As revistas deste fim de semana estão focalizando a farra com o dinheiro público que vem ocorrendo na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. A "Época", por exemplo, traz matéria intitulada "O Congresso tem salvação?", afirmando que tem sim, mas que por tudo que tem sido mostrado nos últimos dias depende só de si próprio e dos seus integrantes;
Intitulada como "A enciclopédia dos escândalos", há na "Época" uma relação dos fatos que têm sido motivo de revolta de muita gente. Tudo praticamente começou quando o então eleito corregedor da Câmara, Edemar Moreira (DEM-MG), além de avisar que não poderia julgar seus colegas, apareceu como dono de um castelo de milhões de reais e 36 suites omitidos na declaração de seu Imposto de Renda;
Outros fatos foram também focalizados, como o passeio do deputado Fábio Faria (PMN-RN), até então desconhecido, fez a Câmara bancar a viagem de Adriane Galisteu e outras "globais" para um carnaval fora de época em Natal. Tem ainda o grupo de 261 deputados e familiares viajando para o exterior, isso somente pela TAM. Tinha deputado e senador pagando salário de empregada doméstica com verba indenizatória;
Houve também a descoberta da viagem da filha do senador Tião Viana (PT-AC) ao exetror com telefone celular pago pelo Senado, com uma conta de R$ 14.780. Tasso Jereissati (PSDB-CE) aproveitou sua cota de passagens para alugar jatinhos por quase R$ 470 mil. José Sarney (PMDB-AP) mandou seguranças do Senado tomar conta de sua casa no Maranhão. E ainda houve a farra das férias de 6.200 funcionários do Senado recebendo horas extras durante em recesso, o mesmo ocorrendo na Câmara, embora em menor número;
Até alguns arautos da moralidade, como Fernando Gabeira (PV-RJ) mandou uma filha visitar a irmã no Havaí, gastando R$ 6.600 de suas cotas de viagens aéreas. Até o falecido Jeferson Peres (PDT-AM), uma das reservas morais do Senado foi envolvido nos gastos escusos, quando o então presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN) transformou R$ 118 mil de passagens não utilizadas em "pensão" para a viúva, em dinheiro vivo, o que é proibido no serviço público;
Em meio a essa farra toda há os casos do ex-diretor geral do Senado, Agaciel Maia, o distribuidor de horas extras, que escondia ser proprietário de uma mansão de R$ 5 milhões em Brasília, e de outro ex-diretor, João Zoghbi, que além de empregar mia dúzia parente no Senado ainda tinha um dois filhos residindo numa residência exclusiva de parlamentares;
Em meio a tudo isso - parte de tudo que já aconteceu e de que se tem conhecimento -, é hora de se perguntar se os eleitores vão ficar omissos e no ano que vem vão votar nessa gente para que fiquem mais quatro ou oito anos "metendo a mão" no dinheiro oriundo dos impostos dos brasileiros.
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