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6 de julho de 2011

Ministro dos Transportes tem que 'pedir pra sair'

A notícia completa está no site e na edição de hoje de 'O Globo' e mostra que a presidente Dilma Rousseff tem que agir rapidamente e com muito rigor, porque as novas informações que surgem podem fazer com que seu Governo mergulhe numa outra crise que pode causar sensível perda da credibilidade que vem tendo até mesmo junto a líderes da oposição:

Patrimônio de empresa de filho de Alfredo Nascimento aumenta 86.500%

BRASÍLIA - O Ministério Público Federal Federal está investigando suposto enriquecimento ilícito de Gustavo Morais Pereira, arquiteto de 27 anos, filho do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Dois anos após ser criada com um capital social de R$ 60 mil, a Forma Construções, uma das empresas de Gustavo, amealhou um patrimônio de mais de R$ 50 milhões, um crescimento de 86.500%. As investigações podem complicar ainda mais a situação do ministro, que, desde sábado, tem sido obrigado a se explicar sobre o suposto envolvimento de seus principais assessores com corrupção.

As investigações começaram ano passado, a partir de um nebuloso negócio entre Pereira e a SC Carvalho Transportes e Construções, empresa beneficiária de recursos do Ministério dos Transportes. Em 2007, a SC Transportes repassou R$ 450 mil ao filho do ministro, conforme documentos em poder da Procuradoria da República do Amazonas. Nesse mesmo ano, a empresa recebeu R$ 3 milhões do Fundo da Marinha Mercante, administrado pelo Ministério dos Transportes para incentivar a renovação da frota do país. Em 2008, a empresa ganhou mais R$ 4,2 milhões.

O filho do ministro Alfredo Nascimento na verdade é um fenômeno, pois se tornou empresário aos 18 anos de idade. Ao completar 21 anos aparece como sócio de importante empreiteira do Amazonas, a Forma Construções Ltda, que dois anos depois teve seu capital social passando de R$ 60 mil para astronômicos R$ 52 milhões. Depois dessa, cabe à presidente Dilma Roussef agir como fez Itamar Franco, tão homenageado por ela, que afastou do cargo seu ministro da Casa Civil e um dos melhores amigos do senador e ex-presidente, Henrique Hargreaves, fazendo-o retornar depois que as investigações concluíram que ele não tinha nada do que havia sido acusado;

No caso atual, não dá mais para Dilma se preocupar com os votos da bancada do partido do ministro e sim com a credibilidade do seu governo já bastante abalada com o episódio do ex-ministro Antonio Palocci, que mergulhou sua administração numa longa crise, só abrandada quando Palocci 'pediu pra sair'.

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