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15 de março de 2017

Os políticos em Brasília estão 'correndo da sala para a cozinha' e vice-versa

Mais uma manchete de impacto hoje: "Lista de Janot inclui Lula, Dilma, Aécio, Serra... ...Maia, Eunício, Padilha, Kassab, Moreira, Aloysio, Renan Jucá, Palocci, Mantega Lobão... PGR pede ao STF abertura de 83 inquéritos e envio de 211 casos para instâncias inferiores". Por causa disso, o clima em Brasília, no Governo, no Senado Federal e na Câmara dos Deputados é de bastante apreensão. É porque o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) a tão esperada lista com pedido de abertura de 83 inquéritos e envio de 211 casos para instâncias inferiores - e que está sob sigilo -, na qual consta pelo menos cinco ministros do governo de Michel Temer. Os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff também estão incluídos, bem como o senador Aécio Neves. Os pedidos de abertura de inquérito, estão sendo feitos a partir dos acordos de colaboração premiada firmados com 77 executivos e ex-executivos das empresas Odebrecht e Braskem. Janot também solicitou o envio de 211 casos para instâncias inferiores da Justiça, nos casos que envolvem pessoas sem foro privilegiado, além de sete arquivamentos e 19 outras providências. Os ministros são: Eliseu Padilha (Casa Civil); Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência); Bruno Araújo (Cidades); Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia e Comunicações); e Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores). Estão também na lista de Janot os presidentes do Senado Federal, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), além dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), Edison Lobão (PMDB-MA) e José Serra (PSDB-SP). Os ex-ministros Guido Mantega e Antonio Palocci também aparecem na lista, e seus casos devem ser remetidos a instâncias inferiores, já que eles não têm foro privilegiado. Caberá ao ministro Edson Fachin decidir se autoriza abertura de inquéritos e as diligências solicitadas por Janot, que também decidirá sobre a retirada do sigilo do conteúdo das delações;
Os acordos foram assinados nos dias 1º e 2 de dezembro de 2016 e homologados pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, em 30 de janeiro deste ano. As declarações estão inseridas e diretamente vinculadas à Operação Lava-Jato. Rodrigo Janot pediu ao ministro Edson Fachin a retirada do sigilo de parte desse material considerando a necessidade de promover transparência e garantir o interesse público. Antes da assinatura dos acordos de colaboração, foram realizadas 48 reuniões entre as partes, totalizando quase 10 meses de negociação para maximizar a revelação dos atos ilícitos praticados e das provas de corroboração. No meio desse período, foi assinado um acordo de confidencialidade considerando a complexidade das negociações e a necessidade de sigilo absoluto sobre todos os passos da negociação. Para viabilizar a obtenção de todas as informações, a Procuradoria-Geral da República instituiu um grupo de trabalho composto por 116 procuradores da República, que tomaram os 950 depoimentos dos colaboradores, durante uma semana, em 34 unidades do Ministério Público Federal (MPF) em todas as cinco regiões do país. Os depoimentos foram gravados em vídeos, que totalizaram aproximadamente 500 GB. As farmácias da Capital Federal estão reforçando seus estoques de Isordil.

Um comentário:

  1. Agora mesmo é que começou um surto de insônia em Brasília. Além de cinco governadores, mais um ministro e alguns parlamentares aumentaram a lista de Janot.

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