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26 de agosto de 2015

Alguém precisa dizer a Dilma o que acontece no país

  • Fica difícil aceitar o que diz a presidente Dilma Rousseff sobre a crise econômica. Ela deve pensar que todos somos idiotas. Não tem cabimento ela dizer agora que não tinha conhecimento da crise econômica quando os índices mostravam claramente que a situação era séria. Como funcionava sua assessoria econômica?;
  • Pior ainda é sua 'surpresa' ao tomar conhecimento de que petistas e aliados estavam envolvidos nos casos de corrupção na Petrobras. Logo ela que durante todo o tempo esteve ligada à empresa como presidente do seu Conselho de Administração, ministra de Minas e Energia, chefe da Casa Civil e presidente da República. Isso é prova de incompetência total. Logo ela, a grande gerente que Lula apresentou ao eleitorado;
  • Fica bastante claro que a presidente Dilma está totalmente isolada em Brasília. Será que ela não lê jornal, não vê os noticiários da TV e nem acessa as redes sociais? Seus assessores teriam levantado uma enorme barreira para que ela não saiba o que acontece no mundo exterior. É bom que algum 'traidor' diga a ela qual seu índice de aprovação.

Mais uma vez Dilma e o PT procuram desviar o assunto

  • Se há uma coisa em que os petistas são comprovadamente eficientes é a arte de desviar o assunto quando a situação lhe é desfavorável. No mesmo dia em que o vice-presidente Michel Temer deixa a coordenação política do Governo, fato que pode ter desdobramentos que provoquem aumento da crise política, a presidente Dilma anuncia que vai extinguir dez ministérios e mil cargos em comissão;
  • Nesse momento de 'mea culpa', Dilma também confessou estar arrependida por não ter acreditado na crise econômica, não tomando às vésperas da eleição medidas que agora toma. Nesse show de contradições para mudar o foco, ela tenta criar uma imagem de 'paz e amor' quando suas medidas são aquelas que ela dizia na campanha que seriam as de Aécio Neves, caso se elegesse;
  • Dizendo-se contrária à ideia do tucano de reduzir o número de ministérios, Dilma afirmou na ocasião que aquilo seria fruto de uma "cegueira tecnocrata". Quando ela reduz os ministérios não é mais "cegueira tecnocrata"? Com a redução anunciada, ainda continuam 29 pastas. Um exagero. O que significam mil cargos em comissão num total de mais de 18 mil? Menos de 10%. E quando Lula assumiu eram 7 mil cargos;
  • Enquanto Dilma joga sua cortina de fumaça, ela deve procurar explicar por quê o Governo até agora não tomou nenhuma atitude em relação ao presidente da CUT, Vagner de Freitas, aquele que falou em pegar em armas para defender Dilma - ela tem agora Renan Calheiros como defensor -, que faz parte do Conselho de Administração do BNDES, uma raposa tomando conta do galinheiro.

A próxima semana vai ser bastante movimentada

  • Este final de semana está cheio de fatos políticos que deixam os observadores sem saber por onde começar a comentar. O primeiro fato, sem dúvida o mais retumbante, foi a denúncia contra o deputado Eduardo Cunha e o senador Fernando Collor que o procurador-geral da República, Rodrigo Janet, fez ao Supremo Tribunal Federal (STF);
  • Aí aparece a notícia de que o vice-presidente Michel Temer avisou que vai deixar a a coordenação política do Governo, desgastado com o desprestígio que vem recebendo da parte da presidente Dilma, que vem tomando atitudes que seriam da competência dele. Se Temer sair do Governo é um sinal de que o PMDB poderá estar deixando de fazer parte da base aliada;
  • Enquanto isso, a Operação Lava-Jato dá sinais de que novos nomes de peso vão ser indiciados por envolvimento com propinas da Petrobras. A qualquer momento vai ser divulgada uma nova pesquisa apontando mais uma queda do índice de Dilma, chegando agora a 6%. Além disso, há também os julgamentos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Tribunal de Contas da União (TCU).

Para o PT, gritar "Fora FHC" em 1999 não era tentativa de golpe

  • Incoerência é mesmo uma característica dos petistas. Em 26 de agosto de 1999, poucos meses após Lula perder a eleição para Fernando Henrique Cardoso, a CUT realizou uma passeata em Brasília na qual o tema era "Fora FHC". No palanque, o ex-presidente fez discurso no qual falou: "Se FHC avaliasse as pesquisas como negação à sua política e tivesse bom senso, quem sabe chegasse à conclusão de que sair é melhor";
  • Naquela ocasião, a aprovação de Fernando Henrique era de 12%, maior que os 7% que Dilma tem hoje. O presidiário José Dirceu, que era o presidente do PT, disse que FHC afirmara que aquilo era uma tentativa de golpe. Até o hoje ministro Aloizio Mercadante andou também apoiando o "Fora FHC", além de Brizola, Vicentinho e até Stédile, comandante do 'Exército Vermelho';
  • Hoje, alguns gatos pingados petistas estão nas ruas defendendo a presidente Dilma do que chamam tentativa de golpe dos militares de brasileiros que domingo pediram "Fora Dilma", e também pedindo "Fora PT" e "Fora Lula". Dando seu troco, agora é a vez de FHC afirmar: "O povo espera que Dilma tenha bom senso e peça para sair". Nada como um dia após o outro.

