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29 de junho de 2009

Sarney volta a defender o neto

Tentando justificar a participação de seu neto nas negociações de empréstimos a servidores do Senado, o senador José Sarney disse em carta dirigida aos seus colegas que a autorização da Casa para operar em crédito consignado com o HSBC aconteceu em maio de 2005, quando ele não ocupava nenhum cargo na Casa. E ressaltou: "A empresa da qual é sócio José Adriano Sarney, a Sarcris, começou a operar em 11 de setembro de 2007, portanto, dois anos depois da autorização";

Sarney prossegue afirmando:
"Quando assumi a presidência em fevereiro, a Sarcris já estava descredenciada pelo HSBC e não operava mais no Senado". O presidente do Senado reclama ainda do pouco destaque dado à nota divulgada pelo HSBC em que o banco "esclarece a cronologia dos fatos e os modestos resultados empresariais que, por si sós, calam quaisquer insinuações de favorecimento". A carta classifica a denúncia como "falsa" e diz buscar "repor a verdade dos fatos deturpados por imprecisões, omissões e falsas ilações";

Uma nota divulgada pela assessoria de imprensa do banco também foi anexada à carta. Nela, o HSBC afirma que o volume de empréstimos consignados intermediados pela Sarcris de 11 de setembro de 2007 até dezembro de 2008 foi de R$ 3,6 milhões. E que o total de comissões pagas pelo HSBC à Sarcris por essas operações foi de quase R$ 182 mil;

É louvável que o avô queira defender moralmente seu neto, mas não há como deixar de entender que a partir do sobrenome do agente dos empréstimos consignados, a presença do neto de Sarney não foi politicamente correta, ferindo os princípios da boa ética.

Um comentário:

  1. Airton, obrigado pelos comentários inteligentes no Blog, realmente a gente começa a pensar em outra formas de regulamentar o Senado como, por exemplo, prender todos.
    abs

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