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6 de novembro de 2018

ENEM: As provas foram feitas para um público errado

Houve uma revolta geral contra o tema da redação da primeira prova doExame Nacional do Ensino Médio (ENEM), "Manipulação e controle de dados na internet", domingo passado. Muitos perguntavam se o objetivo era falar sobre as fake news ou sobre as propagandas manipuladoras. O ENEM, foi criado em 1998, tendo por objetivo avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica, e dar acesso a estudantes de baixa renda, objetivando também superar a desigualdade socioeconômica que acontece na tentativa de ingressar no ensino superior. Podem participar do exame alunos que estão concluindo ou que já concluíram o ensino médio em anos anteriores. Questões do tipo da redação da primeira etapa, acabam sendo direcionadas a um segmento de maior poder aquisitivo da sociedade;
Ontem, o futuro presidente da República Jair Bolsonaro também fez críticas ao tema, juntando-se às pessoas que fizeram postagens nas redes sociais apontando um viés ideológico de esquerda na prova, e assesores informaram que Bolsonaro recomendou aos futuros dirigentes do Ministério da Educação que tomem providências para que o fato não se repita no ano que vem, com as questões servindo realmente para avaliação dos estudantes para conseguirem o tão sonhado acesso ao ensino superior, formando a mão de obra do futuro que colaborará na construção do Brasil. O ENEM é utilizado como critério de seleção para os estudantes que pretendem concorrer a uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas de estudo para estudantes de baixa renda ingressarem em uma universidade privada. Há também o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que é uma espécie de empréstimo para o estudante, programa serve para quem quer estudar, ou para quem já estuda em uma universidade privada, mas não pode arcar com toda a mensalidade naquele momento, além de outros benefícios.

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