O presidente do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), Gilmar Mendes, que também integrado o Supremo Tribunal Federal (STF), está
outra vez defendendo mudanças no sistema eleitoral vigente. Ele alega que o
modelo atual está “exaurido”, e defende a adoção da famigerada lista fechada
para a eleição de parlamentares, além do financiamento público das campanhas
eleitorais através do Fundo Partidário, duas reivindicações do PT, tudo isso
com o apoio do ministro Dias Toffoli, do STF e ex-presidente do TSE,
reconhecidamente um “ministro petista”. Gilmar Mendes, no entanto, está
violando as leis da Magistratura e, principalmente, a ética. Tudo serve como
cortina de fumaça disfarçada para cortar os efeitos da Operação Lava-Jato, onde
a maioria é composta de senadores e deputados de vários partidos, mas com maior
número de petistas. Não foi sem razão que recentemente a Associação dos
Magistrados Brasileiros sugeriu que Gilmar largasse a toga e assumisse exercer
suas atividades políticas e partidárias livremente;
O momento político é bastante confuso, mas o
eleitor está atento para protestar contra todas essas manobras que têm por
finalidade defender e manter na vida pública dezenas e até centenas de “fichas-sujas”.
A lista fechada fere a própria democracia e atropela a Constituição Federal,
que estabelece ser um direito do povo a escolha de seus representantes através
do voto. A Lava-Jato está mesmo dando um imenso trabalho para os políticos
enrolados em falcatruas. Não é sem motivo que na discussão sobre o projeto que
propõe a fim do foro privilegiado, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), líder
do partido no Senado Federal, trouxe de volta a proposta de incluir no mesmo o
tal do abuso de autoridade, para que haja dificuldade e que agentes públicos
possam se defender de intimações e conduções coercitivas. É normal que gente
como Renan adote tal iniciativa. O que não pode é um ministro de nossa mais
alta Corte buscar a mídia para dar suporte a interesses partidários e de políticos
especializados em desvio de dinheiro público. Isso não pode, Gilmar Mendes!
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