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3 de dezembro de 2018

Cabral, irmão e ex-mulher são condenados por Bretas

O ex-governador Sérgio Cabral foi condenado nesta segunda-feira pela oitava vez pelo juiz Marcelo Bretas na Operação Lava-Jato. Desta vez, a pena foi de 14 anos e 5 meses por lavagem de dinheiro. Assim, as penas do ex-governador já somam 197 anos e 11 meses de prisão. Cabral totaliza nove condenações, já que também teve sentença desfavorável em Curitiba pelo ex-juiz Sergio Moro. A nova condenação de Cabral acontece um dia antes de o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) começar a analisar a sentença da operação Calicute, a primeira dada ao emedebista no Rio. Também foram condenados por Bretas pelo crime de lavagem de dinheiro o irmão do ex-governador, Maurício Cabral, e a ex-mulher de Cabral, Susana Neves. A pena de Maurício foi de 4 anos e 6 meses e a da ex-mulher do emedebista, de 8 anos e 4 meses. Susana é mãe dos filhos mais velhos do ex-governador, incluindo o deputado federal Marco Antônio Cabral. O empresário Flávio Werneck, da FW Engenharia, recebeu pena de 8 anos e 4 meses e o contador Alberto Silveira Conde, 6 anos. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o esquema funcionava da seguinte maneira: em troca de favorecimentos à FW Engenharia em contratos com o governo estadual - a empreiteira viu aumentar em 37 vezes o volume destes contratos na gestão Cabral -, Flávio Werneck fazia pagamentos de propina ao esquema do ex-governador. Foram identificados R$ 1 milhão e 700 mil em propina, de acordo com a denúncia. Os pagamentos eram realizados pela Survey Mar e Serviços Ltda, empresa que pertencia a Alberto Conde, contador da FW Engenharia. Para os procuradores, a empresa era controlada também por Flávio Werneck. Em alguns casos, os pagamentos ao esquema eram feitos a empresas de fachada. Uma delas, a Araras Empreendimentos, pertence a Susana Neves, ex-mulher de Cabral. Entre 2011 e 2013, foram identificados 31 depósitos à Araras, num total de R$ 1,2 milhão;
Segundo a denúncia do MPF, o esquema funcionava da seguinte maneira: em troca de favorecimentos à FW Engenharia em contratos com o governo estadual — a empreiteira viu aumentar em 37 vezes o volume destes contratos na gestão Cabral —, Flávio Werneck fazia pagamentos de propina ao esquema do ex-governador. Foram identificados R$ 1,7 milhão em propina, de acordo com a denúncia. Os pagamentos eram realizados pela Survey Mar e Serviços Ltda, empresa que pertencia a Alberto Conde, contador da FW Engenharia. Para os procuradores, a empresa era controlada também por Flávio Werneck. Em alguns casos, os pagamentos ao esquema eram feitos a empresas de fachada. Uma delas, a Araras Empreendimentos, pertence a Susana Neves, ex-mulher de Cabral. Entre 2011 e 2013, foram identificados 31 depósitos à Araras, num total de R$ 1,2 milhão. Outra empresa que recebeu da Survey foi a Estalo Comunicação, de propriedade de Maurício Cabral, irmão do ex-governador. O cheque de R$ 240 mil foi depositado no dia 24 de novembro de 2011. Os advogados Daniel Raizman e Fernanda Freixinho, que defendem Maurício Cabral, afirmam que o cliente é inocente. A defesa afirma que "o juiz não avaliou adequadamente o conjunto probatório, em especial o depoimento do colaborador Carlos Miranda, que afirmou na sua delação e ante o juízo, que Mauricio Cabral não participou do esquema criminoso". Os advogados vão recorrer da sentença.

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