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24 de maio de 2010

Mais de 171 mil esperam por cirurgias do SUS

Quando tomamos conhecimento de que o Governo aumentou em mais de 63% seus gastos com publicidade com claros objetivos eleitoreiros, fica uma indagação. Quanto esse mesmo governo está investindo na Saúde. Reportagem publicada ontem (23/5) em 'O Globo' demonstra que nas sete maiores capitais brasileiras - São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte e Curitiba - mais de 171 mil pessoas esperam há longo tempo para fazerem cirurgias. Um caso destacado é de um motorista de 36 anos que tem perambulado pelos hospitais públicos de Brasília ao longo de três anos sem conseguir operar seu joelho. Nesse tempo, Erismar Souza Sá, de 36 anos, tem vivido à base de compressas, anti-inflamatórios e injeções contra a dor;

Ao lado de problemas como o do motorista da Capital Federal, há casos como o de uma diarista mineira que está com problemas de visão e que também está há três esperando por uma cirurgia. Neusa Donizeti Gomes. de 48 anos, acusa um médico do SUS de ter-lhe pedido R$ 900 para fazer a cirurgia. Só não gastou seu dinheiro para fazer algo que caberia receber gratuitamente porque foi alertada por uma médica de que não teria que pagar pela cirurgia. Ela declarou, na maior simplicidade que se tivesse dinheiro teria pagado e resolvido seu problema;

Os casos se repetem pelo Brasil a fora. No Ceará, Gladson Henrique Gomes Lopes, de 21 anos, que esperou, paciente (nos dois sentidos), três anos para fazer uma cirurgia de colocação de prótese no quadril. Ele não conseguia se locomover, com o que não podia continuar trabalhando como garçom. Ele teve que abandonar os estudos do último ano do ensino médio e teve que largar seu primeiro emprego quando tinha apenas dois meses de serviço;

Estes casos bem demonstram com os recurso poderiam ser melhor aplicados num setor que nada tem de primeiro mundo, como Lula um dia afirmou. Há uma carência histórica de atendimento na rede do SUS, principalmente nas casas de saúde e hospitais conveniados, que muitas vezes ficam meses para receber os repasses do Governo, que circulam numa complicada malha de burocracia, fazendo com que atrasem pagamentos de equipes médicas, de enfermagem e de material, certamente colaborando com o aumento das filas de espera para realização de cirurgias, repetindo casos como os aqui relatados;

Mas quando o Governo gasta R$ 240 milhões e 700 mil em propaganda oficial na TV, no rádio e em jornais e revistas, fica uma grande mágoa por parte desses milhares de cidadãos que não conseguem resolver seus problemas de saúde, de modo que possam trabalhar e dar sua colaboração no crescimento do País, ao invés de ficarem "encostados" e dando despesa à Previdência Social.

Um comentário:

  1. Caro amigo Airton,os meus comentarios estao sendo censurados tanto no blog quanto no Facebook e a maioria deles nao entra. Caso isso persista, deixarei de postar mas estarei atenta a todas as suas postagens, obrigada por tudo. Tereza

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