-

20 de dezembro de 2018

'Indícios de práticas criminosas' atingem Aécio e a mãe dele

A segunda fase da Operação Ross, que mira o senador Aécio Neves (PSDB/MG), foi deflagrada nesta quinta-feira a pedido da procuradora-geral, Raquel Dodge, com base em representação da Polícia Federal (PF) a partir da descoberta de novos indícios de práticas criminosas. Em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), Raquel defendeu a necessidade das buscas em três endereços ligados ao tucano, inclusive no apartamento residencial da mãe dele, Inês Neves da Cunha, em Belo Horizonte, e de um primo do senador, Frederico Pacheco. A procuradora alertou sobre riscos de eliminação de elementos de informação e que a medida é imprescindível para o aprofundamento da investigação, bem como para a correta delimitação da amplitude das pessoas investigadas. As medidas foram determinadas pelo relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal(STF), ministro Marco Aurélio Mello. A Operação Ross investiga suposta propina do Grupo J&F ao senador, entre 2007 e 2014. A primeira fase foi deflagrada no dia 11 passado e fez buscas em endereços do próprio senador, da irmã dele, Andréa Neves, e do deputado federal Paulinho da Força (SD-SP). Ross é um desdobramento da Operação Patmos, deflagrada pela PF em maio de 2017. Os valores investigados, que teriam sido utilizados também para a obtenção de apoio político, ultrapassam R$ 100 milhões. Ao todo, o Grupo J&F teria repassado cerca de R$ 110 milhões a Aécio, sendo que parte desse valor teve como destinatários finais 12 legendas que o apoiaram na disputa presidencial. "Recebemos com absoluta surpresa e indignação a notícia de busca na residência da mãe do Senador Aécio Neves, seja pela completa desnecessidade e descabimento da medida, seja pela total desvinculação de sua mãe com os fatos apurados", diz em nota a defesa do tucano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não saia do Blog sem deixar seu comentário