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3 de novembro de 2011

Que o povo não eleja em 2014 um "Tiririca' para suceder Dilma

A política no Brasil deve ser diferente de todos os demais países do mundo. Quando estourou na imprensa a primeira denúncia sobre 'malfeitos' num ministério, o dos Transportes, a imagem da presidente Dilma Rousseff diante da opinião pública passou a ser de alguém que estava fazendo uma verdadeira faxina naquela pasta, exonerando desde o então ministro Alfredo nascimento e mais algumas dezenas de auxiliares diretos, dirigentes principalmente do Dnit. Alguns chegaram até a ser presos. Tudo indicava que ela não concordava com corrupção e desvios de dinheiro público, mesmo que sua 'faxina' alcançasse pessoas que lhe haviam sido indicadas pelo ex-presidente Lula. Muita gente que não havia votado nela passou até a admitir reelegê-la em 2014, pois se estava diante de alguém que demonstrava preocupação em bem administrar o País, tendo o interesse do povo acima de qualquer ingerência política, viesse de onde viesse;

O incrível é que essa imagem de 'faxineira' continuou mesmo depois de mais algumas outra denúncias e consequentes exonerações de ministros, só que agora com apenas a troca do titular da pasta por outro, preferencialmente do mesmo bloco político ou partido aliado do Governo. Mas em todos os recentes casos, um fato chama a atenção: por qual razão ninguém foi previamente flagrado ou denunciado praticando 'malfeitos'? Os afastamentos somente ocorreram depois de denúncia pela imprensa. Onde estavam os órgãos do Governo encarregados de fiscalizar os ocupantes dos importantes cargos da administração federal, responsáveis pelo melhor andamento das ações governamentais? Para piorar, todos os flagrados com a 'mão na massa' foram inicialmente defendidos pela presidente, que alegava o direito de defesa de cada uma e para que se evitasse uma condenação prévia, mas todos foram exonerados, depois de bastante tempo para apresentarem provas de que seus desmentidos eram válidos. Então, as exonerações eram dispensáveis;

Questiona-se, portanto, qual a utilidade de uma Abin, por exemplo, órgão chamado de inteligência, mas que nada viu nem antes da nomeação e durante o exercício de cada um nos seus cargos. Parece que nada sabiam e que só souberam dos 'malfeitos' após denúncia da imprensa. O que agora se espera é que essas coisas sejam levadas mais a sério. É impossível que membros do alto escalão do Governo continuem praticando seus 'malfeitos' e que o dinheiro dos impostos pagos pela população não sejam devidamente aplicados nas suas necessidades que são da alçada do Poder Público oferecer em troca dos impostos pagos. Se Dilma Rousseff não promover uma real faxina vai dar a entender que pouco está 'se lixando' para o povo, e aí tanto sua reeleição com uma possível volta de Lula serão difíceis, embora a chamada oposição não disponha ainda de um nome que sensibilize o povo a promover uma mudança radical na direção do País, a não ser que surja uma nova liderança ou que o povo, revoltado, mande algum 'Tiririca' para o Palácio do Planalto. Mas aí seria o fim...

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