-Jato, sobre pagamentos feitos pela empreiteira OAS para o armazenamento de parte de seu acervo pessoal. O relatório produzido pela Secretaria de Administração baseia-se em um posicionamento do Tribunal de Contas da União (TCU), que afirma que presentes oferecidos pelo presidente da República a outros chefes de estado ou de governo estrangeiros são adquiridos com dinheiro dos cofres da União e, portanto, os presentes que recebe em troca também devem ser revertidos ao patrimônio da União. “Por outro lado, consignaram que os demais bens apreendidos, especialmente medalhas, canetas, insígnias, arte sacra, por terem caráter personalíssimo, devem ser considerados como acervo próprio do presidente da República”, afirmou Moro, determinando que os 21 bens sejam entregues à Presidência pelo Banco do Brasil, onde estão guardados. “Os bens deverão ser entregues pelo depositário à Secretaria de Administração da Presidência da República mediante termo”, finalizou.

Enquanto se discute se a greve a ‘vermelha’ ou não, a Lava-Jato mais complica Sérgio Cabral

Enquanto o povo fica discutindo sobre a greve, se é geral ou é do PT e da CUT, se Lula vai melhorar sua situação depondo diante do juiz Sérgio Moro, ou até se será preso na ocasião, quase não se fala sobre as complicações em que o ex-governador Sérgio Cabral andou se metendo ontem com as declarações do seu ex-secretário do Governo e braço direito Wilson Carlos. Interrogado ontem por Moro, ele afirmou que Cabral preferia manter o dinheiro em casa do que deixar em bancos. Como se sabe, ele é réu, ao lado do ex-governador, em ação penal sobre propina de R$ 2,7 milhões da Andrade Gutierrez a Sérgio Cabral sobre obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). "Ao longo da minha vida sempre eu recorri a empréstimos para equilibrar meu orçamento doméstico, fosse em instituições bancárias ou mesmo em conhecidos, através de conhecidos", afirmou. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Wilson Carlos era um dos controladores da conta-corrente de propina de Sérgio Cabral. A acusação da força-tarefa da Lava-Jato afirma que entre 13 de novembro de 2008 e 30 de março Wilson Carlos realizou 3 compras e quitou 26 faturas de cartão de crédito efetuando 61 pagamentos em espécie de vultosas quantias – cujos valores variaram entre R$ 1.450,00 e R$ 35 mil e somaram R$ 455.144,38. Moro questionou Wilson Carlos sobre a compra de uma embarcação Flexboat de R$ 264 mil por meio de depósitos bancários em espécie, sendo que 29 transações foram fracionadas em valores inferiores a R$ 10 mil. Moro questionou Carlos do porquê de o ex-secretário não ter convocado os amigos como testemunhas no processo. "Excelência, eu, na verdade, estabeleci com meus advogados que eu não quis trazer ninguém nem como testemunhas. Não quero expor ninguém, não vou citar o nome de ninguém", afirmou. O ex-secretário relatou que pagou os empréstimos aos poucos ia pagando em dinheiro. E disse: “É importante deixar claro, Excelência, eu sempre preferi ter meus recursos ao invés de deixar no banco, eu me senti sempre mais seguro desses”;


Como o dia de ontem não andava nada favorável a Sérgio Cabral, ele e sua mulher Adriana Ancelmo também estiveram frente a frente com Sérgio Moro. O ex-governador fluminense aproveitou a ocasião para dar uma demonstração de ser um excelente marido, isentando sua mulher de qualquer responsabilidade nas compras de joias de alto valor, roupas de grife (ternos de ate R$ 100 mil), automóveis de luxo importados, mesmo que no nome dela. E ainda foi sincero quando declarou: “Vossa Excelência tem ouvido aqui muitas observações a respeito de ‘Caixa 2’, sobras de campanha. Isso é um fato. É um fato da vida nacional. Reconheço esse erro. São recursos próprios e recursos de sobra de campanha. De ‘Caixa 2’. São com esses recursos, nada a ver com a minha mulher”. Por sua vez, Adriana Ancelmo  também foi bem clara quando afirmou: “Meu relacionamento é matrimonial, não econômico-financeiro”. O principal detalhe fica por conta de Sérgio Cabral, orientado por sua defesa, não responder diretamente a nenhuma pergunta formulada por Sérgio Moro, falando apenas quando seu advogado repetia os questionamentos do magistrado. Outro fato que ganhou destaque na imprensa e nas redes sociais foi a silhueta dele, dando a entender que a “gororoba” do restaurante de Bangu que ele hoje frequenta e mais indicada do que as cardápios dos restaurantes de Paris, onde a comida era tão apreciada por ele e seus amigos a ponto de depois dos caros jantares eles dançarem com guardanapos nas cabeças.

27 de abril de 2017

Pressão popular não é só nas ruas. As feitas nas redes sociais estão trazendo resultados

Está comprovado que não é totalmente necessário que se reúnam milhões de pessoas nas ruas para exigir uma ação positiva por parte dos políticos, inclusive dos corruptos. Não há nenhuma dúvida sobre a influência da pressão da opinião pública, através principalmente das redes sociais, que fez o Senado Federal aprovar a lei contra o abuso de autoridade, acatando o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) de autoria do senador Álvaro Dias (PV-SP) e relatado pelo senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), cuja redação recebeu elogios do juiz Sérgio Moro e dos procuradores do Ministério Público Federal (MPF). Por causa do mesmo tipo de pressão popular, o senador Roberto Requião (PMDB-PR), relator da PEC original, que havia utilizado em entrevista palavras de baixo calão colegas contrários ao rigor que seu relatório apresentava, com riscos à continuidade da Operação Lava-Jato, também se curvou diante dos protestos vindo da opinião pública. Ontem, outra decisão importante foi a aprovação de uma PEC acabando com o famigerado foro privilegiado, atingindo nada menos que 35 mil beneficiários desta aberração. É certo que o Senado correu para tirar do Supremo Tribunal Federal (STF) os méritos da medida, pois a ministra Cármem Lúcia, presidente da Corte, anunciara que o STF iria decidir sobre o assunto, e já eram tidos como certos oito votos dos integrantes do colegiado. A PEC ainda terá que ser votada no Senado num segundo turno, seguindo depois para a Câmara dos Deputados, para passar também por duas votações. Se os deputados alteram o projeto aprovado pelo Senado, ele retorna à Casa para novas votações, mas  por causa da grande pressão popular é quase certo que os deputados não mexerão na PEC, pensando na reação do povo já prevista para acontecer nas eleições do ano que vem. Quem escapar da Lava-Jato antes do pleito terá grande dificuldade em se eleger. Então, é melhor não desafiar o eleitorado.

26 de abril de 2017

O depoimento de Lula parece novela mexicana, mas o Brasil espera de Moro o último capítulo

Diariamente somos surpreendidos com novos fatos, muitos deles alterando totalmente o que fora antes divulgado. Um desses diz respeito à data do depoimento do ex-presidente Lula ao comandante da Operação Lava-Jato, juiz Sérgio Moro. A última informação era que o depoimento marcado para o dia 6 de maio teria sido adiado para data ainda não divulgada pelo magistrado. Não é mais assim. O juiz não desmarcou nem disse que estabelecerá nova data. Temos que ficar na expectativa. Enquanto isso, a cúpula do PT anuncia que por mais que Sérgio Moro queira despistar para evitar as manifestações a favor de Lula durante a audiência, mas o partido e os chamados movimentos sociais estarão alertas para comparecerem a Curitiba e dar apoio ao seu principal líder. É bom que a data seja mantida, até porque o povo já está cansado. Todo mundo sabe que Lula negará tudo, apesar das evidências reveladas nas delações de executivos da Odebrecht e da OAS, sabendo-se que se forem falsas os delatores perderiam os benefícios acertados, que podem ser: diminuição da de um terço a dois terços; regime semiaberto; perdão judicial; e até extinção da pena. Como pode ainda existir pessoas que acreditam na inocência de Lula, mesmo que existam provas das acusações do seu envolvimento com a corrupção e seu rápido enriquecimento e de alguns familiares. Ou é gente muito inocente, ou então são pessoas esperneando por verem que suas “boquinhas” estão chegando ao fim. Na verdade, o Brasil espera que o juiz Sérgio Moro, que conhece como ninguém as táticas do PT, decida imediatamente sua sentença s favor do país. 

25 de abril de 2017

Para faturar dinheiro sujo, políticos e empresários sujam até seus familiares

Para montar a maior rede de corrupção nunca vista antes n a História do Brasil, os políticos e os empresários não tiveram nenhum escrúpulo para envolver familiares, até mesmo mães, esposas e filhos. O interesse principal sempre foi o enriquecimento ilícito. Transformaram parentes em laranjas. Valia tudo para meter a mão na grana. Até a masculinidade deles não era motivo de preocupação. Houve quem usasse meia-calça por baixo do respeitoso terno para esconder dinheiro vivo oriundo de propinas. Não é para ninguém se espantar, por exemplo, que a empreiteira Odebrecht pago 36 parcelas de R$ 547 mil ao ex-deputado Eduardo Cunha – é só converter os dólares em reais, com o dólar cotado hoje em cerca de R$ 3,15 – e teremos ideia sobre o volume de dinheiro colocado nas mãos de apenas uma pessoa. O ex-presidente Lula, por exemplo, providenciou dinheiro para um sobrinho, para seus filhos, e até uma mesada para um irmão que estava com sua empresa em dificuldades financeiras, e ainda arranjou uns contratos com o Governo para alavancar os negócios dele. Nunca pensou que todos estavam recebendo dele um péssimo exemplo. Com relação à mesada paga ao irmão que é chamado de Frei Chico, uma “merreca” de R$ 5 mil, ele não teve nenhum constrangimento de afirmar que não pediu nada a empreiteiro nenhum. Ele que nos fazer de idiotas. Dá para imaginar que o ex-presidente Marcelo Odebrecht, certo dia, ao acordar chama seu pai e diz que sentiu uma vontade imensa de ajudar o irmão do então presidente da República, só para ajudar ao homem, sem nada cobrar em troca.