Domingo o povo disse que não quer mais Dilma no poder

  • Se foram 879 mil pessoas, como disse a manchete de 'O Globo' de segunda-feira, ou até mesmo menos gente participando das manifestações do último domingo, uma coisa ficou muito clara: os manifestantes em sua maioria pediram a saída da presidente Dilma, fizeram críticas ao ex-presidente Lula e ao PT, e deram apoio à Operação Lava-Jato e ao juiz Sérgio Moro;
  • Não deixa de ser coerente o apelo de Fernando Henrique Cardoso para que a presidente renuncie ou pelo menos peça desculpas aos brasileiros por haver mentido na campanha e, pior ainda, por estar causando tantos estragos no bolso do eleitor/contribuinte. Acontece que Dilma aparenta não ouvir a voz das ruas lhe reprovando. Não diz nada e fica mandando recados para o povo através de porta-vozes despreparados;
  • Para culminar o deboche, os petistas estão convocando uma manifestação a favor do Governo para quinta-feira, um dia útil. Isso demonstra que os participantes vão faltar ao trabalho ou estão desempregados. Todavia, há uma hipótese bastante válida. Os que vão sair às ruas são remunerados com dinheiro público, e nós é que pagamos o salário deles para que sirvam de claque;
  • Por fim, os manifestantes poderão ser aqueles 'voluntários' que vão bater palmas para Dilma em troca de um sanduíche de 'mortandela', um copo de suco transparente e mais R$ 35,00, que ninguém é de ferro. Quem trabalha e estuda vai ter sérios problemas de locomoção, e o comércio será prejudicado. Mas eles estão 'se lixando' para isso.

18 de agosto de 2015

Protestos contra políticos têm que ser feitos todos os dias

  • Na verdade, temos que protestar todos os dias. O Brasil é o país do conchavo. São reuniões e acertos sempre corporativistas, para defender interesses pessoais ou de grupos políticos. Já tivemos a 'coincidência' de um encontro de Dilma Rousseff com o presidente do Supremo, Ricardo Lewandovski, em Portugal, totalmente fora do roteiro e da agenda da presidente da República;
  • Às escondidas, Dilma se reúne com o ex-presidente Lula. O presidente do Supremo se reúne com advogados de réus da Operação Lava-Jato. Ontem, o presidente do Senado, Renan Calheiros, novo aliado do Governo, se reuniu com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a poucos dias de ele ser sabatinado pelos senadores com vistas à sua recondução ao cargo. Detalhe: Renan é indiciado pela Lava-Jato. E mais: Dilma indicou um aliado de Renan para ministro do STJ, mesmo sendo o segundo mais votado;
  • Mais um motivo para protesto: a Polícia Militar do Rio de Janeiro recebeu da presidente Dilma, comprado por R$ 8 milhões e 200 mil, um aparelho que mede a quantidade de público em eventos como o de domingo passado, mas não o utiliza para não mostrar o volume dos protestos contra Dilma, de quem o governador Pezão é aliado;
  • Tudo é feito com o principal objetivo de manutenção do poder, mas de nada que seja em benefício do povo. Ao contrário, a cada dia surgem casos de total falta de interesse por parte dos governantes de devolver em obras e serviços os impostos pagos pelos cidadãos, por sinal os mais elevados do mundo;
  • Dessa forma, o maior prejudicado nisso tudo, o eleitor/contribuinte, tem que protestar todos os dias, seja nas redes sociais, na rua, na escola, no trabalho ou até nos bate papos informais. Os políticos, em sua maioria, estão debochando do povo, que não pode mais continuar assistindo a tudo isso sem reagir.

Protestos mostram: são ruins as imagens de Dilma, Lula e PT

  • Muita gente está fazendo comparações entre os números de participantes nas manifestações deste domingo com os das anteriores. Para os governistas, a menor quantidade de gente ontem teria sido um fracasso. Acham até que a imagem da presidente Dilma está positiva. Isso, só uma nova pesquisa poderá provar, mas pelo que se viu em todo o Brasil, o índice pode estar menor que os 7% atuais;
  • Tanto a oposição como os governistas avaliam que as manifestações deste domingo tiveram focos bem definidos. Os principais alvos foram Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e o PT. No que diz respeito a Lula, os indícios apontados pela Operação Lava-Jato de que ele ganhou muito dinheiro fazendo lobby e 'palestras' patrocinadas pela empresa Odebrecht decepcionaram muitos de seus seguidores;
  • Outro motivo que afastou muita gente foi, sem dúvida, a ameaça do presidente da CUT falando de pegar em armas, em pleno Palácio do Planalto. Como Dilma e seus ministros da Defesa e da Justiça e as autoridades militares ficaram em silêncio, é certo pairou no ar alguma insegurança em quem queria protestar de modo pacífico;
  • Agora, resta-nos esperar o reinício das atividades da Câmara e do Senado, além, é claro, da Operação Lava-Jato, onde novas delações irão acontecer, deixando Lula bastante preocupado. Se os números de manifestantes nas ruas foram maiores ou menores, é certo que os protestos serão diários nas redes sociais, porque é no bolso do povo onde tudo isso está se refletindo.

