Projeto de Lei aprovado esta semana na Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados obriga a inserção em calcinhas, sutiãs e
cuecas de etiquetas que alertem a respeito do exame preventivo de
câncer de mama, de colo e de próstata. O texto, que já havia passado pelo Senado, será encaminhado à sanção presidencial. Dilma Rousseff poderá sancioná-lo ou
não. De acordo com o projeto, nas cuecas, a etiqueta deverá alertar o homem com mais de 40
anos a respeito da necessidade do exame de prevenção do câncer de
próstata, e, nas calcinhas, haverá a indicação de uso de preservativos e
exame para detectar câncer no colo de útero. Os sutiãs devem ter
etiquetas indicando o auto exame dos seios;
Grande preocupação dos ilustres deputados com a saúde do povo! Em meio a tantos problemas, os deputados e senadores parecem estar interessados em que peças íntimas sejam veículos de divulgação institucional, substituindo a publicidade que caberia ao Ministério da Saúde. Seria até uma forma de economizar gastos com propaganda governamental. Nossos ilustres representantes poderiam aproveitar essa preocupação com a saúde dos eleitores aprovar também projetos obrigando às lanchonetes e padarias que coloquem etiquetas em doces com alertas sobre diabetes, e em salgadinhos, sobre os problemas provocados pelo excesso de gordura. Quanto à qualidade dos hospitais públicos, às estradas e à segurança pública, tudo pode continuar como está;
Houve quem sugerisse que os senadores e deputados também aprovem projetos obrigando a colocação de alertas em camisinhas, alertando contra a homofobia. Quem sabe algum parlamentar também proponha a obrigatoriedade de fabricação de camisinhas pretas, quando a transa for acontecer com alguma viúva que ainda esteja de luto. Essa última pode parecer piada, e é. Mas não é diferente do que o Senado e a Câmara dos Deputados acaba de aprovar. Tanta coisa séria para ser tratada e eles aparecem com essa. Cada dia que passa eles ilustres e conspícuos senhores parecem não levar a sério sua funções. Pode parecer que não, mas 2014 é daqui a pouco tempo e eles precisam ter uma resposta nas urnas.
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