Sérgio Moro adiou depoimento de Lula em 3 de maio, mas não remarcou para o dia 10. Por quê?

Diferentemente do que foi divulgado, o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava-Jato, não remarcou para o dia 10 de maio que estava marcada para o dia 3 daquele mês. O magistrado atendeu a uma solicitação da Polícia Federal (PF) do Paraná, que alegou dificuldades para manter a ordem nas proximidades da 13ª Vara Criminal Federal, em Curitiba, porque o PT e entidades sindicais convocaram para a capital paranaense um evento alusivo ao Dia do Trabalho (1º de maio), mobilizando dezenas de milhares de militantes, que ficariam em Curitiba e promoveriam manifestações de apoio a Lula, com a provável contestação de pessoas contrárias ao líder petista, o que poderia chegar a níveis nada agradáveis e pondo em risco a segurança deles, de pessoas não participantes das manifestações, e até do próprio juiz Sérgio Moro. O fanatismo às vezes tira as pessoas do limite que seria tolerável. Sendo assim, é quase certo que a nova audiência seja marcada sem aviso prévio, não deixando margem para uma mobilização de manifestantes de qualquer lado. Surgiram especulações dando conta de que o juiz Moro poderá decretar a prisão de Lula a partir da possível confirmação de que ele tenha realmente mandado destruir provas, configurando crime de obstrução à Justiça. E, como se sabe, Lula quer de todos os modos fugir do encontro cara a cara com o comandante da Lava-Jato. Tanto é que ontem a defesa dele deu entrada num pedido ao ministro Edson Fachin para que reconsidere a sua decisão de mandar para Curitiba oito pedidos de investigação feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em que Lula é um dos alvos. Ele quer que as investigações sejam enviadas para Justiça Federal de Brasília ou de São Paulo. E toda essa movimentação se deve às últimas revelações feitas na deleção premiada do ex-sócio da empreiteira OAS, Léo Pinheiro. Por que tudo isso, Lula? Afinal, quem não deve, não teme. Ou você tem medo de que a verdade venha à tona e que sua imagem de “segunda alma mais honesta do mundo”, como você se proclama, caia por terra? Ainda bem que você deixa Jesus Cristo em primeiro lugar.

24 de abril de 2017

Líder do PT diz que Palocci pode provocar um terremoto entre empresários

O ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, estaria disposto a revelar nomes, endereços e operações ao juiz Sergio Moro. Sobre isso, o deputado Carlos Zarattini (PT/SP), líder do PT na Câmara dos Deputados, declarou: “Não sabemos exatamente o que ele pretende, mas, com certeza, se ele falar sobre o que tem conhecimento, o Brasil vai sofrer um verdadeiro terremoto no meio empresarial”. O parlamentar petista faz referência ao “meio empresarial”. Realmente, muitos empresários ficaram em maus lençóis diante de alguns depoimentos, tanto que os maiores grupos da construção civil tiveram seus sócios encarcerados. Porém, há quem duvide que Antônio Palocci, ex-ministro de Lula e Dilma Rousseff, falaria apenas sobre empresários, como acredita a militância, que ele só fará referência ao que foi relatado pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht. Pode ser que não. Segundo informações, ele deverá falar sobre Lula. Agora, é esperar para ver qual será a extensão desse terremoto anunciado.

Moro cancela o depoimento de Lula para o dia 10, evitando tumultos em Curitiba dia 1º

O juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava-Jato, mudou a data do depoimento do ex-presidente Lula, que era previsto para acontecer em Curitiba no dia 3 de maio na 13ª Vara Criminal Federal. A mudança acontece a pedido da Polícia Federal (PF). O depoimento será transferido para o dia 10. Como justificativa aceita por Moro, a PF afirmou que precisaria de mais tempo para organizar a segurança no local, argumentando que o feriado do Dia do Trabalho (1º de maio) tornaria a operação mais difícil. O PT e centrais sindicais planejavam uma forte mobilização para dar suporte ao ex-presidente no dia do depoimento, com caravanas partindo de diversos locais no Brasil. Com a mudança da data, os manifestantes terão de voltar para suas cidades de origem. Lula será ouvido no processo relacionado ao tríplex em Guarujá, litoral do estado de São Paulo, em que  o ex-presidente sofre a acusação de que teria recebido vantagens indevidas da empreiteira OAS. Em depoimento na semana passada a Moro, Léo Pinheiro, sócio da empreiteira, disse que o apartamento era de Lula. Ele entregou à Justiça Federal do Paraná documentos para tentar comprovar as afirmações de que o ex-presidente teria sido beneficiado pela reforma do apartamento. O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, afirmou que os documentos não comprovam as afirmações feitas pelo empresário, que classificou como uma versão negociada para agradar aos procuradores e destravar seu acordo de delação. A defesa de Lula apresentou na última quarta-feira documentos de recuperação judicial da OAS em que a empresa afirma ser a proprietária do tríplex do Condomínio Solaris. Acontece que todo mundo sabe que a empreiteira assumiu a titularidade da propriedade do tríplex exatamente depois de “O Globo” divulgar que o apartamento pertencia a Lula, logo no início da Lava-Jato.

Corruptores e corrompidos têm de ser presos, além de devolver o dinheiro roubado do povo

Nos últimos dias os brasileiros passaram a constatar que há muito tempo o país vem sendo dirigido por empreiteiros corruptores e políticos corruptos. Somando-se todos os valores informados pelas delações premiadas veremos que bilhões, talvez trilhões, de reais de dinheiro público, ou seja, do povo que paga impostos estiveram disponíveis para que fosse realizada a maior roubalheira feita pelo Governo, sem distinção de legenda ou ideologia, porém aperfeiçoada pelo PT nos governos de Lula e Dilma Rousseff. Triste está sendo assistir a forma sarcástica dos principais executivos da Odebrecht, uma das maiores empreiteiras do mundo, rindo diante de juízes, procuradores e policiais durante seus depoimentos, e zombando de nós, que através dos impostos sustentamos esse gigantesca quadrilha com dinheiro que deveria ser aplicado em Saúde, Educação, Transporte, Estradas, Saneamento. É mais que urgente a prisão de todos os envolvidos que ainda estejam em liberdade, além da devolução das fortunas em poder dos mesmos, inclusive as que estejam fora do país. Só assim talvez possamos recuperar a dignidade, e recuperemos a confiança, antes que isso ocorra totalmente. Os que corrompem e os que são corrompidos apostam na impunidade por causa da morosidade da Justiça, que às vezes levam anos para serem concluídos. Felizmente a Operação Lava-Jato está mudando essa demora, graças à atuação do juiz Sérgio Moro e sua equipe de procuradores. No entanto, cabe ao povo promover uma reação sem precedentes ocupando as ruas, em especial se senadores e deputados envolvidos em falcatruas insistirem em criar problemas que possam enfraquecer a Operação Lava-Jato, como tal da lei contra abuso de autoridades, e à tramitação de projeto que acabe com o famigerado foro privilegiado. Na realidade, se tudo continuar como está, será o nosso fim, e não haverá futuro para nossos descendentes.

23 de abril de 2017

Odebrecht complica Temer, e pesquisa mostra 78% do povo querendo vê-lo cassado

A empreiteira Odebrecht entregou à força-tarefa da Operação Lava-Jato e ao Ministério Público Federal (MPF) extratos que seriam de pagamento de propina em uma reunião com o presidente Michel Temer, em 2010. Os valores são superiores a US$ 40 milhões, que segundo ex-executivos que se tornaram delatores na operação, teriam sido acordados com o então vice-presidente em seu escritório de São Paulo. A investigação contra Temer usa trechos da delação de Márcio Faria da Silva, ex-presidente da Odebrecht Engenharia Industrial. No depoimento, ele afirmou que, no comando da reunião, Temer acertou o pagamento de propina de R$ 40 milhões para o PMDB. O valor seria o de 5% de um contrato da Odebrecht com a Petrobras. Após a revelação das informações dessa delação, Temer divulgou uma nota na qual afirmou que “jamais tratou de valores” com Márcio Faria. A reunião, segundo Faria, teve a presença de outras pessoas, como o ex-deputado Eduardo Cunha, e ocorreu quando Temer era presidente do PMDB e candidato a vice de Dilma Rousseff. Ainda de acordo com as delações e com os documentos entregues à Lava-Jato, uma pequena parte do valor foi paga em espécie em hotéis de São Paulo e em um escritório no Rio de Janeiro. A maior parte, no entanto, foi repassada a contas de operadores no exterior;

A revelação desses últimos fatos complica ainda mais o prestígio do presidente Temer. É que acontece exatamente no momento em que uma pesquisa do Instituto Vox Populi encomendada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e divulgada nesta sexta-feira, quando o Vox Populi ouviu dois mil eleitores com mais de 16 anos, residentes em 118 municípios, de todos os estados e do Distrito Federal, em áreas urbanas e rurais, entre 6 e 10 deste mês, mostra que 78% dos entrevistados querem a cassação do mandato de Michel Temer na ação baseada em suposto abuso de poder político e econômico na campanha eleitoral de 2014, que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ainda de acordo com a sondagem do instituto, nove em cada dez brasileiros entrevistados desejam que o novo presidente seja escolhido por eleições diretas, e não pelo Congresso Nacional, como está previsto na Constituição. O julgamento que poderá terminar com a cassação da chapa Dilma-Temer e consequente cassação do mandato do presidente já teve voto do ministro relator acatando o pedido que foi feito pelo PSDB, em 2014, e a decisão deverá ocorrer no próximo mês de maio. Além de governar o país, Michel Temer tem de tomar providências para salvar a própria pele.

