O fraco desempenho de Fernando Haddad nas mais recentes pesquisas do Ibope e Datafolha e a ameaça de uma derrota no primeiro turno para Jair Bolsonaro (PSL) acentuaram diferenças internas, levando o PT a procurar culpados e buscar correções na reta final da campanha. O principal motivo ocorreu no índice de rejeição, que disparou nos últimos dias. As discordâncias entre o círculo mais próximo de Haddad e o grupo ligado à direção do PT ficaram evidentes na reunião da coordenação da campanha realizada ontem. Enquanto um grupo defendia que o candidato imponha mais sua personalidade e seja "mais Haddad" nesta reta final para amenizar os efeitos do antipetismo, outro exigia a manutenção do roteiro original traçado pelo ex-presidente Lula, no qual o candidato é o porta-voz do programa de governo elaborado pelo PT. "Tira do programa. Dá uma tesoura para recortar esse negócio de Constituinte, que já está sendo explorado pela direita", disse um dos participantes. O desempenho sofrível dos candidatos do PT aos governos de São Paulo, Luiz Marinho, e do Rio, Marcia Tiburi, também é apontado por dirigentes e lideranças petistas como um dos motivos para que o ritmo de crescimento de Haddad nas pesquisas tenha diminuído.
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