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9 de setembro de 2009

Brasil já vai à guerra?

Qualquer semelhança daquela época com os dias atuais seria mera coincidência? Uma composição de Juca Chaves, que criticava a compra de um porta-aviões feita à Inglaterra pelo então presidente Juscelino Kubitschek, por 82 bilhões de Cruzeiros. Hoje, quando o presidente Lula negocia diretamente com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, a compra de aviões e submarinos, com o agravante de que a Aeronáutica sequer foi ouvida no caso das aeronaves, causando mal-estar entre os oficiais superiores daquela corporação da Forças Armadas, a música de Juca Chaves parece ser bastante atual;

Em razão da pressa e pelo alto valor da compra e a pressa em efetivá-la, aliada à justificativa da necessidade de reforçar nossas fronteiras - os aviões - e a segurança dos mares na área do pré-sal - os submarinos -, no caso desses últimos para assegurar que ninguém vai se aproximar de um local onde vai ter real atividade daqui a uns 15 anos, aí vai a letra da música de Juca Chaves para se observas a existência de alguma coincidência com os dias de hoje:

Brasil já vai à guerra,
Comprou um porta-aviões.
Um viva pra Inglaterra
De oitenta e dois bilhões.
Ah! Mas que ladrões!

Comenta o Zé Povinho,
Governo varonil,
Coitado, coitadinho,
Do Banco do Brasil
Ah, ah, quase faliu.

A classe proletária
Na certa comeria
Com a verba gasta daria
Em tal quinquilharia
Sem serventia.

Alguns bons idiotas,
Aplaudem a medida,
E o povo sem comida,
Escuta as tais lorotas
Dos patriotas.

Porém há uma peninha
De quem é o porta-avião?
É meu, diz a Marinha;
É meu, diz a Aviação.
Ah! Revolução!

Brasil, terra adorada,
Comprou um porta-aviões.
Oitenta e dois bilhões!
Brasil, ó pátria amada,
Que palhaçada.

Um comentário:

  1. ...Enquanto isso Hitler ia se impondo de maneira incontestável, seduzindo a nação pela força de seu carisma aliada a intensa propaganda produzida pelos meios de comunicação de massa. Em empolgantes discursos o ditador acentuava a esperança, a auto-estima, as boas notícias e prometia ao povo alemão um futuro brilhante numa linguagem que podia ser compreendida até pelas pessoas mais simples. Sua aprovação ultrapassava os 80% e ele seguia levando a risca a idéia do seu grande inspirador, Mussolini, que dizia: “Em política, 97% do apoio popular vem da propaganda governamental e só 3% das realizações efetivas”.
    - Por Maria Lucia Barbosa.

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