22 de abril de 2017

Parece não restar mais dúvidas. O tríplex de Guarujá e o sítio de Atibaia são mesmo de Lula

Em seu depoimento ao juiz Sérgio Moro, o delator Léo Pinheiro, sócio da empreiteira OAS, afirmou que o ex-presidente é o verdadeiro dono do tríplex no Edifício Solaris, na praia de Guarujá, e o dono da Odebrecht garantiu que o líder petista é também o dono do sítio de Atibaia. O delator da Odebrecht afirmou que era a empresa que pagava as “palestras” de Lula no exterior, lavando dinheiro, e recebia em troca dinheiro através de superfaturamento em contratos com a Petrobras. Também ficamos sabendo que o marqueteiro João Santana e sua esposa recebiam dólares no exterior pagos por intermédio do ex-ministro Antônio Palocci. Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff devem estar mais preocupados, porque Léo Pinheiro informou que tem em seu poder informações em uma agenda detalhando os encontros que teve com Lula no início das investigações da Operação Lava-Jato, além de datas e horários e telefonemas entre eles tratando sobre detalhes das obras do tríplex, que segundo ele estava reservado para Lula desde 2009. Em verdade, a cada delação premiada vai caindo por terra as afirmações de Lula de que é inocente e a autoproclamação de ser ele a cidadão mais honesto do país. Também se desfaz a costumeira afirmativa de que ele é vítima de perseguição de Sérgio Moro, quando ficamos sabendo que a metralhadora giratória da Justiça está apontada e atirando em gente dos principais partidos. Da mesma forma, o desejo de Palocci revelar sua planilha com nomes, endereços e valores de propinas repassados também devem estar tirando o sono de Lula e da cúpula do PT. Por fim, sendo tão detalhista, é quase certo que Léo Pinheiro tenha em seu poder gravações de som e áudio das conversas com Lula e Dilma. Á Justiça só resta condenar os que dilapidaram a maior empresa do país, fazendo-os devolver aos seus cofres os milhões de reais que dela surrupiaram. Então, PT. pode dar adeus ao seu projeto de voltar ao poder.

21 de abril de 2017

Lula manda destruir provas. Pode isso, juiz Sérgio Moro? A regra é clara. Isso é crime!

Destruição de provas é obstruir a Justiça, e é considerada como crime. Em depoimento feito ontem ao juiz Sérgio Moro, o empreiteiro Léo Pinheiro, sócio da OAS confessou ter destruído provas referentes ao processo sobre a propriedade do tríplex da praia de Guarujá, cuja propriedade é atribuída ao ex-presidente Lula, que sempre nega, mas que cada vez mais fica evidente que o luxuoso apartamento pertence mesmo ao líder petista. O depoimento de Léo Pinheiro foi feito em delação premiada, quando o delator busca colaborar com a Justiça e é premiado com a redução de sua pena, mas pela lógica deveria acontecer o contrário, com o empreiteiro deveria ser preso por causa do crime cometido. Porém, há um complicador nisso tudo. Léo Pinheiro afirmou diante do magistrado que destruiu as provas a mando de Lula. Então, o ex-presidente, como mandante do crime, também deveria ir para trás das grades, independentemente de outras condenações que possam vir a acontecer por causa de outros processos a que ele responde. O agravante disso tudo é que os recentes depoentes – também executivos da Odebrecht dizem o mesmo – estão afirmando que a determinação de Lula ocorreu logo que teve início a Operação Lava-Jato e que uma matéria de “O Globo”, em 2010, falava do tríplex. O depoimento de Léo Pinheiro também confirma que sua empresa, além de ter pagado obras no tríplex também fez o mesmo no sítio de Atibaia, confirmando serem os dois imóveis de propriedade de Lula, para quem a situação ficou mais grave. A afirmação do ex-presidente da OAS a Sérgio Moro deixa muito mal que um dia se intitulou como “a alma mais honesta do país”: “Tudo foi pago com dinheiro de propina da Petrobras”. Com relação ao sítio de Atibaia há coisa muito mais grave, porque o advogado e amigo de Lula Roberto Teixeira se utilizou de dois funcionários da Odebrecht para forjar um documento sobre o valor e a propriedade do imóvel. Salvo engano, isso é crime de falsidade ideológica. Vamos aguardar para sabermos se Sérgio Moro vai agir de imediato, ou vai esperar o depoimento de Lula no dia 3 de maio.

20 de abril de 2017

Vem mais uma lista de Fachin que poderá provocar até uma onda de suicídios

Novas informações de delatores – todos os dias surgem algumas – incluem os nomes do ex-presidente Lula, Antônio Palocci, Eduardo Cunha, Edson Lobão e outros que estão na lista sigilosa do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). As reações já são do conhecimento geral. Veremos, ouviremos ou leremos dizer que nada têm a ver com propinas, que ninguém recebeu nada, que não conhecem ninguém ligado à empresa Odebrecht, que tudo foi declarado aos órgãos fiscalizadores etc. Há um detalhe que não pode ser desprezado. Todos eles possuem bens incompatíveis com os rendimentos que recebem, principalmente os que têm mandatos eletivos, que recebem remuneração altíssima, mas mesmo assim seus bens extrapolam limites de valores lógicos. Esse problema pode ser esclarecido com a quebra dos sigilos bancários e fiscais deles e de seus familiares. A Receita Federal, que é bastante eficiente quando se trata do cidadão comum, poderia muito bem auxiliar no esclarecimento sobre tais discrepâncias. E ainda vem mais coisas por aí, uma vez que Antônio Palocci, sentindo-se abandonado pelo PT, está prestes a fazer uma delação premiada. Se ele abrir a boca, vai ter gente enfartando. E não é só ele. Outros delatores, da Queiroz Galvão, OAS, Andrade Gutierrez, Delta  e outras empresas ligadas aos esquemas de Lula, e mais alguns petistas poderão dar uma forte pancada na cabeça da “jararaca”. Vamos aguardar, porque teremos muita emoção nos próximos episódios dessa longa novela que o Brasil assiste, e que para o último capítulo estão previstas as mortes de muitos “bandidos” que hoje se apresentam como “mocinhos”, mas que são falsos.

19 de abril de 2017

Indicar 87 testemunhas é um exagero. Afinal, Lula não fez nada em praça pública

Lembrando o que já ocorrera quando do julgamento do “Mensalão do PT”, que levou o então ministro Joaquim Barbosa a reclamar pela demora da conclusão do processo, os advogados do ex-presidente Lula arrolaram nada menos que 87 testemunhas em um dos processos que ele responde na Operação Lava-Jato, sob a alegação de era para garantir o amplo direito de defesa, um dos pontos altos da democracia. No entanto, tudo não passa de um deboche e uma atitude leviana, apenas para atrasar a decisão final sobre uma de suas falcatruas. Quebraram a cara, e já estão esperneando, visto que o juiz Sérgio Moro determinou que Lula comparecesse a todas as 87 audiências. Um autêntico golpe de mestre, e agora a defesa do petista está protestando e apelando, porque Lula queria atrasar o julgamento e ficar fazendo campanha eleitoral viajando pelo país. Agora, vamos tirar um dúvida. Se os crimes pelos quais Lula é acusado não foram cometidos em praça pública, por quê ele apresentou 87 testemunhas? Ele mesmo disse um dia que era uma jararaca, e cobra não costuma deixar rastros. É bom que o ex-presidente fique atento, porque é certo que o juiz Sérgio Moro já deve ter suas convicções sobre as denúncias, motivo pelo qual Lula esteja tão desesperado e tente adiar tanto quanto possível seu julgamento. Não é nada improvável que após sua audiência com moro no dia 3 de maio ele seja obrigado a mudar de residência de São Bernardo do Campo para Curitiba.