MST e CUT são movimentos sociais ou tropas armadas?

  • Estão por demais evidentes os motivos que levaram o presidente da CUT, Vagner Freitas, a afirmar: "Em defesa da presidenta Dilma, estaremos nas ruas entrincheirados com armas na mão", num evento no Palácio do Planalto. É lógico que ele se inspirou em Lula quando algum tempo atrás também fez uma ameaça: "Nós sabemos brigar também, sobretudo, quando o João Pedro Stédile colocar o exército dele do nosso lado";
  • Dilma Rousseff também deu sua contribuição para o clima de guerra do 'nós contra eles' tão ao gosto do PT e dos chamados 'movimentos sociais', quando afirmou: "Pauleira é pauleira". Parece que todos estão a fim de brigar, do confronto. Por sua vez, o povo também está a fim de 'brigar, mas é contra as falcatruas que os governistas estão praticando e que se refletem no seu bolso;
  • A mais recente das ameaças, a do presidente da CUT, foi feita na presença da presidente Dilma, sem que ela o recriminasse, limitando-se a falar umas palavras sobre o direito que as pessoas têm de discordar do Governo. Mas isso é pouco. Incitar a violência é crime, e a atitude de Vagner Freitas não foi menos que isso. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, presente ao evento, deve uma explicação à sociedade;
  • Em verdade, todas essas ameaças são fruto do desespero que toma conta dos petistas, porque as revelações da Operação Lava-Jato devastaram a credibilidade do Governo. As ameaças têm por objetivo amedrontar os manifestantes, mas o tiro pode sair pela culatra e servir para aumentar o número de pessoas que sairão às ruas, num movimento social sem precedentes.

O 'presidente-adjunto' Lula assume de vez o poder

  • Desde que a presidente Dilma afirmou que o ex-presidente Lula não havia saído do Governo ele levou isso a sério e assumiu a função de 'presidente-adjunto' da República. Ele convoca ministros para reuniões nas quais estabelece ações de governo. Até a própria presidente vai a São Paulo para receber orientação de Lula. Para não ocupar espaço no Palácio do Planalto, o gabinete do 'presidente-adjunto está instalado no Instituto Lula;
  • No mesmo local também funciona a 'sede' do PT. É lá que Lula analisa e define as estratégias do partido para a defesa de Dilma, dele próprio e do Governo, principalmente neste momento de baixa aprovação da presidente às vésperas de uma manifestação que se afigura como das maiores já vistas no Brasil. O presidente do PT, Rui Falcão, vai até o Instituto para ouvir Lula, que nunca vai à sede do partido;
  • Tudo isso serve para comprovar que a pessoa com menos poder na República é exatamente quem deveria estar no comando. Dilma Rousseff delegou poderes ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e ao vice-presidente Michel Temer para conduzir ações da exclusiva dela. Até o presidente do Senado, Renan Calheiros, foi 'nomeado' salvador da pátria, com soluções para a crise do Governo;
  • No final das contas, chegamos à conclusão de que Lula é o maior manda-chuva do país, mesmo sem exercer nenhum cargo, tal a subserviência com que tanta gente demonstra ao abrir mão de atribuições que lhes cabe no comando do país. Deve por isso que muitos se acham no direito de opinar sobre qualquer coisa, como fez o presidente da CUT conclamando os petistas a pegar em armas para defender uma presidente sem autoridade.

Continua bem ativo o show de incoerências do PT

  • O festival de incoerências dos petistas continua, tendo o ex-presidente Lula como a estrela principal. A partir daí, seus seguidores passam a agir da mesma forma. Na Marcha das Margaridas, ontem, havia uma enorme faixa dizendo: "Fica, Dilma. Em defesa da democracia". Num evento 'chapa-branca', era coerente. Mas numa outra faixa lia-se: "Fora Cunha";
  • Essas duas faixas sintetizam a incoerência petista. Para eles, querer o afastamento da presidente da República é golpe, porque ela foi eleita pelo povo? E pedir a cabeça do presidente da Câmara, não é golpe? Ele também foi eleito para o cargo pela maioria do eleitorado dele, que são os deputados. Democracia só vale quando é para o que lhes interessa?;
  • Tudo bem que Eduardo Cunha está cheio de acusações sérias de envolvimento com as propinas da Petrobras, mas Renan Calheiros agora é o grande paladino das medidas do Governo para sair da crise em que se meteu. Pode haver incoerência maior? Mais uma vez prevalece o antigo ditado "Farinha pouca? Meu pirão primeiro";
  • Chega de falar em tentativa de golpe! O que o povo não está suportando é uma inflação sem controle; fábricas estão fechando e causando desemprego; os hospitais públicos sucateados atendem mal; muitas das escolas nem aulas têm; e os cargos de direção (ministros inclusive) sendo preenchidos por pessoas incompetentes;
  • Golpe quem está sofrendo é o povo. E é no seu bolso. Se uma maioria de eleitores colocou a presidente Dilma na Presidência da República, esse mesmo povo tem o direito democrático de não a querer mais ali. E existem meios democráticos para isso, sem golpe. Não adianta espernear tanto. Domingo que vem o povo vai às ruas para dizer isso.

