O Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF-2) iniciou nesta terça-feira o julgamento da apelação do Ministério Público Federal (MPF), que pede o aumento da condenação do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. O processo em questão é o da Operação Calicute, o primeiro da força-tarefa da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro. Nesta processo, Cabral foi condenado a 45 anos e 2 meses de prisão, mas os procuradores pedem o aumento da condenação. Um deles, Rogério Nascimento, abriu a leitura do pedido dizendo que "corrupção mata" e que os desvios de verba pública ocorridos em meio à tragédia na Serra, por exemplo, em 2011, mostram a "insensibilidade de tiranos". São réus no processo também ex-secretários e a ex-primeira dama Adriana Ancelmo. O julgamento só deve acontecer na quarta-feira. No pedido, o MPF quer: aumento de pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; devolução de valores desviados para haver progressão de regime; pena por cada um dos crimes de lavagem de dinheiro, e não pelo conjunto deles; execução provisória da pena (ou seja, aqueles que foram condenados e respondem em liberdade poderiam ser presos após a decisão do TRF-2). Pelo que vem ocorrendo nos últimos dias, a chance Sérgio Cabral é ultrapassar o total de mais de dois séculos de prisão, pois já está totalizando mais de 190 anos.
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