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20 de dezembro de 2018

General eleito pelo PSL quer ver o fim de partidos corruptos

Eleito com 86 mil votos para o seu primeiro mandato político, o general Eliéser Girão Monteiro Filho (PSL-RN) começou a fazer barulho dez dias após conquistar uma cadeira na Câmara dos Deputados, quando defendeu o impeachment e a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que libertam políticos acusados de corrupção, o que foi interpretado como uma ameaça a Gilmar Mendes. Ele serviu ao Exército por 36 anos. Passou para a reserva em 2009 em protesto à retirada dos fazendeiros da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Depois disso, foi secretário estadual de Segurança Pública em Rondônia e no Rio Grande do Norte. Agora, chega a Brasília em meio à onda militarista que elegeu Jair Bolsonaro e quadruplicou o número de militares eleitos para o Legislativo em todo o país, entre 2014 e 2018. Contemporâneo de Bolsonaro e de seu vice, o também general Hamilton Mourão, na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no Rio de Janeiro, Girão atribui a chegada de sua geração ao poder à percepção da sociedade de que o Brasil não melhorou desde a redemocratização. “Já tem 30 anos que entregamos o governo aos civis, e nós tivemos democracia ou anarquia? O Brasil vive dentro de uma anarquia quase”, critica. Para Girão, o brasileiro não suporta mais a maneira de se fazer política no país. O deputado eleito defende uma “limpeza” nos cargos de comando da Câmara e do Senado e a extinção de partidos cujos dirigentes estejam envolvidos em crimes como corrupção e caixa dois. “Partido que se mete com crime tem de ser julgado para ser extinto. Está na lei eleitoral. Daqui a pouco vamos aceitar que o Primeiro Comando da Capital (PCC) ou o Comando Vermelho tenha um partido. O bandido que promete uma coisa e não faz está roubando os sonhos das pessoas”, disse ele.

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