12 de agosto de 2015

Dilma repudia 'vale-tudo' e esquece que 'fez o diabo' na eleição

  • Coerência não é mesmo o forte da presidente Dilma. Ela declarou que é contra o 'vale-tudo' para atingir seu governo. Afinal, não foi ela quem afirmou, na campanha eleitoral do ano passado que para ganhar a eleição valia 'fazer o diabo'? E assim foi. Fez inúmeras promessas, mas depois de eleita não cumpriu nada do que prometeu. Na arte de 'fazer o diabo', mentiu o quanto pôde sobre seus adversários mais diretos para destruir suas imagens, num autêntico vale-tudo;
  • Dilma conseguiu se reeleger, mas, somando-se os votos dados a Aécio Neves com os brancos e nulos, a maioria do povo disse não estar do lado dela. Depois que começou a governar, sua aprovação junto ao eleitorado começou a despencar e seu índice (7%) é nenor que a inflação (9,5%). No mesmo dia, Dilma anuncia uma redução de até 20% na tarifa adicional de energia elétrica, a bandeira vermelha, mas o valor final da conta será de apenas 1,6%;
  • Ela pensa que o povo todo tem memória curta ou é totalmente idiota? E ainda tem quem diga que ela tem o aval de 55 milhões de votos. Tinha. O contingente de insatisfeitos e de arrependidos cresce a todo instante. Portanto, ela deve ficar atenta às vozes das ruas domingo que vem;
  • Oficialmente centenas de cidades brasileiras já estão mobilizadas e até algumas dezenas no exterior. Uma coisa é certa. O povo vai 'fazer o diabo' para mostrar sua indignação, porque o reflexo de todas as 'pedaladas' da má administração de Dilma está acontecendo no bolso de cada cidadão.

Manifestações paralelas podem provocar reações violentas

  • Como não podem circular livremente pelas ruas, a presidente Dilma e o ex-presidente Lula estão promovendo eventos nos quais comparecem apenas militantes que aplaudem qualquer declaração mais enfática que seja feita por um dos dois. Por outro lado, ambos estão convocando os chamados 'movimentos sociais' para participar de eventos com o objetivo de enfrentar as manifestações marcadas para domingo, dia 16;
  • Nesta quarta-feira, Dilma vai participar da Marcha das Margaridas, que dizem ser "em defesa das mulheres do campo, a favor do resultado das eleições e contra qualquer tipo de golpe". Quatro dias depois das manifestações que prometem levar às ruas milhões de pessoas insatisfeitas com os rumos que o Governo vem dando ao país (dia 20), a CUT, o MST e a UNE, entre outros, promovem atos em favor da democracia e por reformas populares;
  • Lideres políticos, governistas e da oposição, consideram perigosas tais iniciativas, porque poderão provocar reações imprevistas, dependendo do grau de comportamento principalmente da parte dos defensores do Governo. Ainda paira no ar a irresponsável declaração de Lula de convocaria o 'Exército Vermelho' de Stedile para defender Dilma, após o que o líder dos Sem-Terra ficou com a língua solta, fazendo constantes ameaças de mobilização de suas 'tropas';
  • Portanto, é hora de os 'bombeiros' de ambos os lados entrarem em ação e chamar em especial os militantes governistas a agirem de modo que não provoquem qualquer tipo de tumulto, porque o que menos a sociedade quer neste momento é violência. Já basta a que existe pela falta de investimentos do Governo Federal e nos cortes de verbas por pura falta de administração nesta área.

Os governistas não querem que o povo reclame da crise

  • Atordoados com a crise que vive a presidente Dilma, seus aliados procuram justificar as falcatruas que têm levado muitos deles para atrás das grades. A mais irritante é quando afirmam que não foi o PT que inventou a corrupção, e principalmente quando alegam que no tempo de FHC também houve casos semelhantes. Não querem assumir a responsabilidade sobre os fatos recentes;
  • Acontece que as pessoas estão chegando ao limite máximo de tolerância, porque os reflexos se configuram nos seus bolsos, quando vão ao supermercado, à padaria e no pagamento das contas de energia elétrica, e principalmente nos impostos mais elevados do mundo. Não querem que o povo saia às ruas para protestar. Falam até em tentativa de golpe;
  • Será que os governantes acham que o povo é idiota? Se já foi um dia, não é mais. A reclamação é para ser feita ao governo de plantão, que é o de Dilma Rousseff. Nessa ideia de que tudo começou antes, não dá para protestar contra os imperadores, por exemplo. É contra quem recebeu do povo um mandato, como gostam de dizer, para cuidar dos seus interesses, mas que, ao contrário, está sendo prejudicado;
  • Então, ou a presidente encontra uma solução para a crise que ela mesma provocou, por clara incompetência, ou entregue o Governo a quem tenha competência para 'arrumar a casa', algo que ela vem demonstrando não saber fazer. Enquanto isso, ela que se prepare para ouvir a voz rouca das ruas, domingo que vem, dia 16.

