Decisão do TSE sobre 'contas sujas' depende de voto de ministro 'petista'
- Não foi nenhuma novidade, mas o ministro 'petista'
Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostrou ontem mais uma vez que tem suficiente cara-de-pau
para colaborar com o PT, facilitando candidaturas daqueles que tiveram as contas
de eleições passadas reprovadas pela Justiça Eleitoral, situação em que se encontram
vários pré-candidatos petistas. Quando a votação estava empatada em três votos,
só faltando o voto de Toffoli, ele pediu vistas, adiando a decisão para amanhã.
Sabendo-se que o ministro, antigo militante e advogado do PT e do ex-presidente
Lula, tem dúvidas se declarará moralmente impedido de participar do
julgamento do Mensalão do PT, por esses motivos - ele também tem a companheira
como advogada de réus do referido processo -, não será de se estranhar de seu
voto por garantir candidaturas de quem tenha tido suas contas de campanhas
anteriores rejeitadas pela Justiça Eleitoral;
- O TSE, no dia 1º de março, aprovou
resolução estabelecendo que as candidaturas este ano estariam sujeitas à
aprovação de contas anteriores de campanhas. Para resolver recurso
interposto pelo PT com 17 partidos contra a resolução, o TSE está
decidindo sobre o
assunto, pois o prazo final das convenções é no próximo dia 30, e o de
registro
de candidaturas deve ser feito até o dia 5 de julho. Na votação de
ontem, a
presidente do TSE, Carmem Lúcia, e os ministros Marco Aurélio Mello e
Nancy
Andrighi votaram pela aplicação da regra estabelecida em março, pela
negativa
de registro de candidatos com 'contas sujas', enquanto os ministros
Gilson
Dipp, Arnaldo Versiani e Henrique Neves votaram pela aplicação da regra
em
vigor, estabelecendo que basta a apresentação da prestação de contas da
campanha anterior, sem a necessidade de aprovação. O ministro terá a
incumbência de desempatar a votação. Sua decisão com certeza poderá ser
uma
antecipação sobre qual será seu comportamento moral em relação à
participação
no julgamento do Mensalão do PT.
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