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20 de março de 2017

Operação Carne Fraca provoca jogadas de marketing de Lula e Michel Temer

Um ex-presidente e um presidente da República resolveram fazer marketing político no mesmo dia. O primeiro foi Lula, ao "reinaugurar" o trecho concluído da transposição do Rio São Francisco, ao levar uma claque, talvez à base de um sanduíche de "mortandela", um copo de suco e condução grátis para a cidade de Monteiro, no Ceará, isso porque na inauguração oficial o presidente Michel Temer não disse que a obra havia era um projeto de Lula e levado adiante pela ex-presidente Dilma. Realmente, faltou a Temer ter a sensibilidade de fazer referência aos dois, o que com certeza não provocaria o verdadeiro comício feito pelos petistas naquela cidade cearense. Não esquecemos que as obras que levaria água para regiões secas do Nordeste desde o primeiro mandato de Lula eram interrompidas e reativadas nas proximidades de eleições;

Quanto ao presidente da República, sua jogada de marketing foi a convocação de uma reunião de emergência por causa da repercussão da Operação Carne Fraca com a participação de ministros, empresários dos frigoríficos denunciados, embaixadores dos principais países exportadores de carnes e derivados. As explicações são até certo ponto risíveis. Temer disse para o Brasil que num universo de cerca de 5 mil frigoríficos eram apenas 21 os que foram denunciados pela Polícia Federal (PF), omitindo que foram exatamente aqueles que fazem o maior volume de vendas para a Europa e Estados Unidos. Para culminar seu marketing, o presidente Temer convidou todos os participantes para um almoço numa churrascaria de Brasília, onde foi servida carne importada da Austrália e da Argentina. Sobre a omissão da fiscalização por parte do Ministério da Agricultura e sobre as propinas que teriam sido distribuídas para isso, o silêncio do presidente foi total. No entanto, o povo quer e precisa saber que tipo de carne anda comendo.

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