Dilma vai continuar ouvindo o som das panelas até o dia 16

  • O barulho provocado pelo panelaço nacional da última quinta-feira ainda ressoa nos ouvidos do PT e do Governo, que buscam explicações para o fato e tentam minimizar os comentários contra eles. Pior de tudo foi a péssima ideia de ironizar a oposição com imagens de panelas cheias de comida, com coisas que o povo não está conseguindo colocar nas suas panelas por causa do elevado preço dos gêneros alimentícios, algo provocado pela má gestão da economia;
  • Para agravar mais ainda o ambiente que lhe é desfavorável, o PT conseguiu acrescentar na TV mais barulho ao das milhares de panelas que eram batidas por todo o Brasil. O cinismo irritou o povo, e o programa pecou ao não fazer nenhuma referência ao escândalo da Operação Lava-Jato, no qual figurões do partido foram flagrados enchendo o bolso de propinas oriundas de dinheiro desviado da Petrobras;
  • Com Lula e Dilma mostrando um Brasil de ficção, o que vem à mente da população são as escolas públicas a céu aberto no interior do país que chamam de Pátria Educadora; os hospitais sem leitos e sucateados, com pessoas sendo atendidas no chão dos corredores; o aumento da população de rua; e, principalmente, a falta de segurança até mesmo dentro de casa, onde se morre de bala perdida;
  • O PT deve achar que o povo é idiota, e esse povo vai ao supermercado e vê que a cada vez leva menos gêneros alimentícios para casa. E tem algo mais sério: o enriquecimento ilícito de pessoas do Governo ou aliadas ao mesmo, que continuam praticando seus 'malfeitos' como se tudo fosse normal. Ao que tudo indica, de agora até o dia 16 as panelas, muitas delas vazias, continuarão a tomar pancadas. E o Governo também.

Ontem foi dia de panelaço e também de muitos boatos

  • Com direito a um retumbante panelaço em 21 capitais e na capital do país, foi exibido ontem na TV o esperado programa político do PT. Várias cidades do interior também participaram da manifestação, até em São Bernardo do Campo, onde mora o ex-presidente Lula, com muita gente em frente à sua residência. Segundo informações de vários sites de notícias, a intensidade do panelaço cresceu quando apareceram os pronunciamentos da presidente Dilma e de Lula;
  • Muitos petistas criticaram o programa, que fez provocações principalmente ao PSDB, chegando ao ponto de exibir imagens de alguns de seus líderes. Já Lula mais uma vez fez comparações entre governos do PT e "governos, anteriores", numa clara alusão ao tempo em que FHC esteve na Presidência da República. No mesmo dia em que é divulgada pesquisa apontando alto índice de rejeição de Dilma, até membros do Governo não gostaram disso;
  • Mas o pior de tudo é que a fórmula do programa petista, produzido pelo marqueteiro João Santana, segundo analistas serviu para aumentar a mobilização para as manifestações marcadas para o próximo dia 16. Além do deboche à oposição, as entidades que organizam os protestos estão se considerando debochadas em das mentiras sobre possíveis êxitos do Governo, desmentidos pela crise do momento;
  • Toda essa confusão deu origem a uma onda de boatos que vão desde a uma entrega da função de coordenador político por parte do vice-presidente Michel Temer e até um rascunho de uma carta de Dilma renunciando seu mandato. Somem-se a isso as derrotas que a presidente vem sofrendo na Câmara. E tem também partidos saindo da base de apoio parlamentar. Daqui para o dia 16, o Governo vai ter que tentar melhorar sua imagem. Mas vai ser difícil.

Base aliada debanda, prestígio de Dilma cai e a crise cresce

  • Tem gente que descobre coisas que passam desapercebidas pela maioria das pessoas. Hoje, um leitor de um jornal carioca destaca a interessante coincidência que há na foto que mostra policiais conduzindo o ex-ministro José Dirceu para o embarque em direção a Curitiba, na página 4 da edição de ontem, onde aparece a imagem de um caminhão da Petrobras. O leitor ironiza perguntando se seria a última entrega de propina ao chefe do esquema;
  • Muito já se fala dos efeitos da prisão do ex-chefe da Casa Civil do primeiro mandato de Lula, e a verdade é que o fato serviu para piorar a crise em que se encontra o Governo, com a grande perda de apoio da base de apoio no Congresso. Ontem mesmo o PDT e o PTB anunciaram que não compõem mais a bancada do Governo. Para culminar, uma pesquisa do Instituto DataFolha divulgada hoje mostra a presidente Dilma com 71% de rejeição;
  • E tudo pode piorar ainda mais. Hoje vai ao ar o programa eleitoral do PT, para o qual está sendo convocado um panelaço. Dependendo da repercussão, será dado o sinal de que as manifestações marcadas para o dia 16 terão uma intensidade nunca antes vista na história deste país. Pesadas nuvens cobrem o Palácio do Planalto, e não foi sem motivo que o ministro Joaquim Levy, da Fazenda, disse ontem que a crise é séria. Vamos todos às preces.

4 de agosto de 2015

Dilma diz que vai extinguir ministérios. Alguém acredita nisso?

