Sem que o futuro presidente Jair Bolsonaro tenha ainda tomado posse, o PT anuncia que vai juntar os demais partidos de oposição para tentar voltar ao poder na eleições de 2022. Os petistas fazem lembrar um boxeador que toma um direto no queixo e mesmo depois de o juiz dar a luta por encerrada após a contagem dos 10 segundos regulamentares que ao abrir os olhos diz que vai voltar para o centro do ringue, com o seu algoz já no vestiário comemorando a vitória portando o cinturão que antes estava em poder do derrotado. Falta ao PT entender que o principal motivo da vitória foi exatamente a vontade do eleitorado de não querer que o país seja administrado com os métodos adotados pelo partido e seus aliados, cujo maior foco eram os seus próprios interesses, principalmente os de usufruirem de desvio de dinheiro público. Num regime democrático como o do Brasil a principal norma é aceitar o resultado de uma eleição, e quem perde a tentativa de chegar ao poder passa a fazer oposição a quem o assumir. Esta oposição não é na célebre teoria de rejeitar qualquer ideia que venha do ganhador, mas sim criticá-la e apresentar alternativas para torná-las melhor, sempre em benefício do povo. Então, cabe ao PT fazer uma autocrítica e, como já admitem algumas cabeças lúcidas do partido, mudar o jeito de ser da agremiação. Uma oposição bem feita tem alguma chance de evitar que em 2022 Jair Bolsonaro seja reeleito adiando por mais quatro anos as pretensões do PT de voltar ao poder. É simples assim.
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