O chargista SponHolz não erra uma |
Reportagem
publicada hoje no site da 'Folha
de São Paulo' informa que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, ocupou simultaneamente,
por quase cinco anos, dois cargos de assessor parlamentar em órgãos públicos
distintos, um, na Câmara dos Deputados, em Brasília, e outro, na Câmara
Municipal do Rio de Janeiro. Reportagem da 'Folha' do último sábado mostrou que
de 2000 a 2005 Lupi era assessor-fantasma da liderança do PDT na Câmara dos
Deputados em Brasília. Simultaneamente, Carlos Lupi também ocupava o cargo de
assessor de um vereador do seu partido na Câmara de vereadores do Rio, a quase
1.200 km da capital.A reportagem do jornal paulista lembra que a Constituidão
proíbe a "acumulação remunerada de cargos públicos" e pode levar a
ações judiciais por improbidade administrativa e peculato, com cobrança da
devolução dos recursos recebidos de maneira irregular. Lupi afirmou que caso
seja comprovada alguma irregularidade, será devolvido ao órgão valores
recebidos que não estejam dentro da legislação. A assessoria de imprensa do
ministro informa que está sendo encaminhada à Câmara Municipal do Rio uma
consulta formal onde será analisada essa situação funcional;
A situação de
Carlos Lupi a cada dia se complica mais. Ontem, a Comissão de Ética Pública da
Presidência recomendou à presidente Dilma Rousseff a exoneração de Lupi do
cargo, tendo em vista que ele foi envolvido nos últimos dias em uma série de
irregularidades em convênios de sua pasta com entidades ligadas a seu partido.
A Comissão recomendou, por unanimidade, à presidente Dilma Rousseff, nesta
quarta-feira, a exoneração do ministro do Trabalho, Carlos Lupi. A Comissão
decidiu ainda aplicar uma "advertência ética" ao ministro, que é
aplicada quando o servidor ainda está no cargo - quando já deixou o cargo, é
"censura ética" - mas não tem efeito prático. No entanto, representa
uma "mancha" no currículo do advertido. Será que Dilma vai atender à
recomendação de um órgão pertencente à Presidência da República e fazer a
necessária 'faxina', ou esperar uma provável reforma, com possibilidade de
colocar outro integrante do PDT no cargo. Dessa vez, a presidente vai ter que
agir ou seu prestígio com a opinião poderá despencar;
O líder do
governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que a decisão da Comissão de
Ética Pública da Presidência da República de recomendar, por unanimidade, a
presidente Dilma Rousseff a exoneração do ministro do Trabalho, Carlos Lupi é
um "tiro" no ministro.Jucá disse: "Não
deixa de ser um tiro no ministro. É uma bala que é lançada no ministro. É uma
posição do Conselho de Ética, mas não é uma posição definitiva. A posição
definitiva de qualquer ministro cabe à presidente Dilma e caberá a ela definir
o futuro do ministro", afirmou Jucá. É só lembrar que no
início de novembro, quando surgiram as denúncias sobre irregularidades nos
convênios entre a pasta e ONGs, Lupi negou as acusações e disse que, para
deixar o ministério, "só abatido à
bala";
Pode parecer
incrível, mas hoje, no site de notícias políticas da 'UOL'
está a seguinte notícia:
A presidente Dilma Rousseff decidiu manter o ministro do
Trabalho, Carlos Lupi, no cargo nesta quinta-feira (1º), um dia após a
recomendação da Comissão de Ética Pública da Presidência da República para que
ela o exonerasse por causa de uma série de denúncias de irregularidades na
pasta e contra ele. Dilma solicitou à comissão um informe detalhado sobre as
razões que levaram à recomendação da exoneração de Lupi. O pedido foi feito
após um encontro entre os dois no Palácio do Planalto na manhã de hoje. De
acordo com a ministra Helena Chagas (Comunicação Social), Lupi também pedirá
à comissão que reconsidere o parecer sobre ele (grifamos). Nesse
caso, o órgão terá um prazo de dez dias para responder.
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