  • Dois ministros do chamado 'núcleo duro' da presidente Dilma anunciaram, de modo indireto, que ela não é contra uma redução drástica de ministérios e de cargos em comissão, algo que demonstraria um desprendimento do Governo num esforço para a diminuição das despesas. Em se tratando do PT, tudo isso pode ser um factoide para se criar uma agenda positiva num momento bastante tumultuado para Dilma;
  • Numa extinção e fusão de ministérios, o que acha o PMDB, partido especializado na garantia da 'governabilidade, desde que em troca da divisão de poderes? E o PT, aceitaria perder algumas das pastas que comanda, sendo o partido da presidente? Quanto dos 22 mil cargos em comissão seriam extintos, fazendo com que milhares de 'companheiros' ficassem sem seu ganha-pão?;
  • Na verdade, somente ficaremos sabendo quais as verdadeiras intenções de Dilma, se ela está mesmo pensando no país, ou se foi apenas uma jogada para a arquibancada, buscando ofuscar de alguma forma os efeitos negativos da prisão do antigo 'capitão do time' do primeiro mandato de Lula, que reflete em muito no Palácio do Planalto. Vamos aguardar, porque poderá ser mais um motivo para se protestar nas ruas, no próximo dia 16.

Nova prisão de Zé Dirceu dá muita dor de cabeça no Governo

  • A nova prisão de José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil do ex-presidente Lula, certamente está causando um rebuliço nas hostes do Governo, e em especial no PT. Vários indiciados na Operação Lava-Jato já ameaçaram apelar para a confição premiada, avisando que vão contar tudo o que sabem. Se as denúncias forem comprovadas, muitas 'cabeças coroadas' poderão fazer companhia na cadeia àquele que um dia foi considerado como uma espécie de primeiro-ministro de Lula;
  • Convém lembrar que Zé Dirceu já ameaçou deixar Lula em maus lençóis, o que tem tirado o sono de Lula, isso porque o líder petista andou dizendo umas coisas que não agradaram ao ex-ministro. Ao contrário, ele não gostou nada do abandono a que, segundo ele, foi relegado pelo partido. Se ele disser o que sabe, só Deus sabe o que acontecerá em seguida;
  • Outro fato que poderá tumultuar ainda mais o Poder será uma possível revelação pela advogada Sônia Catta Preta sobre quem lhe fez ameaças, ao ponto de ela anunciar que estava abandonando a carreira. Da mesma forma, se for confirmado que o 'atentado' ao Instituto Lula foi ação de 'aloprados', não passando de um factoide, para dividir as atenções. E para finalizar, existem especulações de que até o assassinato de Celso Daniel poderia vir a ser esclarecido.

Ameaças de deputados a advogada têm que ser esclarecidas

  • A declaração da advogada Beatriz Catta Preta, especialista em delação premiada, no 'Jornal Nacional', dizendo ter se afastado dos casos que defendia na Operação Lava-Jato é muito mais séria do que possa parecer, principalmente por ter sido feita logo após um dos seus clientes, Júlio Camargo, acusando o deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara, de ter recebido, por seu intermédio, uma propina de US$ 5 bilhões;
  • O corporativismo entrou logo em ação. No dia seguinte, a CPI da Petrobras convocou, por unanimidade, a advogada para explicar a origem dos seus honorários. Isso fere todos os princípios de sigilo profissional, especialmente no caso de advogados. Se houver indícios de dinheiro ilegal, que se faça a queixa aos órgãos competentes. Não cabe à Câmara essa atribuição;
  • À CPI cabe pedir à advogada Beatriz Catta Preta que diga que tipo de ameaças recebeu, e, de preferência, quais os autores delas. Da mesma forma que ela não tem que falar dos seus honorários, conforme habeas corpus concedido pelo presidente do Supremo, Ricardo Leandowiski, para que ela não seja obrigada a falar sobre isso na CPI;
  • Como o presidente da Câmara como diversos membros da CPI estão envolvidos na Operação Lava-Jato, não é impossível que as ameaças tenham acontecido. No entanto, a advogada tem o dever de comparecer e apontar os que a fizeram dar publicidade ao fato. Em caso contrário, ela estará cometendo crime de responsabilidade, e ela parece entender bastante sobre Direito. A curiosidade hoje é total no país.

'Inaugurar' obras inacabadas não será bom para Dilma

  • Tentando melhorar sua imagem, a presidente Dilma Rousseff está copiando uma das técnicas utilizadas por Lula para enganar os eleitores. Ele armava um verdadeiro 'circo' e 'inaugurava' início de obras. Isso mesmo! Na eleição seguinte, ele fazia festa para comemorar o reinício daquela obra interrompida. A reposição do Rio São Francisco é um exemplo disso. Há dez anos vem sendo adiada e a inauguração é marcada para ano eleitoral;
  • Hoje, Dilma inaugura em Maricá, no Rio de Janeiro, dois conjuntos habitacionais em bairros daquela cidade sem infraestrutura básica, que não têm nem água nem luz. Num deles, existe um terreno vazio, onde deveriam estar uma creche, um posto de saúde e uma escola, que seriam construídos pela prefeitura local, mas isso fica para depois. O prefeito, Washington Quaquá (é esse mesmo o nome dele), é do PT, mas é só uma 'coincidência';
  • O prefeito garantiu que a escola, a creche e o posto de saúde estarão prontos em janeiro do ano que vem. E quanto à água, a Cedae informa que e inaugurou uma estação de tratamento e realizou obras para melhorar o abastecimento em Maricá. Então, presidente Dilma, por quê 'inaugurar' o que não está pronto? É isso o que seus assessores chamam de agenda positiva? Pode ter certeza de que atos desse tipo vão ser cobrados nas ruas no próximo dia 16.

