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6 de abril de 2009

Doações sob suspeita

As campanhas presidenciais de Lula e Alckmin compartilharam os financiadores. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dezenove empresas investiram R$ 54,1 milhões na disputa eleitoral de 2006. Foram destinados pouco mais de R$ 30 milhões para a campanha de Lula, e pouco menos de R$ 24 milhões, para a de Geraldo Alckmin;


A maioria das grandes financiadoras tem interesses no Governo. Essas empresas que apostaram nos candidatos rivais estão entre os quarenta maiores financiadoras de toda a campanha de 2006;


O Banco Itaú, por exemplo, destinou recursos de modo igual em ambos os favoritos da época. Foram R$ 3,5 milhões para Lula, bem como outros R$ 3,5 milhões para Geraldo Alckmin. Já a construtora Camargo Corrêa, tão divulgada ultimamente, foi mais generosa com o PT, doando pouco mais de R$ 3,5 milhões, enquanto que para a campanha do PSDB foram destinados “apenas” R$ 400 mil;


Parece que ainda há tempo para se discutir a adoção do financiamento público para a próxima campanha, evitando-se, assim, essa “participação” não muito cristã de empresas junto a candidatos que, se eleitos, vão ter, certamente, que “devolver a gentileza", obviamente com recursos públicos.

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