18 de abril de 2017

O eleitor brasileiro não poderá repetir em 2018 o mesmo erro cometido em 1989

Após 21 anos de regime militar, com a promulgação da nova Constituição Federal, que Ulisses Guimarães intitulou de “Cidadã”, teve início um novo Brasil, e as eleições de 1989 marcariam a primeira demonstração de que estávamos vivendo num país democrático. Então o eleitorado brasileiro, talvez desacostumado com a prática de eleger para a Presidência da República um cidadão que cuidasse dos interesses do povo, caiu no conto do vigário e elegeu o candidato que fora mais bem apresentado pelo marketing eleitoral. Assim é que Fernando Collor saiu vitorioso, mas pouco tempo depois se viu que a embalagem era bonita, mas o conteúdo era podre. E então, Collor, primeiro presidente da República eleito no novo regime democrático acabou sendo também o primeiro a ter seu mandato cassado pelo Congresso Nacional, por crime de corrupção. Depois dele, tivemos também a cassação de Dilma Rousseff, pelo mesmo motivo. Bom seria se tivéssemos uma nova Constituição, mais enxuta – a atual já tem nada menos que 98 emendas, além de centenas de outras em tramitação –, para que em 2018 o povo, alertado pelos episódios atuais, fizesse uma escolha melhor, agora que é muito bem informado sobre as falcatruas praticas pelos políticos, algo que não ocorria em 1989. É certo que está difícil achar hoje algum politico que possa dirigir os destinos da nação. Os nomes que até há pouco eram chamados de presidenciáveis estão queimados depois de tantas delações. Só o fato de estarem sendo investigados já seria um motivo de restrições, pois sendo eleitos poderiam entrar em pouco tempo na lista dos de mandato cassado. Cabe à opinião pública procurar uma agulha no meio do palheiro, tanto no Executivo, no Legislativo e também no Judiciário. O que não se pode é errar outra vez, como tem acontecido desde 1989.

O Brasil anda tão pelo avesso, que ser honesto é motivo de repreensão

De todas as crises que são divulgadas a cada dia no Brasil, a maior delas – certamente também é a pior – é a moral e ética. Por causa dos exemplos vindos das mais altas esferas dos Poderes da República, a maioria dos cidadãos se sente no direito de achar que ser honesto é errado. O fato que está tendo grande repercussão na mídia é o que aconteceu com o jogador Rodrigo Caio, do São Paulo, que fez o árbitro cancelar o cartão amarelo que havia aplicado erradamente ao seu colega rival Jô, atacante do Corinthians, que seria o terceiro e causaria sua suspensão automática para o jogo de volta, uma vez que os são-paulinos perderam por 2 a 0, e o desfalque do centroavante seria benéfico para o São Paulo. Aí é que aparece a crise moral que estamos vivendo. Consta que vários companheiros recriminaram Rodrigo Caio pelo gesto de honestidade. Há quem diga que até o técnico Rogério Ceni, o tenha repreendido. Jogadores de outros clubes se dividiram, com uns elogiando e afirmando que fariam a mesma coisa, e outros, contestando, dizendo que ele se preocupou com sua imagem e esqueceu-se dos interesses do grupo, acrescentando que ficariam calados, botando tudo na conta do árbitro, que entraria na estatística de erros grosseiros que vêm cometendo nos últimos tempos. Hoje vemos jogadores com 15 anos fazendo simulações e iludindo árbitros, com certeza estimulados pelos seus “professores” nas categorias de base. A coisa anda ultimamente tão séria, que há algum tempo um gari que achou no lixo uma carteira com uma boa quantidade de dinheiro fez de tudo para encontrar o dono até conseguir devolver o que não lhe pertencia, e foi recebido por uma autoridade em solenidade pública. Os maiores incentivadores de tudo isso são os políticos que roubam dinheiro público, que precisam ser banidos o quanto antes para deixar de dar maus exemplos à sociedade, principalmente aos mais jovens.

17 de abril de 2017

Já não é sem tempo: o Supremo deve julgar o fim do foro privilegiado em maio

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve começar a discutir a restrição ao foro privilegiado para deputados federais e senadores no mês que vem. A decisão de incluir a questão na pauta de julgamento de maio foi tomada pela ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, no primeiro dia útil de trabalho após a divulgação das decisões do ministro Edson Fachin, que determinou a abertura de inquéritos contra parlamentares citados nas delações de ex-executivos da empreiteira Odebrecht. O primeiro caso a ser julgado em maio tem como relator o ministro Luís Roberto Barroso e envolve a restrição de foro do atual prefeito de Cabo Frio (RJ), Marcos da Rocha Mendes, que chegou a ser empossado como suplente do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas renunciou ao mandato parlamentar para assumir o cargo no município. O prefeito responde a uma ação penal no STF por suposta compra de votos, mas, por causa da posse dele no Executivo municipal, o processo foi remetido para a Justiça do Rio de Janeiro. Em fevereiro, ao enviar o caso para o julgamento em plenário, Barroso disse que os detentores de foro privilegiado somente devem responder a processos criminais no STF se os fatos imputados a eles ocorrerem durante o mandato. No caso de fatos que ocorreram antes do mandato, a competência para julgamento seria da Primeira Instância da Justiça. De acordo com a Constituição, cabe ao Supremo julgar membros do Congresso Nacional nas infrações penais comuns. Na ocasião, Barroso argumentou que o atual sistema é feito para não funcionar. “Não é preciso prosseguir para demonstrar a necessidade imperativa de revisão do sistema. Há problemas associados à morosidade, à impunidade e à impropriedade de uma Suprema Corte ocupar-se como primeira instância de centenas de processos criminais. Não é assim em parte alguma do mundo democrático”. No despacho, o ministro também fez críticas à ineficiência do Supremo no julgamento dos processos criminais envolvendo deputados federais e senadores. Segundo ele, existem na Corte aproximadamente 500 processos contra parlamentares, sendo 357 inquéritos e 103 ações penais. “O prazo médio para recebimento de uma denúncia pelo STF é de 565 dias. Um juiz de 1º grau a recebe, como regra, em menos de uma semana, porque o procedimento é muito mais simples”, concluiu. A sociedade espera que o STF tome uma decisão definitiva sobre o assunto e que seja montada uma força-tarefa com quantos juízes, procuradores e membros da Polícia Federal (PF) sejam necessários para agilizar a tramitação, impedindo, com isso, a prescrição dos crimes principalmente de desvios de dinheiro público.

Corrupção sem limites mata mais na democracia que no regime militar

Um fato que chama atenção é a corrupção que vem se alastrando no Brasil em todos os governos posteriores ao regime militar. Ocorre, no entanto, que os malefícios são semelhantes aos daquele período que ninguém de bom senso quer ver de volta. Mas o que assistimos são discursos demonizando os militares, principalmente pela tortura àqueles que eram contra o regime. Comparando-se com os torturados de agora, os sofrimentos físicos, moral e psicológico eram poucos. Hoje, milhões de brasileiros, em pleno regime democrático, sofrem com os efeitos da corrupção que provocam, de modo acentuado, a falta de segurança e saúde. Milhões de brasileiros morrem por causa disso, ao serem assassinados por bandidos ou por não receberem assistência na hora em que mais precisam, por falta de leitos em hospitais e, pior ainda, por falta de medicamentos. As notícias constantes mostrando delações premiadas com nomes de ministros, governadores, senadores, deputados, presidente e ex-presidentes da República envolvidos em propinas de certo modo assustam e reforçam a ideia de que o Brasil precisa ser passado a limpo. Para isso, está mesmo na hora de uma nova campanha por eleições diretas o quanto antes, com o impedimento de candidatura daqueles que estejam sendo investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), seja por fazerem parte das listas da Odebrecht, seja por qualquer outro tipo de delito contra o erário público. Ao presidente Michel Temer cabe aceitar a recomendação feita pelo decano dos deputados federais – ele está no seu 11º mandato –, Miro Teixeira (Rede-RJ) em entrevista publicada hoje num diário do Rio de Janeiro: que todos os ministros sejam demitidos, ou que peçam demissão, num gesto de grandeza. Se bem que isso seja querer demais por parte de um político brasileiro que não tenha a mesma estatura moral de Miro.

15 de abril de 2017

Se a voz de Deus é a do povo, Ele quer ver uma reforma do atual quadro político

De vez em quando temos a satisfação de ver que não somos o único quando opinamos sobre alguma coisa. Há ocasiões em que até uma ponta de orgulho quando lemos de comentaristas de renome publicando artigos com o mesmo ponto de vista expressado aqui anteriormente. Hoje isto está acontecendo com outras pessoas cuja opinião mostra o reflexo que o tema está tendo no meio da sociedade. São as cartas dos leitores publicadas em jornais de grane circulação. Isso pode ser constatado na edição de hoje de “O Globo”. A seguir, publico algumas que se referem ao que abordamos ontem sobre o Congresso Nacional e a sua condição moral para votar qualquer tipo de reforma que se faça necessária nas leis do país. Aí vão elas:

“Depois das divulgações das delações premiadas da Odebrecht, nas quais fica comprovado que diversas votações nas duas casas foram realizadas com corrupção, qual a condição moral para que a Câmara dos Deputados e o Senado possam, nesse momento, colocar em votação a reforma da Previdência e a reforma Trabalhista? Independentemente da necessidade de fazê-las, para que não paire nenhuma dúvida quanto à lisura dessas votações, é mister que se adie as mesmas, até que essas denúncias sejam esclarecidas”. (Fernando A. Iaccarino – Rio de Janeiro)

“Os últimos acontecimentos trazidos ao conhecimento da sociedade confirmam que a classe política que detém o mando do país não tem as credenciais e a idoneidade que as autorizem a decidir ou implementar qualquer reforma, por mais urgente que possa parecer. A sociedade precisa, em primeiro lugar, encontrar pessoas de bem e constituir um poder legislativo realmente representativo, habilitado e fazer as reformas necessárias e sepultar o Estado velho, doente e corroído pela má política e pela corrupção vigentes há tantos anos”. (Decio O. Elias – Rio de Janeiro)


São duas opiniões apenas, mas que retratam o sentimento que está no seio da sociedade, que quer ver uma reforma imediata não a Política, mas sim a dos políticos. Talvez não dê para esperar 2018. Se o povo sair às ruas com bastante veemência, ela pode acontecer ainda este ano.

