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4 de novembro de 2015

Todos os dias, os políticos brasileiros zombam do povo

  • Entre todas as notícias sobre as falcatruas cometidas pelo políticos, a que tem tomado mais espaço na mídia é sobre o início dos procedimentos para abertura de um processo de possível cassação do mandato do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, no Conselho de Ética daquela Casa Legislativa por quebra do decoro parlamentar. É sob a alegação de que ele mentiu ao negar que tivesse contas em bancos suíços, o que foi desmentido por autoridades daquele país, que enviou documentos comprovando a existência delas, com milhões de dólares que seriam oriundos de propinas desviadas da Petrobras;
  • Mas, um detalhe chama a atenção. Querem cassar o mandato de Eduardo Cunha porque ele mentiu numa CPI. Pegar milhões de reais de propinas provenientes de dinheiro público desviado da não seria um motivo maior de quebra de decoro? Sobre isso, nenhum deputado questionou. Então, isso pode? Talvez tenham adotado aquela tese do ex-presidente Lula segundo a qual o outros fizeram antes pode ser feito agora. E isso tem lógica numa casa onde há um grande número de componentes que pegam suas propinas, mas que são incapazes de ferir o decoro parlamentar negando que ficaram um pouco mais ricos;
  • Seguindo os trâmites para andamento do processo de cassação do deputado mentiroso, foram sorteados três membros do Conselho, entre os quais caberá ao presidente do colegiado indicar o relator: Fausto Pinato (PRP-SP), que responde a processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por falso testemunho e que apoiou Eduardo Cunha na eleição para presidente da Câmara; Vinícius Gurgel (PR-AP), investigado no STF por crimes eleitorais e contra a ordem fazendária, também eleitor de Cunha; e José Geraldo (PT-PA), aliado do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), que afirmou que se for indicado conversará antes do relatório final com Lula e com o presidente nacional do PT, Rui Falcão. O resultado deve ser uma repreensão a Eduardo Cunha para não mentir mais

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