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9 de novembro de 2018

O sítio de Atibaia teve mesmo dinheiro da Odebrecht

Os ex-presidentes da Odebrecht, Marcelo e Emilio Odebrehct, em depoimento à juíza federal Gabriela Hardt, substituta do juiz Sergio Moro na 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba, que a empresa bancou obras para o ex-presidente Lula do sítio em Atibaia, no interior de São Paulo. Marcelo disse que as intervenções realizadas na propriedade foram a primeiras destinadas à 'pessoa física do Lula'. "Seria a primeira vez que a gente estaria fazendo uma coisa pessoal para presidente Lula. Até então, por exemplo, tinha tido o caso do terreno do instituto, bem ou mal, era para o Instituto Lula, não era pra pessoa física dele. Marcelo e o seu pai, Emilio, fecharam acordo de delação premiada. Quando era presidente da empresa, ele disse que só ficou sabendo da obra no sítio quando ela já estava em andamento. Ele inicialmente resistiu por causa dos riscos de que a obra fosse descoberta". Depois de aceitar a obra, o então presidente da empreiteira acertou que os valores gastos para as intervenções seriam descontados da planilha "Italiano", gerenciada pelo ex-ministro Antonio Palocci. Essa propina reuniria dinheiro de propina destinado ao PT. "Eu até combinei com o Palocci. Vamos fazer aqui um débito na planilha italiano de R$ 15 milhões, eu e você, que é para atender esses pedidos que nem eu e você ficamos sabendo que Lula e meu pai acertam", acrescentou;

Também prestou depoimento em audiência do processo no âmbito da Operação Lava-Jato o ex-diretor da empreiteira Alexandrino Alencar. Ele disse que as obras no sítio foram feitas a pedido da ex-primeira dama Marisa Leticia, que teria manifestado interesse em presentear Lula quando ele deixasse o comando do país. As obras tiveram início em 2010. Ao receber o pedido para realizar intervenções no sítio, Alexandrino, que também fez acordo de delação premiada, procurou Emílio, na época presidente do conselho da Odebrecht. "Eu acho que nós temos uma retribuição a isso, a tudo que o presidente fez pela organização", afirmou o ex-diretor naquele momento. Já Emilio confirmou que aprovou o pedido de realização da obra no sítio feito por Marisa Leticia para Alexandrino. Contou também que recomendou ao diretor que fosse o "mais discreto possível" na execução das intervenções. Mais uma vez Lula está vivendo um "Novembro Vermelho", que ele gosta muito.

Um comentário:

  1. A cada dia mais uma novidade. É muita grana. Aí está a razão do desespero por perder a eleição. Em depoimento à juíza Gabriela Hardt, Marcelo Odebrecht afirmou que pagamentos de R$ 200 milhões de reais em propina foram feitos para Antonio Palocci e Lula. Mas o que mais espanta, é a informação de que os petistas queriam mais. Marcelo relatou inclusive, que alguns pedidos tiveram que ser negados. “Teve alguns pedidos de propina que inclusive foram negados com base na existência da planilha Italiano e que imagino que outras empresas acabaram tendo que pagar. Por exemplo: a questão de Belo Monte, a questão de sondas.”

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