14 de abril de 2017

Com tanto desvio de dinheiro público e políticos sujos, chegou a hora de um novo ‘Diretas Já’

Uma pergunta paira no ar: Com tantos políticos sendo denunciados por corrupção, os cidadãos brasileiros honestos terão em quem votar nas eleições e 2018? Outra indagação é de resposta difícil: Será que depois da divulgação da lista da Odebrecht algum politico terá a decência de renunciar e abrir mão do foro privilegiado? Após as delações de Marcelo Odebrecht o atual Congresso Nacional tem condições morais para votar qualquer tipo de reforma, por mais necessárias que sejam? E o Governo do presidente Michel Temer, com oito ministros investigados na Operação Lava-Jato, com certeza está insustentável. O certo é que o Brasil necessita de uma reforma total, e para isso teria de ter eleições gerais imediatamente. A continuar com está, o país está às vésperas de um caos total. Com a crise econômica que essa baderna em torno do dinheiro público, é urgente que os bilhões de reais desviados têm de voltar imediatamente para o Tesouro Nacional. Da mesma forma a Odebrecht também deve ter tido altos lucros ao logo de tantos anos participando desse esquema fraudulento, pois para pagar propinas teve que superfaturar para garantir seu lucro. E foi muita coisa, visto que ganhou centenas de contratos sem concorrência e que não seriam seus, além de muitos outros no exterior, todos “patrocinados” pelo então presidente Lula para favorecer governantes bolivarianos e ditadores comunistas pelo mundo afora. Podemos até admitir que a Odebrecht pague parceladamente, porque a Operação Lava-Jato provocou a cancelamento de contratos em vários países, uma vez que a empresa tinha gabarito para ser contrata e realizar obras de grande vulto em nações da Europa, África e nos Estados Unidos, além de proibição de firmar novos contratos. Quanto aos nossos políticos, que sejam imediatamente bloqueados bens e contas para ressarcimento aos cofres da União, que também está em crise exatamente por falta de recursos para atender a população que paga impostos e não os recebe de volta em benefícios da Saúde, Educação, Segurança e Saneamento. É o que se espera. 

Deputado Onyx Lorenzoni muda da posição de defensor da Lava-Jato para a de investigado

As delações premiadas estão revelando diariamente algumas surpresas e, ao mesmo tempo, trazendo revelações inesperadas. Como exemplo, um dos maiores apoiadores da Operação Lava-Jato no Congresso Nacional, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) será agora investigado por ela. O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura do inquérito de número 4.400, contra o deputado gaúcho. Interrogado, o ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar, colaborador da Lava-Jato, disse ter se aproximado de Onyx em reunião em Porto Alegre. Ele teria dito ao parlamentar: "Estamos percebendo o seu desempenho, a sua conduta, e nós gostaríamos determos aí como um parceiro futuro nas suas atividades como deputado federal", diz trecho da delação de Alexandrino. Conforme o dirigente da empreiteira foi firmado um acordo pelo qual, a pretexto de auxílio para a campanha eleitoral a deputado no ano de 2006, Onyx recebeu R$ 175 mil. A operação está registrada no sistema "Drousys" – trata-se do setor de informática secreto da Odebrecht – e não foi informada à Justiça Eleitoral, segundo Alexandrino. A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o enquadramento do deputado em crime eleitoral de “Caixa 2”. O deputado afirmou que nunca esteve com ninguém da Odebrecht e que desconhece as pessoas que o acusam. "Tenho absoluta tranquilidade dos meus procedimentos e vou em busca dos esclarecimentos. Se necessário, vou abrir mão do meu foro privilegiado. Devo isso aos meus eleitores, que confiaram em mim", disse o parlamentar gaúcho. Onyx ainda afirmou que, no caso do surgimento de provas, ele deixaria o cargo. Quanto a uma possível renúncia ao mandato eletivo, quem quiser que acredite.

13 de abril de 2017

Ao contrário do slogan de um antigo supermercado, Lula tinha ‘o povo a serviço de uma família’

 “Podem pesquisar à vontade e vão ver que nunca entrou 10 centavos de dinheiro sujo em minha conta bancária”, disse um dia “a alma mais honesta do país”. E ele não estava mentindo. Na sua conta não entraram 10 centavos, mas sim milhões de dólares. “O ex-presidente Lula pediu US$ 40 milhões à Odebrecht em troca da aprovação de um financiamento bilionário para obras de interesse da companhia em Angola”. A afirmação é de Marcelo Odebrecht, o ex-presidente da empreiteira. Em depoimento ao juiz Sergio Moro, ele contou ter sido procurado entre 2009 e 2010 por Paulo Bernardo, então ministro do Planejamento, que em nome de Lula disse que o Governo poderia aprovar o financiamento de US$ 1 bilhão, desde que a empresa pagasse os US$ 40 milhões. Naquela, Lula era presidente da República. “Nós tínhamos interesse, era exportação de bens e serviços, nós tínhamos fechado vários contratos em Angola e que só demandavam essa linha de crédito para fazer exportação de bens e serviços. Quando veio essa negociação, de US$ 1 bilhão, como sempre a gente fazia, a gente tentou mostrar com embasamento técnico que ali era importante. Nunca tinha tido uma solicitação, até porque era uma coisa legítima. Já no caso específico dessa negociação, em 2009 e 2010, até acho que era porque estava se aproximando a eleição, veio o pedido solicitado pra mim por Paulo Bernardo na época, que veio por indicação do presidente Lula, para que a gente desse uma contribuição de US$ 40 milhões, e eles estariam fazendo a aprovação de uma linha de crédito de US$ 1 bilhão”, disse o ex-presidente da Odebrecht. Como o dinheiro teria origem em negócios em Angola, Marcelo Odebrecht conseguiu com a cúpula petista descontar 10% do valor, referentes ao custo da operação para transferir a cifra para o Brasil. Convertido ao câmbio da época, o repasse foi de R$ 64 milhões. O valor foi creditado diretamente na conta paralela que o PT mantinha junto à Odebrecht, e que era gerenciada pessoalmente por Marcelo Odebrecht. Uma parte desses recursos, como revelou o próprio empreiteiro, foi usada para pagar despesas de Lula. Membros da família de Lula também tiveram direito de pegar uma graninha proveniente de propina. Seu filho Luís Claudio recebeu dinheiro da Odebrecht para implementar futebol americano no Brasil, e seu irmão conhecido como Frei Chico recebeu durante anos uma mesada de R$ 5 mil. Mais uma vez é desmentida pelos fatos uma bravata lançada por Lula. Com tantos fatos agora revelados, fica difícil entender por quê tem gente querendo a volta dele ao poder.

12 de abril de 2017

A Reforma de Previdência é assunto para técnicos e não para políticos e falsos ‘juristas’

As redes sociais foram invadidas nos últimos dias por milhares de “juristas especializados” em Direito Previdenciário. O que sobra é gente sem nenhuma qualificação dando “pareceres” sobre a Reforma da Previdência. Como consequência, ficamos lendo asneiras postadas diariamente causando confusão nas cabeças de todos. A primeira providência a ser tomada seria o afastamento do qualquer político na formulação e discussão do projeto encaminhado ao Congresso Nacional pelo Governo. O correto seria reunir especialistas no assunto – existem muitos, inclusive na própria Previdência Social – para que o tema seja tratado com seriedade. Tudo teria de ser informado à população, e somente após uma séria auditoria externa com levantamentos minuciosos, abrangendo militares, magistratura, serviços especiais e outros é que seria elaborado o projeto final, cuja discussão e votação teriam que ser rápidas. Se não for assim, é jogar conserva fora, e também muito dinheiro. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, declarou que se a Reforma da Previdência não for aprovado imediatamente a conta do Governo não fecha. A culpa não é dos aposentados para serem castigados. Na realidade, há outras reformas prioritárias para serem implantadas no Brasil: da ética; da moral; da civilidade; da política; da Saúde; e da Educação.

