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1 de março de 2017

Janot chama Aécio para depor, e também Zé Dirceu, Delcídio e Sílvio Pereira

Uma boa notícia para aqueles petistas que vivem alegando seletividade nas investigações da Operação Lava-Jato, e que cobram investigações e depoimentos de políticos do PSDB. E a coisa começa com um dos principais figurões tucanos. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot pediu ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que sejam tomados os depoimentos do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, sobre a existência de um suposto esquema de corrupção em Furnas. Janot protocolou o pedido no STF na última quinta-feira. Se o ministro autorizar o pedido, será a primeira vez que tucano irá depor aos investigadores do caso Furnas. Também foram pedidos os depoimentos do ex-ministro José Dirceu, do ex-senador e delator Delcídio Amaral (ex-PT/MS) e do ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira. O caso de corrupção na estatal de energia veio a tona em 2005, na CPI Mista dos Correios, por meio do ex-deputado e delator do "Mensalão do PT", Roberto Jefferson. A investigação contra Aécio foi aberta em maio de 2016, com base na delação de Delcídio Amaral, quando afirmou que “sem dúvida” o tucano teria recebido propinas no esquema de corrupção na estatal de energia, que teria funcionado nos moldes do que ocorreu com a Petrobras;
Em dezembro do ano passado, Aécio depôs à Polícia Federal (PF) em outro inquérito, no qual é investigado por supostamente atuar para “maquiar” dados da CPI Mista que poderiam implicar tucanos. Aécio teria se beneficiado de um esquema de corrupção na estatal. O procurador-geral quer apurar a versão apresentada pelo delator e lobista Fernando Horneaux de Moura, que disse ter sido informado por Dirceu, em 2003, do pedido de Aécio a Lula para que o então diretor de Engenharia de Furnas Dimas Toledo fosse mantido no cargo. Na ocasião, Dirceu exercia o cargo de chefe da Casa Civil do governo Lula. Amigo de Dirceu, Fernando Moura participou das discussões com o então ministro e o secretário-geral do PT na época, Silvio Pereira, sobre o loteamento de cargos do governo federal, incluindo as diretorias das estatais, como a Petrobras. Moura contou aos investigadores que foi avisar Dimas Toledo, suspeito de operar o esquema de propinas em Furnas, de sua permanência no cargo na época e que teria sido avisado por ele que haveria uma divisão de propina. De acordo com o delator, a propina seria dividida um terço para o PT nacional, um terço para o PT de São Paulo e um terço para Aécio.

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