A coisa está mais séria do que já parecia. Essa história de quebra de sigilo e vazamento de informações com objetivos políticos para formação de dossiês contra possíveis adversários da candidatura oficial está passando das medidas. Isso é crime e precisa ser apurado e os responsáveis punidos rigorosamente, independentemente de ter ou não patrocínio do comando da campanha de Dilma Rousseff, a candidata de Lula, exatamente onde estourou o escândalo da criação de dossiês tentando comprometer uma filha de José Serra (PSDB), e depois, o vazamento de dados fiscais de Eduardo Jorge, não coincidentemente vice-presidente do partido de Serra. Depois que a Justiça determinou que o dirigente do PSDB tivesse acesso aos dados da "investigação" que está sendo feita pela Receita Federal, descobriu-se que 140 pessoas dos mais diversos ramos de atividades tiveram seus dados devassados através do computador de uma servidora sindicalista lotada no ABC;
Fica difícil não se atribuir a petistas a iniciativa de tais atitudes. Muita gente ainda se lembra de que no episódio do impeachment de Fernando Collor a CPI vivia sendo alimentada de informações sigilosas obtidas junto às diversas repartições federais por funcionários ligados ao PT. Eduardo Suplicy era um dos que estavam sempre apresentando novidades, principalmente quando havia câmaras de TV nas reuniões da comissão. Como tudo foi conseguido por meios ilegais, o Supremo acabou por absolver Collor por falta de provas. A cassação dele foi meramente política, porém, quer queiram ou não ilegal. Mas agora, ele faz parte da "base aliada" e já tem Lula como cabo eleitoral pedindo votos para o "caçador de marajás" se eleger governador em Alagoas;
Enfim, o que se quer é que Dilma Rousseff não só desminta e ainda queira processar José Serra por ele estar gritando contra o óbvio, que a "coincidência" de ter tanta gente ligada a ele tendo seus sigilos fiscais sendo vasculhados a torto e a direito. Cabe ainda ao Ministério Público Federal tomar enérgica atitude para que esses verdadeiros vândalos contra a privacidade alheia sejam exemplarmente punidos. Trata-se de uma quebra de um direito garantido pela Constituição e que não deve nem pode passar em branco.
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