Dois Sérgios estão presos por roubarem dinheiro destinado a cirurgias ortopédicas

Como se não bastasse um Sérgio assaltando os cofres públicos do Estado Rio de Janeiro, eis que tomamos conhecimento de que outro Sérgio também roubou dinheiro do agora falido estado fluminense. Mas a ironia está no fato de que o ex-governador Sérgio Cabral quando foi eleito pela primeira vez para o cargo deu total destaque à nomeação de seu xará Sérgio Cortês para o cargo de secretário estadual de Saúde, dando-lhe posse à frente dos demais integrantes de seu estafe. Agora, tomamos conhecimento através da Operação Fatura Exposta (como são criativos os que dão nome às operações) que os dois xarás foram cúmplices assaltando o dinheiro destinado principalmente ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), impedindo ao longo dos anos que milhares de pessoas ficassem longas horas ao relento numa fila em busca de uma cirurgia de emergência que muitissimamente vezes era adiadas por falta de material, com o agravante de terem sido adquiridos com preços superfaturados e entregues em quantidade menor que as encomendadas, mas dadas como recebidas, além de serem comprados em empresas ligadas ao secretário ou fantasmas. Não por coincidência, mas os dois são vizinhos em apartamentos no bairro de Leblon, área nobre do Rio, e em condomínio de luxo em Mangaratiba. Agora continuam vizinhos, porém numa penitenciária de Bangu. Só para lembrar: Sérgio Cortês foi um dos participantes da famosa “Dança dos Guardanapos” num restaurante de luxo em Paris. E mais. Quem rouba dinheiro da Saúde comete genocídio coletivo, e esse crime tem de ser convertido em punição rigorosa.

11 de abril de 2017

Ministro Edson Fachin quebra o sigilo de 74 autoridades na ‘delação do fim do mundo’

“Há males que vêm pra bem” é um antigo ditado que, no entanto, é sempre atual. Esse foi o motivo que levou o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu abrir 76 inquéritos contra políticos a partir do conteúdo da delação da Odebrecht e determinou o fim do sigilo de 74 e manteve apenas dois sob sigilo. Além disso, ele determinou o arquivamento de sete fatos informados pelos delatores, nos quais a própria Procuradoria-Geral da República (PGR) não viu indícios para justificar investigações. Foram remetidas a outras instâncias do Judiciário 201 petições, com fatos que incriminam pessoas sem direito ao foro especial. Fachin também devolveu à PGR 11 petições para que os investigadores expliquem melhor os indícios encontrados. O ministro ainda manteve sob sigilo 25 petições abertas no STF. O ministro deverá divulgar oficialmente em breve o nome de todos os investigados. Fachin planejava dar publicidade ao material somente depois da Páscoa. No entanto, como o jornal “O Estado de São Paulo” obteve o conteúdo na íntegra, o ministro decidiu antecipar a divulgação. Segundo o “Estadão”, o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), e o presidente do PMDB, Romero Jucá (RR), são os políticos com o maior número de inquéritos, cada um com  cinco. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ex-presidente do Senado, vem em seguida, com quatro. Os despachos do ministro foram assinados eletronicamente no dia 4 de abril. Ainda de acordo com a reportagem, um ministro do Tribunal de Contas da União e três governadores também serão investigados no Supremo, além de outros 24 outros políticos e autoridades que estão relacionadas às denuncias, mas não possuem foro privilegiado. Segundo a reportagem, serão investigados no STF os ministros: Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil; Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência da República; Gilberto Kassab (PSD), da Ciência e Tecnologia; Helder Barbalho (PMDB), da Integração Nacional; Aloysio Nunes (PSDB), das Relações Exteriores; Blairo Maggi (PP), da Agricultura; Bruno Araújo (PSDB), das Cidades; Roberto Freire (PPS), da Cultura; e Marcos Pereira (PRB), da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Padilha e Kassab responderão cada um em duas investigações. Como sempre acontece, quase todos se apressaram em dizer que provarão na Justiça que tudo é mentira. Quem acredita no Coelhinho da Páscoa. Papai Noel. Saci Pererê etc. pode crer que eles estão falando a verdade.

Odebrecht joga sujeira no ventilador e deixa mal o ‘homem mais honesto do país’

Estamos aguardando uma explicação dos seguidores daquele que um dia disse que era “a alma mais honesta do Brasil”. Parece que ele foi flagrado “com as calças na mão”. A máscara caiu e o povo fica sabendo mais ainda qual é o grau dessa “honestidade”. É que o empresário Marcelo Odebrecht confirmou ontem ao juiz Sérgio Moro que “Amigo” era o codinome do ex-presidente Lula na planilha de propinas da empresa. Segundo ele, a entrega de valores a Lula era feita por Branislav Kontic, assessor do ex-ministro Antônio Palocci. O empresário confirmou ainda que Palocci intermediava as remessas de dinheiro para o PT e que ele era o “Italiano” na planilha de pagamentos. Guido Mantega, que sucedeu Palocci no Ministério da Fazenda, também teria passado a ser responsável pela movimentação de recursos para o PT, tendo sido batizado com o codinome de “Pós-italiano” ou “Pós-Itália”. O empresário confirmou todos os repasses anotados na planilha do Setor de Operações Estruturadas, que ficou conhecido como “Departamento de Propinas”. Odebrecht afirmou que as duas versões de planilhas do Setor de Operações Estruturadas, que registram repasses da empresa ao PT, são verídicas. A primeira, datada de 31 de junho de 2012, traz a informação de que havia R$ 23 milhões à disposição de Lula, identificado pelo codinome “Amigo”. A segunda, de 31 de março de 2014, aponta um saldo de R$ 10 milhões para o mesmo destinatário.

A diferença de R$ 13 milhões teria sido sacada entre os 21 meses que separam as duas versões da planilha. Os saques para Lula teriam sido identificados na tabela “Programa B”. Marcelo Odebrecht explicou no depoimento prestado ontem que “B” é uma referência a Branislav Kontic, que retirava o dinheiro em espécie e entregava ao ex-presidente Lula. Registrada com o nome “Programa Espacial Italiano”, a primeira versão da planilha foi apreendida pela Lava-Jato no e-mail de Fernando Migliaccio, um dos executivos do departamento de propinas da Odebrecht. Delator da Lava-Jato, ele entregou ao Ministério Público Federal (MPF) outras versões do mesmo documento, com registro de saques feitos ao longo do tempo, o que permitiu aos investigadores da Operação Lava-Jato conhecer, em detalhes, a movimentação. A planilha “posição italiano” indica a movimentação de R$ 128 milhões que, segundo a força-tarefa da Lava-Jato, teriam sido destinados ao PT e movimentados por Palocci. O saldo da conta era de R$ 79,5 milhões em 2012. Moro tem mantido os depoimentos da Odebrecht em sigilo. Argumenta que é preciso esperar que os conteúdos sejam liberados por decisão do STF.

10 de abril de 2017

Má gestão no setor público atinge vítimas de catástrofes como as de 2011 no RJ

Se há casos que não faltam são os relativos à má gestão do poder público, independentemente da situação da economia do país. Mesmo quando tudo está sob controle, a incompetência administrativa de governos ou estatais mantém a população desassistida. E o pior é quase sempre acontece com a parte mais pobre. Os casos mais típicos são: a incapacidade de organismos públicos atenderem com eficiência a vítimas de catástrofes, como inundações e desabamentos, e, o segundo, a virtual estagnação do saneamento básico, quando executado e operado por empresas públicas, com poucas exceções. A economia ainda não estava em estado de recessão, em quando, em janeiro 2011, uma violenta enxurrada caiu sobre a Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, em especial nos municípios de Petrópolis, Teresópolis e Friburgo. Naquele que foi considerado como o mais grave acidente desse tipo no país;
Como prova dessa ineficiência, o bairro Lagoinha, em Petrópolis, as quedas de barreiras mataram duas pessoas e obrigaram 272 famílias a abandonarem o local. Dessas, apenas 39 conseguiram o dinheiro prometido para adquirir novas casas. Das restantes, algumas foram obrigadas a voltar a morar na casa condenada. Há o sistema do “aluguel social”, que quando não atrasa, não é atualizado. Hoje, com a crise fiscal, é bem provável que não esteja sendo pago. Outra evidência da incapacidade administrativa de governos é o atraso em obras de construção de novos imóveis para substituir os destruídos ou inviabilizados, o mesmo ocorrendo na execução de projetos de contenção de encostas, isso quando não se somam a tudo esquemas de corrupção montados por políticos e empreiteiras, como na catástrofe da Serra Fluminense. Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) analisou 98 contratos de obras no Rio de Janeiro, Espírito Santo e em Santa Catarina, estados em que há grande incidência de desastres chamados de naturais. Dos contratos, apenas 18% estavam dentro dos prazos. Não basta só serem vítimas de desastres naturais, porque também o poder público se encarrega de aumentar o sofrimento de humildes pessoas. Tem muita gente merecendo ir para atrás das grades.