Dilma 'compra' maioria e pouco se importa com o povo

  • No mesmo dia em que o Banco Central aumenta a taxa de juros para 14,25% ao ano, a maior desde 2006, o ministro Eliseu Padilha, da Aviação Civil (?), anuncia que a presidente Dilma vai distribuir 200 cargos do terceiro escalão (delegados do Trabalho e chefes de Agências do INSS) em oito estados, e mais 10 do segundo escalão. O objetivo é tentar garantir maioria no Congresso, onde o Governo tem sido constantemente derrotado;
  • Oficialmente, a coordenação política está a cargo do vice-presidente Michel Temer, mas essa tarefa parece ser agora uma atribuição de Eliseu Padilha, que frequenta o Palácio do Planalto diariamente, fora da agenda de Dilma. Ele também informou que a presidente vai liberar em agosto cerca de RS$ 1 bilhão de emendas parlamentares relativas a 2014 e anos anteriores;
  • Os recursos das emendas serão destinados à aquisição de máquinas e equipamentos para reforçar as campanhas dos candidatos às prefeituras das bases eleitorais dos parlamentares, ou seja, uma forma de garantir maioria para o Governo nas votações de matérias de seu interesse. Com o mesmo objetivo, Dilma faz hoje uma reunião com os governadores, e com certeza vai abrir o cofre para eles;
  • Para reforçar ainda mais essa articulação, Dilma vai promover um gigantesco jantar segunda-feira, para o qual estão sendo convidados líderes dos 19 partidos da 'base aliada', além de ministros, sendo prevista a participação de nada menos que 80 comensais. Quem vai pagar essa 'boca livre' já sabemos quem é. Aí está mais um motivo para se protestar nas ruas no próximo dia 16 de agosto.

Dilma destroi o Brasil e diz que a culpa é da Lava-Jato

  • Há pouco tempo os governistas diziam que o 'Petrolão' era ficção. Quando explodiu o escândalo das mentiras de Dilma na campanha eleitoral, com as medidas que foi obrigada a tomar, fazendo tudo o que disse ao eleitorado que aconteceria se Aécio Neves fosse eleito. Agora, pressionada pelo crescimento da inflação e pela queda de sua popularidade, começou a fazer declarações absurdas;
  • Dilma acaba de afirmar que a crise do país está ocorrendo por causa da Lava-Jato. Não deixa de ser uma verdade, mas não é o que ela quis dizer. Ela quis jogar a responsabilidade do momento que tem reflexos no bolso do povo no juiz Sérgio Moro e nos procuradores, esquecendo que a operação existe exatamente porque seus 'companheiros' se fartaram de desviar dinheiro da Petrobras com propinas para financiar campanhas, inclusive a dela;
  • Na verdade, Dilma está chamando todo mundo de trouxa, pois os cerca de 90% que desaprovam seu governo servem de prova de que o povo já entendeu que tudo o que lhe acontece é por conta da falta de sorte do Brasil de ter sido entregue a um grupo político totalmente despreparado para dirigir o país, ao lado de um projeto de poder, de 'não largar o osso' e de enriquecimento ilícito de sua turma.

Procuradoria-geral dá muita dor de cabeça em Dilma & Cia.

  • A Procuradoria-geral da República (PGR) é um órgão que vem dando muita dor de cabeça na presidente Dilma, no presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e no presidente do Senado, Renan Calheiros, e também nos 13 senadores e 22 deputados indiciados pela Operação Lava-Jato. Todos têm queixas do titular da PGR, Rodrigo Janot, de quem dizem estar sendo perseguidos, apesar das claras evidências de terem propinas com dinheiro desviado da Petrobras;
  • O mandato de Rodrigo Janot chega ao fim em setembro, quando completa dois anos, e cabe à PGR encaminhar à presidente Dilma a quem cabe escolher um nome de uma lista tríplice que será o dirigente do órgão. O processo para escolha dos três nomes começa no próximo dia 5. O escolhido dependerá de aprovação pelo Senado. Embora não seja obrigatório, nos últimos anos o nome escolhido tem sido o primeiro da lista;
  • A dor de cabeça vai ficar mais acentuada porque, além de Junot, todos os procuradores que vão pleitear a inclusão na lista tríplice afirmam que vão dar continuidade às investigações da Lava-Jato, e ainda reforçar a equipe que trabalha junto ao juiz Sérgio Moro. Com certeza a presidente Dilma e os dois presidentes do Legislativo estão preocupados. E Dilma não ficará bem se o mais votado for Junot e ela indicar outro, porque vai ficar parecendo vingança e jogo de interesse.

