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30 de novembro de 2015

Filho de Lula dá parecer milionário na base do 'Ctrl C / Ctrl V'

  • No depoimento que prestou à Polícia Federal (PF) no início do mês, Luís Cláudio Lula da Silva, filho caçula do ex-presidente Lula afirmou ao delegado Marlon Cajado, responsável pela Operação Zelotes, que o dinheiro que recebeu entre 2014 e 2015 do escritório de lobby Marcondes & Mautoni, R$ 2,4 milhões, eram referentes a pagamento por “trabalhos prestados” por sua empresa, a LFT Mar­keting Esportivo. A contratante é suspeita de ter negociado com autoridades do Governo a renovação de uma medida provisória, baixada em 2014, que prorrogou benefícios para empresas do setor automobilístico, o grosso da clientela do escritório. Seu principal sócio, Mauro Marcondes Machado, está preso desde o mês passado;
  • Solicitado a detalhar o teor de tão bem remunerado trabalho, Luís Cláudio afirmou à polícia ter entregue à Marcondes & Mautoni projetos de “pesquisa, avaliações setoriais e elaboração propriamente dita”, com “foco relacionado à Copa do Mundo e à Olimpíada” do Rio. Cópias do suposto trabalho foram deixadas com os investigadores. Relatório da PF diz que textos entregues por Luís Cláudio para justificar o recebimento de 2,4 milhões de reais de um escritório de lobby foram tirados da internet e estão em “total falta de sintonia com os milionários valores pagos” Os textos que Luís Cláudio entregou à PF para justificar o recebimento de 2,4 milhões de reais não passam de “meras reproduções de conteúdo disponível” na internet, “em especial, no site do Wikipedia”, ou seja, o famoso 'Ctrl C / Ctrl V';
  • Como se recorda, Luís Cláudio formou-se em Educação Física pela FMU, em São Paulo, mas sua defesa alegou à PF que sua expertise na área de consultoria tem “lastro na prestação de serviço, por cinco anos ininterruptos, em quatro dos mais destacados clubes de futebol”. Luís Cláudio de fato passou por vários clubes de São Paulo, sempre levado por amigos do pai, mas em nenhum deles desempenhou atividade que pudesse ter utilidade nos projetos que diz ter desenvolvido para o escritório hoje sob investigação da PF. O caçula de Lula entrou no São Paulo como estagiário no departamento amador do clube, e dali em diante, nos demais times onde esteve, nunca passou de auxiliar de preparador físico.

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