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2 de junho de 2012

PT deixa ética de lado e recebe de empresas doações de 50 milhões

A ilustração de SponHolz mostra a 'generosidade' dos doadores
  • O secretário de Planejamento e Finanças do PT, João Vaccari Neto, tem uma visão sobre ética e jogo de interesses muito pessoal. Para ele, o fato de seu partido ter pedido e conseguido em 2011 cerca de R$ 50 milhões em doações de empresas que têm negócios com o Governo da presidente Dilma Rousseff não é nada demais. Como assim? Caso Vaccari não esteja sendo bastante debochado e cínico, ele não tem nenhuma noção do que seja uma prática não republicana, expressão tantas vezes empregada pelos petistas para condenar adversários que na opinião deles por acaso tenham cometido algum tipo de 'malfeito'. Ora, essas empresas certamente já fizeram doações durante a campanha eleitoral - muitas delas são bastante 'generosas' com todos os candidatos que tenham alguma possibilidade de chegar ao Poder -, sempre de olho em futuros contratos, como é comum acontecer;
  • Convém ressaltar que João Vaccari Neto é aquele cidadão que presidiu a Bancoop entre 2004 e 2010, uma cooperativa que virou um pesadelo para milhares de associados - até Lula foi ludibriado -, porque em vez de aplicar o dinheiro para erguer apartamentos desviava recursos para contas bancárias de seus diretores e para alimentar o Caixa 2 de campanhas do PT, entre elas a de Lula à Presidência. Vaccari também é suspeito de cobrar propina para financiar o Mensalão no tempo em que exerceu a função de administrador informal da relação entre o PT e os fundos de pensão das empresas estatais, bancos e corretoras. Em  2010, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) contra Vaccari e outras cinco pessoas por desvio de recursos da Bancoop. Ele é réu por estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Daí ele achar que o PT receber doações de empresas com interesses junto ao Governo não seja nada demais. Mutreta é com ele mesmo;
  • Já que os partidos de oposição são um tanto lerdos, talvez desestimulados pelo autêntico 'rolo compressor' da 'base aliada', seria a vez do Ministério Público Federal (MPF) investigar essas doações, pois a maioria das empresas doadores tem contrato para realização de obras do famoso e 'empacado' Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e outras obras milionárias. O MPF precisa questionar se essas empresas tiveram as obras licitadas, se houve algum reajuste de valores após o início das obras. É que se essas coisas forem confirmadas fica comprovado que tais 'doações' foram oriundas de dinheiro público, deixando de ser destinados em benefício dos contribuintes, principalmente nas áreas de Saúde, Educação, Transporte e Segurança. O País precisa saber claramente como ocorreu toda essa 'generosidade'.

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