CPIs não apuram nada na Petrobras há 17 anos

  • Já está na hora de os seguidores de Lula pararem de dizer que a Justiça e os demais órgãos investigadores das falcatruas dele e de seus 'companheiros' estão agindo politicamente, bem como de denominar os que apoiam as investigações de constituírem uma direita conservadora. Com tantos assaltos aos cofres públicos, tais afirmações são mais que ridículas. Os elevados índices de rejeição de Dilma e do PT demonstram que o povo não lhes dá mais crédito;
  • Além da crise econômica pela qual o Brasil passa, provocada pela crise moral do Governo, desnudada pela Operação Lava-Jato, veio também a crise política com a própria base de apoio se dividindo e deixando a presidente Dilma refém de figuras como Eduardo Cunha e Renan Calheiros, dois conhecidos 'fichas sujas', mas que comandam as duas Casas Legislativas do país;
  • Hoje tomamos conhecimento de que desde 1998 a Petrobras já foi alvo de quatro CPIs e os parlamentares nada encontraram, apesar de que já naquele tempo houvesse suspeitas de superfaturamento na construção da refinaria Abreu e Lima, além de pagamento de propinas. E, pior ainda, aquelas CPIs eram comandadas por deputados e senadores que hoje são réus na Operação Lava-Jato. Eram as raposas tomando conta do galinheiro;
  • No comando daquelas comissões de inquérito estavam figuras como Romero Jucá e Vital do Rego, do PMDB, os petistas João Pedro, José Pimentel e Marcos Maia. Para ver como tanto o Senado como a Câmara estão 'se lixando' para o eleitorado, até hoje 13 senadores e 22 deputados indiciados na Lava-Jato tiveram seus nomes cogitados para apreciação pelos respectivos conselhos de ética. Mais uma coisa para o povo protestar nas manifestações do próximo dia 16.

Papo de FHC com Dilma só deve ocorrer depois da crise

  • Depois de tantos ataques a Fernando Henrique Cardoso, a quem têm sempre atribuído culpa por tudo de ruim que acontece no Governo, o ex-presidente Lula e a presidente Dilma teriam manifestado interesse em conversar com o tucano para pedir sua ajuda no sentido de se montar um grande acordo para pôr fim à crise política que vem jogando no chão o prestígio de ambos e também o do PT junto à população;
  • Agora, não é hora de FHC conversar com os dois. A ocasião correta seria após o Governo sair da enrascada em que se meteu. Se Dilma sair dessa, caberia, aí sim, uma união de esforços com a oposição em benefício do povo. Bater papo agora é declarar-se conivente com tudo de errado que vem acontecendo. Isso é uma cilada que os dois petistas estão armando pra cima do tucano;
  • Cabe a Fernando Henrique Cardoso esperar que os tribunais e o Congresso Nacional exerçam suas atribuições constitucionais para então se reunir com a presidente Dilma - Lula é um forte nome do PT, mas é um cidadão comum - e a conversa seria institucional, com um dos maiores nomes da oposição. O PSDB não pode cair nessa cilada.

Governo vai ser cobrado pelos seus gastos desnecessários

  • O Governo pouco está se importando com o momento de crise econômica que o país está vivendo, com reflexos na arrecadação, que vem caindo mês a mês. Nenhuma medida é tomada para diminuir as despesas. Os cortes nas verbas do Orçamento, os chamados contingenciamentos, são forçados exatamente por causa da queda da arrecadação;
  • Continuam existindo 39 ministérios, muitos deles totalmente desnecessários e servindo para acomodar partidos, quando a metade deles já seria um número elevado, comparando-se com outros países mais adiantados. Os milhares de cargos em comissão para dar emprego a 'companheiros' continuam existindo e recentemente mais alguns foram criados. Junte-se a isso as mordomias a que um grande contingente tem direito;
  • A cada dia que passa, mais se vê um autêntico deboche dos governantes do país, que se mostram mais preocupados em se manter no poder, algo que a cada dia fica muito difícil por motivos políticos, legais e morais. Para suprir o problema da queda da arrecadação, a solução do Governo tem sido apenas uma: aumento de impostos, que junto aos aumentos de preços e tarifas faz com que o povo acabe pagando a conta;
  • No dia 16 de agosto, o povo com certeza vai sair às ruas para reclamar contra esse estado de coisas.

Até para suas 'pedaladas', FHC serve como justificativa de Dilma

  • Quando estourou o escândalo do 'Mensalão do PT', primeiramente o então presidente Lula disse ter sido traído, depois, que seu partido fez o que sempre se fazia antes no Brasil. A partir daí, todas as falcatruas praticadas pelo Governo Federal são justificadas como sendo uma 'herança maldita' deixada por FHC. A presidente Dilma Rousseff segue o mesmo roteiro e recita a mesma ladainha;
  • Para justificar suas 'pedaladas fiscais, o fato se repete. O Tribunal de Contas da União (TCU) faz uma série de restrições à prestação de contas do Governo do exercício de 2014 e a principal defesa é exatamente o porque o TCU desde o tempo de FHC tem aprovado contas com 'pedaladas' apenas com ressalvas. Para Dilma, a violação à lei deve ser transformada em jurisprudência;
  • Isso tudo tem por objetivo evitar uma rejeição das contas pelo TCU, livrando a presidente da árdua tarefa de negociar com o Congresso Nacional, que tem a prerrogativa de aprovar ou não o parecer do tribunal. Como se sabe, o clima não é nada favorável a ela com um bom número de parlamentares. Dilma teria, então, que liberar muitas emendas parlamentares e distribuir muitos cargos para não ser enquadrada em crime de responsabilidade;
  • Acontece que o povo, que sustenta tudo isso com os altos impostos que paga, está atento a essas manobras e não vai deixar barato. As pesquisas de opinião a cada dia são mais contrárias à presidente, e as manifestações do próximo dia 16 de agosto certamente mostrarão aos ministros do TCU que eles não ficarão bem na opinião do povo.