Recebi um comentário anônimo na última postagem que fiz abordando a desnecessária criação de cargos na Câmara dos Deputados. A preferência é que os que comentarem se identifiquem, mas o anonimato não está proibido. Pela qualidade do texto e pelo tema que aborda, transcrevo abaixo do comentário, visto que trata-se de artigo de Hans-Hermann Hoppe, que segundo o site Wikipédia é um filósofo e economista alemão da Escola austríaca, da tradição anarcocapitalista. Foi professor de economia na Universidade de Nevada, em Las Vegas, até sua aposentadoria em 2008. Obteve seu PhD e seu pós-doutorado na Universidade de Frankfurt Johann Wolfgang Goethe, na Alemanha. É autor, entre outros trabalhos, de Uma Teoria sobre Socialismo e Capitalismo e The Economics and Ethics of Private Property. Suas contribuições abarcam desde a ética — na qual fundamenta o direito natural a partir da teoria discursiva habermasiana — à economia — refutando o conceito de bem público, passando pela política libertária e a apologia do Direito privado como o único ético e eficaz:
Murray Rothbard certa vez descreveu o estado como uma gangue de ladrões
em larga escala. E se você observar bem verá que há um vasto esforço de
propaganda feito pelo estado e por aqueles em sua folha de pagamento —
ou por aqueles que gostariam de estar em sua folha de pagamento — para
nos convencer de que é perfeitamente legítimo que uma organização
essencialmente parasítica viva à nossa custa mantendo um alto padrão de
vida, que ela nos mate (com sua polícia despreparada), que ela nos roube
com seus impostos, que ela nos convoque compulsoriamente para o serviço
militar e que ela controle totalmente nosso modo de vida.
A motivação fundamental daqueles que defendem o estado é saber que, uma vez na máquina pública, eles terão acesso a gordos salários, empregos estáveis e uma aposentadoria integral. Aqueles que estão fora do serviço público defendem o estado por saber que ele lhes dará vantagens em qualquer barganha sindical. Além desses cidadãos, há também empresários que defendem o estado. Estes estão pensando em subsídios e garantias governamentais, contratos polpudos para obras públicas e no uso geral do governo para alimentar seus amigos e enfraquecer seus concorrentes. O estado, para eles, é garantia de riqueza.
Em todo e qualquer lugar, o
estado sempre se resume a ganhar à custa de outros. Não houve qualquer
avanço nessa realidade. Podemos mudar as definições e alegar que, porque
votamos, estamos nos governando a nós mesmos. Mas isso não altera a
essência do problema moral do estado: tudo que ele tem, ele adquire
através do roubo. Nem um centavo do seu orçamento bilionário é adquirido
em trocas voluntárias.
Governos dilatados dividem a sociedade em
duas castas: aqueles que dão compulsoriamente seu dinheiro para o estado
e aqueles que ganham dinheiro do estado. Para manter o sistema
funcionando, aqueles que dão têm de ser numericamente muito superiores
àqueles que recebem. Foi assim nos primórdios do estado-nação e ainda o é
atualmente. A existência de eleições não altera em nada a essência
dessa operação.
O artigo completo pode ser lido no link http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=151
Eu postei esse comentário. Desculpe mas prefiro continuar anônimo por questões de segurança.
ResponderExcluirO artigo completo pode ser encontrado aqui: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=151
Saudações.