Francenildo quer que Palocci explique seus contas |
A informação é do jornalista Paulo
Nogueira e está no site Congresso em Foco, acrescentando que, em seu
blog, o ex-diretor editorial da Editora Globo afirma que foi o próprio
ex-ministro da Fazenda quem passou para a revista 'Época' os dados da conta
bancária do caseiro Francenildo dos Santos. O então ministro da Fazenda passou
pessoalmente para a revista os dados das contas bancárias do caseiro mostrando
que ele recebera a quantia de R$ 30 mil, depois da denúncia que fizera, dizendo
que Palocci frequentava uma casa onde se fazia lobby e se recebiam garotas de
programa;
A informação que confirma ter sido
o próprio ministro a fonte da matéria, foi dada por Paulo Nogueira, em seu blog
Diário do Centro do Mundo. Na ocasião da
publicação da matéria, Paulo Nogueira era o diretor editorial da Editora Globo,
responsável pela publicação de 'Época' e outras revistas. Segundo ele conta em
seu blog, Palocci procurou diretamente a cúpula da editora e entregou os dados
bancários de Francenildo."Foi Palocci, sim,
quem passou o 'Dossiê Caseiro'”, escreve Paulo Nogueira em seu blog;
Paulo Nogueira disse mais: "Estou feliz com a repercussão do texto em que revelei
que foi Palocci quem passou à revista Época o dossiê que supostamente
incriminaria o caseiro Francenildo. Francenildo acusara Palocci, então ministro
da Fazenda, de frequentar uma casa suspeita de Brasília. Vejo que os cliques se
acumulam celeremente. Propagação grande no twitter e no facebook. Por que
decidi falar? Porque me bateu um sentimento de indignação depois de ler a tese
defendida por George Orwell sobre a “decência básica” – 'common decency'.
Palocci ofereceu as informações, como disse, à cúpula
das Organizações Globo, no Rio de Janeiro. Não sei por quê, provavelmente por
razões estratégicas – combater a Veja no campo dos furos — , a Época foi
escolhida pela família Marinho para veicular o material oferecido por Palocci”;
Convém lembrar que Francenildo era
caseiro numa casa que ficou conhecida como "República de Ribeirão
Preto", onde se reuniam pessoas ligadas a Palocci, que já foi prefeito
daquela cidade de São Paulo. Segundo o caseiro, a casa era destinada a
encontros com garotas de programa e ações de lobby. Depois da denúncia de do
caseiro, a reportagem da revista da Editora Globo procurava relacionar o
recebimento do dinheiro pelo caseiro à denúncia que fizera, dando a entender
que Francenildo ganhara a quantia em troca de prejudicar o ministro;
O caseiro provou que o dinheiro era
resultado de um acordo que fizera com seu pai, um empresário piauiense. O
caseiro queria que o pai reconhecesse a sua paternidade, e o pagamento foi a
solução que os dois acordaram. O dinheiro nada tinha a ver, portanto, com a
denúncia. As informações referentes à entrada do dinheiro na conta de Francenildo
só seriam possíveis se alguém tivesse quebrado o seu sigilo bancário. Ele tinha
conta na Caixa Econômica Federal (CF), um banco estatal. A Caixa foi condenada
a pagar um indenização de R$ 500 mil a Francenildo.Mas a CEF recorreu. O
episódio acabou por afastar Palocci do Ministério da Fazenda. Francenildo agora
está cobrando Palocci para que também esclareça sua gordaa conta bancária,
conforme relata a revista Veja;
Voltando à Câmara dos Deputados,
Palocci ficou um longo período no esquecimento da mídia. O caso ensejou uma
ação na Justiça contra ele, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) o absolveu em
agosto de 2009. Absolvido, Palocci tornou-se o coordenador da campanha de Dilma
Rousseff à Presidência da República. Com a sua eleição de Dilma, ele foi
nomeado ministro da Casa Civil. Agora, surgiu esse episódio da multiplicação de
seus bens. Essa denúncia de Paulo Nogueira poderá servir para manter o assunto
em pauta, apesar da blindagem que o Governo tem feito para impedir que as
antigas atividades de Palocci caiam no colo da presidente Dilma.
Belo post, Airton!
ResponderExcluirDuro é saber que depois de tudo isso, Antonio Palocci ainda foi premiado com o cargo de ministro. O Brasil realmente chafurda na lama!
Um abração...