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28 de maio de 2011

Boa saúde, Dilma!

Doença de JK ficou escondida 20 dias
A história a seguir é inédita e está no livro "Gaiola Aberta" (editora Rocco), que o escritor Autran Dourado lançou em 2000, com memórias do próprio autor, que foi Secretário de Imprensa de Juscelino Kubitschek de 1954 a 1958, onde afirmava que procurava não apresentar o lado mítico, mas sim o humano, até demasiadamente humano de JK:

"A primeira-dama era uma esposa zelosa. Por volta de 1958, deu um telefonema que tirou Dourado da cama às 7h30. O motivo era grave. Quando o escritor chegou ao Palácio do Catete, soube que JK tinha sofrido um infarto, até hoje mantido sob sigilo. Dona Sarah e auxiliares íntimos do presidente pretendiam abafar a doença e queriam saber a sua opinião. O secretário de Imprensa foi contra, mas a farsa foi mantida. Isso o obrigou a verdadeiras ginásticas para despistar a desconfiada imprensa. Chegou a dar uma de dublê do presidente ao pegar o helicóptero e acenar para os repórteres como fazia JK. Telefonou para um amigo do jornal O Estado de Minas, que suspeitava da verdade. Dourado escreveu uma declaração dizendo ser de JK e a leu para o jornalista. A notícia de que tudo estava bem foi logo repassada ao Rio. O escritor chegou a usar documentos em branco com a assinatura de JK para eventuais emergências. O doente passou 20 dias no estaleiro sem que ninguém soubesse que o País estava sem comando".

Dilma ainda está doente?
(Foto de 'Época')
Essa história está sendo lembrada em face do que vem ocorrendo ultimamente, particularmente nesta semana, quando a presidente Dilma Rousseff, depois de uma estranha pneumonia inicialmente rotulada como 'pequena', mas que já se estende por cerca de 15 dias, levando-a a cancelar algumas viagens internacionais e até pelo própria Brasil. Houve até quem insinuasse que seu recolhimento forçado seria causado por uma recaída do câncer linfático que levou Dilma a fazer quimioterapia e até usar peruca como consequência e que foi anunciado como plenamente curado, em plena campanha eleitoral, no entanto. Há quem diga que, a exemplo do que aconteceu com Juscelino, o Palácio do Planalto esteja escondendo do público a verdadeira situação da saúde presidencial;

Esta semana, no auge da crise política provocada pelo estranho enriquecimento do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, causou estranheza a omissão de Dilma na formação da 'tropa de choque' no Congresso Nacional objetivando impedir que a oposição aprove qualquer requerimento de convocação de Palocci. Os boatos sobre a saúde de Dilma ficaram mais intensos depois da intervenção de Lula no problema, ao ponto do ex-presidente praticamente determinar que Dilma aparecesse em público para defender seu principal ministro. Em menos de 24 horas depois do 'recado' de Lula ela saiu do seu recolhimento e fez veemente defesa de seu subordinado e ainda deu ordem para recolhimento do tal 'kit gay' exigido pela bancada evangélica em troca do posicionamento do grupo pela rejeição de qualquer convocação de Palocci;

Se há alguma coisa oculta em relação à saúde da presidente Dilma, temos muito a temer (sem trocadilho). Já imaginaram o Brasil ser dirigido por Temer? Como ficaria o país? Se há restrições a Lula e sua sucessora e seus companheiros José Dirceu, Palocci, Delúbio, João Paulo e outros 'aloprados', certamente seríamos castigados com a presença do PMDB de Sarney, Renan Calheiros e outros como eles, e com o poder da caneta que nomeia e assina cheques. Muita saúde, Dilma!

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