A reforma administrativa do Senado Federal ainda não saiu do papel quase um ano depois da crise dos atos secretos e dos funcionários fantasmas. A Casa continua com excessivo número de servidores terceirizados. No momento, são mais de 3 mil, número equivalente ao de concursados. De acordo com o senador José Neri, (PSOL-PA), a redução de 30% não aconteceu. Ele afirma: “Passada toda aquela agudeza da crise do Senado, esse assunto foi enterrado”. Para o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), a reforma não pode ser feita em 30 ou 60 dias, mas que já se passaram oito meses, ressaltando: “Nós temos uma meta a atingir e ela será atingida”;
De acordo com o site G1, os gastos com as empresas terceirizadas também subiram, de quase R$ 32 milhões para perto de R$ 38 milhões, significando um aumento de 18,6% a mais em 2010, comparado com os primeiros quatro meses do ano passado. Ainda de acordo com a notícia do G1, o dinheiro foi parar no caixa de 16 empresas que tinham contratos sob suspeita. Auditores haviam recomendado novas licitações.
A administração do Senado se justificou informando que os contratos foram prorrogados porque houve atrasos nas licitações, e que os preços foram reajustados por conta do aumento salarial dos trabalhadores das empresas terceirizadas;
A reforma administrativa que não saiu do papel vai ter um novo projeto, ao custo de mais R$ 250 mil. O que se discute, por enquanto, é o aumento salarial de 30%, em média, para os funcionários concursados. Alguns senadores não concordam, como o senador Pedro Simon (PMDB-RS), que diz: “Se dependesse de mim, a gente não votava planos de salários, deixava para mais adiante, e vamos entrar na reforma administrativa”;
Aí está mais uma demonstração de que o Senado Federal pouco se preocupa com o que pensa a opinião pública, não levando a sério o eleitor, que deveria - certamente muitos vão agir dessa forma - dar uma resposta nas urnas não reelegendo nenhum daqueles que buscam mais um mandato de oito anos. Afinal, estão pouco "se lixando" para o povo. Preferem cuidar de si e dos interesses corporativos dos mais integrantes daquela Casa.
O político brasileiro não dá importância à opinião pública porque aprendeu a lidar com a memória do cidadão, que é curta e rapidamente esquece suas mazelas.
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