Marco Mais achou tudo normal |
Pode parecer
incrível, mas o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), e o
presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), João Paulo Cunha
(PT-SP), anunciaram que será mantida a sessão-fantasma que aprovou na semana
passada 118 projetos em três minutos. Eles alegaram que o Regimento Interno
exige, para início da sessão da CCJ, que, pelo menos, 31 parlamentares assinem
a lista de presença. Depois, a reunião pode começar com qualquer número de
presentes no plenário. Na quinta-feira passada, 35 deputados assinaram a lista,
mas apenas dois ficaram na sala de reuniões da CCJ. Justificando a baixa
presença naquela sessão, João Paulo Cunha explicou que eram matérias de
consenso e que não havia polêmica: "O
deputado, que marcou presença, não foi porque a pauta é tranquila";
João Paulo debocha do povo |
Sobre a possível má repercussão da
decisão na opinião pública, o presidente Marco Maia chegou perto do deboche ao
dizer: "O que a sociedade quer é rádios
funcionando”. Como assim, Excelência? O que a sociedade quer, muito
mais do rádios, e ver Câmara e Senado funcionando. Já o deputado João Paulo
Cunha, aquele que é réu do Mensalão do PT e que preside a mais importante
comissão da Câmara, teve a capacidade de afirmar que a reunião-fantasma foi
legítima e que "não houve prejuízo para o povo
porque a comissão não tratou de projetos que interessam diretamente à
sociedade";
Tanto o presidente da Câmara como o
presidente da CCJ estão redondamente errados. Marcar presença, deputado Marcos
Maia, é estar presente fisicamente e não apenas através de uma assinatura ou
rubrica. O parlamentar é regiamente pago para participar de sessões tanto
plenárias como das comissões que integra e não para 'marcar presença' e
desaparecer em seguida. Como não houve prejuízo para o povo, deputado João
Paulo? Com os senhores o que mais tem havido é prejuízo para o povo que os
elege para receber altíssimos salários e muito pouco trabalharem, como muitos
dos senhores sendo constantemente acusados de desviarem dinheiro para seus
próprios bolsos, além das inúmeras mordomias a quem têm direito:
Por essa e outras é que já é hora
do eleitor não perder de vista aqueles que ele elegeu e que ficam fazendo
gazeta em vez de exercerem suas funções, para o qual são muito bem pagos. Em
2014, um bom número deles precisa ser banidos definitivamente da vida
pública, principalmente os que provocam sessões-fantasmas e aqueles que lhes
dão validade.
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