Palocci está tendo dor de cabeça |
Quando ocupava uma cadeira na Câmara dos Deputados, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, destinou
verbas do Orçamento da União a uma entidade que tem como vice-presidente uma cunhada.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias veda a destinação de recursos a
entidades privadas dirigidas por parentes de agentes políticos dos três
Poderes.
Em 2008, Palocci apresentou emenda ao Orçamento no valor de R$ 250 mil,
indicando como beneficiária a
Fundação Feira do Livro de Ribeirão Preto. A entidade tinha à época como
vice-presidente Heliana da Silva Palocci, que continua até hoje no
cargo. Ela é mulher de um irmão de Palocci.
O chefe da Consultoria de Orçamento da Câmara, Wagner Figueiredo,
confirma que
cunhado é parente aos olhos
do novo Código Civil. Segundo ele, a apresentação e a liberação da
emenda contrariam as regras da lei que definiu as principais diretrizes
do Orçamento de 2009.
Figueiredo afirmou, no entanto, que é "muito difícil" identificar as
entidades dirigidas por parentes de congressistas. Além disso, a
legislação não prevê nenhuma
punição para quem desrespeita a regra.
No ano em que Palocci apresentou a emenda, a CCJ (Comissão de Constituição e
Justiça) da Câmara aprovou projeto que incluiu na Lei de Responsabilidade Fiscal a
proibição de transferir verbas públicas para entidades
geridas por parentes de senadores, deputados federais e
estaduais e vereadores.
Essa proposta, no entanto, permanece parada no Congresso, sem votação.
CONVÊNIO
A emenda de Palocci foi
paga integralmente pelo Ministério do Turismo em 2009,
que firmou convênio com a
entidade para promover uma
das edições da Feira do Livro
de Ribeirão, cidade onde o ministro começou a carreira.
Entre 2007 e 2010, essa foi a única vez que Palocci indicou recursos para a entidade.
Ao apresentar a emenda, o então deputado justificou a indicação dizendo
ser necessária "ajuda financeira federal para que se garanta a
continuidade" do evento.
De acordo com a justificativa da emenda, a feira é um
"evento cultural-artístico-turístico de impacto e repercussão que
ultrapassam em muito os limites geográficos do nordeste do Estado de
SP".
Ainda segundo a explicação de Palocci na justificativa da emenda, o evento havia
reunido na edição anterior 350 mil pessoas de mais de cem municípios brasileiros.
Palocci não sai do noticiário, principalmente sobre seus ganhos como consultor, pois sua empresa Projeto teria faturado muito acima da média do mercado de consultoria. Ainda de acordo com a Folha de São Paulo, a empresa de Palocci faturou R$ 10 milhões em apenas dois meses, isso porque a receita obtida por consultoria em 2010 se concentrou no período entre o fim da campanha e a posse de Dilma Rousseff como Presidente da República. O ministro Palocci foi o principal
coordenador da campanha
de Dilma e chefiou a equipe
que organizou a transição
para o novo governo nesse
período. Dilma anunciou sua
escolha como ministro da Casa Civil no dia 3 de dezembro. O valor obtido nos últimos
dois meses do ano pela empresa de Palocci representa mais da metade
de sua receita no ano passado. A Projeto faturou R$
20 milhões em 2010;
No caso de uma empresa obter um bom faturamento é correto elogiar quem a administra. Todavia, quando um médico fatura tanto dando assessoria financeira a clientes não revelados, sendo ele um deputado federal e fortemente ligado aos membros do Governo, a partir do próprio Presidente da República. O fato causa maior estranheza quando esse faturamente de grande porte acontece poucos meses antes do então deputado assumir um dos ministérios mais importantes do novo Governo. E logo Palocci, que já havia sido ministro de Lula e ter sido obrigado a sair da equipe por se envolver num sério problema com o caseiro Francenildo, assunto que também voltou à mídia com bastante intensidade;
Então, qual o motivo de Palocci não abrir o jogo e informar ao país a quem deu consultoria? Qual o motivo também do Governo escalar uma autêntica 'tropa de choque' no Congresso Nacional para evitar que Palocci fale sobre tais casos? Parece muito estranho. Ou não. Ficar se escondendo só aumenta o volume das dúvidas. Palocci precisa se explicar.
Esse Palocci é um palhaço.
ResponderExcluirPior é que era um dos nomes fortes na lista de sucessão, depois do Lula seria: Dirceu, Genoino ou ele, como os três sucumbiram, sobrou para Dilma. Presidencia da República, que presentão. Mas pelos acima citados, eleitos pelo povo brasilieiro, dá para vê onde estamos.
Que Deus tenha misericórdia do Brasil
O CASEIRO
ResponderExcluirDe como todos os poderes da República - Executivo, Legislativo, Judiciário, polícia, imprensa, governo, oposição - moeram Francenildo dos Santos Costa
por João Moreira Salles
http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-25/anais-de-brasilia/o-caseiro