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8 de setembro de 2016

Político precisa saber que seu cargo não é uma profissão

Tudo que tem acontecido nos últimos dias no Judiciário, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal nos leva a vários raciocínios. Um deles é a lamentável constatação de que a quase totalidade dos políticos entende que os cargos que exercem são uma profissão. Por esse motivo lutam pela permanência neles como se defendessem um bom emprego, no que estão redondamente enganados. Em tese, eles são mesmo empregados do povo que através dos impostos paga seus polpudos salários e financiam as mais exdrúxulas mordomias do mundo. Mas é um emprego temporário, cujo prazo de trabalho (?) é o tempo do respectivo mandato. Enquanto as empresas do mercado formal de trabalho têm grandes dificuldades para se instalar e outras maiores ainda para se manter funcionando, as "empresas" que abrigam os políticos, os partidos, têm ampla facilidade para se estabelecer. Então, acontece a proliferação de partidos, desfigurando o sistema político. E as próprias agremiações nada fazem para impedir que isso aconteça, quando elas são prejudicadas com a redistribuição do Fundo Partidário, que diminui as cotas de cada um;

Tudo isso justifica definitivamente a necessidade de uma ampla e urgente reforma do nosso sistema político. Atualmente ocorre um absurdo coberto pela legislação vigente. Senadores, deputados federais e estaduais podem concorrer a prefeito, por exemplo, e caso não se elejam continuam como parlamentares, aproveitando-se da incoincidência entre as eleições municipais e as demais, com dois anos de intervalo. Sabemos que qualquer alteração no sistema é difícil porque depende deles mesmos. Mas agumas ideias devem ser discutidas e cabe à sociadade pressionar seus representantes para que façam as alterações necessárias ao aprimoramento do sistema político brasileiro. Já é tempo de se estabelecer um rodízio com a permissão de apenas uma reeleição para o Legislativo e nenhuma para o Executivo. O parlamentar que optar por um cargo num Executivo deve perder seu mandato definitivamente. Da mesma forma, o parlamentar que quiser concorrer a um cargo do Executivo deve renunciar ao seu mandato. Aí estão algumas ideias que devem ser pensadas e discutidas, porque ficando como é hoje, temos que rejeitar a tese do Tiririca, porque pior do que está, fica sim.

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