9 de abril de 2017

A famigerada lista fechada só serve para beneficiar políticos corruptos

Como sempre ocorre, o constante aparecimento de fatos novos ligados aos políticos faz com que assuntos polêmicos sejam momentaneamente esquecidos. É o caso da famigerada lista fechada, que é um sistema de votação de representação proporcional onde os eleitores votam apenas em partidos, e não nos candidatos. Neste sistema, cada partido apresenta previamente a lista de candidatos, onde são ordenados de modo crescente, e o número de eleitos será proporcional ao número de votos que o partido obtenha. Com isso, os candidatos que ficam no topo da lista tendem a se eleger com mais facilidade. A criação das listas é feita geralmente de duas formas: estática, quando a ordem dos candidatos é pré-estabelecida no momento da criação, pelo líder do partido ou pela quantidade de votos nas eleições internas dos partidos, e essa ordem não pode ser mudada pelo eleitor; e dinâmica, quando o eleitor tem possibilidade de modificar a ordem dos candidatos. A forma dinâmica é o sistema preferencial, porque o eleitor estabelece a ordem dentro da lista, e o voto por aprovação onde o eleitor decide se aprova ou não o candidato. Se o Congresso Nacional levar adiante o projeto de reforma política incluindo a tal lista fechada já é tida como certa uma violenta reação popular, visto que os maiores interessados nela são exatamente parlamentares envolvidos na Operação Lava-Jato, em busca do abrigo do foro privilegiado, acreditando que o sistema a ser adotado o estático, com seus nomes fazendo parte do topo da lista, de acordo com o poder e prestígio dentro do partido.

8 de abril de 2017

O juiz Marcelo Bretas, o “Moro” do RJ, tem reforço na sua segurança

O rigor da versão fluminense do juiz Sérgio Moro poderá causar riscos à sua vida. O presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), desembargador André Fontes, determinou ontem o reforço na segurança do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Este foi o primeiro ato assinado por Fontes, que tomou posse na quinta-feira. A decisão atende a um pedido do magistrado que está à frente da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro. Segunda-feira que vem, o presidente do TRF2 se reunirá com o juiz Marcelo Bretas. Ele quer manifestar o apoio institucional da segunda instância ao trabalho feito por ele nas operações Saqueador, Calicute e Eficiência, fases da Lava-Jato, estão sob a responsabilidade de Bretas;

A Operação Saqueador, investiga esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro no valor de R$ 370 milhões, os principais envolvidos são o dono da empresa Delta, Fernando Cavendish, e o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, por participação em esquema do desvio de dinheiro de obras feitas pela Delta Construtora. Na Operação Calicute, 16 pessoas foram indiciadas por crimes que incluem corrupção passiva e ativa de organização criminosa e lavagem de dinheiro na gestão do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. A ex-primeira-dama do Estado Adriana Ancelmo, também envolvida na Operação Calicute por recebimento de propinas, chegou a ficar presa na ala feminina da unidade Bangu 8 do, mas agora cumpre prisão domiciliar no apartamento da família, no Leblon, zona sul do Rio. O ex-governador Sérgio Cabral permanece preso na ala masculina de Bangu 8. As investigações apuraram que R$ 220 milhões foram pagos em propinas por grandes empreiteiras para garantir obras públicas. Na Operação Eficiência, que é um desdobramento da Operação Calicute, segundo o MPF, o empresário Eike Batista, dono do grupo EBX, pagou US$ 16,5 milhões ao ex-governador Cabral. Eike também está preso na Penitenciária de Bangu 9.

Juiz solta os cinco membros do TCE-RJ, mas eles ficam suspensos seis meses

Um assunto que não sai de pauta apesar dos inúmeros acontecimentos trágicos que acontecem no mundo é a prisão de cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), presos no dia 29 de março na Operação Quinto do Ouro, deflagrada pela Polícia Federal PF). O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Félix Fischer, mandou soltar ontem os Na mesma decisão, o ministro determinou que os investigados fiquem afastados das funções por 180 dias. A decisão atinge os conselheiros Aloysio Neves, Domingos Brasão, José Gomes Graciosa, Marco Antônio Alencar e José Maurício Nolasco. As foram pedidas com base nas delações do ex-presidente do TCE-RJ, Jonas Lopes de Carvalho Filho. De acordo com as investigações da PFl, os alvos da operação são acusados de fazerem parte de um esquema de pagamentos de vantagens indevidas que pode ter regularmente desviado valores de contratos com órgãos públicos para agentes do Estado, em especial membros do TCE-RJ e da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Felix Fisher já havia prorrogado no último domingo a prisão provisória dos conselheiros do TCE-RJ. Os alvos da Operação O Quinto do Ouro são investigados por fazerem parte de um esquema de pagamentos de vantagens indevidas que pode ter regularmente desviado valores de contratos com órgãos públicos para agentes do Estado, em especial membros do TCE-RJ e da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), de acordo com informações da Polícia Federal. Como se recorda, Durante a operação, o presidente da Alerj, Jorge Picciani, foi alvo de condução coercitiva. Picciani é suspeito de organizar pagamentos de propina da Fetranspor aos conselheiros do TCE-RJ. O esquema seria relacionado ao período do governo do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso desde o ano passado.

7 de abril de 2017

Pezão defende Cabral e nega que ambos tenham recebido propinas

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), prestou depoimento ontem, na sede do Ministério Público Federal (MPF) da capital fluminense, como testemunha de defesa do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso desde outubro do ano passado na Operação Calicute. Como seria de se esperar, Pezão negou ter conhecimento sobre qualquer repasse de propina a Cabral enquanto foi governador do estado, ao ser questionado, em videoconferência, pelo juiz Sergio Moro, se Cabral já havia feito algum comentário sobre as propinas. O governador confirmou que fez reuniões com integrantes do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), mas rechaçou que tenha discutido repasse de propinas oriundas do esquema de Sérgio Cabral e que envolvia conselheiros do tribunal presos na semana passada na Operação O Quinto do Ouro. Ele comentou as acusações: "Essa reunião foi para cobrar porque todos nós éramos cobrados tanto pela população, nos atrasos de obras e pela demora na liberação de recursos que vinham de Brasília e que submetíamos ao TCE. O motivo da reunião foi esse", disse Pezão, acrescentando que vai processar quem o acusou de ser beneficiário de propinas em torno de R$ 900 mil para pagamento de despesas pessoais. "Vou processar quem falou, mas não tive acesso (à delação), quem falou que eu recebi", acrescentou;

Em delação premiada, Jonas Lopes Neto, filho do ex-presidente do TCE-RJ, Jonas Lopes, disse que o governador teria recebido R$ 900 mil em recursos ilícitos por meio de seu subsecretário de Comunicação, Marcelo Amorim. Mais uma vez Pezão desmentiu: “É uma mentira deslavada. Eu nem conheço Jonas Lopes Neto. O Marcelo já depôs. Eu tenho muita tranquilidade quanto a isso. Quem conhece a minha vida, conhece o meu padrão de vida. Isso aí foge a qualquer propósito. A única coisa que eu sei é que vou processá-lo pela mentira. Eu tenho uma vida pública de 32 anos e vocês nunca vão me ver fazer uma ação como essa”. Referente à suspeita de superfaturamento na terraplanagem do Comperj, Pezão classificou de mentira. Perguntado se acreditava na inocência do ex-governador Sérgio Cabral, de quem foi vice, e que atualmente está preso em Bangu 8, Pezão respondeu: “Estão dando o direito dele se defender. Eu convivi com o homem público Sérgio Cabral, com a família dele eu tenho um profundo respeito. Se ele errou, cumpra as penas que têm de ser cumpridas”. Pezão vai depor novamente à Justiça Federal hoje, desta vez ao juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal. Ele novamente será testemunha de defesa de Sérgio Cabral em processo por corrupção, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro nacional dentro da Operação Calicute, um desdobramento da Lava-Jato, realizada em novembro de 2016 e que levou Cabral à prisão.

6 de abril de 2017

O povo já não suporta mais, pois está desiludido com os Poderes da República

Aquele espetáculo do julgamento da chapa Dilma Rousseff/Michel Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já era esperado. Os pronunciamentos de magistrados e as nomeações de novos ministros para a Corte, além das declarações de advogados dos dois indiciados davam a entender que a decisão final certamente somente ocorreria no final do ano que vem. O próprio presidente do TSE, Gilmar Mendes, que também integra o Supremo Tribunal Federal (STF), dá a entender que o julgamento tende a se arrastar até 2020. Uma coisa, no entanto, é o fato de os políticos não entenderem que a população está desiludida com os poderes da República e que eles estão levando o povo pera um caminho muito perigoso. Caso continuem agindo assim, a população sairá às ruas, mas não serão meras passeatas, mas podendo ter uma forte dose de violência sem controle, visto que a revolta é muito clara, como se vê nas redes sociais. Até houve uma pessoa, com alguma dose de humor, que aproveitássemos a aprovação da terceirização de manifestantes, trazendo-os do Paraguai, onde contrariados com uma alteração na Constituição daquele país invadiram o Senado, quebraram tudo, incendiaram o prédio e botaram os senadores para correr. Como resultado, o projeto foi retirado. mas não estamos longe de que algo semelhante aconteça no Brasil. Fica aqui o aviso.

5 de abril de 2017

Com cinco conselheiros do TCE-RJ presos, como ficarão as suas mordomias?

