No que se convencionou chamar de pré-campanha, já estamos tendo uma mostra do que poderá ocorrer partir de junho, quando os partidos estarão definindo suas candidaturas e, de acordo com a legislação eleitoral, a campanha poderá ser efetuada sem as restrições de hoje. Porém, o que se tem visto atualmente é alguns candidatos e até autoridades infringindo a lei e realizando campanha eleitoral explícita, como é o caso do presidente Lula em relação à sua candidata à sucessão, chegando ao ponto de ser multado duas vezes pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE);
As críticas a essa prática de Lula acontecem não só por parte dos partidos de oposição, o que é natural pelo posicionamento político dos mesmos. Em carta à seção destinada aos leitores do jornal 'O Globo' de hoje, o leitor João Direna, de Quissamã, no Rio de Janeiro, critica o que vem aconte4cendo de modo muito bem claro:
"Se o TSE não segurar as rédeas do processo deste ano, convocando os presidentes de todos os partidos políticos para (re)lembrar a existência de leis que proíbem, por exemplo, o abuso do poder econômico e o uso da máquina administrativa, o Brasil corre o risco de mostrar ao mundo que continua a ser um grande curral, com resultados que não representam a vontade da maioria. A interdependência dos poderes, como acontece nas maiores democracias do mundo, é condição para a proteção dos menos favorecidos e, no caso específico de um pleito, a igualdade entre os candidatos, sob o ponto de vista de se conquistar um voto. O que o presidente da República vem fazendo, aproveitando os palanques para apresentar sua candidata e associá-la à continuidade dos principais projetos do governo, é prova inequívoca de desrespeito à lei, a outras instituições e aos que não pensam como ele. Se Lula que fazer campanha - e tem esse direito -, que siga as regras estabelecidas e deixe à frente do país o vice-presidente, José Alencar".
Nada há o que se acrescentar às palavras de João Direna, um cidadão que demonstra não concordar com o comportamento de Lula, que reiteradamente infringe a lei eleitoral, chegando ao ridículo de ameaçar exercer a função de presidente da República das 8 às 17 horas, como se fosse um funcionário a marcar ponto na repartição e não fosse o primeiro mandatário do país, para no restante do dia se dedicar a subir nos palanques com Dilma, e ainda ameaçando entrar de licença em agosto e setembro para entrar na campanha de sua candidata.
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