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14 de novembro de 2018

Petistas ameaçaram bloquear caminho de Lula para depor

Apoiadores do ex-presidente Lula estão em frente à sede da Polícia Federal (PF), onde Lula está preso, e ao prédio da Justiça Federal em Curitiba, onde acontece a audiência com o depoimento do ex-presidente Lula na audiência referente a um processo da Operação Lava-Jato que apura reformas feitas no sítio de Atibaia. O interrogatório começou às 15 horas desta quarta-feira. Dirigentes do PT ameaçaram bloquear o trajeto de Lula entre a sede da PF e o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TFR-4), mas a valentia deles foi do tipo cão que ladra não morde". As oitivas são conduzidas pela juíza federal Gabriela Hardt. A audiência começou às 14 horas com o depoimento do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula, que também é réu no processo, que responde pelo crime de lavagem de dinheiro. Ele foi interrogado por uma hora. Esta foi a primeira vez que o ex-presidente deixou a PF, onde está preso desde abril. Não houve bloqueios no trajeto até o local do interrogatório. De acordo com o MPF, Lula recebeu propina do Grupo Schain, de José Carlos Bumlai, OAS a Odebrecht por meio da reforma e decoração no sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que frequentava com a família. Outras 12 pessoas são rés neste processo. Segundo a denúncia, as melhorias no imóvel totalizaram R$ 1,02 milhão. Ex-executivos da Odebrecht afirmaram que o "Departamento de Propina" da empresa bancou parte das obras. De acordo com a força-tarefa da Lava-Jato, Bumlai teria ajudado no repasse de propina ao ex-presidente no valor de R$ 150 mil. Moro destacou que bens pessoais de Lula e dos parentes dele foram encontrados no imóvel e que veículos utilizados por Lula teriam comparecido 270 vezes ao longo de seis anos no sítio.Agentes do ex-presidente instalaram câmeras de segurança no imóvel. O ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, que tenta fechar um acordo de delação, disse que o pedido da reforma partiu do ex-presidente, e que os dois falaram pressoalmente sobre o projeto. Fernando Bittar, um dos donos do sítio, disse à juíza Gabriela Hardt, que assumiu os processos da Lava Jato, com a saída de Moro, que Lula e Dona Marisa queriam a reforma porque precisavam guardar objetos ganhos pelo ex-presidente. Ele afirmou que achava que Lula faria o pagamento das obras na propriedade. Bittar responde por lavagem de dinheiro neste processo. Como sempre ocorre, Lula nega as acusações e afirma não ser o dono do imóvel, que está no nome de sócios de um dos filhos do ex-presidente. Fernando Haddad disse que esteve com Lula nesta manhã para “prestar solidariedade” e “saber se ele estava bem” para o depoimento.

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