A Comissão do
Orçamento do Congresso aprovou a suspensão do repasse de recursos orçamentários
de 2012 para cinco obras de infraestrutura por indícios de irregularidades
graves. Outras 22 obras que o Tribunal de Contas da União (TCU ) havia
recomendado a suspensão dos repasses foram liberadas. O tribunal havia
recomendado a suspensão de repasse de recursos para 27 obras, mas as 22 que
foram liberadas tiveram explicações que foram acolhidas pela comissão. O TCU
afirmava que a suspensão dessas obras geraria uma economia de R$ 2,6 bilhões em
recursos para os cofres públicos, com a suspensão e correção das
irregularidades. Segundo o TCU, as obras apresentam indícios de irregularidades
como superfaturamento, preços praticados acima dos valores de mercado (sobrepreço),
e problemas nos projetos executivos das obras e na execução orçamentária;
A votação foi
tumultuada porque a oposição tentou incluir condicionantes para novos recursos
para as obras da Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. A base governista,
no entanto, rejeitou a proposta. Algumas já constaram de recomendações de
suspensão em anos anteriores, como é o caso da Refinaria de Abreu e Lima, onde
novamente o tribunal concluiu que existe sobrepeço na execução da obra. O
empreendimento já apareceu em outras listas do TCU por irregularidades graves.
A aprovação do parecer de obras com irregularidade faz parte do processo para
aprovação final do Orçamento. Com a análise desse relatório, deputados e
senadores precisam ainda analisar o voto. A votação do parecer-geral do
deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) sobre o Orçamento Geral da União de 2012
precisa ocorrer até a meia-noite de hoje no plenário, último dia de trabalho do
ano legislativo. Um impasse quanto ao reajuste dos aposentados ameaça a
conclusão da votação;
É assim que age
a 'base aliada' - talvez o mais correto fosse 'base alienada' - do Governo.
Ninguém está preocupado com o gasto correto do dinheiro público. O Art. 71 e
seu inciso II da Constituição Federal dizem: "O controle externo, a cargo
do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da
União, ao qual compete: II - julgar as contas dos administradores e demais
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder
Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público" (grifamos). Pela
orientação dada pelo Palácio do Planalto, nota-se que não há preocupação com
gastos de bilhões de reais de origem irregular. O que interessa é ter obras
para inaugurar em 2012, ano de eleições municipais, nas quais o PT de Dilma
Rousseff pretende inaugurá-las durante a campanha eleitoral. Espera-se que o
estilo da presidente seja diferente e realmente entregue obras, apesar de
superfaturadas ou irregulares, não imitando Lula, que 'inaugurava' início de
obras, método que serviu para eleger o seu 'poste'.
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