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25 de junho de 2009

Neto de Sarney desmente o pai

O deputado federal Sarney Filho (PV-MA) disse hoje em discurso na tribuna da Câmara que as denúncias de irregularidades envolvendo seu pai, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) e parentes da família, incluindo seu filho, são "calúnias" e fazem parte de uma suposta "campanha midiática" contra seu pai. Zequinha afirmou que é "mentirosa" a informação de que o filho dele, José Adriano Sarney, é um dos operadores do esquema de concessão de empréstimos consignados a servidores da Casa. Segundo Sarney Filho, a empresa do neto do presidente do Senado não tem relação com o esquema de empréstimos;

Ocorre que os fatos e as declarações de José Adriano desmentem o discurso de Zequinha. Seu filho é sim alvo de investigação da Polícia Federal (PF) sobre o esquema do crédito consignado no Senado, que inclui entre seus operadores a empresa de José Adriano Sarney, neto do senador José Sarney (PMDB-AP), e filho do deputado. De 2007 até hoje, a Sarcris Consultoria, Serviços e Participações Ltda recebeu autorização de seis bancos para intermediar a concessão de empréstimos aos servidores do Senado com desconto na folha de pagamento;

Desmentindo o discurso do pai, o neto de Sarney disse que seu “carro-chefe” no Senado é o banco HSBC. Indagado sobre o faturamento anual da empresa, ele resistiu a dar a informação, mas depois, resumidamente, afirmou: “Menos de R$ 5 milhões”. A intermediação de empréstimos consignados se transformou numa mina de dinheiro nos últimos anos;

PF investiga suspeitas de corrupção e tráfico de influência envolvendo o negócio. Filho mais velho do deputado Zequinha Sarney (PV-MA), José Adriano abriu a empresa quatro meses depois de o então diretor de Recursos Humanos da Casa, João Carlos Zoghbi, inaugurar a Contact Assessoria de Crédito, que ganhou pelo menos R$ 2,3 milhões intermediando empréstimos junto a grandes bancos;

A primeira autorização de empréstimo consignado para servidores do Senado foi concedida pelo HSBC, o banco que José Adriano diz ser seu principal parceiro nos negócios no Senado e também em outros órgãos públicos, como o Superior Tribunal Militar e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF).
“Trabalhei no HSBC por um ano e meio, em São Paulo. Quando voltei para Brasília decidi abrir o negócio”, disse Adriano;

Em pelo menos dois casos, os bancos credenciaram primeiro a empresa de José Adriano e só depois é que foram autorizados a operar crédito consignado no Senado. O HSBC credenciou a Sarcris em maio e em dezembro assinou o ato que o autorizou a entrar na Casa. Outro exemplo: o banco Daycoval credenciou a Sarcris no dia 1º de abril de 2008 e ganhou a autorização do Senado 27 dias depois. O empresário nega que o fato de ser neto de José Sarney tenha favorecido a empresa:
“Não estou ganhando dinheiro porque sou neto de Sarney”.

Um comentário:

  1. "As explicações do meu neto, pessoa extremamente qualificada com mestrado na Sorbonne e doutorado em Havard, são suficientes para mostrar a verdadeira face de uma campanha midiática para atingir-me na qual não excluo a minha posição política, nunca ocultada, de apoio ao presidente Lula e seu governo", disse em nota oficial.

    Francamente,nem precisava ir tão longe fazer faculdade,mesmo se ele tivesse feito uma faculdade a distância,e ou essas de esquina,seria a mesma coisa,cáspite.

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