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29 de novembro de 2018

A Operação Lava-Jato prende o governador Pezão

A Ação foi determinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) com base na delação do ex-operador do ex-governador Sérgio Cabral, Carlos Miranda. Pezão foi conduzido por agentes à sede da Polícia Federal (PF). Três semanas depois de prenderem dez deputados estaduais acusados de corrupção, agentes da PF e procuradores da República voltaram às ruas na manhã desta quinta-feira para cumprir ao menos nove mandados de prisão, cujo principal alvo é o governador Luiz Fernando Pezão, acusado de receber propina milionária. A ordem para esta nova fase da Lava-Jato foi dada pelo ministro e relator do caso Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que também relatou a Operação Quinto do Ouro, que prendeu cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) em março do ano passado. O pedido de prisão foi feito pela PF do Rio, com aval da Procuradoria Geral da República (PGR), a um mês do sucessor de Sérgio Cabral terminar o mandato. Calmo, Pezão pediu para tormar café da manhã antes de ser preso. Os carros da PF deixaram o Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, às 7h35, conduzindo Pezão em direção à sede do órgão, na Zona Portuária da cidade. O governador estava sentado no banco traseiro do terceiro carro do comboio, uma Pajero preta. Ele não estava algemado. Chegando ao local às 7h50, Pezão foi recebido por gritos de "Pega ladrão". Entre os outros alvos de prisão da ação, denominada Boca de Lobo, estão o secretário de Obras do Rio, José Iran, e operadores financeiros ligados ao governador. O ex-secretário de Obras Hudson Braga também é alvo de um dos 30 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STJ. Além de Pezão e Iran, há mandados de prisão contra o secretário de Governo, Affonso Henriques Monnerat Alves da Cruz, já preso na Operação Furna da Onça, Luiz Carlos Vidal Barroso (servidor da secretaria da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico), Marcelo Santos Amorim (sobrinho do governador Pezão), Cláudio Fernandes Vidal e Luiz Alberto Gomes Gonçalves (sócios da J.R.O Pavimentação), Luis Fernando Craveiro de Amorim e César Augusto Craveiro de Amorim (sócios da High Control Luis. No apartamento de Pezão, no Leblon, a equipe da PF não achou ninguém. Uma equipe também foi à casa da mãe do governador, também no Leblon, onde nada encontraram.

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