Derrotado nas urnas, Ciro Gomes (PDT) embarcou para o exterior hoje, para viajar com a família, e deve ficar fora do País por até duas semanas. A viagem de Ciro frustra os planos do PT, que queria trazê-lo para dentro da campanha petista no segundo turno. Ao contrário do que esperava a campanha de Fernando Haddad (PT), Ciro não vai chefiar a equipe do programa econômico do petista. A ideia é que o pedetista não suba no palanque com Haddad, muito menos faça fotos para indicar o "apoio crítico", aprovado em reunião da Executiva Nacional do PDT realizada ontem. O PT pretendia que Ciro integrasse a coordenação da campanha de Haddad. Nos bastidores, o convite era tratado como um primeiro passo para Ciro assumir um ministério em eventual governo Haddad. Na campanha petista, o nome dele é citado para comandar o Planejamento ou a Fazenda. Outra forma de mandar sinais negativas ao PT foi anunciar que o PDT, independentemente de quem vença o segundo turno, estará na oposição em 2019. O motivo da resistência do PDT em se aproximar da campanha de Haddad foram os "ataques" que os petistas fizeram à candidatura de Ciro Gomes, durante o processo eleitoral. Orquestrada com aval do ex-presidente Lula, o PT fez uma manobra ainda no primeiro turno que atrapalhou as negociações de apoio do PSB à candidatura de Ciro. O caso foi encarado como uma rasteira do PT no partido.
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