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21 de maio de 2011

Palocci deu dossiê sobre caseiro para a revista 'Época'

Francenildo quer que Palocci explique seus contas
A informação é do jornalista Paulo Nogueira e está no site Congresso em Foco, acrescentando que, em seu blog, o ex-diretor editorial da Editora Globo afirma que foi o próprio ex-ministro da Fazenda quem passou para a revista 'Época' os dados da conta bancária do caseiro Francenildo dos Santos. O então ministro da Fazenda passou pessoalmente para a revista os dados das contas bancárias do caseiro mostrando que ele recebera a quantia de R$ 30 mil, depois da denúncia que fizera, dizendo que Palocci frequentava uma casa onde se fazia lobby e se recebiam garotas de programa;

A informação que confirma ter sido o próprio ministro a fonte da matéria, foi dada por Paulo Nogueira, em seu blog Diário do Centro do Mundo. Na ocasião da publicação da matéria, Paulo Nogueira era o diretor editorial da Editora Globo, responsável pela publicação de 'Época' e outras revistas. Segundo ele conta em seu blog, Palocci procurou diretamente a cúpula da editora e entregou os dados bancários de Francenildo."Foi Palocci, sim, quem passou o 'Dossiê Caseiro'”, escreve Paulo Nogueira em seu blog;

Paulo Nogueira disse mais: "Estou feliz com a repercussão do texto em que revelei que foi Palocci quem passou à revista Época o dossiê que supostamente incriminaria o caseiro Francenildo. Francenildo acusara Palocci, então ministro da Fazenda, de frequentar uma casa suspeita de Brasília. Vejo que os cliques se acumulam celeremente. Propagação grande no twitter e no facebook. Por que decidi falar? Porque me bateu um sentimento de indignação depois de ler a tese defendida por George Orwell sobre a “decência básica” – 'common decency'. Palocci ofereceu as informações, como disse, à cúpula das Organizações Globo, no Rio de Janeiro. Não sei por quê, provavelmente por razões estratégicas – combater a Veja no campo dos furos — , a Época foi escolhida pela família Marinho para veicular o material oferecido por Palocci”;

Convém lembrar que Francenildo era caseiro numa casa que ficou conhecida como "República de Ribeirão Preto", onde se reuniam pessoas ligadas a Palocci, que já foi prefeito daquela cidade de São Paulo. Segundo o caseiro, a casa era destinada a encontros com garotas de programa e ações de lobby. Depois da denúncia de do caseiro, a reportagem da revista da Editora Globo procurava relacionar o recebimento do dinheiro pelo caseiro à denúncia que fizera, dando a entender que Francenildo ganhara a quantia em troca de prejudicar o ministro;

O caseiro provou que o dinheiro era resultado de um acordo que fizera com seu pai, um empresário piauiense. O caseiro queria que o pai reconhecesse a sua paternidade, e o pagamento foi a solução que os dois acordaram. O dinheiro nada tinha a ver, portanto, com a denúncia. As informações referentes à entrada do dinheiro na conta de Francenildo só seriam possíveis se alguém tivesse quebrado o seu sigilo bancário. Ele tinha conta na Caixa Econômica Federal (CF), um banco estatal. A Caixa foi condenada a pagar um indenização de R$ 500 mil a Francenildo.Mas a CEF recorreu. O episódio acabou por afastar Palocci do Ministério da Fazenda. Francenildo agora está cobrando Palocci para que também esclareça sua gordaa conta bancária, conforme relata a revista Veja;

Voltando à Câmara dos Deputados, Palocci ficou um longo período no esquecimento da mídia. O caso ensejou uma ação na Justiça contra ele, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) o absolveu em agosto de 2009. Absolvido, Palocci tornou-se o coordenador da campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República. Com a sua eleição de Dilma, ele foi nomeado ministro da Casa Civil. Agora, surgiu esse episódio da multiplicação de seus bens. Essa denúncia de Paulo Nogueira poderá servir para manter o assunto em pauta, apesar da blindagem que o Governo tem feito para impedir que as antigas atividades de Palocci caiam no colo da presidente Dilma.

Um comentário:

  1. Belo post, Airton!

    Duro é saber que depois de tudo isso, Antonio Palocci ainda foi premiado com o cargo de ministro. O Brasil realmente chafurda na lama!

    Um abração...

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