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26 de maio de 2009

Pode vir aí o “Distritão”.


Está ficando difícil aprovar uma reforma política implantando a lista fechada nem
de financiamento público. Começa a aparecer uma tendência de se postar em favor do "Distritão", que consiste no seguinte: o Estado é considerado como um distrito único e seriam eleitos para a Câmara dos Deputados os candidatos que obtivessem mais votos. A legenda partidária deixaria de influir no resultado da eleição, ficando em segundo plano;

Com a aprovação do "Distritão", deixaria de existir o quociente partidário, quando o eleitor vota em quem bem entende, mas, depois da apuração das urnas, é feito e cálculo de um coeficiente eleitoral, que fixa o número de votos necessários para que partido conquiste cada cadeira na Câmara. Esse coeficiente apresenta muitas distorções;

Alguns exemplos de fatos já ocorridos: Quando Enéas Carneiro, do Prona, foi eleito, com mais de 1,5 milhão de votos, acabou elegendo, através do voto na legenda, outros cinco deputados. O quinto colocado no Prona de São Paulo acabou sendo eleito com apenas 245 votos. Enquanto isso, o candidato Jorge Tadeu, do PMDB, teve 128 mil votos mas não foi eleito. É certo que o "Distritão" evitaria que casos como esse se repetissem;

A ideia do "Distritão" apareceu nos últimos dias por causa de partidos pequenos que não concordam com a lista partidária e muito menos com o financiamento público das eleições, algo também fortemente rejeitado por grande parte da opinião pública, pois, nos caso deles, perderiam acesso às contribuições individuais por parte de financiadores interessados na eleição de determinados candidatos;

Pelo menos para uma coisa o "Distritão" serviria: o eleitor saberia que estava sendo representando na Câmara por deputados que realmente espelhassem o desejo da maioria do eleitorado.

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