O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, disse hoje, ao participar de sabatina na rádio CBN, que pode virar o resultado da eleição até domingo. O petista acusou o adversário do PSL, Jair Bolsonaro, de já estar "loteando o governo", sem ter apresentado ou discutido suas propostas, em clima de "já ganhou". Afirmou, porém, que se a rejeição ao oponente continuar a aumentar e a dele a cair, como indicou a pesquisa do Ibope divulgada na terça-feira, Bolsonaro vai perder a eleição. "Banqueiros e empresários já fazem romaria ao Bolsonaro. Estão loteando o governo. Não tenho um milionário do meu lado", resumiu Haddad. Questionado se não faria uma autocrítica a respeito do envolvimento de seu partido em casos de corrupção, Haddad disse que não passaria a mão na cabeça de quem errou, frisou que nunca teve relação com os envolvidos, mas cobrou autocrítica também de Bolsonaro: "Não tenho um colega que desviou dinheiro (público). Em 18 anos de vida pública, ninguém nunca disse que deu um tostão para Fernando Haddad. Se teve gente do PT que errou, não vou ficar passando a mão na cabeça". Ele afirmou que o eleitor está a quatro dias da eleição sem saber o que o Bolsonaro fez em quatro mandatos como deputado federal e vai escolher o próximo presidente "às cegas".Para Haddad, o maior desafio do PT no segundo turno é "reconectar" as periferias das grandes cidades a seu projeto político. Ele considera, porém, que o partido saiu vencedor do primeiro turno. "A rejeição ao PT já é menor do que em 2016. PT, PSDB E MDB foram os partidos que governaram e estiveram envolvidos em denúncias de corrupção, mas PT foi o único sobrevivente", concluiu, esquecendo que nem isso ele poderá fazer sem antes receber concordância de alguém que está preso em Curitiba.
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