O recente episódio que levou cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) nos leva a questionar se o Estado do Rio de Janeiro, totalmente falido, continuará pagando aos ilustres julgadores das contas do Governo o salário de R$ 39.471,11, mais auxílio-moradia de R$ 4.377,73, mesmo para os que moram na capital; despesa com combustível no valor e R$ 1.985,00; auxílio-educação de R$ 1.067,00 para até três dependentes; auxílio-saúde de R$ 660,00; e auxílio-alimentação de R$ 968,00. Parece que é muita coisa, e é. E cabe mais uma pergunta: durante a “hospedagem” dos conselheiros presos na cadeia seus auxiliares e diretos assessores continuarão custando mensalmente aos cofres públicos R$ 430 mil, mesmo sem os mesmos estarem em exercício? O quinteto do TCE-RJ se junta a centenas de políticos que se encontram com o “rabo preso” principalmente na Operação Lava-Jato. É quase certo que toda essa gente já tenha feito sua declaração anual de Imposto de Renda usando o formulário de Desconto Simplificado, lançando 90% dos seus ganhos no espaço destinado a Rendimentos Isentos e não Tributáveis” no item “Propina”. O sério perigo é que caiam na “Malha fina da Operação Lava-Jato e o ‘fiscal” Sérgio Moro lhes aplique uma elevada multa, sem direito a parcelamento. Vamos aguardar.

4 de abril de 2017

O julgamento da chapa Dilma/Temer ainda vai demorar muito

Começou hoje, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o julgamento do pedido de cassação da chapa Dilma Rousseff/Michel Temer, por crime de abuso de poder econômico na eleição de 2014. O processo é de inciativa do PSDB, que pretendia anular o resultado do pleito, reivindicando que a vitória fosse atribuída ao seu candidato, senador Aécio Neves (PSDB-MG). Hoje, os tucanos são os principais aliados do presidente Temer, que assumiu a presidência com a cassação do mandato de Dilma. Para complicar mais ainda, a Operação Lava-Jato revelou que a campanha deles foi financiada com dinheiro sujo proveniente de propinas com desvios da Petrobras. Porém, o processo acabou tramitando, e agora, tanto a defesa de Dilma como a Temer procuram de todos os modos adiar a conclusão, algo que foi conseguido hoje. O TSE, após votos de ministros e pedidos da defesa, aprovou que novas testemunhas sejam ouvidas e também um prazo de cinco dias para as alegações finais no julgamento da chapa. A sessão de julgamento da ação em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições presidenciais de 2014, começou com meia hora de atraso, com a leitura do relatório, o resumo de toda a tramitação do processo, pelo relator, ministro Herman Benjamin;

Há uma variedade de hipóteses sobre o que possa acontecer no final do julgamento. Em decisões anteriores, a Justiça Eleitoral TSE cassou o mandato do titular e do vice, porém tornando o titular inelegível, mas mantendo os direitos políticos do vice. Nesse caso, Dilma ficaria inelegível, mas Temer, se quisesse, poderia tentar a reeleição. Na verdade, ficamos numa encruzilhada, porque no caso de condenação dos dois, teremos uma eleição indireta, com uma grande quantidade de parlamentares indiciados na Lava-Jato elegendo possivelmente um deles para um mandato-tampão. A defesa do presidente da República luta para separar as contas dele das de Dilma, mas fica difícil acreditar um não tivesse conhecimento dos recursos para a campanha, e muito mais das origens dos mesmos. As deleções premiadas, em especial as do principal assessor do presidente José Yunes, são bastante claras e mostram que a dupla foi eleita com dinheiro sujo de propinas vindas das empreiteiras. Não pode se desprezar o fato de que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) começou a ensaiar uma briga como Temer, usando o mesmo expediente que aplicou no impeachment de Fernando Collor, do qual era líder parlamentar, quando teve seus interesses pessoais contrariados, como agora. E o mais interessante é ver que o PT, até então chamado de partido da oposição está na mesma trincheira do PMDB, que a esta altura não é mais chamado de golpe.

3 de abril de 2017

A violência no Rio de Janeiro é evidente, mas não se deve espalhar boatos

Se existe algo que está acontecendo na Internet de modo por demais negativo é a proliferação de notícias sem confirmação dos fatos ou de sua veracidade. Quem toma conhecimento delas passa adiante de acordo com o seu ponto de vista. Em pouco surgem acaloradas discussões a favor ou contrárias. É o que está ocorrendo com a tragédia na menina Maria Eduarda que morreu baleada com vários tiros enquanto participava de uma aula de Educação Física na quadra da escola onde aluna e atleta. Hoje espalharam a notícia afirmando que os tiros que mataram Maria Eduardo, de acordo com uma perícia sobre os projéteis, constatava que eram de armas de grande poder letal que não fazem parte dos armamentos da Polícia. Sendo assim, os tiros mortais foram dados por marginais, que costumeiramente se utilizam de armas muito mais poderosas que as utilizadas pelos policiais. Tudo tem lógica, mas nenhuma palavra oficial houve para autorizar que alguém divulgue o fato como definitivo. Para ilustrar a falta de responsabilidade de alguns, postaram uma foto com uma menina portando, risonha, uma metralhadora, dando a entender que ela seria ligada aos bandidos. Seria até namorada de um deles. Maria Eduarda não tem o perfil das jovens que moram em comunidades como a dela que sejam coniventes com o tráfico. Elas não frequentam escola, e quando se matriculam quase não vão às aulas;

A situação fica mais grave quando uma autoridade pública vem a público dar opinião sobre um assunto que só lhe diz respeito em parte. É o caso do secretário de Educação do Rio de Janeiro, César Benjamin, declarar na Internet não ter dúvidas tiros que mataram Maria Eduarda foram os disparados pelos policiais. Ele foi enfático quando criticou a Polícia: “Não é possível exagerar a boçalidade da ação policial. Isso mostra o total despreparo deles. É inaceitável”. Ele acrescentou que os PMs não estavam sob ataques de bandidos. O secretário de Educação é especializado em análises sobre eventos policiais? Suas afirmativas são como uma acusação de que os policiais executaram a menina. Se chamado à Justiça ele teria como provar o que diz? O clima de insegurança está tão evidente, que o melhor é não se jogar gasolina no fogo. O povo já anda assustado e estressado como tanta flata de segurança e com os fatos que estão virando rotina. É melhor que as autoridades ao invés de complicar tomem enérgicas providências para dar um fim, repetimos, a essa verdadeira guerra civil que estamos vivenciando

2 de abril de 2017

As falcatruas dos políticos são justificadas com ‘conversa pra boi dormir’

Enquanto no Estado do Rio de Janeiro “a vaca vai pro brejo”, literalmente, vê-se que este animal está sempre presente dos casos de corrupção que afetam não só os fluminenses, como também os ocorridos em âmbito nacional. Primeiramente, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) ainda não explicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) aquela venda fajuta de gado que usou para justificar as despesas de uma amante e da filha fora do casamento, episódio que o levou a renunciar à presidência do Senado Federal fórmula aplicada para salvar seu mandato eletivo. Já o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tentou justificar os milhões de dólares que tinha no exterior, alegando que triturou, enlatou e exportou carne para a África. O gado bovino também foi a justificativa de José Carlos Bumlai, a amigo de Lula, acusado de ter feito um empréstimo de R$ 12 milhões camuflado para o PT, dizendo que o dinheiro serviu para quitar uma dívida sua na aquisição de sêmen de boi. Por fim, tem o deputado estadual Jorge Picciani (PMDB-RJ), que preside a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) pela quinta vez, que fez fortuna vendendo sêmen de boi, mas cujos compradores há tempos não estão mais atuando neste tipo de negócios. Naquilo que nos diz respeito, achamos que tanta desculpa para negócios escusos não passam de “conversa pra boi dormir”.

1 de abril de 2017

Não dá para esconder, mas o Rio de Janeiro está vivendo uma guerra civil

Está bastante difícil a vida para os cariocas. Nos últimos dias, parece que aumentaram os casos de violência tanto contra a população como até mesmo contra os bandidos. Os assaltos à mão armada, muitas vezes como o frio assassinato gratuito da vítima, ou o simples roubo de um celular velho são muitas vezes acompanhados da ação de policiais executando os bandidos. Já passou a hora de as autoridades tomarem rigorosas medidas para colocar um freio nesta situação. Está por demais evidente que a população está vivendo dias de terror, com medo de sair às ruas. O cidadão está ficando atrás das grades ao invés dos bandidos, o que se comprova com tantas instalações de segurança, como cercas e muros com dispositivos de choque elétrico. Já a bandidagem está solta e quando algum marginal é preso filigranas jurídicas são aplicadas e em poucos dias voltam às ruas para continuidade de seu “trabalho”;

No que se refere aos policiais, não é tolerável que continuem sendo assassinados muna média de um por dia, como vem acontecendo. Ele sai de casa e não sabe se volta vivo, ou num caixão. Não podem nem residir perto de comunidades dominadas por traficantes, porque se for identificado passará a fazer parte das estatísticas de policiais mortos. É inadmissível que uma estudante/atleta seja baleada em plena aula de Educação Física com quatro tiros, alguns nas costas, durante um confronto entre bandidos e policiais, estes certamente com armas menos potentes que as dos marginais. Da mesma forma, não podem policiais despreparados sair executando bandidos friamente, aplicando aquele célebre ditado dizendo que “bandido bom é bandido morto”, inventando autos de resistência para justificar o que também não passa de assassinato. As cenas de um policial executando um bandido mostrada na TV não podem ser toleradas. Ainda mais quando o policial protagonista tem um histórico de 37 participações em tais eventos. Não está nada correto e está passando a hora de acabar esse autêntica guerra civil que está sendo vivida pelos cariocas.